RESUMO DAS PRINCIPAIS SEITAS

RESUMO DAS PRINCIPAIS SEITAS
1 - CONCEITOS BÁSICOS

Seita: Grupo religioso que professa doutrinas que divergem dos verdadeiros ensinos bíbli-
cos, sendo que muitos, apesar de utilizarem a Bíblia distorcem ou negligenciam a mensa-
gem central das Escrituras. Normalmente, formam uma comunidade fechada de cunho radi-
cal cujo sistema diverge da opinião geral, mas é seguido por muitos que se dedicam inten-
samente ao proselitismo.

Heresia: Uma doutrina ou um conjunto delas que divergem dos verdadeiros ensinos bíbli-
cos, e apesar de terem "aparência" de verdade, contudo não passam de mentiras. Suas ori-
gens quase sempre são as distorções nos ensinos da Bíblia.

Herege: Pessoa que propala, segue, defende ou pratica heresias

Heresiarca: Pessoa fundadora de uma seita herética.

CARACTERÍSTICAS DE UMA SEITA:

Em relação à Bíblia:
Têm outras fontes doutrinárias além das Escrituras
Aceitam apenas algumas partes.
Usam uma edição "especial" adaptada às suas convicções
Distorcem as doutrinas fundamentais, desprezando os princípios auxiliares de Her-
menêutica.
Dizem que receberam uma nova revelação de Deus anulando ou mudando manda-
mentos e/ou preceitos existentes na Palavra de Deus.

Em relação à Jesus Cristo:
Não aceitam que ele seja o Filho Unigênito de Deus.
Não aceitam Sua natureza divina-humana.
Não aceitam Seu nascimento virginal.
Não é o centro de suas atenções.
Existe outra possibilidade de salvação além da realizada por Cristo, pois cabe ao ho-
mem realiza-la.
Quase sempre tem um líder, vivo ou morto, que possui autoridade igual ou superior a
Cristo.
Além destes aspectos, as seitas negam a realidade ou a individualidade do pecado, sendo
também proselitistas.

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2 - INTRODUÇÃO

As Seitas estão em todos os lugares. Algumas são populares e amplamente aceitas. Outras
são isolacionistas e procuram se esconder, para evitar um exame de suas ações. Elas estão
crescendo e florescendo a cada dia. Algumas seitas causam grande sofrimento aos seus
seguidores, enquanto outras até parecem muito úteis e benéficas.
Com a proximidade do final do século, estão surgindo novas seitas religiosas e filosóficas
responsáveis pelos mais absurdos ensinamentos com relação ao final dos tempos. Essa
confusão de idéias estão sendo despejadas em cabeças incautas, acabando muitas vezes
em tragédias de grandes proporções.
Em 1978, o então missionário norte-americano Jim Jones, foi responsável pela morte de 900
seguidores, na Guiana Francesa, todos envenenados após Ter anunciado a eles o fim do
mundo. Um fato interessante desse trágico acontecimento foi o depoimento de um dos mili-
tares americanos respnsáveis pela remoção dos corpos. Ele disse que, após vasculhar todo
o acampamento, não foi encontrado um só exemplar da Bíblia. Jim Jones substituiu a Bíblia
por suas próprias palavras.
Em 1993, o líder religioso David Koresh, que se intitulava a reencarnação do Senhor Jesus,
promoveu um verdadeiro inferno no rancho de madeira, onde ficava a seita Branch Davidian.
Seduzindo os seguidores com a filosofia de que deveria morrer para depois ressuscitar das
cinzas, derramou combustível no rancho e ateou fogo, matando 80 pessoas, incluindo 18
crianças.
Em 1997, outra seita denominada Heaven’s Gate (Portão do Céu), que misturava ocultismo
com fanatismo religioso, levou 40 seguidores ao suicídio. Na ocasião, essas pessoas acredi-
tavam que seriam conduzidas para outra dimensão em uma nave que surgiria na cauda do
cometa Halley Bop.
No Brasil também existem muitas seitas e denominações que se reforçam em profecias do
Apocalipse. Uma das mais conhecidas, devido ao destaque dado pela mídia, são as Borbo-
letas Azuis, da Paraíba, que em 1980 anunciou um dilúvio para aquele ano.
Em Brasília, encontra-se o Vale do Amanhecer, que conta com aproximadamente 36.000
adeptos. No Paraná, um homem de nome Iuri Thais, se auto-intitula como o próprio Senhor
Jesus reencarnado. Fundador da seita Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade,
ele parece ter decorado a Bíblia de capa a capa e, com isso, tem enganado a muitos.
Muitas das seitas são conhecidas dos cristãos brasileiros, a saber: Mormonismo, Testemu-
nhas de Jeová, etc. Mas muitas novas seitas pseudo-cristãs estão chegando ao Brasil e são
pouco conhecidas: Igreja Internacional de Cristo/Boston (Igrej a de Cristo, no Brasil), Ciência
Cristã, Escola Unida do Cristianismo, Meninos de Jesus etc.
Quase todas essas seitas refutam a Trindade (com a conseqüente diminuição do Senhor
Jesus Cristo), a ressurreição, a salvação pela Graça e contrariam outros princípios bíblicos.

2.1 - ASPECTOS COMUNS

Existem muitos aspectos comuns entre as seitas que têm se disseminado pelo mundo. É
importante que nós saibamos reconhecer suas características, a fim de que não sejamos
enganados ou até mesmo desviados da verdadeira fé cristã.
1. As seitas subestimam o valor do Senhor Jesus ou colocam-no numa posição secun-
dária, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos como conseqüência.
2. Crêem apenas em determinadas partes da Bíblia e admitem como "inspirados" escri-
tos de seus fundadores ou de pessoas que repartem com eles boa parte daquilo que
crêem;
3. Dizem ser os únicos certos;

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4. Usam de falsa interpretação das escrituras;
5. Ensinam o homem a desenvolver sua própria salvação, muitas vezes, sob um concei-
to totalmente naturalista;
6. Costumam buscar suas presas em outras religiões, conseguindo desencaminhar para
o seu meio, inclusive, muitos bons cristãos.

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3 - CONHECENDO MAIS

Este esboço básico lhe dará informações de como as seitas trabalham e como evitá-
las. Se você tem alguém conhecido que está perdido numa seita, é preciso orar e pe-
dir ao Senhor que tire essa pessoa de lá e lhe dê a perspicácia e as ferramentas para
ajudá-lo neste trabalho. Pode ser uma tarefa longa e árdua, porque, definitivamente,
este não é um ministério fácil.
1. O que é uma seita?
A. Geralmente é um grupo não-ortodoxo, esotérico (do grego esoterikós, que significa co-
nhecimento secreto, ao alcance de poucos). Podem ter uma devoção a uma pessoa, objeto,
ou a um conjunto de idéias novas. As seitas costumam fazer uso das seguintes práticas:
1. Freqüentemente isolacionistas – para facilitar o controle dos membros fisi-
camente, intelectualmente, financeiramente e emocionalmente.
2. Freqüentemente apocalípticas - dão aos membros um enfoque no futuro e
um propósito filosófico para evitar o apocalipse.
3. Fornecem uma nova filosofia e novos ensinos – revelados pelo seu líder.
4. Fazem doutrinação - para evangelismo e reforço das convicções de culto e
seus padrões.
5. Privação – quebrando a rotina do sono normal e privação de comida, combi-
nados com a doutrinação repetida (condicionamento), para converter o candi-
dato a membro.
B. Muitas seitas contém sistemas de convicção "não-verificáveis".
1. Por exemplo, algumas ensinam algo que não pode ser verificado:
1. Uma nave espacial que vem atrás de um cometa, para resgatar os
membros.
2. Ou, Deus, um extraterrestre ou anjo apareceram ao líder e lhe deram
uma revelação
2. Os membros são anjos vindos de outro mundo, etc.
1. Freqüentemente, a filosofia da seita só faz sentido se você adotar o con-
junto de valores e definições que ela ensina.
2. Com este tipo de convicção, a verdade fica inverificável, interiorizada, e
facilmente manipulada pelos sistemas filosóficos de seu(s) inventor(es).
C. O Líder de uma Seita:
1. É freqüentemente carismático e considerado muito especial por razões varia-
das:
1. O líder recebeu revelação especial de Deus.
2. O líder reivindica ser a encarnação de uma deidade, anjo, ou mensagei-
ro especial.
3. O líder reivindica ser designado por Deus para uma missão
4. O líder reivindica ter habilidades especiais
2. O líder está quase sempre acima de repreensão e não pode ser negado nem
contradito.
D. Como se comportam as Seitas?
1. Normalmente buscam fazer boas obras, caso contrário ninguém procuraria en-
trar para elas.
2. Parecem boas moralmente e possuem um padrão de ensino ético.
3. Muitas vezes, quando usam a Bíblia em seus ensinos, utilizam também "escri-
turas" ou livros complementares.
1. A Bíblia, quando usada, é sempre distorcida, com interpretações pró-
prias, que vão de encontro à filosofia da seita.
2. Muitas seitas "recrutam" o Senhor Jesus como sendo um deles, redefi-
nindo-o adequadamente.

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E. Algumas seitas podem variar grandemente...
1. Do estético ao promíscuo.
2. Do conhecimento esotérico aos ensinamentos muito simples.
3. Da riqueza e poder à pobreza e fraqueza.

2. Quem é vulnerável a entrar para uma seita?

A. Todas as pessoas são vulneráveis.

1. Rico, pobre, educado, não-educado, velho, jovem, religioso, ateu, etc.

B. Perfil geral do membro em potencial de uma seita (alguns ou todos os itens se-
guintes)

1. Desiludido com estabelecimentos religiosos convencionais.
2. Intelectualmente confuso em relação a assuntos religiosos e filosóficos
3. Às vezes desiludido com toda a sociedade
4. Tem uma necessidade por encorajamento e apoio
5. Emocionalmente carente
6. Necessidade de uma sensação de propósito, um objetivo na vida.
7. Financeiramente necessitado
3. Técnicas de recrutamento

A. As seitas encontram uma necessidade e a preenchem. As táticas mais usadas
são:

1. "Bombardeio de Amor – Love Bombing " – que é a demonstração constante de
afeto, através de palavras e ações.
2. Às vezes há muito contato físico como abraços, tapinhas nas costas, toques e
apertos de mão.
3. Emprestam apoio emocional a alguém em necessidade.
4. Aj uda de vários modos, onde for preciso.
1. Desta maneira, a pessoa fica em débito então com a seita e procura de
algum modo retribuir.
5. Elogios que fazem a pessoa pensar que é o centro das atenções.

B. Muitas seitas usam a influência da Bíblia ou mencionam Jesus como sendo um deles;
dando validade assim ao seu sistema.

1. Escrituras distorcidas
2. Usam versículos tirados da Bíblia fora do contexto
3. Então misturam os versículos mal interpretados com a filosofia aberrante
delas.

C. Envolvimento gradual

1. Alterando lentamente o processo de pensamento e o sistema de convicção da
pessoa, através da repetição dos seus ensinos (condicionamento).
1. As pessoas normalmente aceitam as doutrinas de uma seita um ponto
de cada vez.
2. Convicções novas são reforçadas por outros membros da seita.
4. Por que alguém seguiria uma Seita?

A. A seita satisfaz várias necessidades:

1. Psicológica - Alguém pode ter uma personalidade fraca, facilmente ma-
nipulável.
2. Emocional – A pessoa pode ter sofrido um trauma emocional recente ou
no passado
3. Intelectual – O membro tem perguntas que este grupo responde.

B. A seita dá a seus membros a aprovação, aceitação, propósito e uma sensação
de pertencer a algum grupo.

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C. A seita pode ser atraente por algumas razões. Podem ser. . .

1. Rigidez moral e demonstração de pureza
2. Segurança financeira
3. Promessas de exaltação, redenção, "consciência mais elevada" ou um
conjunto de outras recompensas.

5. Como as pessoas são mantidas na Seita?

A. Dependência:

1. As pessoas querem freqüentemente ficar porque a seita vai de encontro
às suas necessidades psicológicas, intelectuais e espirituais.

B. Isolamento:

1. O contato com pessoas de fora do grupo é reduzido e cada vez mais a
vida do membro é construída ao redor da seita.
2. Fica muito mais fácil então controlar e moldar o membro.

C. Reconstrução cognitiva (Lavagem cerebral):

1. Uma vez que a pessoa é doutrinada, os processos de pensamento de-
les/delas são reconstruídos para serem consistentes com a seita e ser
submisso a seus líderes.
2. Isto facilita o controle pelo(s) líder(es) da seita.

D. Substituição:

1. A Seita e os líderes ocupam freqüentemente o lugar de pai, mãe, pastor,
professor etc.
2. Freqüentemente o membro assume as características de uma criança
dependente, que busca ganhar a aprovação do líder ou do grupo.

E. Obrigação

1. O membro fica endividado emocionalmente com o grupo, às vezes fi-
nanceiramente, etc.

F. Culpabilidade

1. É dito para a pessoa que sair da seita é trair o líder, Deus, o grupo, etc.
2. É dito também que deixar o grupo é rejeitar o amor e a ajuda que o gru-
po deu.

G. Ameaça:

1. Ameaça de destruição por "Deus" por desviar-se da verdade.
2. Às vezes ameaça física é usada, entretanto não freqüentemente.
3. Ameaça de perder o apocalipse, ou ser julgado no dia do julgamento,
etc.
6. Como podemos tirar alguém de uma Seita?

A. A melhor coisa é não tentar um confronto direto no primeiro encontro, o que pode
assustar o membro e afastá-lo de você.

B. Se você é um Cristão, então interceda em oração pela pessoa primeiro.

C. Para tirar uma pessoa de uma seita é necessário tempo, energia, e apoio.

D. Ensine a verdade:

1. Dê-lhe a verdadeira substituição para o sistema de convicção aberrante que
ela aprendeu, ou seja, o Evangelho da Graça de Jesus Cristo.

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2. Mostre as inconsistências da filosofia do grupo, à luz da Bíblia.

3. Estude a seita e aprenda sua história, buscando pistas e informações

E. Tente afastá-lo fisicamente da seita por algum tempo, para quebrar o laço de isola-
mento.

F. Dê o apoio emocional de que ele precisa.

G. Alivie a ameaça de que se ele deixar o grupo, estará condenado ou em perigo.

H. Geralmente, não ataque o líder do grupo, deixe isso para depois. Freqüentemente
o membro da seita tem lealdade e respeito para com o fundador ou líder.

I. Confronte outros membros da seita ao mesmo tempo, somente quando for inevitável.

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4 - VOCÊ JÁ FOI ENGANADO?

Talvez isso tenha acontecido à porta de sua casa, quando algum vendedor treinado para
persuadir e usando de artimanhas o fez comprar algo inútil. O engano é geral! Há engano
em todas as áreas da vida, e especialmente no setor religioso! Vivemos numa época em que
muitas seitas se propagam em velocidade inacreditável. Os representantes das seitas sa-
bem muito bem como podem vender suas heresias a pessoas de boa-fé por meio de pala-
vras convincentes. Muitas vezes as seitas apelam para a Palavra de Deus e usam o
nome de Jesus Cristo. Em um primeiro momento, freqüentemente, suas palavras parecem
convincentes e verdadeiras. Mas: Cuidado - é engano! A Bíblia nos adverte seriamente a
respeito: "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se proce-
dem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora" (1 Jo 4.1). De que
consiste a diferença entre uma seita e a verdadeira fé bíblica em Jesus Cristo? Como se
reconhece uma seita? Faça a prova com três perguntas:

1. Quem é Jesus Cristo?

As seitas negam a pessoa do Senhor Jesus - elas falam de um "Cristo cósmico" ou negam a
Sua soberania divina. Nelas não é Jesus que está no centro, mas a pessoa do seu "guia",
"profeta", "apóstolo"ou "guru". Entretanto, a Bíblia declara que Jesus Cristo é o único Deus
verdadeiro. Ele se tornou homem para morrer na cruz por todos os homens. Ele ressuscitou
corporalmente e vive por toda a eternidade (1 Jo 5.20; Cl 2.9; Mc 10.45 e 1 Co 15.3ss).

2. O que é a Bíblia?

Muitas vezes as seitas usam, de fato, partes da Bíblia, mas além dela ainda têm as suas
doutrinas especiais, "novas revelações" e "visões", que colocam no mesmo nível da Palavra
de Deus, a Bíblia. Porém, a própria Bíblia legitima-se como a Palavra de Deus inspirada.
Tudo o que precisamos saber sobre Deus, sobre Jesus Cristo e Seu grandioso plano com
este mundo e com nossa vida é revelado exclusivamente pela Sagrada Escritura (2 Tm
3.16). Deus nos adverte para não irmos além do que está escrito na Bíblia (Ap 22.18-19; 1
Co 4.6).

3. Como posso encontrar a Deus? Como alcanço a vida eterna?

As seitas condicionam a salvação à filiação a sua organização. Seus membros devem trei-
nar certas práticas de meditação ou cumprir outras normas de conduta. A Bíblia, pelo contrá-
rio, ensina: você é salvo e recebe a vida eterna de Deus única e exclusivamente pela fé pes-
soal em Jesus Cristo e por Sua graça (Jo 3.16; 14.6; 1 Tm 2.5; At 4.12).
Cuidado para não cair nas armadilhas de qualquer seita. Por isso, informe-se. Leia a Bíblia.
Conheça a Jesus Cristo e confie nEle! O Seu amor vale também para você. Ele quer trazer
luz às trevas de sua vida. Jesus Cristo diz: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não
andará nas trevas, pelo contrário, terá a luz da vida" (Jo 8.12).
Você pode vir a Ele em oração e pedir-Lhe que assuma a direção de sua vida. Ter a Jesus
significa ter vida verdadeira, vida com significado, vida eterna com Deus.
Peter Bronclik

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5 - QUADRO SINÓTICO DE SEITAS

RELIGIÕES E SEITAS

Tabela de Religiões e Seitas comparadas — nº1

Ressurreição
Nome do grupo Fundador Mensagem Igreja Deus Jesus Salvação Escrituras
de Jesus
Trindade Deus em Jesus elevou-se
Cristianismo Pela Graça,
Jesus morreu para Aqueles que são três pesso- carne. 2ª no mesmo corpo A Bíblia somente
Bíblico (Protes- Jesus Cristo através da Fé so-
salvar pecadores salvos as em um pessoa da em que Ele mor- (66 livros)
tantismo) mente
Deus Trindade reu
Jesus, sobre a
Os membros da Trindade Deus em Fora da Igreja Cató-
Catolicismo pedra que é Sacramentos, cari- Igreja Católica três pesso- carne. 2ª lica Apostólica Ro- A Bíblia (+ 7 livros
Pedro (consi- dade, culto a Maria Sim apócrifos) + a Tradi-
Romano Apostólica Ro- as em um pessoa da mana não há Salva-
derado como e aos "Santos" ção (Dogmas)
mana Deus Trindade ção
primeiro Papa)
Assim como Jesus,
Não é Deus
Alziro Za- todos poderão al- Todos são cris- Através da caridade
Legião da Boa nem teve
Vontade - LBV rur(04-03- cancar a perfeição tãos independen- Impessoal corpo huma- e reencarnações Não Livros da LBV
1949) após muitas reen- te da religião sucessivas
no
carnações.
Dr. Hippolyte Assim como Jesus, O Espiritismo é a
Não é Deus
Léon Denizard todos poderão al- Igreja restaurada Através da caridade
Espiritismo nem teve Livros de Allan Kar-
Rivail, vulgo cancar a perfeição e o Consolador Impessoal e reencarnações Não
Kardecista corpo huma- dec e outros
Allan Kardec após muitas reen- prometido por sucessivas
no
(1857) carnações. Jesus
Não é Deus;
Charles Taze
é o Arcanjo Bíblia deles (Tradu-
Testemunhas Russell Jesus abriu a porta 144.000 ungidos Jeová, que Miguel, a Obedecendo as Não ção do Novo Mundo)
de Jeová (1852-1916) para conquistarmosque irão para o é uma só primeira e ordens da Socieda- + literaturas dos líde-
Fundada em nossa salvação céu Pessoa de Torre de Vigia
única criatura res
1881
de Jeová
Um grande
""Erguer templos à
Anderson e Impessoal mestre seme-
Buscar o próprio virtude e cavar Rituais e manuais
Maçonaria Desagulliers — como força lhante a Bu- Não
aperfeiçoamento masmorras aos secretos
(Londres, 1717 superior da, Maomé, e
vícios""
etc.
Adventistas Ellen Gould Crer em Jesus e Somente os ad- Trindade Deus em Guardando o sába- Sim Bíblia e livros de Ellen

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do Sétimo Dia White observar a Lei ventistas três pesso- carne. 2ª do e os mandamen- White
(1860) as em um pessoa da tos
Deus Trindade
Membros da
Joseph Smith Alcançar a divinda- Não é Deus. A Bíblia, Livro de
Mormonismo (1805-1844) de pelas ordenan- Igreja de Jesus Tríade É irmão de Salvação pelas bo- Sim Mórmon, Doutrina e
Cristo dos San- as obras da igreja
fundado em ças do evangelho tos dos Últimos 3 deuses Lúcifer e dos mórmon Convênios, Pérola de
1830 mórmon homens Grande Valor
Dias
Madame Hele- A Doutrina Secreta,
na Blavatsky Isis sem Véu,
Teosofia (1831-1891) — — Deus é um Um grande — Não A Chave para a Teo-
princípio Mestre
fundada em sofia e A Voz do Si-
1875 lêncio
Crenças religiosas Um homem
Mary Baker Uma coletânea Presença Ciência e Saúde com
extraídas dos ensi- afinado com a Pensamento
Ciência Cristã Eddy (1821- de idéias espiri- Impessoal Não Chave para as Escri-
nos de Jesus. Re- consciência correto
1910 tuais Universal turas, Miscelânea
jeitam a expiação divina
Charles Filmo- Força Uni- Adotando a correta Revista Unitarista,
Unitarismo re(1854-1948) Os princípios gerais Uma coleção de versal Im- Um homem, Unidade através de Não Dicionário Bíblico de
do Unitarismo idéias espirituais não o Cristo
fundado 1889 pessoal principios Metafísica

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Tabela de Religiões e Seitas comparadas — nº2

