domingo, 10 de julho de 2016

Evangelização

Introdução
        Segundo a Organização da Nações Unidas, cento e duas pessoas morrem a cada minuto, muitas delas moradoras de locais onde o evangelho de Cristo não é amplamente divulgado. Outras morrem de fome, vítimas das guerras ou para fugir delas. Existem também vítimas de depressão ou síndromes como as do pânico ou medo, estas acabam cometendo suicídio, desperdiçando um dom precioso que é a vida dada por Deus.
A Igreja precisa entender o seu papel aqui na terra. Sair de si mesma e doar-se para o mundo, se apresentar como uma porta de escape para aqueles que não conseguem ver uma saída.
Nessa poucas linhas, procurarei de forma sucinta mostrar o maior problema da humanidade e a solução para ele. Mostrar que Cristo conta com cada um de nós, mesmo com as nossas imperfeições e limitações para transmitirmos aos povos o Evangelho da Graça.
 O Grande problema.

Deus criou o Homem e o colocou no Jardim do Edém para que lá vivesse um relacionamento íntimo com Ele, mas o Homem em um ato de rebelião contra o Senhor, recusa a obedecer a Lei estabelecida por Ele (Gn 2.15-17), peca e afasta-se de Deus, passando a estar sobre o domínio do pecado. Diante disso, o pecado passa a toda a raça humana (Rm 5. 12-18) e a terra também torna-se amaldiçoada por conta do pecado (Gn 3. 17-19). 
Mas no seu infinito amor, Deus criou no instante que o Homem pecou, um plano para resgatá-lo do pecado e reestabelecer o relacionamento com Ele. Então enviou seu filho Jesus, para morrer na cruz e pagar o resgate definitivo do Homem. Sendo assim, todo aquele que é atraído pela cruz de Cristo, estão livres da condenação do diabo (Cl 2.14).
Cabe a igreja, que é formada por crentes libertos da prática do pecado, a obrigação de ser o sal da terra e a luz do mundo; e como tal, influenciar o mundo, e tornar conhecido de todos o plano redentivo de Cristo.

A Missão

Pouco antes de subir ao céu, Jesus deu uma grande missão a Igreja que estava sendo formada: anunciar e propagar as boas novas de salvação a todo o mundo (Mt 28.19). 
O credo de Nicéia (325 dC) declara que a Igreja é universal e apostólica. Universal no sentido de que o evangelho é para todos os lugares da terra, todos os povos, raças, línguas, culturas e classes sociais. O evangelho, segundo as Escrituras, deve ser pregado a todos os povos até que chegue o grande dia da volta de Cristo (At 1.8; Mt 24.14). Apostólica porque “Apostólico” significa “ser enviado ou mandado”. Somos chamados para sermos testemunhas de Cristo, seus embaixadores (2 Co 5.20) onde quer que estejamos (At. 1.8).
A ordem para a evangelização já foi dada (Mt 28.19), a Igreja precisa seguir o exemplo de Cristo, e evangelizar os pobres, proclamar libertação aos cativos, restauração da vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos e apregoar o ano aceitável do Senhor (Is 61.1-2). Para essa tarefa especial, o Espírito Santo tem capacitado os seus escolhidos com dons e talentos para realizarem essa grande missão.

O que é Evangelização.

Evangelizar é apresentar Cristo como Senhor e Salvador às pessoas, de modo que sintam o desejo de lhe entregarem a sua vida. É preciso anunciar uma mensagem Bíblia, centrada em Cristo, que mostre o seu amor pela humidade; uma mensagem que leve o Homem a pensar a respeito da eternidade.
Só sentiremos o desejo de apresentarmos Cristo, quando tivermos um encontro real com Ele, e entendermos o quanto Ele fez por nós (Is 6.1-8).
Métodos de Evangelização
         
         A Igreja precisa existir para os que estão fora das suas portas, portanto ela precisa entender o meio no qual está inserida, sua complexidade social, cultural, econômica, emocional e espiritual. Ela necessita definir o público que quer alcançar, então com a orientação do Espírito Santo, desenvolver estratégias de evangelização, e utilizar métodos que tenham uma verdadeira efetividade.
Sabemos que a Igreja de Jesus Cristo, não deve ser paternalista e nem assistencialista, porém não podemos esquecer que vivemos em um país onde a desigualdade social e econômica é a maior do planeta terra. Diante disso, em determinado momento o paliativo é necessário, enquanto desenvolve-se projetos que tenham uma maior efetividade.
Os métodos de evangelização devem contemplar todas as classes sociais, todos os grupos étnicos com suas culturas e subculturas. Sigamos o exemplo do Apóstolo Paulo, “...Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns(1 Co 9.22b).
Então, está valendo do megafone ao WhatsApp, do sopão servido a pessoas carentes a um jantar sofisticado. Tudo tem que ser feito por causa do evangelho, para que vidas possam encontrar-se com Cristo.
Conclusão

Não podemos pensar em evangelização, sem um comprometimento da Igreja, sendo esta que se diz mensageira das boas novas de salvação, deve ser a mesma que estende a mão ao necessitado. A Igreja precisa demonstrar um compromisso social que atue em todas as áreas da vida do ser humano. Ela precisa ser efetivamente testemunha do amor de Cristo.
Urge seguirmos os exemplos de nossos irmãos do passado, que mesmo com poucos recursos, evangelizaram um país com uma dimensão continental como o Brasil.

BIBLIOGRAFIA

YAMAMORI, Tetsunao, PADILHA, C. René, RAKE, Gregório. Servindo com os pobres na América.
BARROS, Ricardo Paes de; MENDONÇA, Rosane Silva Pinto de. Os determinantes da desigualdade no Brasil. Latina. Curitiba/PR: Editora Descoberta, 1998.
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LAUSANNE, Evangelização e Responsabilidade Social. São Paulo: ABU e Visão Mundial, 1983.
ANDRADE, Claudionor de. O Desafio da Evangelização. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
MIRANDA, jesse. A Igreja Cristã em Ação. Campinas-SP: ICI, 1970.