Segundo a Organização da Nações Unidas, cento e duas
pessoas morrem a cada minuto, muitas delas moradoras de locais onde o evangelho
de Cristo não é amplamente divulgado. Outras morrem de fome, vítimas das guerras
ou para fugir delas. Existem também vítimas de depressão ou síndromes como as
do pânico ou medo, estas acabam cometendo suicídio, desperdiçando um dom
precioso que é a vida dada por Deus.
A Igreja precisa entender o seu papel aqui na terra.
Sair de si mesma e doar-se para o mundo, se apresentar como uma porta de escape
para aqueles que não conseguem ver uma saída.
Nessa poucas linhas, procurarei de forma sucinta
mostrar o maior problema da humanidade e a solução para ele. Mostrar que Cristo
conta com cada um de nós, mesmo com as nossas imperfeições e limitações para
transmitirmos aos povos o Evangelho da Graça.
O Grande problema.
Deus criou o Homem e o colocou no Jardim do
Edém para que lá vivesse um relacionamento íntimo com Ele, mas o Homem em um
ato de rebelião contra o Senhor, recusa a obedecer a Lei estabelecida por Ele
(Gn 2.15-17), peca e afasta-se de Deus, passando a estar sobre o domínio do
pecado. Diante disso, o pecado passa a toda a raça humana (Rm 5. 12-18) e a
terra também torna-se amaldiçoada por conta do pecado (Gn 3. 17-19).
Mas no seu infinito amor, Deus criou no
instante que o Homem pecou, um plano para resgatá-lo do pecado e reestabelecer
o relacionamento com Ele. Então enviou seu filho Jesus, para morrer na cruz e
pagar o resgate definitivo do Homem. Sendo assim, todo aquele que é atraído
pela cruz de Cristo, estão livres da condenação do diabo (Cl 2.14).
Cabe a
igreja, que é formada por crentes libertos da prática do pecado, a obrigação de
ser o sal da terra e a luz do mundo; e como tal, influenciar o mundo, e tornar
conhecido de todos o plano redentivo de Cristo.
A Missão
Pouco
antes de subir ao céu, Jesus deu uma grande missão a Igreja que estava sendo
formada: anunciar e propagar as boas novas de salvação a todo o mundo (Mt
28.19).
O credo de Nicéia
(325 dC) declara que a Igreja é universal e apostólica. Universal no sentido de que o evangelho é para
todos os lugares da terra, todos os povos, raças, línguas, culturas e classes
sociais. O evangelho, segundo as Escrituras, deve ser pregado a todos os povos
até que chegue o grande dia da volta de Cristo (At 1.8; Mt 24.14). Apostólica
porque “Apostólico” significa “ser enviado ou mandado”. Somos chamados para
sermos testemunhas de Cristo, seus embaixadores (2 Co 5.20) onde quer que
estejamos (At. 1.8).
A ordem para a
evangelização já foi dada (Mt 28.19), a Igreja precisa seguir o exemplo de
Cristo, e evangelizar os pobres, proclamar libertação aos
cativos, restauração da vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos e
apregoar o ano aceitável do Senhor (Is 61.1-2). Para essa tarefa especial, o
Espírito Santo tem capacitado os seus escolhidos com dons e talentos para
realizarem essa grande missão.
O que é
Evangelização.
Evangelizar é apresentar Cristo como Senhor e
Salvador às pessoas, de modo que sintam o desejo de lhe entregarem a sua vida.
É preciso anunciar uma mensagem Bíblia, centrada em Cristo, que mostre o seu
amor pela humidade; uma mensagem que leve o Homem a pensar a respeito da
eternidade.
Só sentiremos o desejo de apresentarmos
Cristo, quando tivermos um encontro real com Ele, e entendermos o quanto Ele
fez por nós (Is 6.1-8).
Métodos de Evangelização
A
Igreja precisa existir para os que estão fora das suas portas, portanto ela
precisa entender o meio no qual está inserida, sua complexidade social,
cultural, econômica, emocional e espiritual. Ela necessita definir o público
que quer alcançar, então com a orientação do Espírito Santo, desenvolver estratégias
de evangelização, e utilizar métodos que tenham uma verdadeira efetividade.
Sabemos que a Igreja de Jesus Cristo, não deve ser
paternalista e nem assistencialista, porém não podemos esquecer que vivemos em
um país onde a desigualdade social e econômica é a maior do planeta terra.
Diante disso, em determinado momento o paliativo é necessário, enquanto
desenvolve-se projetos que tenham uma maior efetividade.
Os métodos de evangelização devem contemplar todas
as classes sociais, todos os grupos étnicos com suas culturas e subculturas.
Sigamos o exemplo do Apóstolo Paulo, “...Fiz-me tudo para todos, para por todos
os meios chegar a salvar alguns” (1 Co 9.22b).
Então, está valendo do
megafone ao WhatsApp, do sopão servido a pessoas carentes a um jantar
sofisticado. Tudo tem que ser feito por causa do evangelho, para que vidas
possam encontrar-se com Cristo.
Conclusão
Não podemos pensar em evangelização, sem um
comprometimento da Igreja, sendo esta que se diz mensageira das boas novas de
salvação, deve ser a mesma que estende a mão ao necessitado. A Igreja precisa
demonstrar um compromisso social que atue em todas as áreas da vida do ser
humano. Ela precisa ser efetivamente testemunha do amor de Cristo.
Urge seguirmos os exemplos de nossos irmãos do
passado, que mesmo com poucos recursos, evangelizaram um país com uma dimensão
continental como o Brasil.
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