Ressurrei-
Nome do
FundadorMensagem Igreja Deus Jesus Salvação ção Escrituras
grupo
de Jesus
Deus é tanto
Moon é o Rei dos Jesus foi um homem per-
positivo como Obediência e aceitação Princípio divino por Sun
reis, e Senhor feito, não Deus. Jesus Jesus não res-
Moonismo Sun Myung dos senhores, e Igreja da negativo. Não há falhou em sua missão. dos verdadeiros pais suscitou fisica- Myung Moon, Esboço
Moon(1920) Unificação Trindade. Deus (Moon e sua do Princípio, Nível 4 e a
o Cordeiro de Moon vai completar sua mente
precisa de Moon esposa) Bíblia
Deus. obra
para fazê-lo feliz
Todos são ""the- Dianética: A Ciência
tans"", espíritos Rejeita o Deus Raramente mencionado. Moderna da Saúde
Ron Hub- Salvação é a libertação
Cientologia imortais com — revelado na Bí- Jesus não morreu pelos — Mental, e outros de
bard(1954) da reencarnação
poderes ilimita- blia. pecados de ninguém Hubbard, e A Chave
dos para a Felicidade
Desistir de tudo
Cartas MO - cartas
para seguir a
Meninos de Daniel Jesus. Já usaramFamília do Pai, Filho e Espí- escritas por David "Mo-
Deus Brandt Berg a prostituição Amor rito Santo, mas Foi uma criação de Deus. — — ses" Berg. Mesmo nível
(1968) não Trindade de inspiração do Antigo
para atrair novos
e Novo Testamentos
adeptos
Deus é uma for- Jesus não res-
Escritos I Ching, hin-
Todos são deu- ça impessoal ou suscitou fisica-
Não é o verdadeiro Deus O mau carma tem que dus, budistas, taoístas,
Nova Era — ses e só preci- — princípio, não nem Salvador, mas um ser compensado com mente, mas crenças americanas
sam se conscien- uma pessoa. subiu a um
mestre elevado bom carma nativas e magia em
tizar disso Tudo e todos são nível espiritual
geral
Deus. mais alto
O homem deve
O Absoluto. Um
se conformar Libertação dos ciclos
espírito universal É um mestre ou avatar
com sua condi- de reencaranção, e
Hinduísmo — ção para alcan- — (Brahman). Vá- (uma encarnação de Vish- absorção em Brahman — Vedas, Upanishads,
rios deuses são nu). Sua morte não foi Bhagavad Gita
çar uma vida alcançadas através da
manifestações expiatória
melhor na próxi- Yoga e meditação.
dele
ma encarnação
Buda (Sid- O alvo da vida é Não existe. Buda O Nirvana (inexistên-
A Tripitaka (Três Ces-
dartha Gau- o Nirvana para é considerado cia) que pode ser al-
Budismo — — — tos),que têm mais
tama em escapar do so- por alguns como cançado seguindo-se o
de100 volumes
525 a.C.) frimento uma consciência Caminho das Oito Vias

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universal ilumi-
nada
É um dentre mais de 124
O equilíbrio entre as
Alá, um juiz se- mil profetas enviados por
Só Allah é Deus boas e más obras de- Não ressusci- Corão e Hadith. A Bí-
Maomé (610 vero. Não é des- Deus a várias culturas.
Islamismo e Maomé o seu — termina o destino eter- tou, porque nãoblia é aceita, mas con-
d.C.) crito como amo- Não é Deus, não foi cruci-
profeta no no paraíso ou no morreu siderada corrompida
roso ficado, voltará para viver e
inferno
morrer
Deus (o
Eterno),
através de O Eterno, cha- Tanach (o Velho Tes-
O Eterno é o Obediência à Lei e aos
Judaísmo Abraão, — mado de Jeová Simples judeu Negam tamento), dividido em
único Deus Mandamentos
formou o ou Iavé Lei, Profetas e Escritos
povo esco-
lhido
Zambi é único,
Solução de pro- Prática de caridade
onipotente, irre-
blemas imediatos material e espiritual
Umbanda — — presentável, Oxalá novo — Tradição oral
com a ajuda dos como meio de evolução
adorado sob
espíritos cármica
vários nomes
Primeiro
Dança religiosa
templo er-
de origem africa- Olodumarê, cria- Ao morrer o candom-
guidona
na através da dor de todas as blecista vai para o O-
Candomblé Bahia, na — — — Tradição oral
qual as pessoas coisas, eterno e rum( nove céus sob o
primeira
homenageiam todo-poderoso comando de Iansã)
metade do
seus orixás
século XIX
A evolução é um Não há Deus ou
Não há ressur-
fato científico, diabo, uma vez
Ateísmo — portanto ética e — que não podem Jesus foi um mero homem Não há vida após a reição, pois não—
morte existem mila-
moral são relati- ser provados
gres
vas cientificamente

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6 - ESTUDO SISTÊMICO DE CADA SEITA

6.1 - A IGREJA E O CANDOMBLÉ

O namoro do catolicismo com o Candomblé, na Bahia, é um fato inegável. Há períodos em
que essa aproximação está maior, mais próxima de uma festa nupcial. De quando em vez,
uma ruptura, uma desenlace, um desentendimento, tudo dependendo do grau de liberalismo
do bispo local.

Tenho as minhas dúvidas se a maioria do povo católico aceita de bom grado esse conchavo.
Seria um bom motivo para se fazer uma pesquisa de opinião, neste Brasil tão carente de
estatísticas.

A verdade é que uma das razões de alguns ou de muitos concordarem com essa tolerância
religiosa é o desconhecimento do real significado do Candomblé. Primeiramente, devemos
saber que o Candomblé, Umbanda, Quimbanda (para ficarmos só nestes) são práticas espí-
ritas, e como tal condenadas por Deus.

A autoridade suprema no Candomblé - festa religiosa de origem africana, dos iorubas, povo
africano do sudoeste da Nigéria – é o Babalorixá, pai-de-santo, babá ou babalaô. Ele é o
mestre, guia e chefe de um terreiro, encarregado de dirigir o culto aos Orixás, Mas quem são
os Orixás? Que são essas entidades a quem os candomblecistas prestam culto e adoram?
Vejamos alguns conceitos extraídos da Enciclopédia BARSA, 1977.

a) "A liturgia do candomblé reverencia a memória dos orixás, praticada por aqueles que se
acreditam seus descendentes, como forma de trazer seus espíritos de volta ao convívio dos
vivos pela reencarnação durante o culto. O nome orixá se aplica às divindades trazidas ao
Brasil pelos negros escravizados da África ocidental. Entre os escravos, orixá foi traduzido
por santo, em analogia com os santos católicos, expediente destinado a proteger o culto
contra a intolerância oficial. As cerimônias de invocação aos orixás se realizam nos terrei-
ros".

b) "Cada orixá é reverenciado com suas cores, insígnias e comidas características, danças e
gritos de saudação. Algumas das principais entidades dos cultos afro-brasileiros são: Ogum,
irmão Obaluiê e de Oxóssi, é a divindade dos que trabalham ou utilizam o ferro. Manifesta-
se como um guerreiro que dança com a espada. Seu dia da semana é terça-feira, e suas
contas são azul-escuras. Recebe sacrifícios de bodes e galos e gosta de inhame assado
com azeite. É sincretizado com santo Antônio, na Bahia, e com são Jorge, no Rio de Janei-
ro. Seu grito de saudação é "Ogum iê!".

c) "Oxóssi é o deus dos caçadores, muito popular na Bahia. Recebe sacrifícios de porcos e
bodes. Sua comida é axoxô (milho branco cozido com lascas de coco). Corresponde na Ba-
hia a são Jorge e no Rio de Janeiro a são Sebastião. Seu grito de saudação é "Okê arô!"

d) "Omolu, ou Obaluaiê, é a divindade das doenças contagiosas. Recebe sacrifícios de bo-
des e porcos. Gosta de pipoca e aberém (massa de milho branco assado em folhas de ba-
naneira). Identifica-se com são Lázaro e são Roque. Sua saudação é "Atotô!".

e) "Oxumaré é a cobra e o arco-íris, e simboliza a riqueza e o dinamismo dos movimentos. É
sincretizado em são Bartolomeu. Recebe homenagens especiais no dia 24 de agosto, o seu

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dia. Usa colares de búzios enfiados em forma de escamas de cobra, e come guguru (mistura
de feijão fradinho com milho, cebola, azeite e camarão) e caruru sem caroços de quiabo.
Recebe sacrifícios de galos. Quando dança, leva na mão uma cobra de ferro. Sua saudação
é "Aô boboi!".

f) "Iemanjá é a divindade associada à água salgada no Brasil, mas na África apenas ao rio
Ogum (que não tem nenhuma relação com o orixá Ogum). É a mãe dos outros orixás. Ge-
ralmente é representada sob a forma de sereia: cabeça, tronco e busto femininos e apêndice
caudal de peixe. Sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, das Candeias, do Carmo
ou da Piedade, recebe oferendas rituais levadas ao mar por embarcações. Seus alimentos
sagrados são o pombo, a canjica, o galo e o bode castrado, e o seu dia da semana é saba-
do. Dança vestida de azul, imitando o movimento das ondas do mar. Festejada na Bahia em
2 de fevereiro, e em 31 de dezembro, no Rio de Janeiro. Sua saudação é "Odô-iá!".

g) "Xangô é a divindade que domina trovões, raios e tempestades, simbolizada por macha-
dos de pedra num alguidar de madeira. É sincretizado em são Jerônimo. Recebe sacrifícios
de carneiros, galos e cágados. Come amalá (quiabo com camarão ou carne) e begiri (quiabo
com azeite, camarão, inhame, sal e cebola). A saudação que se dirige a ele é "Kawô kabieci-
lê!".

h) "Iansã, uma das esposas de Xangô, é o orixá dos ventos e das tempestades. É sincreti-
zada com santa Bárbara. Recebe sacrifícios de cabras, dança com mímica guerreira, e co-
me acarajé. Sua saudação é "Epa hei!".

i) "Oxum, também mulher de xangô, representa na Bahia a água doce. É sincretizada com
Nossa Senhora das Candeias. Come mulucu (feijão fradinho com cebola, sal e camarão) e
adum (fubá de milho com mel e aceite). Sua dança é faceira, mas ocasionalmente também
belicosa É saudada com o grito "Ora Iêiê ô!".

j) "Obá, a mais velha das três mulheres de Xangô, é a divindade ligada ao rio Obá, na Nigé-
ria. Raramente aparece no candomblé, mas quando o faz quase sempre briga com sua rival
Oxum. Come cabra e galinha d'angola".

k) "Oxalá, ou Obatalá, é a divindade que preside a procriação. Aceita sacrifícios de pombas,
cabras e galinhas. É saudada com o grito "Êpa-babá" e sincretizado na Bahia, com o Senhor
do Bonfim".

l) "Erê é um orixá filho de Xangô. Manifesta-se por meio de linguagem infantil e se comporta
como criança".

Como se vê, Candomblé nada tem a ver com Cristianismo. O deus-orixá, de múltiplas faces
e nomes, não é o nosso Deus. A alegação de que Deus está em toda parte, todos são filhos
de Deus, que Deus ama a todos, e por isso devemos nos aproximar dos cultos afro-
brasileiros, é, no mínimo, ingênua. Todavia, não acredito que o namoro do Catolicismo com
o Candomblé dê em casamento. A decisão de abraçar, acolher, acomodar o Candomblé
dentro dos templos católicos seria um tremendo desacerto.

O Candomblé lida com demônios; a finalidade de seus rituais é agradar aos orixás com ofe-
rendas e sacrifícios; as saudações são dirigidas aos demônios; os cânticos expressam ho-
menagens aos demônios; nos rituais de iniciação as filhas-de-santo são obrigadas a beber
sangue podre; a entregar seus corpos para serem possuídos pelos demônios; a obedecer
cegamente ao pai-de-santo, etc. E mais: nas festas do Candomblé todas as filhas-de-santo
recebem (incorporam, ficam possuídas) seus respectivos espíritos-guias. Este não é o lugar

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apropriado para um filho de Deus, um crente em Jesus, um cristão verdadeiro. Candomblé e
Cristianismo são irreconciliáveis.

Os espíritas devem ser amados e evangelizados. Mas para isso não precisamos tocar seus
atabaques, comer suas iguarias contaminadas e cantar seus hinos satânicos. Não precisa-
mos ir aos quintos dos infernos para evangelizar a Satanás. Não existe e nunca existirá con-
ciliação entre as trevas e a luz: "Que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comu-
nhão tem a luz com as trevas? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Pelo
que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos
receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-
poderoso" (2 Coríntios 6.14-18).

Uma coisa é certa: a Igreja do Senhor Jesus, assim entendido o Corpo de Cristo, não come,
nunca comeu e jamais comerá das mãos dos Orixás, do Exu, do Pomba-gira, do Preto-
Velho, de Iemanjá ou de qualquer demônio. Jamais nos alegraremos com os cânticos de
louvor a Satanás; nossos templos estarão sempre fechados a qualquer prática espírita, seja
do Candomblé, da Umbanda ou Quimbanda. Mas estaremos sempre de braços abertos para
receber homens e mulheres oriundos de qualquer seita, para lhes dizer que só em Jesus
Cristo há salvação, "porque em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu
nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos
4.12).

A Igreja se manterá distante dessas práticas satânicas. Não só distante mas sempre pronta
para combatê-las com a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.

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6.2 - CATOLICISMO ROMANO

A igreja antes e depois do Século IV

O Vaticano não é igreja, mas sim um organismo político-religioso que arrogando certas prer-
rogativas se interpõe entre Deus e os Católicos, conservando-os sob sujeição; certos teólo-
gos vêem no Vaticano "O espírito do império romano com roupagens do cristianismo."

Em sucessivos concílios depois do século IV, os papas sancionaram muitos dogmas desco-
nhecidos pelos Cristãos dos primeiros 500 anos e estranhos ao Novo Testamento. A Igreja
primitiva desconhecia até então a Transubstanciação, o Purgatório, o Celibato, a Infabilidade
papal, o Culto à Maria, a Veneração de imagens, o uso da água benta, velas, etc.

Viveram nos 4 primeiros séculos milhões de Cristãos, entre eles homens veneráveis conhe-
cidos como "pais da igreja".

Anote as datas em que viveram alguns deles

Lino viveu no ano 65
Cleto no ano 69
Clemente no ano 95
Justino no ano 100
Santo Inácio no ano 110
Higino no ano 139
Papías no ano 140
Policarpo no ano 155
Santo Irineo viveu no ano 180
Orígenes no ano 220
Urbano no ano 223
São Cipriano no ano 247
São Vicente viveu por volta do ano 310
São Silvestre no ano 314
São João Crisóstimo no ano 250
Santo Antão ano 356
São Jerônimo, tradutor da Bíblia viveu no ano 340
São Genaro e São Sebastião ano 384
Ambrósio no ano 397
Santo Agostinho, bispo de Hipona, viveu no ano 420, etc.

Agora anote as datas nas quais alguns dogmas foram introduzidos na igreja

Ano 431, a igreja começa a cultuar Maria, mãe de Jesus.
Ano 503, decretam a existência do purgatório
Ano 1476, começaram a cobrar "Missas de intenção"
Ano 783, iniciam a veneração de imagens (idolatria)
Ano 933, a igreja institui a "Canonização"
Ano 1074, instituído o Celibato
Ano 1190, começam a conceder perdão e favores espirituais por dinheiro
Ano 1208, começaram na missa, a "levantar" a hóstia para ser adorada
Ano 1414, o vinho na Ceia do Senhor começou a ser negada aos fiéis
Ano 1215, o papa Inocêncio III, por decreto instituiu a Transubstanciação
Ano 1870 declaram o papa infalível
Ano 1854, impõenm o dogma da imaculada conceição de Maria
Ano 1950, impõem o dogma sobre a Assunção de Maria

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Essas inovações foram introduzidas, como se observa, depois do século IV quando aquelas
pessoas, pais da igreja, que souberam guardar a fé, já não existiam.

Verifica-se que a Igreja Católica não é legítima quando relacionada com o Novo Testamento
e com a fé dos primeiros Cristãos.

O Vaticano e a igreja para serem honestos deveriam informar, inclusive nos calendários, que
os cristãos primitivos que festejam, não foram Católicos romanos, pois nada souberam do
festival de dogmas que foram criados – se aqueles homens vivessem hoje, fariam outra op-
ção religiosa, jamais o Catolicismo Romano.

Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria, Solus Christus
Desconhecido

Catolicismo romano

A Bíblia Sagrada e auto-explicativa; alias a regra fundamental da Hermenêutica (interpreta-
ção) e que ela seja seu próprio interprete, entretanto, para compreendermos certas coisas
ou fortalecer nossa fé em Jesus Cristo através dos seus ensinos, necessitamos recorrer a
Historia
extra-biblica, por exemplo:
Nos primeiros séculos da nossa era, havia uma única comunidade crista. Ora, Jesus havia
dito: "Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, estarei no meio deles..." "Eis que
estarei convosco, todos os dias ate a consumação dos séculos". Mt 18,20 ; 28,20

Origem do papado e do Vaticano

O cristianismo teve continuidade com bispos, pastores, presbíteros e evangelistas como Li-
no, viveu no ano 65; Cleto em 69; Clemente em 95; Justino em 100; Policarpo, ano 155; Ig-
nácio, ano 110; Irineu, por volta do ano 180; Papias, ano 140; Cipriano, bispo de Cartago,
ano 247; João Crisostomo, famoso cristão, ano 350 e outros. Entre eles não havia maior ou
menor, embora Tertuliano, advogado cristão, tenha acusado o bispo Calixto de "querer ser o
bispo dos bispos" (ano 208).
O Catolicismo romano começou a tomar forma no ano 325 quando o imperador romano
Constantino, "convertido" ao cristianismo, convocou o primeiro concilio das igrejas que foi
dirigido por Hosia Cordova com 318 bispos presentes; esses bispos eram cristãos; ainda
não havia Catolicismo romano. Constantino construiu a IGREJA DO SALVADOR num bairro
nobre de Roma, chamado Vaticanus. Os bispos (papas) de então construíram vários palá-
cios ao redor da "igreja" formando o Vaticano que hoje existe.
A Igreja recebeu o nome de "Católica" somente no ano 381 no concilio de Constantinopla
com o decreto "CUNCTUS POPULOS" dirigido pelo imperador romano Teodosio. Devido as
alterações que fez deixou de ser apostólica e não sabemos como pode ser Romana e Uni-
versal ao mesmo tempo. (Hist. Ecles.; Rivaux; Tom. 1; pg. 47).
Ate o século V não houve "papa" como conhecemos hoje. Esse tratamento terno começou a
ser aplicado a TODOS os bispos a partir do ano 304. (Ciência e Religião; Cônego Salin;
Tom. 2; pg. 56). Naqueles tempos ninguém supunha que "S. Pedro foi papa"; fora casado e
teve ambições temporais. Depois dos apóstolos, os lideres do Cristianismo foram os bispos,
os pastores e os evangelistas. A idéia de que uma relação de "papas" surgiu a partir de S.
Pedro e falsa; foi forjada para hiper-valorizar os de então.
Depois do ano 400 as Igrejas viram-se dominadas por cinco "patriarcas" que foram os bispos
de Antioquia, de Alexandria, de Jerusalém, de Constantinopla e de Roma, "útero" que gerou
o papado. As Igrejas que eram livres começaram a perder autonomia com o papa Inocêncio
I, ano 401, que dizendo-se "governante das igrejas de Deus exigia que todas as controvér-
sias fossem levadas a ele! "

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O papa Leão I, ano 440, e mencionado pelos historiadores como o primeiro Papa. Procurou
impor respeito prescrevendo que "RESISTIR SUA AUTORIDADE SERIA IR DIRETO PARA
O INFERNO". Nessa situação confusa, houve porfia entre o bispo de Constantinopla com e
de Roma sobre a liderança do Cristianismo, quando interveio o Concilio de Calcedônia, ano
451, que concedeu "direitos iguais a ambos". O papado como o conhecemos, hoje, desen-
volveu-se gradativamente sustentado, a principio, pelo Império Romano; e intruso no Cristia-
nismo e não se enquadra na bíblia, mas e identificado nas Sagradas Escrituras como "Ponte
Pequena" (Daniel 7,8).
O Estado territorial do Vaticano teve origem com o papa Estevão II, anos 741-752 que insti-
gou Pepino, o Breve e seu Exercito a conquistar territórios da Itália e doa-los a Igreja. Carlos
Magno, pai de Pepino confirmou a doação no ano 774 elevando o Catolicismo a posição de
poder mundial, surgindo o "SANTO império ROMANO sob a autoridade do Papa-Rei; esse
império durou 1100 anos. Carlos Magno já velho e arrependido por doar territórios aos pa-
pas, agonizando sofria horríveis pesadelos e lastimava-se assim: "Como me justificar diante
de Deus pelas guerras que irão devastar a itália, pois os papas são ambiciosos, eis porque
se me apresentam imagens horríveis e monstruosas que me apavoram; devo merecer de
Deus um severo castigo". (Pillati, Ed. Thompessom, Tom. III, pg. 64. Londres 1876).
O Papa Nicolau I, anos 858-867, foi o primeiro a usar coroa! Serviu-se com muito efeito de
documentos espúrios conhecidos como "PSEUDAS DECRETAIS DE ISIDORO", que surgi-
ram no ano 857. Essas falsas "decretais" eram pretensões dos bispos dos séculos I e II que
"exaltavam o poder dos papas!" foram invenções corruptas e premeditadas cuja falsidade foi
descoberta
depois da morte desse papa; havia mentido que "tais documentos estiveram por séculos sob
guarda da Igreja". As "Pseudas decretais de Isidoro" selaram a pretensão do clero medieval
com o sinete da "antiguidade" e o papado que era recente tornou-se coisa "antiga". Foi o
MAIOR EMBUSTE DA HISTORIA; esses falsos documentos fortaleceram os papas e AN-
TECIPOU EM 5 séculos o poder temporal deles e serviu de base para as leis canônicas da
igreja católica. Esse embuste ajudou o papa Gregório VII, 1073-1085 a decretar o "DIREITO
EXCLUSIVO DE GOVERNAR A IGREJA". (Pochet bíblia Handbook pg. 685).
Em 1304-1305 o rei Filipe IV, da Franca enfrentou o papa! Devido as perseguições religiosas
da igreja e por cobrarem altos tributos dos franceses, o Rei mandou um emissário a Roma
prender o pontífice e humilhou o papado ate o chão. Conduzidos para Avinhao, na Franca,
foram tratados
como meros instrumentos da Corte francesa de 1305 a 1377. Nesse período o Catolicismo
teve dois papas, ambos "infalíveis"; um em Avinhao, na Franca e outro em Roma, proferindo
maldições um contra o outro!
Com o papa gregório IX, ano 1377, a sede da Igreja voltou a ser unificada no Vaticano e no
século XV demoliram a IGREJA DO SALVADOR construindo em seu lugar a Basílica de S.
Pedro. Posteriormente, os papas envolveram-se em guerras que resultou na prisão do papa
Pio VII, no ano 1798 por Napoleão Bonaparte.
No ano 1870 o papa Pio IX governava Roma com 10 mil soldados franceses quando a Fran-
ca retirou suas tropas. Victor Emanuelli invadiu a cidade, arrebatando Roma das mãos dos
papas. Humilhados, perderam Roma e tornaram-se súditos do governo italiano. Ate 1929 o
papado esteve confinado no Vaticano; nesse ano, Pio XI e Mussolini assinaram o Tratado de
Latrão legalizando esse pequeno Estado politico-religioso que e controlado pela "Cúria ro-
mana e governado por 18 velhos cardeais italianos que por sua vez controlam a carreira dos
bispos e
monsenhores". O papa fica fora dessa pirâmide. ( Estado, 20.03.82).
O Papado e uma instituição italiana que surgiu das ruínas do extinto império Romano; so-
breviveu fazendo astutas alianças políticas como no caso dos francos e de Carlos Magno;
sobreviveu pela fraude como no caso das "Falsas Decretais de Isidoro"; sobreviveu servin-
do-se dos exércitos dos reis subservientes e também derramando sangue na inquisição.
Muitos papas foram bons homens. A igreja dos primeiros séculos abrigou muitos santos que

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no entanto, viveram fora da influencia do Vaticano; entendiam que os tais "vigários de Cristo"
eram bem menos santos que aparentavam...
Atualmente a "igreja" esta envolvida na "opção pelos pobres" procurando distribuir a riqueza
dos outros sem tocar nas suas... Com essa opção procuram atrair as massas que perderam.
O mesmo desespero sofrem na itália "onde apenas 25% dos católicos são praticantes, com-
parando-se com 41% em 1968". (Estado, 07.04.88). Se os papas não conseguem manter a
fé católica na itália, Sede da igreja e berço do papado, como esperam realizar isso viajando
por outros paises? Distanciam-se de Cristo, eriçando as classes sociais umas contra as ou-
tras e deixam ver que substituíram a mensagem eterna pelas temporais.

Rendas da Igreja e do Vaticano

Sem sustento nenhum, por estarem desacreditados, os papas e a igreja sancionaram o ble-
fe, canalizando para seus cofres quantias fabulosas, negociando cargos eclesiásticos e po-
sições que valiam fortunas. Cobravam para "canonizar um santo" naqueles tempos, 23 mil
ducados; hoje, milhões! Vendiam relíquias e "pedacinhos da Cruz de Cristo" ; negociam o
perdão de pecados mediante indulgências e amedrontavam os "fieis" com o fogo do Purga-
tório que criaram prometendo com "missas" pagas, aliviar essa situação! Desconhecendo a
bíblia e o amor de Deus, milhões acabavam aceitando esses expedientes matreiros do Cato-
licismo Romano.
O dominicano joão Tetzel tornou-se famosos vendendo documentos de indulgências da "I-
greja"; negociava uma que "dava o direito antecipado de pecar"! Vendia uma outra por alto
preço que garantia: "AINDA QUE TENHAS VIOLADO MARIA, MÃE DE DEUS, DESCERAS
PARA CASA PERDOADO E CERTO DO PARAÍSO"!
O Papa leão X, ano 1518, continuou com o blefe; necessitando restaurar a igreja de S. Pe-
dro que se rachava, utilizou cofres com dizeres absurdos tais como: AO SOM DE CADA
MOEDA QUE CAI NESTE COFRE, UMA ALMA DESPREGA DO purgatório E VOA PARA O
paraíso" (Hist. Literatura Inglesa por Tayne; vol II; pg. 35)
O purgatório é o nervo exposto da Igreja; não quer que toque! O escritor Cesare Cantu regis-
trou que o purgatório e a "galinha dos ovos de ouro da igreja" e o ex-padre Dr. Humberto
Rodhen disse que com este e outros expedientes a igreja católica recolhe por dia em todo o
mundo 500 milhões de dólares. Esse lugar de tormento tornou-se comercio espiritual a partir
do ano 1476 com o papa Sixto IV; o Catolicismo e a única instituição que "negocia com as
almas dos homens" (Ap 18.13). Com esse dogma peca duas vezes e cria problemas de
consciência para os padres: primeiro por oficializar uma inverdade; segundo por receber di-
nheiro em nome dela. Nunca informam quando as almas deixam esse lugar de tormento;
celebram missas indefinidamente por uma pessoa falecida sempre que um simplório pagar.
O confessionário cujo interrogatório "devassa os lares" serve para vários fins; em Portugal e
na Espanha usavam-no para descobrirem e informarem as autoridades o pensamento políti-
co dos generais, confessando suas esposas! Nessas "confissões" conseguem legados e
doações de beatos e viúvas chorosas que buscando "absolvição" podem ser aliciados entre-
gando terras e
propriedades. "A igreja, no Brasil, tem um vultoso patrimônio imobiliário". (Estado 25.02.80).
S. Bernardo, doutor da igreja e canonizado, dizia: O clero se diz pastores, mas o que são e
roubadores; não satisfeitos com a lã das ovelhas, bebem seu sangue! (Roma, a igreja e o
Anti-Cristo, pg. 178).

Influência do Estado do Vaticano

A influencia do Estado do Vaticano e dos papas vem diminuindo dentro e fora. O Geral dos
Minoristas, joão del Parma, canonizado, registrou que "A cúria Romana esta entregue a
charlatanearia, ao embuste e ao engano sem dar atenção as almas que se perdem!" (Salim-
bene, Vita del Parma, pg. 169).
Vazios espiritualmente, o clero recorre ao artificialismo para conservar o povo ao seu redor.
Tudo no Catolicismo e muito colorido. Se o papa celebrasse as cerimônias civicamente tra-
jado como os pastores das igrejas cristas, reduziriam em 70% os curiosos; por essa razão a

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indumentária deles e de espantar! Conforme o cerimonial, o papa apresenta-se com a Casu-
la, a
Mitra, o Báculo, a Estola, a Meseta, a Batina, o Manto, o Palio, a Roqueta, a Faixa, o Solide-
o, a Coroa, a Tiara, o Escapulário, as Luvas de seda e os Sapatos de Pelica vermelha, tudo
muito colorido e atraente! O Papa joão Paulo II acrescentou mais uma peca na sua indumen-
tária: "colete a prova de bala". Comprou dois deles na empresa americana Armoured Body
(Jornal de Milão II Giorno).
"A maioria católica" mencionada pelo clero para humilhar as Igrejas Cristas, encontra-se, na
verdade, nos paises subdesenvolvidos e mal alfabetizados. Essas nações devem cobrar do
Catolicismo Romano que abraçaram a ma situação em que se encontram. Por séculos a
igreja não alfabetizou já de ma fé, objetivando explorar massas humanas com crendices;
impediram povos de examinarem a bíblia, fonte de progresso e liberdade. Quando o clero
menciona "religiões minoritárias" esquece milhões de cristãos exterminados pelos papas,
retardando sua multiplicação.

Vaticano em seus concílios altera a doutrina cristã

Dogmas criados pela igreja católica são tão indiscutíveis entre eles que ate impedem padres
a raciocinar e decidir entre o certo e o errado. Muitos baseados em lendas e suposições;
outros, impregnados de crendices que rebaixam o nível do Cristianismo; quase todos com
fins lucrativos, outros conferem ao clero certa autoridade e influencia ate que a sociedade
fique
esclarecida.

Algumas alterações estranhas as Sagradas Escrituras:

Ano 304 d.C.: Os Bispos começaram a ser chamados de papa.
Ano 310 d.C.: Introduzidas orações pelos mortos.
Ano 320 d.C.: começaram a acender velas.
Ano 325 d.C.: Constantino celebra o primeiro concilio das igrejas.
Ano 375 d.C.: Adoração de "santos" (ídolos).
Ano 381 d.C.: A Igreja crista recebe o nome de católica.
Ano 394 d.C.: Culto cristão e substituído pela missa.
Ano 416 d.C.: começaram a batizar crianças recém-nascida.
Ano 431-432 d.C.: Instituído culto a virgem Maria, mãe de Jesus.
Ano 503 d.C.: Começa a existir o purgatório. Em 593 d.C.: Foi introduzida
sua doutrina.
Ano 606 d.C.: Supremacia papal.
Ano 709 d.C.: Costume de beijar o pe do papa.
Ano 787-788 d.C.: adoração/culto as imagens de escultura.
Ano 830-840 d.C.: A Igreja começa a utilizar ramos e a tal "água benta".
Ano 933-993 d.C.: Instituída a canonização de "santos".
Ano 1074 d.C.: instituição do Celibato.
Ano 1090 d.C.: Introduzido o terço.
Ano 1140 d.C.: Sete sacramentos.
Ano 1184 d.C.: inquisição. Efetivada posteriormente.
Ano 1190 d.C.: instituída a venda de indulgências.
Ano 1200 d.C.: A Ceia do Senhor e substituída pela hóstia.
Ano 1215 d.C.: instituída a Transubstanciação.
Ano 1216 d.C.: instituída a Confissão.
Ano 1316 d.C.: Introduzida a Ave Maria.
Ano 1415 d.C.: O cálice que era da Santa Ceia ficou só para o clero.
Ano 1439 d.C.: Decretado o purgatório.
Ano 1546 d.C.: Introduzidos livros apócrifos na bíblia. (Tobias, judith,
Sabedoria, Macabeus I/II, Eclesiástico e Baruque).

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Ano 1854 d.C.: Anunciada conceição imaculada da virgem Maria.
Ano 1950 d.C.: Ascensão da virgem Maria.

A palavra "protestante" apareceu quando Clemente VII, 1529, tentou impedir que o Evange-
lho fosse pregado em alguns estados da Alemanha. Os cristãos não católicos fizeram um
protesto contra essa pretensão do papa e receberam o nome de protestantes, aplicado, hoje
a todos os evangélicos.

A Igreja depois do século IV

No ano 933, quando instituída a "canonização", essa distinção da igreja tem concedida in-
clusive por ato de bravura, como matar protestantes e maçons. Anchieta, por exemplo, em 9
de fevereiro de 1558 na Baia de Guanabara ajudou os índios a enforcarem o holandês pro-
testante Jacques Le Balleur e afogarem seus companheiros na mar.
A transubstanciação (hipotética transformação do pão e vinho no corpo e sangue de Cristo)
foi proclamada pelo papa inocêncio III, ano 1215. Os cristãos resistiram, mas foram derrota-
dos em 1551 por um decreto papal.

Confronto Bíblia - Catolicismo Romano

Nos primeiros séculos a Igreja lutou contra os concílios dos papas, mantendo as doutrinas
Cristas originais. são Cipriano, bispo de Cartago (249-258), alertava: "não recebe opinião
diferente das sagradas Escrituras, seja de quem for!" são Jerônimo (340-420) dizia o mes-
mo: "Se estiver escrito recebemo-lo, se não estiver escrito não receberemos, o que eles a-
presentam como tradição a Palavra de Deus o vergasta!" (Veja Adv. Creseon, pg. 40 e In.
Agg. Proph. Cap. 1, n.2)
1-adoração:
bíblia: "só a Deus adoraras e só a Ele serviras" ... "em espírito e em verdade"...
Catolicismo Romano:as imagens tem prioridade por serem os "esteios" da igreja. No rosá-
rio ha 166 contas, sendo 150 para as "Ave Maria" e apenas 16 para os "Padre Nosso".
2-MEDIAÇÃO:
bíblia: "só ha um Deus e um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo" e Pedro con-
firmou: "debaixo do céu não ha outro nome pelo qual devamos ser salvos"... (ITm 2.5 e At
4.12)
Catolicismo Romano:Maria, mãe de Jesus e tido como "Medianeira" e ate bispos e padres
se fazem de mediadores e perdoadores de pecados como se fosse possível substituir Cristo.
Agem como impostores.
3-ETERNIDADE E SALVAÇÃO
bíblia: "Quem crer e for batizado salvo". "Crê no Senhor Jesus Cristo e será salvo tu e tua
casa"...outros... (Mc 16, 15-16 e Atos 16, 31)
Catolicismo Romano:Apesar daquelas palavras de Jesus, Dom Helder Câmara entrevista-
do pela revista Veja n. 867, disse que "não tinha certeza de sua própria salvação". Se um
bispo esta nessa situação espiritual, que dizer de um católico comum? Bispos e Padres,
quando faleceu Tancredo Neves proclamaram que "Os anjos levaram a alma de Tancredo
Neves para os braços de Deus". Uma semana depois a igreja deu marcha-a-ré ordenando
missas a favor da alma de Tancredo nas "chamas do purgatório"!

4-PURGATÓRIO E LIMBO: são lugares intermediários para onde vão as almas.
Esses lugares não existem, mas rendem lucros para a igreja católica; ela não abre mão!
Nesse aspecto a igreja foi "hábil" dizendo que no purgatório "os mortos se comunicam com
os vivos através das missas". O Limbo, dizem, abriga as almas das crianças que morrem
sem batismo,
todavia podem receber almas especiais que não vão aquele tormento! Nos Evangelhos não
constam nada dessas crendices.
Os que se aprofundam no estudo das Escrituras descobrem que o catolicismo Romano e
descrito na bíblia, de maneira figurada como "Uma mulher embriagada com o sangue dos

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santos e das testemunhas de Jesus", devido as perseguições e a inquisição cometidas con-
tra os cristãos não católicos. Ap 18

A estrapada

A Estrapada foi um instrumento de suplicio que a igreja católica usou nos tempos da inquisi-
ção (500 anos) e tirou a vida de milhares de pessoas inocentes. Cardeais e bispos presenci-
avam o espetáculo; a ocasião era importante, iam queimar 6 cristãos Luteranos; os mais
corajosos tiveram suas línguas cortadas para não sensibilizarem os carrascos com suas o-
rações ou citações bíblicas.
João Huss, Reitor da universidade de Praga, Boemia, pregou contra o culto as imagens e
mostrou que na bíblia não havia purgatório; por isso foi queimado vivo em praça publica. Por
denunciar suas imoralidades (pai de muitos filhos ilegítimos), o papa Alexandre VI (1492-
1503), considerado o mais devasso de todos (amante da própria filha, Lucrecia Borgia)
mandou enforcar o grande orador cristão, jerônimo Savonarola.
John Wicliff, queimado e muitos outros. A Reforma veio em 1517 ao "tocar" da trombeta do
Monge Martinho Luthero. vários paises se ergueram como gigantes! Luthero relacionou a
bíblia com Catolicismo e ficou perplexo; disse ao Papa: "Raciocinemos sobre isto!" e o Papa
respondeu: "Submete-te ou morreras queimado!"
BIBLIOGRAFIA

1)O ESTADO DO VATICANO (Documentário) 11o edição ilustrada- Pr. Lauro de Barros
Campos
2) ABECARENSE No 38, julho/98, Moji das Cruzes, S.P. Ano XI

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O apóstolo Pedro foi Papa?

Dentro do sistema católico-romano, Pedro é considerado mais do que apóstolo e servo de
Jesus Cristo; ele é designado como "representante de Cristo na terra, fundamento da
sua Igreja... o pastor universal de todos em nome de Cristo" (John Francis Noll e Lester
J. Fallon, Father Smith Ins-tructs Jackson, St. Louis, 1949, pgs. 48, 49), o primeiro na linha-
gem dos papas da Igreja Católica Romana. Este dogma é oficialmente definido como segue:
"A cátedra apostólica e o pontífice romano mantém supremacia sobre o mundo todo;
o pontífice romano é o sucessor de Pedro, o príncipe dos apóstolos, verdadeiro vigá-
rio de Cristo, e cabeça da igreja; ele é o pai e mestre de todos os cristãos; e, em Pe-
dro, lhe é outorgado poder integral, por nosso Senhor Jesus Cristo, para nutrir, dirigir
e governar a igreja universal, em conformi-dade com o que se acha contido nos atos
dos concílios gerais e nos santos cânones" (Concílio de Florença, Sess. X).
À definição da autoridade papal sobre a igreja, o Concílio Vaticano de 1870 adicionou a se-
guinte condenação: "Se alguém disser que Pedro não foi ordenado príncipe de toda a
Igreja Militante, ou afirmar que ele recebeu diretamente de nosso Senhor Jesus Cristo
somente uma supremacia de honra e não de jurisdição real e verdadeira, seja anáte-
ma".
Vejamos agora os principais argumentos e textos bíblicos apresentados por católicos em
sua tentativa de provar que Pedro foi o primeiro papa, o cabeça e fundamento da igreja.

1. Pedro é a pedra sobre a qual a igreja é edificada

"Também te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16:18).
A importância dessa passagem como prova de ser Pedro o fundador da igreja, manifesta-se
para os católicos no fato de estar ela (também 21:15) inscrita em enormes letras no interior
da cúpula da catedral de São Pedro em Roma, de maneira que possa ser lida do pavimento
inferior. Este texto é considerado pelos católicos como a carta-magna do papado.
O que Cristo quis dizer com as palavras: sobre esta pedra edificarei a minha igreja"? A
interpretação católica romana é que "esta pedra" se refere a Pedro, por ser "papa" a tradu-
ção literal, do seu nome. Mas, se Cristo desejasse afirmar que Pedro seria a pedra funda-
mental da igreja, Ele teria empregado linguagem simples, comum, literal, assim como: "Tu
és Pedro e sobre ti edificarei a minha igreja."
O fato do ponto de vista católico sobre esta passagem estar errado, evidencia-se pela au-
sência das palavras "tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja" em Mar-
cos 8:29 e Lucas 9:20, passagens paralelas à de Mateus 16:18. Nesses versículos, Jesus
pergunta: "Mas vós quem dizeis que eu sou?", e Pedro respon-de: "Tu és o Cristo"
(Marcos) ou "O Cristo de Deus" (Lucas). Com a resposta de Pedro o assunto em discussão
fica encerrado.
Se o dogma da superioridade de Pedro é verdadeiro e de tamanha importância, como a Igre-
ja Católica ensina, não parece praticamente inconcebível que os registros de Marcos e de
Lucas nada tenham a dizer sobre isso? Os católicos alegam que a narração de Marcos não
faz referência a Pedro, como sendo "a pedra", porque foi baseada em informação prestada
por Pedro, e que por modéstia Pedro omitiu qualquer referência a si mesmo como funda-
mento da igreja. Se tal conclusão fosse verdadeira, seríamos forçados a crer que
a modéstia de Pedro ao guardar silêncio sobre assunto de tanta importância indicaria que
ele mesmo não tinha em tão grande conceito o cargo que lhe fora supostamente conferido.
E, por que silenciaria Lucas a respeito do assunto? "Não é incrível que Lucas ignorasse
uma declaração tão importante: o estabelecimento de um monarca na igreja de Deus e
soberano do colégio apostólico"? (Issac Barrow, Works, 6.51.)
Um exame da linguagem de Mateus 16:18 destrói a interpretação de que Pedro é "a pedra".
O nome "Pedro no grego está no gênero masculino, Petros, e significa Pedra Pequena. A
palavra "pedra" é do gênero feminino - Petra. Jesus não disse que edificaria sua igreja sobre
Pedro, Petros, pequena pedra, mas sim sobre Petra, uma rocha. Os católicos refutam es-

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sa distinção do uso de petros e petra, sustentando que ao falar Jesus empregou o idioma
aramaico, no qual Pedro e pedra grande ou rocha são a mesma coisa (Kepha), não haven-
do diferença de gênero nessa língua. Contudo, não há prova alguma
de que Mateus tenha escrito seu evangelho exclusivamente em aramaico, se é que o fez. E,
desde que não temos nenhum manuscrito original escrito diretamente por Mateus, mas sim
diversos textos antigos em grego, podemos muito bem supor que ele tenha escrito em gre-
go. E, em todos esses textos gregos, Mateus 16:18 emprega os termos, petro e petra, os
quais temos a certeza de que dão o verdadeiro sentido das palavras originais pronunciadas
por Jesus.
O que é, portanto a rocha, "a pedra" ou fundamento sobre o qual a igreja é construída de
acordo com Mateus 16:18? Não se trata da pequena pedra, "petros" ou Pedro, mas da rocha
sólida, da "petra", a grande verdade expressa na confissão de Pedro: "Tu és o Cristo, o
filho do Deus vivo" (Mateus 16:16). As escrituras fornecem evidências abundantes para
esta
conclusão: "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o
qual é Jesus Cristo (1 Corintios 3:11). "...bebiam de uma pedra espiritual que os seguia.
E a pedra era Cristo" (1 Coríntios 10:4). Em seu comentário sobre Mateus 16:18, Elliott a-
presenta a seguinte e
significativa explanação: "A palavra grega petros ou Pedro, não indica uma grande pe-
dra ou rocha, apesar de estar ligada de certa maneira a PETRA, uma rocha, pois quer
dizer, pedra ou pequeno pedaço de rocha. Compreende-se então que o VERDADEIRO
FUNDAMENTO expresso na figura de petra ou rocha, é superior em dignidade á pala-
vra precedente PETROS ou PEQUENA PEDRA, da mesma forma que PETRA, verdadei-
ra rocha, é superior à simples pedra ou fragmento de rocha; porque rocha é a expres-
são figurada regularmente usada nas Escrituras para designar o supremo Senhor: O
senhor é a minha rocha (Samuel 22:2; Salmos 18:2). Muitos outros exemplos poderiam
ser apresentados para demonstrar que a expressão usada pelo Senhor na ocasião não
significava nada menos que a sua dignidade divina como declarada por Pedro no con-
texto anterior: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Charles Elliott, Deli-neation of Ro-
man Catholicism, New York, 1841, II, pg. 186).
Jesus é na verdade citado nas Escrituras como sendo uma pedra, mas no sentido de rocha
sólida, angular, ou fundação sobre a qual nós cristãos somos edificados como pedras vivas,
que compõem a igreja: "Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados
casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espiritu-
ais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Pois isso está na Escritura: Eis
que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será de
modo algum envergonhado" (1 Pedro 2:5- 6).
Em Efésios 2:19-22, os apóstolos e profetas são designados como fundação secundária da
igreja; e ainda em conformidade com outras escrituras sobre o mesmo assunto, Jesus é re-
tratado como fundamento principal, básico, a pedra angular sobre a qual se sustém toda a
igreja: "... família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas,
sendo ele mesmo Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado,
cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais
sendo edificados para habitação de Deus no Espírito."
Observa-se que Pedro não recebeu uma posição especial nessa descrição. Todos os após-
tolos estão relacionados da mesma forma que ele à igreja; todos fazem igualmente parte da
fundação secundária. Conway tenta escapar do significado desta conclusão, ao declarar: 'A
igreja é de fato edificada sobre os Apóstolos e os Profetas, mas não da mesma manei-
ra, pois, com certeza, os profetas não eram doutrinadores no mesmo sentido dos A-
póstolos" (B.L. Conway, Question Box, New York, 1903, pg. 201). Supondo-se que seja
verdade, na passagem que está sendo considerada, haver Paulo feito distinção entre após-
tolos e profetas, no sentido da superioridade entre uns e outros, que prova nos apresenta
Conway da existência de uma distinção entre Pedro e os demais apóstolos? Para concordar

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com Conway, Paulo deveria ter escrito: "..... família de Deus; edificados sobre o funda-
mento do papa Pedro, dos apóstolos e profetas..."
E os chamados "Pais" religiosos da antigüidade, teriam concordado quanto ao significado de
Mateus 16:18? O Dr. Kendrick, arcebispo católico de St. Louis, reuniu assim as várias inter-
pretações daqueles "Pais":
1. Dezessete Pais designaram Pedro como a pedra sobre a qual a igreja é edificada.
2. Oito Pais, incluindo Orígenes, Cipriano, e Jerônimo, ensinaram que todo o colégio
apostólico é a rocha, ou pedra.
3.Quarenta e quatro Pais, incluindo Gregório de Nissa, Crisóstomo, Hilário e Ambró-
sio, designaram a confissão de Pedro quanto à filiação divina de Cristo, como a pedra.
4. Dezesseis Pais ensinaram que o próprio Cristo é a pedra" (David Schaff, Our Father's
Faíth and Ours, New York, 1928, pg. 249).
Dessa informação, concluímos que nem mesmo os líderes religiosos sobre cujos ensina-
mentos a Igreja Católica Romana se apoia extensivamente, concordavam quanto à suposta
carta-magna do papado, Mateus 16:18. Prova-se assim que é falsa a declaração de Belar-
mino ao dizer que a interpretação desta passagem que indica Pedro como a pedra sobre a
qual se edifica a igreja, tinha "o apoio de toda a igreja, tantos dos Pais gregos quanto
dos latinos" (Ibid., pg. 343).

2. As chaves do reino dos céus foram dados a Pedro

"Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares na terra, terá sido ligado nos
céus; e o que desligares na terra, terá sido desligado nos céus" (Mateus 16:19)
A Igreja Católica Romana ensina que "Pedro não recebeu as chaves (do reino dos céus)
particularmente, mas como supremo pastor, e em benefício da Igreja" (Peter Dens, de
Eccles., n.0 91, tom. III, pg. 433). Conway declara: Cristo, o portador da Chave (Ap. 3.7)
prometeu fazer de Pedro o portador da Chave no seu reino; isto é, ter completo poder
e jurisdição na Igreja" (Conway, obra citada, pg. 197).
O fato de Jesus ter prometido dar a Pedro as chaves do reino dos céus, simbolizando o po-
der de ligar e desligar, é sem dúvida ensinado em Mateus 16:19, mas isto não significa que
esta promessa prove que Pedro foi nomeado supremo pastor da igreja nem que as prerroga-
tivas inclusas nessa promessa tenham dado autoridade superior a Pedro em relação a seus
companheiros apóstolos.
O propósito declarado para o qual Jesus deu "as chaves" a Pedro, abrange a autoridade que
Ele concedeu a todos os apóstolos, incluindo o poder de conceder aos homens os meios
para entrar no reino dos céus, ou igreja. O único ponto que pode ser anotado a favor de Pe-
dro neste sentido, sobre seus colegas apóstolos, é que ele foi o primeiro a fazer uso das
"chaves" em benefício de judeus e gentios; quando es-tendeu a lei de Cristo, o meio de
ingresso na igreja, aos primeiros no primeiro dia de Pentecostes após a ascensão do Senhor
(Atos 2) e aos últimos na casa de Cornélio (Atos 10).
Todavia, todas as vezes em que os demais apóstolos pregaram o evangelho a judeus ou a
gentios, estavam exercendo a mesma autoridade que Pedro no uso das "chaves". Além dis-
so, também em nossos dias, a mesma autoridade apostólica no que concerne ás "chaves do
reino", entra-da na igreja de Cristo, está sendo utilizada.
O argumento de ter Jesus expressamen-te prometido em Mateus 16:19 dar "as chaves" a
Pedro, não prova coisa alguma a favor da supremacia do apóstolo sobre seus companhei-
ros. É simplesmente natu-ral que o Senhor especificasse Pedro como recipiente das "cha-
ves" naquelas circuns-tâncias, quando foi Pedro quem fez a boa confissão em resposta à
pergunta de Jesus: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?" (Mateus 16:15). Elliott faz aqui
um comentário adequado: "Cristo não prometeu as chaves exclusivamente a Pedro,
como também não prometeu abençoá-lo de maneira exclusiva, ao dizer: "Bem-
aventurado és Simão Barjonas porque não foi carne nem sangue quem to revelou,
mas meu pai que está nos céus". Cristo tinha perguntado a todos os apóstolos:
"Quem dizeis que eu sou?" Pedro respondeu então em nome de todos: "Tu és o Cris-
to, o Filho do Deus vivo". Diante disso, poderíamos tanto dizer que Cristo abençoou

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unicamente a Pedro, com exclusão dos demais, como prometeu as chaves apenas a
ele" (Elliott, obra citada, pg. 189).
Que a autoridade expressa nas palavras "o que ligares na terra terá sido ligado nos
céus, e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus", simbolizada pelo poder
das chaves entregues aos apóstolos, não foi uma prerrogativa exclusiva concedida a Pedro,
fica confirmado em João 20:21-23, onde Jesus declarou a todos os seus apóstolos: "Paz
seja convosco: Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito
isto, soprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Se de alguns perdoar-
des, os pecados, são-lhes perdoados; se lhes retiver-des, são retidos". Isto explicou o
conceito de ligar e desligar. Quando as pessoas rejeitam a autoridade de Cristo expressa no
ensinamento de todos os apóstolos (não apenas de Pedro), recusando-se assim a obedecer
ao evangelho, seus pecados permanecem, ou elas ficam escravizadas aos mesmos; mas,
ao aceitar e
obedecer à verdade, os pecados são perdoados, libertando a pessoa. Cf. Apocalipse 1:5.
No processo de libertação dos pecados pela obediência ao evangelho, a autoridade de Cris-
to expressa na doutrina apostólica, a porta do reino dos céus, é aberta aos homens; mas ao
rejeitar o evangelho, esta porta é fechada, e a pessoa continua presa aos seus pecados.
Esta é a explanação lógica e escriturística do poder simbólico das "chaves" investido na au-
toridade dos apóstolos. Cf. 1 João 4:6.
O Senhor, continuando a discutir o assunto, representa o poder apostólico de ligar e desligar
como pertencente a toda a igreja e não somente a Pedro: "Em verdade vos digo que tudo
o que ligardes na terra, terá sido ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra, terá
sido desligado no céu" (Mateus 18:18). Estude cuidadosamente a passagem dentro do
seu contexto.

3. O poder de firmar ou fortalecer a igreja, foi dado a Pedro

"Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo. Eu, po-
rém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres,
fortalece os teus irmãos" (Lucas 22:31-32).
Noll e Fallon, ao tentarem provar aqui a superioridade de Pedro, fazem o seguinte comentá-
rio: "Dirigindo-se a Pedro, Cristo lembrou-o de que Satanás estava conspirando contra
todos os apóstolos ("vós" no verso 31 é plural no grego): "Eu, porém, roguei por ti,
para que a tua fé não desfaleça; tu, porém quando te converteres, fortalece os teus
irmãos". As palavras "tu" e vos , em Mateus 16:19 e Lucas 22:32, também em João
21:15-17, têm aberto os olhos de milhares de pessoas quanto ao lugar ocupado por
Pedro na Igreja" (NolI and Fallon, obra citada, pg. 49).
Não podemos ver como Lucas 22:32, ou os outros versículos mencionados, poderão abrir os
olhos de alguma pessoa que bus-que a verdade de Deus em referência ao dogma "o lugar
de Pedro na Igreja" é o de papa. É verdade que a palavra "vós" está no plural (Lucas 22:31)
em grego, referindo-se assim a todos os apóstolos e, que, no verso 32 Jesus volta-se parti-
cularmente para Pedro. Mas, será que o fato do Senhor mencionar expressamente que orou
a favor de Pedro, significa que não fez o mesmo em benefício de todos os outros? Certa-
mente que NÃO. Dá Ele ordem a Pedro para firmar ou fortalecer
seus irmãos, como prerrogativa exclusiva? Novamente dizemos: NAO. Em grego "fortalecer"
é termo encontrado também em Atos 14:22; 15:32, 41; 18:23, quando Paulo e Barnabé con-
firmavam (firmavam ou fortaleciam) as igrejas de Cristo na Síria e Cilícia; e Judas e Silas
confirmavam os irmãos de Antioquia; e, ainda, quando Timóteo confirmava a igreja de Tes-
salônica.
Bem longe de ser prerrogativa exclusiva de Pedro, o fato de fortalecer ou confirmar os ir-
mãos foi uma autoridade concedida a todos os apóstolos, e até mesmo aos evangelistas que
não eram sequer apóstolos, tais como Judas, Silas e Timóteo. A luz dos fatos mencionados,
torna-se completamente absurdo o comentário de Conway: "Pedro foi ordenado de manei-
ra exclusiva... para confirmar os irmãos" (Conway, obra citada, pg. 197).

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Em seus comentários sobre Lucas 22: 31-32, Salmon declara: "Posso, de passagem,
mencionar outra escritura (2 Corintios 11:28), onde Paulo se mostra estranhamente
ignorante das prerrogativas de Pedro. Pois, tendo enumerado alguns de seus traba-
lhos e sofrimentos pela causa do Evangelho, ele acrescenta: "Além das coisas anteri-
ores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas". Se,
de acordo com a teoria romana, o cuidado de todas as igrejas era jurisdição de Pedro,
São Paulo se mostrou pouco razoável ao reclamar das dificuldades enfrentadas ao se
intrometer no que competia a outro homem. Nesse caso, São Paulo se tornaria o que
São Pedro chama de ALLOTRIOEPISKOPOS (1 Pedro 4:15)" (George Salmon, The Infali-
bility of the Church, pg. 343).
Mas, por que Jesus enfatizou de forma expressa o ter rogado por Pedro naquela ocasião?
Por causa do perigo especial que o confrontava, devido ao seu temperamento impetuoso.
Verdadeiramente, todos os apóstolos tinham sido clamorosos em seus protestos de lealdade
ao Senhor na noite da traição, quando Ele profetizou que todos se escandalizariam por sua
causa (Mateus 26:31-35), mas ninguém se mostrou tão presumido quanto Pedro. Jesus sa-
bia que tal confiança em si mesmo seria a causa da queda de Pedro. Assim, o
Senhor profetizou: "Afirmo-te, Pedro, que hoje três vezes negarás que me conheces,
antes que o galo cante" (Lucas 22:34). E, dito e feito. Depois da fuga dos outros discípulos,
o impetuoso e convencido Pedro, sem perceber a perigo que corria a sua fé, colocou-se nu-
ma posição em que o seu relaciona-mento com Jesus foi exposto ao ridículo, e fraquejou
dolorosamente ao negar o Senhor três vezes, como havia sido profetizado. Não é de admirar
portanto, que Jesus enfatizou ter orado por Pedro, não como argumento a favor da supre-
macia deste, mas como declaração de sua fraqueza moral.
E, nada mais natural, a fato do Senhor tê-lo exortado a fortalecer os irmãos quando se recu-
perasse da sua queda tão trágica. Mas, a mesmo conselho se aplicaria a todos as seguido-
res do Senhor, que tenham sofrido quedas, e depois voltado a Deus em arrependimento.
Esses filhos de Deus, arrependidos precisam ser ainda mais zelosos no incentivo e exorta-
ção dos irmãos do que jamais o foram, para que eles mesmos fiquem mais firmes contra o
pecado. Veja Romanos 12:21.

4. Cristo deu a Pedro, o Seu próprio e completo poder como Pastor do Rebanho, a I-
greja

"Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, a-
mas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo.
Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela segundo
vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que
te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreie as minhas ovelhas. Pela terceira vez Jesus lhe per-
guntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por Ele lhe ter dito,
pelo terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu
sabes que eu te amo. Jesus lhe disse:
Apascenta as minhas ovelhas" (João 21:15-17).
A Igreja Católica Romana ensina que "a Pedro somente, Cristo dirigiu... palavras que
não deixam dúvidas quanto à sua escolha como pastor UNIVERSAL e mestre de todos
em nome de Cristo. Em conformidade com João 21:15-17, depois de ter recebido de
Pedro uma tripla confissão de amor, como um pedido de perdão pelas três vezes em
que O havia negado, Cristo lhe confiou a cuidado de todo o seu rebanho, nestas pala-
vras: Apascenta as meus cordeiros; apascenta as minhas ovelhas. Cristo gostava de
chamar a Si Mesmo de 'O Bom Pastor', e referir-se aos seus seguidores como a seu
rebanho. Seu rebanho composto de cordeiros e ovelhas, necessitava de um pastor,
depois de sua volta ao Céu. Tal encargo foi dado a Pedro" (Naíl e Fallon, obra citada, pg.
49).
Não há base alguma em João 21:15-17 para a alegação dos católicos segundo a qual Jesus
confiou a Pedro o cargo de pastor universal de seu rebanho. Se o triplo mandamento de Je-
sus a Pedro para que apascentasse as seus cordeiros e ovelhas, significa que Pedro deveria

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ser a único pastor do rebanho ou igreja, então a tríplice resposta de Pedro à pergunta: "Tu
me amas?", significaria que Pedro é o único que ama ao Senhor. Mas, assim como não foi
o único pastor, também não foi o único que mostrou amor.
As escrituras atestam de maneira clara e simples o fato de que a atividade de apascentar a
rebanho de Crista não per-tence exclusivamente a Pedra. O crescimento espiritual das ove-
lhas da Senhor se concretiza par meia de alimenta suprida na "doutrina das apóstolos"
(Atos 2:47); portanto, todos os apóstolos receberam autoridade de Cristo para serem o pas-
tor universal da igreja e não Pedro somente. Não têm, porventura, as cartas de Paulo o
mesmo valor para alimentação da rebanho do Bom Pastor, quanto as de Pedro?
A obrigação de apascentar o rebanho do Senhor tem sido atribuída a todos os pastores da
Senhor (bispos ou presbíteros), aqueles que cuidam das congregações locais. Paulo exortou
os presbíteros da igreja em Éfeso: "o Espírito Santo vos constituiu bispos para pastore-
ardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue" (Atos 20:28);
Pedro exortou todas as presbíteros: "Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós" (1
Pedro 5:2).
A doutrina católica de que Pedro, O pastor universal da igreja, tinha a seu cargo a supervi-
são dos outras apóstolos, é negada em João 21:20-22: "Então Pedro, voltando-se viu que
também ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava... perguntou a Jesus: E quanto a
este? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te
importa? Quanto a ti, segue-me."
Caso Pedra devesse considerar a si mesma como pastor universal do rebanho da Senhor,
ele teria tido a oportunidade perfeita para apresentar-se dessa forma em sua exortação aos
presbíteros em 1 Pedro 5:1, mas simplesmente referiu-se à sua pessoa como sendo "um
presbítero com eles". Somente a Jesus ele honrou com a designação de "Supremo Pas-
tor" (verso 4). Em parte alguma do Novo Testamento alguém recebe tal titulo, a não ser a
próprio Senhor Jesus.
Então, qual o motivo da especial atenção de Jesus em João 21:15-17? Cirilo de Alexandria
respondeu assim: "Se alguém quiser saber parque Jesus fez a pergunta apenas a Si-
mão apesar de estarem presente os outros discípulas, e o que Ele quer dizer com "A-
pascenta os meus cordeiros", etc., respondemos que Pedro juntamente com os outros
discípulas, já havia sido escolhida para o apostolado, mas como tinha caído, ... Ele
agora curava a doente e exigia uma confissão tripla no lugar da negação tripla, con-
trastando a primeira com a última e compensando a falta com a correção. Com a trí-
plice confissão Pedro anula a pecado contraída pela tripla negação. Quando o Senhor
diz: "Apascenta os meus cordeiros", considera-se como tendo sido feita uma renova-
ção da escolha para o apostolado, absolvendo a desgraça da pecado e cancelando a
perplexidade de sua fraqueza humana" (Salman, obra cita-da, pg. 346).

6.3 - CIÊNCIA CRISTÃ

A arte da cura pela mente

Em artigo publicado na revista Defesa da Fé - edição nº. 13 de julho/agosto de 1999 - abor-
damos a Seicho No Ie como o movimento otimista do Japão. A Ciência Cristã pode ser de-
nominada o movimento otimista dos Estados Unidos da América. Há uma identidade de en-
sino entre as duas entidades religiosas naquilo que é fundamental para ambas - a negação
da realidade da matéria. A Seicho No Ie tem a sua força de atração num sistema de cura
sem remédios, alegando que toda doença só existe na mente da pessoa e que mudada a
maneira de pensar, ignorando-se os sintomas da doença, esta desaparece e isto sem remé-
dios. Do mesmo modo procede a Ciência Cristã. A Seicho No Ie ensina que: "O homem não
é matéria, não é corpo carnal, não é cérebro, não é célula nervosa, não é glóbulo sangüíneo,

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nem é o conjunto de tudo isso. Ao lerdes a SEICHO NO IE e conhecerdes a Verdade, se
sois curados de doenças, é porque houve a destruição daquele sonho inicial" (As Sutras, da
Seicho No Ie).

A Ciência Cristã tem ensino idêntico: a matéria não existe. Em seguida vêm outros ensinos
que se seguem à negação da matéria: pecado, doença, dor: "Sujeita a doença, o pecado e a
morte à regra da saúde e da santidade na Ciência Cristã, e certificar-te-ás de que esta Ciên-
cia é demonstravelmente verdadeira, pois cura o doente e o pecador como nenhum outro
sistema pode fazê-lo. A Ciência Cristã, bem compreendida, conduz à harmonia eterna" (CS,
337-38). Essa é a sua fonte de atração.

História

O livro base da Ciência Cristã é Ciência e Saúde Com a Chave das Escrituras, cuja primeira
edição foi publicada em 1875. Este livro, considerado a 'bíblia'da seita, foi escrito pela fun-
dadora Mary Baker Glover Patterson Eddy. Afirma a origem divina do seu livro, dizendo:
"Deus, por Sua mercê, vinha me preparando durante muitos anos para a recepção desta
revelação final do Princípio Divino absoluto da cura mental científica" (p. 107). É uma carac-
terística comum nos fundadores de religião alegar uma revelação especial de Deus para
seus sonhos, visões ou revelações. Homens e mulheres especiais que foram agraciados por
Deus para uma missão salvadora entre os homens. Essa é a história de Mary Baker. Ela
nasceu em 16 de julho de 1821, numa fazenda de Bow, Estado de New Hampshire, nos Es-
tados Unidos. Seus pais chamavam-se Mark e Abigail Baker. Foi a última de seis filhos.

Durante sua infância, teve diversos períodos de enfermidade e depressão. Com 17 anos,
tornou-se membro da Igreja Congregacional (Ciência e Saúde, p. 351). Casou-se três vezes:
a primeira vez quando tinha 22 anos, com George W. Glower, que morreu sete meses de-
pois; o segundo casamento com Daniel M. Petterson, de quem se divorciou; e o último ca-
samento com Asa G. Eddy. À medida que se casava, ao seu nome de origem foram sendo
acrescentados os nomes de seus esposos, daí passou a chamar-se Mary Baker Glower Pat-
terson Eddy. Em 1862, Mary Baker Eddy consultou o famoso Dr. Phineas Parkhurst Quimby
uma vez que sofria de constantes ataques nervosos e de um mal da espinha que a afetava
física e mentalmente. Quimby seguia orientação de um médico francês Charles Poyen, um
mes-merista, adepto de Franz Anton Mesmer, médico alemão ocultista.

Esse médico pretendia ter descoberto no ímã o remédio para todas as doenças. "Todo ser
vivo possuiria um fluído magnético misterioso -capaz de passar de um indivíduo para outro,
estabelecendo influências recíprocas e curas" (Citado em Pergunte e Responderemos,
401/1955, pp. 37-38). De modo que os ensinos da Ciência Cristã estão aliados ao ocultismo.
A própria Mary Baker declarou: "Foi depois da morte de Quimby que descobri em 1866, os
fatos importantes relacionados com o espírito e com a superioridade deste sobre a matéria,
e denominei 'Ciência Cristã'a minha descoberta" (idem, p. 38). A palavra ocultismo é de ori-
gem latina ocultus e significa escondido, misterioso, duvidoso. A Bíblia é explícita em proibir
práticas ocultistas em Dt 18.10-12: "Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu
filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;
nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo
aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor, teu
Deus, os lança de diante de ti". Essa proibição é repetida em Ap 21.8; 22.15.

Origem de Seus Ensinos

Em 1°de fevereiro de 1866, Mary Baker Eddy, sofreu uma queda no gelo ficando sem senti-
dos por algumas horas. O médico diagnosticou como choque traumático e possível deslo-
camento da espinha. Mary não tomou os remédios receitados. Nesse período passou a ler
os Evangelhos em sua casa. Lendo a cura do paralítico por Jesus, e, ainda influenciada pe-
las idéias de Quimby, sentiu-se curada. Este é o milagre básico da Ciência Cristã e adquiriu

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o título de "A Queda Milagrosa em Lynn". Sabemos por meio da Bíblia que os milagres não
são provas definitivas da aprovação de Deus para ensinos que divirjam da sua Palavra (Mt
7.21-24). Depois de dez anos, em 1875, publicou o livro base Ciência e Saúde (CS). Em
1879, foi fundada a Igreja do Cristo Cientista, tendo na presidência a sua fundadora. Em
1881, ela foi eleita pastora. A 2 de dezembro de 1910, Mary Baker Glower Patterson Eddy
morreu com a idade de 89 anos, apesar de seu ensino haver negado a doença e a morte.
Em vida escreveu sobre ela mesma: "Ninguém pode tomar o lugar da Virgem Maria, o lugar
de Jesus Cristo, o lugar da autora de Ciên-cia e Saúde, adescobridora da Ciência Cristã"
(Retrospection and Introspection, p. 70).

Ensinos Confrontados com a Bíblia

A Ciência Cristã não é nem cristã nem é ciência. Se seus ensinos fossem cristãos, deveriam
se ajustar àquilo que os cristãos crêem com apoio bíblico. Entretanto, vamos notar que a
maioria dos seus ensinos diverge frontalmente dos ensinos cristãos.

1. Bíblia

Alega a Ciência Cristã que seus ensinos estão alicerçados na Bíblia e, por conseguinte, ela
pode ser aceita como cristã. Declara: "Poder-se-á negar que tenha autoridade bíblica um
sistema que age em conformidade com as Escrituras?"
(CS, p. 342).

Entretanto, pesquisando o livro base - -Ciência e Saúde - encontramos que a escritora de-
clara ter encontrado contradições na Bíblia. Ela afirma com relação ao relato da criação em
Gn 1 e 2. "A Ciência do primeiro relato prova a falsidade do segundo. Se um é verídico, o
outro é falso, pois são antagônicos" (CS p. 522). Ora, nenhuma contradição existe entre o
relato de Gênesis 1 e 2. No primeiro, resumidamente, se fala da criação do primeiro casal
(Gn 1.26-28) e, em Gênesis 2, se fala descritivamente dessa mesma criação.

Falando sobre o livro de Apocalipse declara: "Esse anjo (falando de Ap 1.3) ou mensagem
que vem de Deus, envolto em nuvem, prefigura a Ciência Cristã (idem, p. 558). Sobre o Sl
23.6, diz: "Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e
habitarei na casa [a consciência] do [Amor] para todo o sempre". Como vemos, a expressão
'casa do Senhor'é substituída pela palavra entre colchetes, a 'consciência'. Acrescentando
palavras à Bíblia Mary Baker procura com isso dar apoio integral ao seu livro dizendo: "Um
Cientista Cristão necessita da minha obra Ciência e Saúde como seu livro-texto, e o mesmo
acontece com todos os seus alunos e pacientes" (Idem, p. 456).

Escreveu ela ainda: "Onde quer que uma Igreja da Ciência Cristã seja estabelecida, o seu
Pastor é a Bíblia e o meu Livro" (Misc. Writings, p. 383). O livro tem três divisões; a) Os en-
sinos; b) Chave das Escrituras; c) As -Curas. A sua declaração é a característica de seitas
que buscam na -Bíblia apoio para os seus ensinos e logo depois abandonam a Bíblia sob
falsas alegações. Está escrito: "Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da
profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as
pragas que estão escritas neste livro". Como vemos o acréscimo às Escrituras é condenado
(Ap 22.18).

2. Deus

O Deus da Ciência Cristã não é um ser pessoal. Dizem: "Deus é o Princípio da metafísica
divina" (p.112).

"Deus é Tudo em tudo."
Deus é o bem. O bem é a Mente.
Deus, o Espírito, sendo tudo, a matéria nada é.

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"A Vida, Deus, o bem onipotente, nega a morte,
o mal, o pecado, a doença" (idem, p. 113).
Refutação Bíblica
A Bíblia afirma que Deus é uma pessoa espiritual. Longe de indicar que Deus é um princípio,
a Bíblia declara: Deus é uma pessoa espiritual. Afirma o escritor do livro de Hebreus: "Ha-
vendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profe-
tas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, o qual sendo o resplendor da sua glória,
e a expressa imagem da sua pessoa..." (Hb 1.1,3). O texto mostra que Jesus é a expressa
imagem de seu Pai. Sendo Jesus uma pessoa, e sendo a expressa imagem do Pai, é óbvio
que o Pai é também uma pessoa. Filipe, um discípulo de Jesus, pediu-lhe: "Senhor, mostra-
nos o Pai". Jesus respondeu: "Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido,
Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu
estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim
mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras" (Jo 14.8-10). Além disso, lemos
de atributos pessoais de Deus como segue:

Deus ama - "... Deus é amor" (1 Jo 4.8);
Deus é misericordioso - "Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor
com que nos amou" (Ef 2.4).
Deus é piedoso - "Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande
em beneficência e verdade" (Êx 34.6).
Deus fala e se identifica a Moisés como uma pessoa - "E o Senhor desceu numa nuvem, e
se pôs ali junto a ele; e ele apregoou o nome do Senhor. Passando, pois, o Senhor perante
a sua face, clamou: Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande
em beneficência e verdade" (Êx 34.5-6).

3. Jesus

O ensino da Ciência e Saúde sobre Jesus envolve vários aspectos da pessoa Dele.
a) Nega a humanidade de Jesus
"A virgem-mãe concebeu essa idéia de Deus, e deu a seu ideal o nome Jesus - isto é, Josu-
é, ou Salvador" (idem, 29). "O Cristo, como idéia espiritual ou verdadeira de Deus, vem hoje,
como outrora, pregando o Evangelho aos pobres, curando os doentes e expulsando males"
(idem, 347).
Refutação Bíblica
Incrível esse ensino de que a Virgem Maria nunca tivesse concebido o corpo de Jesus e que
ela deu à luz a uma idéia e essa idéia chamava-se Jesus. Conforme a Bíblia, o anjo Gabriel
anunciou a Maria: "Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com
a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de
Deus" (Lc 1.35). Essa criança tinha um crescimento normal: "E crescia Jesus em sabedoria,
e em estatura, e em graça para com Deus e os homens" (Lc 2.52). Logo, a Ciência Cristã
está errada ao afirmar que Jesus era incorpóreo, pois Jesus tinha corporeidade. Se assim
não fosse, por que Paulo declara de Jesus: "Porque nele habita corporalmente toda a pleni-
tude da divindade" (Cl 2.9).

b) Jesus e o Cristo - duas pessoas
"Esse Cristo, ou divindade do homem Jesus, era sua natureza divina, a santidade que o a-
nimava" (CS, p. 26).

"O Cristo morou eternamente como idéia no seio de Deus, o Princípio divino do homem Je-
sus, e a mulher percebeu essa idéia espiritual, se bem que de começo fracamente desen-
volvida" (idem, p. 29).

"O Cristo eterno, seu eu espiritual, jamais sofreu" (idem, p.38).

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"Na época em que Jesus sentiu nossas fraquezas, porém, Ele ainda não havia superado
todas as crenças da carne ou seu sentido de vida material, nem se havia elevado à sua de-
monstração final do poder espiritual" (idem, p. 53).

Refutação Bíblica
Como vemos, Cristo não passava de uma idéia impessoal que habitou temporariamente em
Jesus, um ideal, algo invisível, incorpóreo. A Bíblia diz que Jesus nasceu o Cristo: "Pois na
cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lc 2.11). "Então, uns
cuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam, dizendo: Profetiza-nos,
ó Cristo, quem é que te bateu? (Mt 26.67-68). Os membros do Sinédrio sabiam que Cristo
estava diante deles de modo visível e corporal. Pedro declara: "Levando ele mesmo em seu
corpo os nossos pecados sobre o madeiro..." ( 1 Pe 2.24; 3.18).

A Bíblia declara que Jesus tinha um corpo: "Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e
oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste" (Hb 10.5). A Bíblia responde aos que ne-
gam que Jesus tivesse um corpo humano real, que Ele nasceu; que cresceu; que Ele comeu
e bebeu; que Ele chorou; que Ele sofreu agonia e suou gotas de sangue. Foi crucificado e
furado pela lança romana. Do seu lado saiu sangue e água. Hoje retém seu corpo humano
glorificado no céu (Fp 3.21).

c) Nega a eficácia da morte de Jesus na Cruz
"Um só sacrifício, por maior que seja, é insuficiente para pagar a dívida do pecado" (idem, p.
23).

"Acaso a teologia erudita considera a crucificação de Jesus principalmente como um meio
de conceder perdão fácil a todos os pecadores que o peçam e estejam dispostos a ser per-
doados?" (idem p. 24)

Refutação Bíblica
A Bíblia mostra que a nossa redenção está baseada na morte de Cristo e o sangue de Cristo
é apontado como meio de purificação de nossos pecados. "Em quem temos a redenção pelo
seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça" (Efésios 1.7).

4. A Matéria e o Homem Não Existem

"... a matéria parece existir, mas não existe" (CS 123).

"O homem não é matéria; não é constituído de cérebro, sangue, ossos e de outros elemen-
tos materiais."

"Refutar o testemunho do sentido material não é tarefa difícil, desde que se tenha admitido
ser falso esse testemunho" (CS-396).

"MATÉRIA: Mitologia... outro nome para a mente mortal; ilusão!"... (p. 591).

Refutação Bíblica

O primeiro livro da Bíblia - Gênesis - começa com as seguintes palavras: "No princípio criou
Deus os céus e a terra" (1.1). Assim, se observa que a matéria existe, que a matéria é uma
substância. A primeira declaração bíblica é uma negação do ensino mais importante da Ci-
ência Cristã. Em Gênesis 2.7 está escrito: "E formou o Senhor Deus o homem do pó da ter-
ra, e soprou em seus narizes o -fôlego da -vida; e o homem foi feito alma vivente".

Deus criou o homem com uma natureza material (o corpo) e uma natureza espiritual (alma e
espírito) como se lê em 1 Ts 5.23:"... e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam conser-

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vados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo".

Consideremos, então: se o ensino mais importante da Ciência Cristã é que a matéria não
existe e se a Bíblia declara o contrário, então o seu ensino mais importante é antibíblico. De-
ve ser abandonado. Não só antibíblico, mas anticientífico. Falando francamente: os mem-
bros da Ciência Cristã vivem tal qual como os outros vivem, possuindo suas casas, seus
automóveis, bens materiais, inclusive dinheiro no banco. Negam que o alimento preserve a
vida, e, no entanto tomam regularmente suas refeições. Criticam a medicina e os remédios
e, no entanto, fazem uso freqüente deles. Declaram que a morte é uma ilusão da mente
mortal, e que não devemos crer na realidade dela. Consoante o seu ensino, a morte não
pode sobrevir a ninguém que não crê na realidade. E, no entanto, ela morreu. Incoerências e
mais -incoerências!

5. Doença

"Se a Ciência Cristã acaba com os deuses populares - o pecado, a doença e a morte - é o
Cristo, a Verdade, que destrói esses males e prova assim a nulidade deles" (CSCE, p. 347).

"Compreender que a doença é formada pela mente humana, não pela matéria, nem pela
mente divina, acaba com o sonho de moléstia" (p. 396).

Refutação Bíblica
Para se ver a incongruência do ensino da Ciência Cristã com relação à negação da doença,
basta considerar o ensino contraditório que estabelecem: "Se devido a um ferimento ou ou-
tra causa um Cientista Cristão for acometido de dor tão violenta que não possa tratar-se
mentalmente a si mesmo - e se os Cientistas não conseguirem aliviá-lo - o sofredor pode
chamar um cirurgião, para que este aplique uma injeção hipodérmica, e então, acalmada a
crença na dor, poderá cuidar mentalmente do seu próprio caso. É assim que 'julgamos todas
as coisas e retemos o que é bom'-(p. 464).

A Ciência Cristã considera toda a ciência médica e cirúrgica não somente sem valor, mas
como positivamente má. Nega a validade das leis estabelecidas pela ciência, e seus ensi-
namentos são irracionais e perigosos. Na sua pretensa ciência, não há fraturas, não há lu-
xações, não há doenças ou enfermidades. Declara: "Por que dar apoio aos sistemas popula-
res de medicina, quando o médico talvez seja um infiel e talvez perca 99 pacientes, enquan-
to a Ciência Cristã cura todos os 100 que lhe competem? Será porque a alopatia e a home-
opatia estão mais em moda e são menos espirituais?" (p. 344). As suas teorias da irrealida-
de da matéria significariam que um termômetro inexistente registraria uma temperatura ine-
xistente num corpo inexistente.

A propósito, diz a Bíblia sobre a doença: "Naqueles dias Ezequias adoeceu duma enfermi-
dade mortal" (Is 38.1). O profeta não veio a Ezequias e disse: "Tu não estás doente. Isso é
resultado de falsa crença; rejeite essa crença e tu te sentirás curado". Nada disso. Ao con-
trário. De acordo com o v. 21, lemos: "Tomem uma pasta de figos, e a ponham como em-
plasto sobre a chaga; e sarará". O profeta reconheceu: que Ezequias estava doente; e re-
comendou que se colocasse uma pasta de figo sobre a doença, e o doente foi curado.

6. Pecado

"Está o homem perdido espiritualmente? Não, ele só pode perder em sentido material. Todo
pecado é da carne. Não pode ser espiritual. O pecado existe, aqui ou no além, apenas en-
quanto durar a ilusão de que haja mente na matéria. É noção de pecado, e não uma alma
pecaminosa, o que se perde" (idem -p. 311).

"O pecado, a moléstia, tudo quanto parece real ao sentido material, é irreal na Ciência divi-
na" (p. 353).

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"O homem é incapaz de pecar, adoecer e morrer" ( p.475).

Refutação Bíblica
Se realmente não houvesse pecado, por que Jesus então veio ao mundo para salvar os pe-
cadores? (Lc 19.10; 1 Tm 1.15) Teria Jesus vindo ao mundo para salvar o homem da falsa
idéia do pecado considerando que o pecado não existe, pois ensina a Ciência Cristã que o
homem é incapaz de pecar? Quando Jesus disse, por exemplo, que não veio buscar os jus-
tos, mas os pecadores ao arrependimento, dizia Ele que veio salvar os homens da idéia fal-
sa de que há pecado? Se fosse assim, então Jesus não teria vindo ao mundo para salvar do
pecado, mas salvar da falsa idéia de que o pecado existe. João Batista anunciou a chegada
de Jesus, dizendo: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1.29). Paulo
afirmou que o Evangelho verdadeiro tem como o centro a seguinte mensagem: "... que Cris-
to morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressusci-
tou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" -(1 Co-rín-tios 15.3-4).

Conclusão

A Ciência Cristã ensina sobre ensinos conflitantes. "Se duas afirmações se contradizem dire-
tamente e uma delas é verdadeira, a outra tem de ser mentirosa. Será a Ciência assim con-
traditória?" (p. 358). A sua pergunta é respondida afirmativamente: Sim. A Ciência Cristã é
contraditória por afirmar que não existe pecado quando o pecado existe.

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Mary Baker Eddy, a profetisa da Ciência Cristã

Em 16 de julho de 1821, no Estado de New Hampshire, E.U.A., nasceu Mary Baker Eddy,
que mais tarde se tornaria a profetisa da Ciência Cristã. Quando jovem, Mary Baker Eddy
pertenceu à Igreja Congregacional de Tilton e naquela igreja praticava a sua fé com tranqüi-
lidade, até que veio a conhecer um relojoeiro chamado Sr. Quimby, que era muito dado a
práticas de ocultismo, espiritualismo, etc.
Esse Sr. Quimby era conhecido, pelas suas práticas espiritualistas de curas, como "doutor"
entre as pessoas menos esclarecidas, e exercia grande influência na vida daqueles que com
ele tinham contato. Eddy se interessou pelas suas práticas e resolveu fazer com ele alguns
estudos.
Esses estudos levaram-na a tirar suas próprias conclusões. Não demorou muito, passou a
aplicar o sistema da cura através de esclarecimentos mentais.
A cada momento de sua vida, Eddy foi-se envolvendo cada vez mais com o espiritismo, até
que começou a entrar em transe na hora de praticar as suas curas. Afirmou que seu sistema
de cura era diferente do sistema do Sr. Quimby, dizendo tê-lo recebido diretamente de Deus
por intermédio de uma revelação. Sua casa foi ficando pequena para atender às pessoas
que a procuravam em busca de cura para as mais diversas enfermidades. A aproximação da
Sra. Eddy com o Sr. Quimby não se deu por acaso. Ela sofria muito de uma fraqueza causa-
da por sérios problemas. de coluna, o que a afetava fisicamente e também mentalmente. Tal
fraqueza prejudicou, inclusive, os seus dois primeiros casamentos. Das consultas e dos es-
tudos com o Sr. Quimby, ela tomava anotações e tentava encontrar explicações para o seu
tratamento espiritual.
Embora fosse uma discípula de Quimby, de quem usou muito material para escrever o seu
livro "Ciência e Saúde", considerado a "bíblia" da Ciência Cristã, a Sra. Eddy, mais tarde,
negou a sua dependência dele, dizendo-se ela mesma inspirada por Deus para aquela "o-
bra". Negou também, posteriormente, seu relacionamento com o seu editor, Rev. J. H. Wig-
gins, que a ajudou consideravelmente a preparar o material dos seus primeiros livros.

Não se tem noticia de que a Sra. Eddy tenha sido curada do seu problema de coluna, mas
sabe-se que durante muitos anos ela negava a realidade da doença e da morte.

Conseguiu muitos adeptos dentre os seus clientes. Durante - muito tempo trabalhava em
casa ou em locais onde era convidada fazendo suas curas ou ministrando estudos sob as
suas "revelações". Em 1879, organizou oficialmente a igreja, com o titulo de IGREJA DE
CRISTO CIENTISTA. Seus seguidores eram chamados de cristãos cientistas.

No ano de 1877, a Sra. Eddy casou pela terceira vez com o Sr. Asa Gilbert Eddy, que fez do
seu livro "Ciência e Saúde" alta fonte de renda. Logo depois fundou em Boston o Colégio de
Metafísica, onde um curso de seis lições custava 200 dólares e um de doze, 300. No princi-
pio da organização, tudo girava em torno do dinheiro fácil, de sorte que a Sra. Eddy acumu-
lou considerável riqueza. Ao morrer, deixou bens avaliados em 3 milhões de dólares.

Por ironia do destino, aquela que pregava que doença e . morte não existiam, sendo apenas
ilusão da mente, morreu aos oitenta e nove anos acometida de doenças próprias da velhice.

A Ciência Cristã, mesmo depois de sua morte, espalhou-se em muitos países do mundo.
75% dos seus adeptos são do sexo feminino, e colocam o manual da Sra. Eddy em nível
superior à Bíblia. Negam todas as doutrinas básicas da fé cristã. Seu nome de cristã é em-
pregado apenas para atrair as pessoas. Denomina-se a Única e Verdadeira Religião e seus
adeptos além de se dizerem cristãos afirmam ser seguidores da Bíblia.

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Doutrinas Principais

Magnetismo Animal Maligno (MAM)

Para a Sra. Eddy representava os pensamentos maliciosos e hostis dirigidos contra a pes-
soa. É o que comumente o brasileiro chama de "olho grande" ou "olho de seca pimenteira".
Trata-se de uma energia negativa capaz de provocar uma doença ou causar qualquer mal a
alguém. Tal "doença" seria aparente, uma vez que é produto da mente.

Mente Mortal

É uma espécie de energia negativa que existe no homem em oposição ao bem e a Deus. É
uma espécie de "mente" interior, repleta de erros, a que, deve ser atribuído todo o aparente
mal. O mal seria também aparente, por ser apenas mental e não real. Partindo desse racio-
cínio, a Sra. Eddy explicava que sendo o mal uma energia mental, podia ser aleijado pelo
raciocínio e silenciado pela mente divina, existente também no homem, sendo esta, a ener-
gia positiva responsável pelo bem.

Certamente tais pensamentos nos levam a entender que têm uma dupla final idade : negar a
existência do diabo, a causa do mal, e negar a ação do Espírito Santo na vida do homem, a
causa do bem.

O mal

Os adeptos da doutrina dizem que Deus não criou o mal, logo, o mal não existe. Os homens
não precisam sofrer as supostas manifestações do mal, que é apenas mental, ilusório e apa-
rente.
"Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal,- que fazem da escuridade luz, e da luz,
escuridade, põem o amargo por doce, e o doce por amargo! " Isaías 5.20

A vida

O objetivo principal da vida humana é a felicidade interior, harmonia, saúde e abundância do
bem.

"Assim eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória. Porque a tua graça
é melhor do que a vida. " Salmo 63.2,3

Deus

Afirmam que Deus é tudo em todos. Que é o bem onipotente, e que a Trindade é a vida, a
verdade, e o amor. Deus é o pai-mãe, Cristo, a idéia espiritual da filiação divina, a divina ci-
ência, ou o Santo Consolador.

Quanto à pessoa de Cristo, afirmam que é simplesmente humano. O "Cristo" é a divina idéia.
O homem Jesus foi fruto da comunhão autoconsciente de Maria com Deus. A Virgem-mãe
concebeu essa idéia de Deus, e deu a seu ideal o nome de Jesus.

Tais pensamentos da Sra. Eddy, mostram quão doentia era a sua mentalidade, reduzindo
tudo à idéia. Seu mundo é o mundo da mente; do pensamento, onde se desenrola todo um
universo. Um mundo parecido, pela fantasia que apresenta, com o dos esquizofrênicos e
paranóicos. Dentre as muitas referências bíblicas em relaçãò a Deus e às pessoas da Trin-
dade, podemos destacar:

"Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Crista, o Pai da Glória, vos conceda espírito de
sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele. " Efésios 1. 17

A Criação

A Sra. Eddy ensinava que tal doutrina não é verdadeira, pois tudo o que existe é Deus. A
matéria não existe, é pura abstração.

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"Que variedade, Senhor, nas tuas obras.'Todas com sabedoria as fizeste,- cheia está a terra
das tuas riquezas. " Salmo 104.24

Doenças

"Deus é tudo que é bom. Doença não é coisa boa. Logo, não é de Deus, e tudo o que não é
de Deus não existe. Quem insistir que sofre dor, ou que há dor, é porque não chegou ao
ponto em que a mente divina triunfa sobre a mente mortal. " Sra. Eddy.

"Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre
ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. " Trago 5. 14

"Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si,-
e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. " Isaías 53. 4

Panteismo

É a doutrina que diz que não existe outra realidade a não ser Deus. Dessa maneira de pen-
sar, deduz que tudo é Deus. O mundo é a emanação da substância de Deus ou, Deus é o
resultado de tudo quanto existe. A Ciência Cristã é panteísta, bem como o confucionismo, o
rosacrucianismo e tantas outras seitas que adotam as mais diversas formas de panteísmo.
Desconhecido
Fonte: evol.com.br

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6.4 - ESPIRITISMO

Espiritismo: uma heresia destruidora

1. Introdução

O espiritismo é uma das heresias que mais crescem no mundo de hoje. O Brasil, particular-
mente, detém o triste recorde de ser o maior reduto espiritista do mundo, ou seja, diferente-
mente do que é divulgado, o Brasil não é um país católico, mas sim, espírita. Segundo o di-
cionário Aurélio, espiritismo é uma "doutrina baseada na crença da sobrevivência da alma e
da existência de comunicação, por meio de mediunidade, entre vivos e mortos, entre os es-
píritos encarnados e os desencarnados."
Esta definição engloba os dois aspectos básicos do espiritismo:
I. a comunicação com os mortos;
II. a reencarnação dos espíritos.
O ICP (Instituto Cristão de Pesquisas), em 1985 pesquisou o número de brasileiros envolvi-
dos com práticas espíritas, e naquela época o número chegou a 60 milhões. Em agosto de
1990, esse número cresceu para 85 milhões de brasileiros envolvidos com o espiritismo. Isto
é
assustador. A revista Manchete publicou em 30/11/91, numa reportagem sob o título "BRA-
SIL GHOST - BRASIL DO OUTRO LADO DA VIDA", uma pesquisa que declarava que no
Brasil, "cerca de 20 milhões de brasileiros , a maior parte, vinda de outras religiões, encon-
tram no kardecismo a solução de seus problemas e angústias...".
Considerando - se que Allan Kardec define como "espírita" todo aquele que acredita nas
manifestações dos espíritos, podem - se incluir, entre os 20 milhões de kardecistas indica-
dos pela revista Manchete, os outros grupos religiosos que também crêem nas "manifesta-
ções dos espíritos", entre os quais podemos destacar:

1) A LBV (Legião da Boa Vontade);
2) A AMORC (Associação Mística Ordem Rosa Cruz);
3) O Candomblé;
4) A Umbanda;
5) A Quimbanda;
6) A CR (Cultura Racional);
7) O RC (Racionalismo Cristão);
8) O Círculo Esotérico;
9) O Vodu; etc.

2. Resumo histórico do espiritismo

O espiritismo que nós conhecemos hoje, foi difundido por Léon Hippolyte Rivail (o verdadeiro
nome de Allan Kardec). Nascido em Lião, em 1804, este tomou o pseudônimo de Allan Kar-
dec por acreditar ser ele a reencarnação de um poeta celta com este nome. Dizia ter recebi-
do a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer a 30 de abril de 1856. Um
ano
depois, publicou "O Livro dos Espíritos" , que muito contribuiu na propaganda espiritista. No-
tabilizou-se por introduzir no espiritismo a idéia da reencarnação.
De 1861 a 1867 publicou mais quatro livros: "Livro dos Médiuns", "O Evangelho Segundo o
Espiritismo", "Céu e Inferno" e "Gênesis". Allan Kardec morreu em 31 de março de 1869,
vítima de um aneurisma cerebral.

A doutrina kardecista afirma que:

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a) existe possibilidade de comunicação dos vivos para com os mortos;
b) existe a reencarnação;
c) ninguém pode impedir os homens de sofrerem as conseqüências de seus atos (nega o
perdão divino);
d) a salvação se dá pelas obras, até que o homem atinja o nível mais evoluído de aperfeiço-
amento;
e) Deus, embora exista, é um ser impessoal, habitando um mundo longínquo;
f) mais perto dos homens estão os "espíritos-guias";
g) Jesus não é Deus; foi um médium e reformador judeu, nada mais do que isso;
h) a bíblia não é infalível;
i) o diabo não existe, o que há é uma personificação do mal;
j) não existe a doutrina do tormento eterno (inferno), o que existe são "sociedades menos
evoluídas";
k) não ocorreu a ressurreição de Cristo.

3. O que a Bíblia diz sobre o espiritismo

A Bíblia Sagrada contesta toda a doutrina espiritista:

a) Como podem os vivos se consultarem com os mortos, se estes não têm parte de nada
que acontece na Terra? Veja em: Eclesiastes 5:6;
b) Hebreus 9:27-28; Jo 7:9;
c) Isaías 43:25;
d) Efésios 2:8-9;
e) João 14:17;
f) Não necessitamos de espíritos que nos guiem, pois nós já temos o caminho. João 14:6;
g) Jesus foi superior aos homens (Hebreus 7:26); e é apresentado na bíblia como profeta,
sacerdote e Rei, e nunca como médium. Atos 3:19-24; Filipenses 2:9-11;
h) A bíblia é a palavra de Deus, e a palavra de Deus é perfeita. II Pedro 1:20-21;
i) O diabo existe, bem como seus filhos. Mateus 4:1-11(Jesus é tentado); Mateus 13:38 (fi-
lhos do Diabo);
j) Mateus 25:41;
k) Lucas 24:51.

4. Quando os espíritas usam a Bíblia

Mesmo apresentando uma doutrina completamente anti-bíblica, os espíritas ainda tentam
aplicar alguns de seus ensinamentos a passagens bíblicas. Neste estudo, veremos as duas
passagens mais usadas pelos espíritas:

1) "A Reencarnação de Elias:" Mateus 17:10-13
Os espíritas gostam de afirmar que Elias havia se reencarnado como João Batista, não só
com a passagem supra citada, mas também com Mateus 11:14. "E, se o quereis dar crédito,
é este o Elias que havia de vir". E agora? João Batista foi ou não a reencarnação de Elias?

R: NÃO. Em Lucas 1:17, está escrito: "E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para
converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim
de preparar ao Senhor um povo bem disposto." Isto não quer dizer que João fosse Elias,
mas que no seu ministério haveria peculiaridades do ministério de Elias. De fato, a Bíblia
não trata de nenhum outro caso de dois homens com ministérios tão semelhantes. Isto lem-
bra o refrão
popular: "Tal pai, Tal filho". Isto não quer dizer que o filho seja absolutamente igual ao pai,
ou que um seja a reencarnação do outro, mas sim que existem hábitos comuns entre am-
bos.
Se um vivo não pode ser reencarnado de quem nunca morreu, como Elias poderia ter reen-
carnado como João Batista, se ele não havia morrido, pois foi arrebatado vivo ao Céu? II

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Reis 2:11 Se João Batista fosse Elias reencarnado, no momento da transfiguração de Cristo,
teriam aparecido Moisés e João Batista e não Moisés e Elias, já que João já havia morrido.
O próprio João Batista, afirmou não ser Elias quando questionado. João 1:19-21; "...És tu
Elias? Ele disse: Não sou. És tu o profeta? Respondeu: Não."

2) Saul e a feiticeira de En-Dor: I Samuel 28
Com base na passagem supra citada, os espíritas costumam tirar as seguintes conclusões:
A) É possível comunicar-se com o espírito de pessoas falecidas;
B) Deus permite a consulta aos mortos. Este não é um pecado tão grave;
C) Os mortos podem ajudar aos vivos.

E agora? Como contestar estas versões? Quem apareceu de fato? O profeta Samuel? Um
espírito demoníaco? Ou tudo não passou de uma fraude? Até mesmo numa despretensiosa
análise de I Samuel 28, mostra com clareza meridiana que um espírito de engano, e não
Samuel, foi quem apareceu na sessão espírita de En-Dor. Dentre as muitas provas contra a
opinião de que Samuel apareceu naquela ocasião, destacam-se as seguintes:
A. Nem a médium nem o seu espírito de mediunidade exerciam qualquer poder sobre a pes-
soa de Samuel. Só Deus exercia esse poder; pelo que não iria permitir que seu fiel servo
viesse a se tornar parte duma prática que o próprio Deus condenava (Deuteronômio 18:9-
14).
B. Após informar a Saul que Deus o tinha rejeitado, Samuel nunca mais disse coisa alguma
a esse rei.
C. Se fosse Samuel que tivesse aparecido na ocasião, ele não teria mentido, dizendo que
Saul havia perturbado seu descanso, se Deus e não Saul, lhe tivesse ordenado; nem dizen-
do que Saul e seus filhos estariam com ele no dia seguinte (vv15,16).
D. Saul mesmo disse que Deus já não lhe respondia nem pelos ministério dos profetas e
nem por sonhos (vv 6,15), pelo que Deus, no último momento

=> não teria cedido ao desejo se Saul de receber outra revelação;
=> não teria entrado em contradição com sua palavra que nega a possibilidade de vivos te-
rem
contato com os mortos;
=> não teria criado a impressão de que tentar entrar em contato com os mortos não é tão
mau como Ele mesmo dissera ser (Dt 18:9-14);
=> não teria afirmado que Saul deveria morrer por causa da consulta feita à médium (I Cr
10:13);
E. Quanto à profecia abordada durante a sessão em En-Dor, J.K. Van Baalen, no seu livro O
Caos das Seitas, dá as seguintes possibilidades:
=> a mulher percebeu o medo de Saul, de que o seu fim era iminente, e isso ela predisse;
=> a mulher tomou conhecimento da profecia feita antes por Samuel (I Sm 15:16-18), que
vinha perseguindo Saul (I Sm 16:2; 20:31; etc.), pelo que lhe disse o que ele esperava ouvir;
=> se um demônio se fazia passar por Samuel e falou por meio da médium, então a mulher
ter-se-ia lembrado da profecia de Samuel, fazendo uso dela.
F. Não era necessário que alguém fosse perito ou estrategista em guerras para prever a der-
rota de Saul e de Israel diante dos filisteus. Em todos os tempos o salário do pecado é a
morte. No capítulo 15 de I Samuel, a questão dessa guerra já havia sido levantada bem an-
tes de Saul consultar a médium.
G. A parte final do vaticínio da médium não foi verdadeira no seu cumprimento, pois nem
Saul morreu no dia seguinte, nem morreram nesse dia todos os seus filhos.

5. Conclusão

A melhor maneira de se definir o espiritismo é chamá-lo de "profundezas de Satanás" (Ap
2:24). Assim devemos ter sempre em mente os fatos que mostram que Satanás:

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=> é o pai da mentira (João 8:44);
=> sabe imitar a realidade com seus embustes (Êxodo 7:22; 8:7);
=> se transforma em anjo de luz (II Cor 11:14);
=> tem o poder de operar milagres (II Ts 2:9).
Deus condena qualquer tipo de tentativa de comunicação com os mortos, conforme está re-
gistrado em todo o decorrer da Bíblia Sagrada. Em Gálatas 5:20, fala acerca da idolatria e
feitiçaria; em Levítico 19:31, o Senhor condena a mediunidade e feitiçaria; e em Deuteronô-
mio 18:10-12, Deus mostra que as doutrinas espiritistas representam abominação perante
Ele.

"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando
ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios,..." I Timóteo 1:4

A reencarnação à luz da Bíblia

Definição

Reencarnação é a doutrina que ensina uma série de nascimentos e renascimentos, a fim de
expiar erros passados, com o intuito de levar o espírito à perfeição. E conhecida também
como metempsicose ou transmigração das alma.

Textos mal aplicados pelos reencarnacionistas

Muitos defensores da reencarnação afirmam poder encontrar na Bíblia provas a favor dessa
crença. Alistamos abaixo as principais possíveis provas, com a respectiva resposta do Cris-
tianismo.
a) Mateus 11:14 - João Batista era Elias reencarnado? (Veja também 17:10-13; Marcos
9:11-13 e Lucas 1:17).

As palavras de Jesus devem ser entendidas em sentido figurado, isto é, o espírito que ani-
mava a João Batista, a força que manifestava nas pregações, reproduziam fielmente o espí-
rito e a força de que Elias deu provas.
A palavra-chave é "espírito", que, entre outras coisas, também pode significar: disposição
mental, atitude (comparar com 2 Reis 2:1-14).
João Batista, quando interrogado, negou ser Elias em pessoa (João 1:21).
Era crença entre os judeus que Elias, assim como Enoque, não morreu (comparar 2 Reis
2:11 com Hebreus 11:5). Assim sendo, não seria possível crer que João fosse sua reencar-
nação, posto que, para se reencarnar, é necessário morrer.
Segundo a doutrina espírita, os espíritos conservam no outro mundo a mesma forma que
lhes serviu de envoltório. Assim sendo, no monte da Transfiguração (Mateus 17), quem de-
veria aparecer ao lado de Jesus era o último envoltório utilizado pelo espírito que um dia su-
postamente animou Elias, a saber, João Batista, contudo, foi Elias quem apareceu, não Jo-
ão, o Batizador.
b) Mateus 22:43, 44- Davi foi servo de Jesus nalguma encarnação?
O contexto revela que Jesus quer mostrar aos judeus que é mais do que o que eles querem
reconhecer na Sua pessoa: que é Deus. Para isto, Ele apela para a autoridade inquestioná-
vel de Davi, que além de chamá-lo de Senhor, também o pôs à destra do Todo-Poderoso.
Isso indica que o Cristo devia ser alguma coisa mais que um simples descendente seu. O
silêncio dos fariseus confirma isso.
Se Jesus tivesse afirmado que numa outra encarnação foi maior que Davi, certamente não
haveria silêncio da parte dos fariseus, pois o acusariam perante o povo de ter feito Davi seu
subordinado.
Os fariseus, segundo Josefo, criam na reencarnação. Segundo essa crença, a posição soci-
al que alguém tem nesta vida é a recompensa das boas obras de uma vida passada (seu

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carma). E Jesus - todos sabiam - era filho de carpinteiro; afirmou não ter onde recostar sua
cabeça (Lucas 9:58). Assim sendo, não faltariam motivos para ridicularizá-lo diante da afir-
mação de que Davi havia sido seu escravo.
c) João 9: 1-3 - Os apóstolos criam na reencarnação?
Há duas hipóteses para explicar essa indagação dos apóstolos:
Os judeus criam que uma criança poderia pecar no ventre materno (Salmo 51:5), o que, cer-
tamente, eliminaria a idéia de se pecar numa vida anterior.
E possível que aludissem a textos como Êxodo 20:5.
Seja como for, Jesus não aceitou nenhuma das 3 possíveis explicações para o fato: nem a
reencarnação, nem o pecado no ventre materno, nem a maldição de família.

d) João 3:5 - Nascer de novo
Se Jesus estivesse ensinando a reencarnação, certamente foi ridicularizado por Nicodemos,
pois este ironizou, perguntando: "Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, por-
ventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?"
O advérbio grego anothen significa "de cima, do céu. Assim sendo, tal como no versículo 31,
anothen teria o sentido de "de cima", ou seja, do céu ou relativo às coisas celestiais, espiri-
tuais. Não está em jogo o nascimento físico, posto que Jesus não corrigiu a ironia de Nico-
demos (caso ele houvesse entendido errado), mas sim um nascimento espiritual (comparar
com 1 Coríntios 5:17).
e) 1 Samuel 28 - Saul e a Pitonisa de Endor
Esta passagem é usada para se provar a comunicação com os mortos.
Há algumas posições divergentes entre os cristãos acerca desse assunto:
Foi o espírito de Samuel que apareceu a Saul.
Foi um demônio que se passou por Samuel.
Tudo não passou de charlatanismo.
Trata-se de um conto para ridicularizar o rei Saul, legitimando assim a escolha de Davi como
seu sucessor.
a) Provas a favor de que foi Samuel:
"Assim disse Samuel..." (interpretação verbal e plenária)
O que Samuel disse (vv 16 e 17) concorda com o cap. 15:3-9. Se fosse o demônio, não po-
deria sabe-lo, pois tratava-se de uma conversa particular.
Tal como disse Samuel, Saul foi morto por causa dos filisteus.
b) Provas a favor da fraude da Pitonisa:
Ela gritou ao ver o que seria Samuel (v. 12). Se já estivesse habituada a ver espíritos, não
teria aquela reação.
c) Provas contra o aparecimento de Samuel:
Deus não iria contrariar Sua lei que proibia o povo de consultar médiuns (Levítico 20:27;
beuteron8mio 18:10-12).
Se Deus não respondia a Saul enquanto Samuel estava vivo (v. 6), não enviaria Seu profeta
depois de morto.
A profecia do suposto Samuel não se cumpriu, pois Saul suicidou-se (não morrendo, portan-
to, nas mãos dos filisteus [31:11-13.
Seja como for, crer ou não crer na aparição real de Samuel não dá aprovação para a crença
na reencarnação, tampouco a comunicação com os mortos.
3. Provas bíblicas contrárias à reencarnação
Hebreus 9:27 (a unicidade da vida).
Só há uma oportunidade: nesta vida (Lucas 16:19-31; Mateus 25).

Responde o espiritismo a todas as perguntas?

1) Considerando que Allan Kardec recebeu instruções dos espíritos somente em meados do
século 19, enquanto a Igreja Cristã tem mantido seus ensinos desde o 1o. século;

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2) Considerando que Allan Kardec ensinou que a promessa da vinda do Espírito Santo cum-
priu-se no seu século, e que o Espírito prometido não era um só, mas um ser coletivo (O
Evang. seg. Espiritismo cap.1, item 6; cap.6, item 4, edição 106), enquanto a Bíblia mostra
que o prometido Consolador veio estar com cristãos no dia de Pentecostes, 50 dias após a
ressurreição de JESUS (Atos 2.16-17);
3) Considerando que o espiritismo passou a ensinar que Adão se refere a várias pessoas
(Livro dos Espíritos, ed.57 p.67-68), enquanto a Bíblia sempre mostrou que Adão foi o pri-
meiro homem criado por DEUS e que a partir dele surgiu toda a raça humana(1 Cor 15:45 e
Atos 17:26);
4) Considerando que o espiritismo tem insistido em dizer que João Batista foi a reencarna-
ção de Elias, enquanto o próprio João Batista negou tal crença (João 1.21);
5) Considerando que o espiritismo tem sustentado que um espírito ao manifestar-se numa
sessão mediúnica assume a sua última identidade corpórea, se assim fosse, e ainda que
João Batista já estava morto (Lucas 9:9), quem deveria ter aparecido no Monte da Transfigu-
ração (v.30) - Elias ou João Batista?
6) Considerando que "vir no espírito de Elias" de Lucas 1:17, não é o mesmo que "vir com o
espírito de Elias";
7) Considerando que "sobre Eliseu repousava o espírito de Elias", em 2 Reis 2:15, não quer
dizer que Eliseu era Elias reencarnado, uma vez que ambos viveram juntos;
8) Considerando que Elias não morreu, mas foi arrebatado (2 Reis 2.11);
9) Considerando, ainda, que a identidade dos espíritos que manifestam nas sessões pode
ser a de um espírito inferior, gerando dúvidas e incertezas... (Livro dos Médiuns, ed. 29,
p.273, 274 e 321, 373 e 374);
10) Considerando que Allan Kardec declarou que "o espiritismo e o Cristianismo ensinam a
mesma coisa" (O Evang. Seg. o Esp., Introdução, item VIII e cap I, item 7, ed. 106);
11) Considerando que não pode haver duas verdades conflitantes sobre um mesmo assun-
to, pois, se uma estiver certa, a outra estará errada (Gálatas 1:8-9);
12) Considerando, finalmente, que a própria literatura espírita reconhece que "no Cristianis-
mo encontra-se todas as verdades" (O Evang. Seg. Esp,. cap VI, item 5, ed.106, p.130);

Onde você encontrará respostas para questões relacionadas com a sua vida espiritu-
al?

A) No espiritismo, que proclama um falso Evangelho, gerando dúvidas e incertezas. Ou...
B) No Cristianismo bíblico que tem transformado vidas de milhões de pessoas ao redor do
mundo, levando-lhes perdão dos pecados, paz e segurança eterna.

JESUS Disse:

"Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará" (João 8:32)

Ele se apresenta dizendo:

"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João
14:6)

Saul e a feiticeira

A visita que fez o rei Saul a uma feiticeira, conforme registro em 1 Samuel 28.1-25, tem sido
muito usada pelos espíritas, na tentativa de legitimar a doutrina de comunicação entre vivos
e mortos. Em defesa da fé cristã, apresento a seguinte análise, que não difere muito de tan-
tos outros argumentos apresentados por estudiosos e comentaristas.

1. Deus não responde a Saul

Bem antes de Saul tentar falar com Samuel via feiticeira, a graça de Deus fora tirada de sua
vida. Por sua desobediência no caso dos despojos dos amalequitas, o Senhor o repreendeu

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duramentel: Porque a rebelião é como pecado de feitiçaria... Porquanto tu rejeitaste a pala-
vra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei (1 Sm 15.10-31). Veja: 1
Sm
28.16.

Por sua rebeldia, Saul ficou entregue à influência demoníaca (1 Sm 16.14). A partir daí, per-
deu o controle, foi tomado por ódio, inveja e ciúmes. Na sua fúria descontrolada, tentou ma-
tar Davi por mais de uma vez (1 Sm 18.9-12; 18.17; 19.1).Ele próprio declarou, desolado:
Deus se tem desviado de mim e não me responde mais... (1 Sm 28.15).

Quanto a Deus não responder a pecadores, a Bíblia diz: Eis que a mão do SENHOR não
está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder
ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pe-
cados encobrem o Seu rosto de vós, para que não vos ouça (Is 59.1-2). Deus só aceita ora-
ções dos genuinamente arrependidos e humildes (Lc 18.14), e dos que pedem segundo a
sua vontade (1Jo 5.14). O egoísmo, a cobiça, o ciúme e a desobediência endureceram o
coração de Saul de forma irreversível. Ele sentiu o desamparo de Deus. As condições para
que Deus ouvisse a Saul seria que ele orasse, buscasse verdadeiramente a Sua face, e se
arrependesse com sinceridade de seus maus caminhos (2 Cr 7.14).

Porém, como um abismo chama outro abismo (Sl 42.7), Saul, num último e desesperado
gesto de desobediência, resolveu apelar para uma feiticeira na tentativa de falar com o pro-
feta Samuel, já morto. Ora, tal expediente é condenado por Deus na Sua palavra: Não haja
no teu meio quem faça passar pelo fogo o filho ou a filha, nem adivinhador, nem prognosti-
cador, nem
agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem
consulte os mortos. O Senhor abomina todo aquele que faz essas
coisas... (Dt 18.10-12).
Nessa proibição não foi usada a palavra espiritismo porque esta só surgiu com o advento do
kardecismo. Todavia, a idéia está subjacente. Ouçam: Quando vos disserem: Consultai os
médiuns e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram entre dentes, respondei: Acaso não
consultará um povo a seu Deus? Acaso a favor dos vivos se consultarão os mortos (Is 8.19).
O envolvimento com médiuns ou necromantes leva à condenação (Is 8.20-21), origina con-
taminação (Lv 19.31; 20.6). Outras referências: Ex 22.18; Jr 27.9; 29.8; Atos 16.16).

Saul insistiu em ouvir a Deus por intermédio do profeta Samuel. Então, procurou uma feiti-
ceira, uma necromante, uma mulher que incorporasse o espírito do profeta, uma mulher com
dons mediúnicos: Buscai-me uma necromante, para que eu vá a ela e a consulte (1 Sm
28.7-a). Deus estaria sendo incoerente com Sua palavra se atendesse aos caprichos de Sa-
ul. Aqui surge a primeira evidência da impossibilidade de haver Samuel se apresentado na
sessão espírita sob análise. Para lembrar: Em favor dos vivos consultar-se-ão os mortos? (Is
8.19). Logo, Deus não iria validar ou legitimar uma prática por Ele próprio condenada.

Além disso, uma das causas da morte de Saul foi o haver consultado a feiticeira de En-Dor
(cidade da tribo de Manassés), conforme 1 crônicas 10.13-14. Não há como imaginar uma
sessão espírita sendo enriquecida e abençoada com a presença de um mensageiro de
Deus. Se consolidada e permitida tal prática, não precisaríamos mais buscar o Senhor. Em
situações difíceis, cairíamos aos pés de uma feiticeira ou médium, e diligentemente se apre-
sentariam os santos do Senhor. Então, a Bíblia iria para o lixo e passaríamos a observar ou-
tro evangelho, quem sabe, O Evangelho Segundo o Espiritismo!

2. Uma sessão espírita de mentira e engano

Em primeiro lugar, Saul demonstrou ser um hipócrita: mandara eliminar todas as feiticeiras e
agora vai a uma feiticeira (1 Sm 28.3,9). Segundo, ele se disfarçou e vestiu outras vestes,

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desejando negar sua identidade (v.8); usou falsamente o nome do Senhor, jurando por Ele
(v.10). Terceiro, a feiticeira primeiramente disse que viu a Samuel (v. 12), depois, que viu
deuses que sobem da terra (v.13); depois, já não eram deuses nem Samuel, mas um ancião
envolto numa capa (v.14). Quarto, diante dos personagens apresentados, Saul admitiu (en-
tendeu) que Samuel estava ali à vista da feiticeira vidente (v.14).

Por outro lado, a primeira fala de Samuel é de insatisfação: Por que me inquietaste (ou me
interrogas) fazendo subir? (v.15). Dois pontos devem ser analisados nessas palavras. Pri-
meiro, se Deus permitira a vinda de Samuel, como Seu mensageiro, como querem os espíri-
tas, o profeta deveria cumprir com alegria a missão confiada, e não se mostraria insatisfeito.
Segundo, o entendimento é que quem comandou a subida de Samuel não foi Deus, mas o
pecador Saul. O ancião envolto numa capa declarou que Saul o fez subir (v.15). O santo de
Deus, o profeta Samuel, estaria à disposição de uma feiticeira e de um rei pecador, a quem
Deus não mais respondia. Devemos nos lembrar que a Bíblia sempre fala que o inferno está
em baixo, e o céu, em cima. Mas esse Samuel subiu, veio de baixo!

Outra pergunta de Samuel merece ser comentada: Por que, pois, a mim me perguntas, visto
que o Senhor te tem desamparado e se tem feito teu inimigo? (1 Sm 28.16). Ora, se Deus
havia se ausentado de Saul; se este já estava sob condenação; se os ouvidos de Deus es-
tavam tapados ao clamor de Saul (v.6,15,16), como sairia da glória o santo Samuel para
prontamente atender a um chamado desse rei, via feiticeira? Se Deus se fizera inimigo de
Saul, por que razão Samuel viria atender ao chamado? Que autoridade teriam um rei e uma
feiticeira (ou, por extensão, que autoridade têm os médiuns) para convocarem os santos do
Senhor?

3. A profecia não cumprida de Samuel

Diz a Bíblia: Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou? Quando o tal profeta
falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra
que o Senhor não falou (Dt 18.21-22). Disse Samuel a Saul: E o Senhor entregará também a
Israel contigo na mão dos filisteus, e amanhã tu e teus filhos estareis comigo (1 Sm 28.19).
Enquanto
o pseudo Samuel estava discorrendo sobre fatos passados, acertou; mas no momento em
que falou sobre acontecimentos futuros, foi um desastre. Ele disse: amanhã estareis comigo
. Ora, os dicionários dizem que amanhã significa o dia seguinte àquele em que estamos .

Todavia, Saul não morreu no dia seguinte. Vejamos: Um dia se passou, segundo relato em 1
Sm 29.10-11, (levantou-se no dia seguinte de madrugada); três dias se passaram, conforme
1 Sm 30.1 (chegaram ao terceiro dia a Ziclague); um dia se passou em 1 Sm 30.17 (desde o
crepúsculo até a tarde do dia seguinte). Saul morreu cinco dias, no mínimo após a profecia
de Samuel .

Disse mais Samuel a Saul: Tu e teus filhos estareis comigo (v.19). Os filhos de Saul eram,
no mínimo, oito: Jônatas, Isvi, Malquisua, Merabe, Mical (1 Sm 14.49; 1 Cr 8.33), Armoni,
Mefibosete (2 Sm 21.8), Abinadabe (1 Cr 8.33) Is-Bosete, cujo primeiro nome foi Esbaal (2
Sm 2.8). Todavia, apenas três morreram na batalha: Jônatas, Abinadabe e Malquisua (1 Sm
31.2,6; 1 Cr 10.2). Is-Bosete, por exemplo, passados cinco anos da morte de seu pai, reinou
sobre Israel durante dois anos, (2 Sm 2.10; 4.7). Outra declaração contraditória: Estareis
comigo . Por tudo que vimos, Saul não foi para o mesmo lugar onde se encontrava Samuel,
que estava no Paraíso, chamado seio de Abraão, na paz do Senhor. Outra inverdade profe-
rida pelo falso Samuel foi que Saul cairia nas mãos dos filisteus (1 Sm 28.19). Saul suicidou-
se (1 Sm 31.4-5).

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4. Outros questionamentos

Ora, se de fato Samuel apareceu naquela sessão como mensageiro do Senhor, suas profe-
cias teriam sido cumpridas, na íntegra, quanto ao destino de Saul, ao dia da sua morte e ao
número de filhos que morreriam na batalha. O próprio Samuel declara em 1 Sm 15.29: E
também aquele que é a Força de Israel não mente... .

Após censurar com rigor a rebelião de Saul, o profeta disse não voltaria a ele: Não tornarei
contigo (1 Sm 15.26). De fato, nunca mais viu Samuel a Saul até ao dia da sua morte... (v.
35). Logo, não haveria razão para Samuel, após a morte, retornar a Saul.

Se Deus não falava com Saul pelos meios usuais ministério dos profetas e sonhos (1 Sm
28.15) , não falaria através de um meio abominável. O surgimento do profeta naquela ses-
são espírita estaria legitimando uma nova prática de consulta aos santos do Senhor.

Por que, pois, a mim me perguntas? (1 Sm 28.16); Por que me interrogas (ou me inquietas)
fazendo-me subir? (1 Sm 28. 15). Estas palavras levam-nos ao entendimento de que Samu-
el não viera a serviço do Senhor. Se o profeta estivesse ali em missão divina, jamais afirma-
ria que Saul o fez subir , e falaria em nome do Senhor dos Exércitos. Se Samuel se apresen-
tasse como
mensageiro de Deus, como afirmam os espíritas, Saul estaria diante do interlocutor apropri-
ado. Mas Samuel retrucou: Por que me interrogas?

Finalmente, se a prática de consultar os mortos tivesse sido validada por Deus, enviando o
santo Samuel, não teria sentido a condenação de Saul, como está em 1 Crônicas 10.13: As-
sim morreu Saul por causa da sua infidelidade ao Senhor, e até consultou uma adivinhado-
ra...

Concluímos, portanto, que não foi Samuel que participou daquela sessão espírita. Tudo nos
leva a crer que um demônio ali se manifestou. Essa interpretação é reforçada pelos seguin-
tes fatos adicionais, dentre outros já citados:
a) Saul desejou consultar uma mulher que tivesse o espírito de feiticeira (1 Sm 28.7),que
literalmente significa uma mulher possuída de Ob. Essa palavra, Ob, significa um receptácu-
lo feito de peles, e passou a ser aplicada a um, homem ou mulher possuídos pelo espírito de
necromancia. Logo, os espíritos familiares àquela mulher não eram os santos do Senhor,
mas
espíritos da mentira e do engano.
b) O espírito do engano, no intuito de enganar a todos - a Saul, aos criados e à feiticeira a-
pareceu com o semblante de Samuel e certamente imitou a sua voz. Por isso, ela se mos-
trou
assustada (1 Sm 28.12).
c) A afirmação estareis comigo , de Samuel, reforça o entendimento de que o diabo estava
certo quanto ao destino de Saul.
d) A interrogação por que me fizeste subir denota que esse Samuel estava em baixo, em
regiões inferiores, para onde também iria o rei.
Em Lucas 16.19-31, Abraão negou o pedido do rico, em tormentos, para que mandasse o
santo Lázaro a Terra. E teria Lázaro a nobre missão de falar de salvação aos irmãos do rico.
Nem assim foi possível. Abraão declarou que eles deveriam dar ouvidos à Palavra e aos
profetas, meios usuais de comunicação. O rico também se viu impedido de sair do seu lugar.
Logo, espíritos humanos, bons ou maus, estão impossibilitados de se apresentarem em ses-
sões espíritas, sejam elas dirigidas por médiuns, feiticeiras, necromantes ou adivinhos.
Desconhecido

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6.5 - MAÇONARIA

A Maçonaria Realmente é Uma Religião

À medida que o sol aparecia no horizonte nas planícies de Babel, o céu era tingido por uma
variedade de cores. O Poderoso Caçador contemplava os primeiros raios de luz que batiam
na estrutura colossal. As instruções tinham sido explícitas, os planos tinham sido seguidos
nos mínimos detalhes, e agora, a torre imponente que serviria como catalisadora da cultura
e tecnologia do passado distante estava praticamente concluída. Não era apenas uma obra
construída com pedras. Era muito mais significativa que apenas sua aparência física. Era
algo esotericamente espiritual e profundamente religiosa. A religião que representava, os
"Antigos Mistérios", continham crenças e doutrinas de uma era anterior; uma época quando
os homens e os seres angélicos caídos experimentavam juntos todas as paixões que podi-
am imaginar. Ninrode aquecia-se com os raios de sol da aurora e era tomado de uma imen-
sa euforia de satisfação pessoal, mas neste mesmo dia o próprio Deus estorvaria seus pla-
nos ambiciosos de estabelecer um império mundial.
A construção seria interrompida. Os sonhos de Ninrode seriam feitos em pedaços, mas
mesmo com sua morte e posterior desmembramento de seu cadáver, os Mistérios Antigos
continuariam a existir. Com a ajuda da viúva e do filho (Semíramis e Tamuz), a Sabedoria
Antiga seria cuidadosamente preservada na Religião de Mistério da Babilônia. (1) Quando
os seguidores de Ninrode se espalharam pela face da terra, levaram os Antigos Mistérios
desde o Egito até a China. Com a passagem do tempo, a Sabedoria Antiga foi guardada pe-
la "elite de pessoas sábias" da Babilônia, da Média e da Pérsia, de Pérgamo e de Roma. Ela
encontrou um bom refúgio nas religiões orientais, na Cabala judaica e no gnosticismo oci-
dental. (2)
Após a virada do terceiro século da nossa era, o poder da Igreja de Roma começou a cres-
cer. No entanto, isso provocou um cisma entre os guardiães dos Mistérios. Quando Constan-
tino adotou o cristianismo, a Igreja Católica Romana recebeu a influência de muitas das dou-
trinas das Religiões de Mistério da Babilônia. "Isso resultou em algo muito diferente daquilo
que Jesus Cristo e seus discípulos ensinaram. Os ensinos da Igreja Romana tornaram-se
uma forma sofisticada de filosofia pagã camuflada com os ensinos de um Deus onipotente e
transcendente." (3) A Igreja adotou a adoração da mãe e do menino, o batismo de bebês, a
confissão a um sacerdote e muitos outros aspectos da Religião de Mistérios da Babilônia.
No entanto, a Igreja Católica não adotou os aspectos ocultistas das Religiões de Mistério.
Esses aspectos permaneceram com as Escolas de Mistério do Oriente, os Cabalistas, e os
Gnósticos até o tempo das Cruzadas. Os aspectos ocultos da Sabedoria Antiga apareceram
publicamente em França com a ascensão da Dinastia Merovíngia e as lendas de "Percival e
a Busca Pelo Santo Graal". O cisma explodiu e tornou-se um grande conflito quando os Ca-
valeiros Templários (A Ordem do Templo) retornaram das Cruzadas como os homens mais
ricos do mundo.
Os Cavaleiros Templários e o Priorado de Sião (A Ordem de Sião) tornaram-se a elite cultu-
ral que adotou totalmente os aspectos ocultistas dos Antigos Mistérios. Isso os colocou em
rota de colisão com a Igreja de Roma e seus aliados. O Priorado de Sião passou a operar às
escondidas e tornou-se uma "sociedade secreta" da elite, enquanto os Cavaleiros Templá-
rios foram violentamente atacados pelo rei francês Filipe IV, o Belo e pelo Papa Clemente V.
Em 13/10/1307, Filipe IV ordenou a prisão de todos os Cavaleiros Templários. No entanto,
na noite anterior, um número desconhecido de Cavaleiros partiu de França, com dezoito na-
vios carregados com o lendário tesouro da Ordem. (4). Uma parte desses navios aportou na
Escócia e os Templários associaram-se com os Guardas Escoceses, com os Rosacruzes, o
Colégio Invisível, e a Sociedade Real (todos grupos ocultistas) e juntos formaram o Rito Es-
cocês da Maçonaria. (5). Os maçons têm os Templarios como antecessores, bem como
guardiães autorizados de seus segredos arcanos. (6). Conseqüentemente, o Rito Escocês é

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"orientado em forma de magia, enfatizando uma hierarquia social e política, uma ordem divi-
na e um plano cósmico subjacente." (7) Essa é exatamente a essência dos Mistérios Antigos
de Ninrode.
Enquanto isto, o poder da Igreja de Roma continuava a crescer. A Igreja Católica e a Maço-
naria eram inimigas juradas de morte, e a influência ocultista pública da Maçonaria crescia
muito lentamente. No entanto, por volta de 1750, apareceu uma nova geração de cavaleiros
místicos. Eram um braço da Maçonaria, e chamavam-se a si mesmos de Jacobinos. (8) O
grito jacobino de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" levou ao primeiro grande feito da
Maçonaria Iluminista, a Revolução Francesa. Os Jacobinos nomearam um ex-jesuíta rebel-
de, Adam Weishaupht, de "Grande Patriota". (9) Weishaupht adotou os mistérios antigos e
organizou a Ordem dos Iluministas em 1776. Por volta de 1778 infiltrou-se na Maçonaria
como um maçom completamente iniciado. Em seguida, induziu a elite européia da Maçona-
ria européia ao Iluminismo - 600 homens em 1783. (10) No outro lado do Atlântico, maçons
místicos estavam sob o cerco dos Iluministas ocultistas. Os Iluministas viam a América como
o 13o passo na evolução, e o destino espiritual da América acompanhando a união mundial

no espírito da liberdade, igualdade e fraternidade. (11) Por volta de 1789 a Maçonaria místi-
ca do Novo Mundo sucumbiu diante da visão ocultista de um mundo do Iluminismo de Wei-
shaupht, o guardião dos Antigos Mistérios de Ninrode.
A Revolução Industrial mudou tudo. Os homens passaram a agir e pensar de uma forma
diferente, e o materialismo tornou-se a ordem do dia. Devido a essa influência, o Humanis-
mo Secular surgiu no início do século XX. Os ocultistas e gnósticos do passado eram consi-
derados fanáticos ou lunáticos. Novamente o ocultimo passou a ser algo muito privado. No
entanto, muitos desses homens eram muito ricos e poderosos. O Iluminismo estava vivo e
bem, embora oculto dos olhos críticos do público geral. Assim, a Maçonaria tornou-se uma
organização fraternal e beneficente, por necessidade. Como conseqüência disso, o vasta
maioria dos homens que estão nos graus inferiores não tem a menor idéia do propósito da
sociedade ou das reais intenções da elite.
A intranquilidade dos Anos 60 e o surgimento da "Cultura das Drogas" moldou o início de
outra reemergência pública do ocultismo. O Movimento de Nova Era dos anos 70 e 80 popu-
larizou muitas crenças ocultistas. Essa nova renascença do ocultismo posicionou a Maçona-
ria para exercer um papel fundamental no sonho que Ninrode teve há 4400 anos, de um
mundo unificado, sob um reino ocultista. Atualmente, a Maçonaria serve como um conduite
entre as organizações políticas da elite global (Clube de Roma, Sociedade Teosófica, Rosa-
cruzes, Lucis Trust, World Goodwill, etc.). Esses grupos reconhecem a posição da Maçona-
ria como uma organização religiosa ocultista com a capacidade de fazer a ligação entre a
religião e a política. (12) Muitos maçons continuam insistindo que a Maçonaria não é uma
religião. No entanto, os próprios escritos deles contradizem essas afirmativas. Albert Pike,
Grande Comandante do Rito Escocês (1860) escreveu: "Toda loja é um templo de religião e
seu ensino instrução em religião." (13)

A qual religião Pike está fazendo referência? Suas próprias palavras oferecem o esclareci-
mento necessário: "A Maçonaria é a sucessora nos Mistérios" (14)
Muitos maçons modernos tentam distanciar-se de Pike e de sua obra gnóstica (e profunda-
mente ocultista) MORALS AND DOGMA. Insistem que os ensinos dele não são os da Maço-
naria, mas simplesmente suas interpretações pessoais. Insistem ainda que a Maçonaria mo-
derna, que faz muitas obras beneficentes, não deve ser julgada pelos escritos de alguém
que viveu 100 atrás. Essa linha de raciocício é muito confusa para aqueles que reconhecem
a Lenda de Hirão Abi, supostamente de 3000 atrás. Eles não dizem que a Maçonaria origi-
nou-se no tempo de Salomão? Todos os ensinos anteriores ao século XX devem então ser
desconsiderados? Isso também nega os 32 graus do Rito Escocês criados por Pike? Além
disso, recentementente, em 1989, o Grande Comandante do Rito Escocês, C. Fred Kleink-
necht escreveu: "O ponto mais alto dos nossos ensinos é MORALS AND DOGMA, escrito há
100 anos..." (15)

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Pike não é o único porta-voz que fala a verdade sobre o que é a Maçonaria. Alice Bailey,
que foi porta-voz da Sociedade Teosófica e membro da Co-Maçonaria junto com seu marido
Foster Bailey, declarou:
"O movimento Maçonico tem a custódia da lei, é o guardião dos Mistérios e o trono de inicia-
ção .... uma organização ainda mais ocultista pode ser conseguida ... voltada para ser uma
escola de treinamento para os futuros ocultistas avançados." (16)
Alice Bailey sumarizou a história inteira da Maçonaria. Ela revela o fato que a Maçonaria i-
luminsta é a guardiã atual da Sabedoria Antiga de Ninrode. A descrição do Grau 32 do Rito
Escocês é esta:
"SUBLIME PRÍNCIPE DO REAL SEGREDO"
"A ciência oculta dos Antigos Magos estava encoberta nas sombras dos Mistérios Antigos;
foi revelada de forma imperfeita, ou melhor, foi desfigurada pelos Gnósticos; é imaginada
sob as obscuridades que cobrem os pretensos crimes dos Templários; e encontra-se envolta
por enigmas que parecem impenetráveis, nos Ritos da Mais Elevada Maçonaria" (17)
Aqui, a guarda dos Mistérios Antigos foi rastreada dos Magos na Média-Pérsia, ao Gnosti-
cismo ocidental, aos Cavaleiros Templários e finalmente, ao Rito Escocês da Maçonaria.
Os "Mistérios Antigos" ainda são muito misteriosos. Muito do que contêm somente será reve-
lado no futuro. No entanto, há um nível de compreensão disponível não somente para os
iniciados como também para aqueles que buscam diligentemente a verdade. Gregson regis-
tra que há um grande ganho para esses iniciados:
"Para Babilônia eram levados todos os sacerdotes e mestres do Egito, da Palestina, Mitra,
Grécia, e mestres de toda a parte do mundo. Os reis também queriam ser iniciados nos ritos
dos Mistérios." (18)
Os reis merovíngios também eram sacerdotes. Eles tinham o poder político e o poder religi-
oso. (19) Muitos dos aspectos religiosos dos Mistérios podem ser vistos não somente nos
rituais da Maçonaria, mas também nos ensino extra-bíblicos da Igreja de Roma. Ambas lu-
tam pelo domínio mundial. A Igreja tem a vantagem na arena religiosa com ensinos arraiga-
dos. A sociedade atual ainda não está preparada para o ocultimo grosseiro dos Iluministas.
A Maçonaria tem vantagem na política. A maioria dos líderes mundiais participa de pelo me-
nos um grupo Iluminista. Conjectura-se que a Igreja e a Maçonaria estejam aproximando-se
uma da outra. O próprio passado do Papa João Paulo II implica que até ele pode ser um a-
gente Iluminista. Na sua juventude, ele estudou Teosofia com muito interesse e suas visões
de Maria vão do místico para o ocultista. (20)
Os aspectos políticos dos Mistérios Antigos podem ser vistos claramente em um documento
intitulado PROTOCOLOS DOS SÁBIOS DE SIÃO. Embora muitas pessoas afirmem tratar-se
de um documento judaico conspiratório, é mais provável que tenha sido redigido pelo Prio-
rado de Sião. Os pontos básicos são estes:
1. Esquema para alcançar o domínio mundial
2. Advento de um Reino Maçônico
3. Um rei da linhagem sanguínea de Sião... da raiz dinástica de Davi
4. O Rei dos Judeus será o verdadeiro Papa
5. O governante mundial será o patriarca de uma igreja internacional
6. Somente o rei e mais 3 que o patrocinarão saberão o que se passa. (21)

Para o leitor que está habituado com a Profecia Bíblica, há uma súbita revelação. Se OS
PROTOCOLOS DOS SÁBIOS DE SIÃO foram redigidos por uma sociedade secreta iluminis-
ta, todos os fatos da história, desde Ninrode, passam a ter uma ligação em comum. Aqui
está o sumário:
1. Ninrode procurou restaurar o sistema pré-diluviano implantando um governo mundial,
liderado por um rei-sacerdote, energizado diretamente por Satanás.
2. Quando Deus estorvou os planos de Ninrode, a estratégia de Lúcifer foi criar um sis-
tema de falsas religiões que preservassem esses poderosos Mistérios Antigos até o tempo
em que ele (Lúcifer) possa estabelecer seu reino.

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3. Esses mistérios foram guardados desde aquele tempo por um grupo de elite selecio-
nado. Houve alguns períodos na história em que o lado ocultista mais escuro dos mistérios
foi aceito, e períodos em que o ocultismo foi perseguido.
4. A Bíblia fala sobre o surgimento de um reino mundial futuro liderado pela Besta (o
Anticristo), que declarará ser Deus. Esse reino mundial será acompanhado por uma igreja
mundial até o tempo em que não seja mais útil para a Besta. A Besta declarará então ser o
Messias dos judeus e o legítimo herdeiro ao trono de Davi.
5. É bem possível que os 3 que estarão apoiando o rei sejam os "3 reinos" subjugados
pela Besta, conforme profetizado em Daniel 7:24.

A Besta revelará os segredos dos Antigos Mistérios, que foram cuidadosamente guardados
pelos ocultistas durante milênios, como prova de sua posição para estabelecer totalmente
seu reino.
As religiões dos Mistérios Antigos não adoravam o Deus da Bíblia. Ninrode era um servo de
Lúcifer, e o sistema religioso resultante era luciferiano. A despeito de todas as objeções em
contrário, a prova incontestável é que a Maçonaria não honra o Deus das Escrituras, mas
algum outro Deus. Na verdade, os ensinos da Maçonaria estão afastados em 180 graus da
Bíblia. (22)
1. O Templo Maçônico sempre tem uma entrada no ocidente e o altar está no oriente.
Na Bíblia, temos a informação que a entrada para o jardim do Éden estava no oriente. Em-
bora isso possa parecer coincidência, a entrada para o Tabernáculo estava no oriente com o
Santo dos Santos no ocidente. O templo de Salomão (e os outros templos judaicos) tinham
suas entradas pelo oriente, e o Santo nos Santos ficava no ocidente. Para entrar no jardim
do Éden e ir até a árvore da vida, era necessário ir do oriente para o ocidente. Para entrar no
Tabernáculo ou no Templo, o sacerdote precisava ir do oriente para o ocidente. Na Maçona-
ria isso está invertido em 180 graus. (23). Na verdade, um dos sinais da Maçonaria é a de-
claração "Tenho viajado no oriente". (24) Isso parece muito mais significativo quando consi-
dera-se as supostas origens da Maçonaria com Salomão. Se Deus deu instruções explícitas
a Salomão para a construção do Templo, por que ele criaria o projeto do Templo Maçônico
invertendo tudo? A inversão de imagens é muito comum no ocultimo. Os ensinos ocultistas
parecem ser a imagem negativa do positivo da obra de Deus.
2. Existem certos juramentos na Maçonaria que são muito suspeitos. Por exemplo, como
maçom, você precisa jurar que encobrirá os crimes dos outros maçons. Isso é o mesmo que
dizer uma mentira e chamá-la de moral. (25) A Bíblia diz em Apoc 21, "... todos os mentiro-
sos receberão a parte que lhes cabe no lago que arde com fogo e enxofre." Como alguém
pode dizer que crê nas Santas Escrituras e racionalizar um comportamento totalmente em
oposição ao que elas dizem?
3. A Maçonaria ensina a doutrina da Universalidade. Basicamente, é a irmandade de
todos os homens e a paternidade de Deus. ISTO NÃO ESTÁ NA BÍBLIA. ALÉM DISSO,
ESSA DOUTRINA É DIAMETRICALMENTE OPOSTA AOS ENSINOS DAS ESCRITURAS.
A Bíblia diz que quando Adão afastou-se de Deus e caiu no pecado, sua natureza pecami-
nosa foi passada para seus descententes. Devido ao fato de Deus não poder tolerar o peca-
do, a linhagem de toda a humanidade foi então adotada pelo originador do pecado, Lúcifer.
Como resultado, todos os homens são "nascidos em pecado" sob a paternidade de Lúcifer.
Jesus deixou isso bem claro em João 8:44, onde disse aos fariseus, "Sois do Diabo, que é
vosso pai..." O único modo de um homem tornar-se filho de Deus é convertendo-se, confes-
sar seus pecados e sua condição de pecador diante de Deus, e confiar pela fé no poder puri-
ficador do sangue de Jesus Cristo para reconciliar-se com Deus. SOMENTE AS PESSOAS
QUE ACEITARAM A JESUS CRISTO COMO SALVADOR SÃO FILHOS DE DEUS!!

O autor maçom Manly Hall revelou a posição oposta da Maçonaria quando escreveu: "Ao
altar da Maçonaria todos os homens trazem suas melhores oferendas. Em torno dele, todos
os homens, tenham eles recebido os ensinos de Confúcio, de Zoroastro, de Moisés, de Ma-

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omé, ou do fundador da religião cristã [observe que ele nem menciona o nome Jesus], des-
de que creiam na universalidade da paternidade de Deus e na irmandade dos homens....
reunem-se em um nível comum". (26)
Outro autor, Albert Mackey, escreveu: "Agora como maçons, nós não nos dividimos entre
estes (Astarte, Vishnu, Dagon, Baal) mas recebemos todos como nossos irmãos, e a Deus
como nosso Pai Celestial, revelado para nós como tal na Luz da Maçonaria". (27).
Mackey aqui não somente reitera a heresia da Universalidade, mas também levanta uma
questão mais séria: "Que Deus é esse que permite a aceitação dos seguidores de Baal e de
outras deidades pagãs como irmãos? Certamente não é o Deus da Bíblia. (A propósito, o
deus Baal era uma corruptela do deus babilônico Baco, que era diretamente derivado de
Tamuz, o filha da viúva de Ninrode.) (28) Deus, no Antigo Testamento ordenou que Israel
aniquilasse os seguidores de Baal. O profeta Elias deveria estar terrivelmente enganado
quando ordenou a execução dos 450 profetas de Baal no Monte Carmelo. Afinal, de acordo
com Mackey, eles eram irmãos de Elias. (29).
Qual conclusão pode ser tirada da inversão de 180 graus das Escrituras? O DEUS DA BÍ-
BLIA NÃO É O DEUS DA MAÇONARIA! O deus da Maçonaria precisa então ser o deus dos
Antigos Mistérios. Em todos os aspectos do oculto, dos Mistérios da Babilônia, à Busca pelo
Santo Graal, passando pelo Hinduísmo, Wicca e o Movimento de Nova Era, e sim, nos escri-
tos da Maçonaria: Deus é descrito como uma força impessoal que se manifesta em tudo na
natureza, no mundo espiritual e no próprio homem. Essa não é nada mais que a estratégia
de Lúcifer desde o jardim do Éden. A serpente disse à mulher "sereis como Deus..." Gên
3:5.
Chegará o dia em que todos os Antigos Mistérios serão revelados para aqueles que habitam
na Terra. Na lenda de Hirão Abi, esse dia será marcado pela sua ressurreição para governar
o mundo. De acordo com a Bíblia, O Anticristo reinará. Ele virá como Hirão Abi para os ma-
çons, Messias ben Davi para os judeus, Crishna para os hindús, Imã Mahdi para os maome-
tanos, Sosiosch para os seguidores de Zoroastro; mas na palavra de Deus ele é chamado
de Besta (Anticristo). Ele trará paz e segurança a um mundo tumultuado durante 3 anos e
meio. Será adorado como o rei-sacerdote por toda a humanidade. Relevará os Mistérios An-
tigos como suas credenciais. No entanto, seu reino de paz será curto. Mas então, ele terá de
encarar face a face o REI DOS REIS E O SENHOR DOS SENHORES. O verdadeiro herdei-
ro do trono de Davi lançará a Besta viva no Lago de Fogo, onde será atormentada para
sempre. O longamente aguardado Reino Maçônico cairá e Jesus Cristo reinará sobre a Ter-
ra "... e venha paz sem fim sobre o seu reino." (30).
Como se vê, a Maçonaria é uma religião ocultista, que preserva os Mistérios Antigos para o
vindouro Reino Mundial Luciferiano.
NOTA FINAL
Caro amigo:
A The Cutting Edge não odeia os maçons. Nos artigos publicados e no correio eletrônico que
trocamos com os leitores, recebemos de Deus o encargo de transmitir a verdade para aque-
les que estão enlaçados nessa organização enganosa e ocultista. Nós o amamos e nos pre-
ocupamos com você. Examine as obras e os ensinos da Loja usando a única referência para
a verdade - a Palavra de Deus. Se você for honesto consigo mesmo e com Deus, verá o en-
gano da Maçonaria está preparando o caminho para o Anticristo. Procure a verdade de Deus
na sua vida hoje.
Além disso, se você nunca confiou em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, converta-
se a ele hoje. Você pode encontrar as orientações sobre como tomar essa decisão na nossa
Página da Salvação.
Que o Espírito Santo de Deus o oriente em sua busca pela verdade na Bíblia.
Sinceramente,
Mac Dominick
The Cutting Edge Ministeries
Traduzido por Sebastião R D P dos Santos de "A Espada do Espírito"

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Carta Aberta a Todos os Maçons, Especialmente Àqueles Que se Consideram Cristãos

A Bíblia é muito específica sobre quase todos os tipos de comportamento humano,
para que Deus possa nos proteger de nós mesmos e da impiedade que há no mundo.
As Escrituras trazem mandamentos muito claros que proibem o homem cristão de in-
gressar em qualquer sociedade secreta. Não é possível ser membro da Maçonaria e
um servo fiel do Senhor Jesus Cristo ao mesmo tempo.
A maior parte deste artigo baseia-se em livros que foram publicados por editoras maçônicas
e que eram muito secretos antigamente. Seguimos a recomendação bíblica atentamente,
comparando os ensinos maçônicos com a Bíblia Sagrada. Em 1 João 4:1, encontramos este
mandamento a todos os cristãos: "Amados, não deis crédito a qualquer espírito, antes pro-
vai [testai] os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pe-
lo mundo fora." Assim, vemos que qualquer ensino religioso que não se conforme com as
Escrituras é proveniente de um "falso profeta".
Este exercício não é vão, pois é sua alma preciosa que está em jogo. Finalmente, lembre-se
de duas coisas sobre a Maçonaria: 1) Os maçons de graus superiores mentem para seus
colegas maçons, pois eles "merecem ser enganados"; 2) As explicações dadas a 95% de
todos os maçons estão erradas. Veja esta citação de um autor maçônico, Carl Claudy: "Re-
mova a casca exterior e encontre um significado; remova aquele significado e encontre ou-
tro; abaixo dele, se você cavar ainda mais, encontrará um terceiro, um quarto - quem poderá
dizer quantos ensinos?" Você aprendeu muitas mentiras, conforme demonstraremos nos
nossos muitos artigos. Finalmente, lembre-se, da audaz afirmação de Albert Pike em seu
livro Morals and Dogma que, "A Maçonaria é idêntica aos antigos mistérios", o que significa
que todos seus ensinos em todos os livros são exatamente o mesmo que os mistérios anti-
gos, pagãos e satânicos!
Pedimos que você separe um tempo para ler nossos artigos para que finalmente saiba a
verdade de Jesus Cristo, o Deus do Universo, a quem os maçons chamam de "deus inferior"
e nunca mencionam em seus ensinos e rituais. Oramos fervorosamente para que o Espírito
Santo ilumine sua mente, coração e alma com o conhecimento do verdadeiro Deus, e so-
mente do verdadeiro Deus, da Bíblia Sagrada.

Mandamentos Bíblicos Que Proibem a Participação em Sociedades Secretas

João 18:20 -- "Declarou-lhe Jesus: Eu tenho falado francamente ao mundo; ensinei continu-
amente tanto nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reunem, e nada disse
em oculto." Em toda a Escritura, somos instruídos a imitar Jesus Cristo, e a seguir seu e-
xemplo. Assim, como Jesus Cristo nunca fez nada em segredo, somos também instruidos a
nada fazer em segredo. O caminhar do cristão verdadeiro deve ser o mais transparente pos-
sível.
No entanto, na Maçonaria, os iniciados são forçados a fazer os juramentos mais terríveis em
segredo. Falaremos sobre eles em instantes. Primeiro, vamos examinar o mandamento que
Jesus deu sobre os juramentos: Observe que Jesus Cristo proibiu expressamente que
qualquer um de seus discípulos faça qualquer tipo de juramento, pela terra ou pelos
céus.
Mateus 5:34-37 -- "Eu porém vos digo: De modo algum jureis; Nem pelo céu, por ser o trono
de Deus; nem pela terra, por ser estrado dos seus pés; nem por Jerusalém, por ser a cidade
do grande Rei; nem jureis pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou
preto. Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar, vem do maligno."
Se esse mandamento de Jesus fosse seguido, evitaria totalmente que qualquer cristão in-
gressasse na Maçonaria. Jesus deixa bem claro que está falando sobre juramentos, e por
uma razão muito boa. As sociedades secretas surgiram na antiga Babilônia e no Egito, mais
de 1.000 anos antes do nascimento de Jesus. Essas sociedades desenvolveram o mesmo
tipo de segredo elaborado, protegido por juramentos e apertos de mão secretos que a Ma-
çonaria emprega atualmente, e pela mesma razão: se a pessoa comum em qualquer socie-

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dade soubesse o que essas sociedades secretas estavam realmente adorando e o que es-
tavam realmente planejando, exigiriam a supressão pública das sociedades secretas. Preste
atenção agora nas últimas palavras de Jesus na passagem mencionada: "Seja, porém, a tua
palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar, vem do maligno." Portanto, esses juramen-
tos secretos "vem do maligno"! Ao final deste artigo, veremos o quão maligna a Maçonaria
realmente é.
Revisemos agora um desses juramentos, feito na iniciação de um novo maçom. Qualquer
homem que conheça as Escrituras citadas anteriormente, deveria, neste ponto da sua inicia-
ção, recusar-se a dizer estas palavras e cair fora do recinto da loja. Veja este terrível jura-
mento: "Compromisso e Punição de um Maçom Aprendiz: "Sempre guardarei e nunca reve-
larei as artes, partes ou pontos dos mistérios ocultos ... sob a pena de ter minha garganta
cortada de um lado a outro, minha lingua arrancada e meu corpo enterrado nas areias da
praia." [Duncan ´s Masonic Ritual, pg 34-35, com a figura deste sinal, na pg 17]
Obviamente, esse terrível juramento viola a Bíblia Sagrada de Deus, de pelo menos duas
formas. Primeiro, o mandamento de Jesus, mencionado anteriormente, de nunca fazer al-
gum tipo de juramento é claramento violado. Segundo, esse juramento secreto viola João
18:20, também citado anteriormente. Finalmente, esse juramento viola simbolicamente o
corpo, o que somos proibidos de fazer! Veja: "Acaso não sabeis que o vosso corpo é san-
tuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois
de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso
corpo." [1 Coríntios 6:19-20]
Obviamente, esse tipo de juramento de sangue glorifica a Satanás, não a Deus! O apóstolo
Paulo enfatizou o fato que, na Segunda Aliança de Jesus Cristo, Deus habita no corpo do
crente, exatamente como antigamente ele habitava no Templo em Jerusalém. "Se alguém
destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é
sagrado." [1 Coríntios 3:17] Qualquer homem que faça esse juramento de sangue oferece-se
voluntariamente para a destruição física, se algum dia ele revelar o que aprendeu como ma-
çom. Assim, todo maçom, se cristão, simbolicamente destrói seu templo, em violação direta
às Escrituras!
Agora, vamos retornar ao assunto de fazer juramentos, e aqui você encontrará que a Bíblia
proibe totalmente os juramentos e a adesão a compromissos: "Não estejas entre os que se
comprometem e ficam por fiadores de dívidas." [Provérbios 22:26] Novamente, verificamos
que, se uma pessoa conhece bem a Bíblia, e a aplica em sua vida, nunca seria levada pela
natureza enganosa da Maçonaria. Assim que descobrisse os juramentos sangrentos que
precisa fazer, os apertos de mão secretos que precisa aprender e praticar, e simples fato de
a Maçonaria ter segredos profundos que receia tornar públicos, o cristão imediatamente sai-
ria da loja, e nunca mais colocaria seus pés ali. Além disso, ele gritaria a pleno pulmões, que
a Maçonaria não é, nunca foi e nunca será cristã.
Vamos revisar algumas citações que demonstram a natureza anticristã da Maçonaria, no-
vamente permitindo que suas próprias palavras contem a história.
Albert Pike, falando sobre a criação por um Deus criador. "...a existência não pode mais dei-
xar de ser e nada pode deixar de não ser. Dizer que o mundo veio do nada é propor um ab-
surdo monstruoso." [Albert Pike, Legenda, Vigésimo Oitavo Grau, "Lecture From Father A-
dam", pg 109]
Você compreendeu essa afirmação? Pike declara que é "um absurdo monstruoso" acreditar
em um Deus criador, que pode criar algo a partir do nada. Portanto, Pike e a Maçonaria es-
tão dizendo que todo o relato bíblico sobre a criação é totalmente errado e é, portanto, um
"absurdo monstruoso"!
Novamente, você pode ver que a Maçonaria não pode ser cristã. Fiel a sua natureza enga-
nosa, ela afirma ser cristã para os cristãos que estão nos graus inferiores, onde os maçons
livremente admitem que mentem para seus próprios irmãos, mas nos graus mais elevados, a
Maçonaria ensina o oposto; que a Bíblia está toda errada e, quando fazem isso, não podem
ser cristãos.

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Desejamos apresentar mais um exemplo de como a Maçonaria INVERTE totalmente o relato
bíblico da criação. Abordaremos esse relato mais completamente no próximo artigo sobre a
inversão de significados, mas incluímos esta citação aqui para que você possa ver conclusi-
vamente que a Maçonaria NÃO É cristã, de forma alguma.
Novamente, falando sobre o relato do Gênesis sobre a criação e o Jardim do Éden, vemos
Albert Pike afirmar que Adão e Eva tiveram um tempo muito difícil, até comerem do fruto pro-
ibido. Veja esta terrível torcedura das Escrituras:
".... o Príncipe das Trevas ... criou Adão ... Para evitar que a luz escapasse imediatamente,
os Demônios proibiram Adão de comer o fruto do 'conhecimento do bem e do mal'pelo qual
ele teria conhecido o Império da Luz e o das Trevas. Ele obedeceu; um Anjo de Luz o indu-
ziu a transgredir, e deu-lhe os meios de obter a vitória, mas os Demônios criaram Eva, que o
seduziu a um ato de sensualidade, que o fragilizou e o prendeu novamente nas amarras da
matéria." [Albert Pike, Morals and Dogma, Ensinos do Vigésimo Sexto Grau, pg. 567]
Como demonstraremos nos próximos artigos, Albert Pike sempre inverte os significados de
todas as palavras-chaves. Uma análise atenta desse parágrafo revela que, para compreen-
dermos o que a Maçonaria realmente ensina, precisamos entender primeiro que eles IN-
VERTERAM os significados de todas as palavras-chaves. Vamos examinar esse relato de
Pike com o relato bíblico para ver essa INVERSÃO DE SIGNIFICADOS.
1. Pergunta: Quem criou Adão? Resposta: A Bíblia diz que o Deus criador criou Adão [Gê-
nesis 1:26-27]. No entanto, neste parágrafo, Pike declara que o Príncipe das Trevas criou
Adão. Porém, aguarde só mais um pouco, pois essa declaração em si mesma demonstra a
inversão de significados.
2. P. Deus proibiu Adão de comer do fruto do 'conhecimento do bem e do mal'? R. A
Bíblia diz que Deus proibiu Adão de comer do fruto dessa árvore [Gênesis 2:17]. Porém, Pi-
ke declara que os Demônios proibiram Adão de comer do fruto. Portanto, a Maçonaria define
o Deus criador da Bíblia como "Demônios" e é importante observar nesta discussão que Pi-
ke usou "Demônios" com "D" maiúsculo, significando Deidade.
3. P. Quem induziu Adão a desobedecer e a comer desse fruto? R. A Bíblia diz que Sa-
tanás, disfarçado como uma serpente, induziu Eva a comer do fruto [Gênesis 3:1-6]. Portan-
to, Pike define Satanás como um Anjo de Luz quando diz que um Anjo de Luz fez Adão co-
mer do fruto! Além disso, observe que Pike diz que esse Anjo de Luz [Satanás] deu a Adão
os "meios de vitória", mas os Demônios [o Deus da Bíblia] ludibriou Adão novamente, crian-
do Eva, para "seduzi-lo".
Não somente essa passagem do livro de Albert Pike demonstra a linguagem maçônica inver-
tida, mas também demonstra a base ocultista e satânica da Maçonaria, revelando que eles
crêem que existem dois deuses no universo, um bom e outro mal, iguais, mas opostos. No
entanto, isso poderá ser assunto de outro artigo.
4. P. - Quem criou Eva? A Bíblia diz que o Deus criador criou Eva [Gênesis 2:20b-25]. Po-
rém, Pike diz aqui que os "Demônios" criaram Eva. Portanto, ele é consistente quando defi-
ne o Deus criador da Bíblia como "Demônios".
Vamos recapitular essa pequena lição sobre a inversão de significados na linguagem maçô-
nica:
Deus Criador - Definido como Demônios e Príncipe das Trevas.
Satanás e a Serpente definidos como "Anjos de Luz", um termo que os cristãos atribuem a
Deus, ou a Jesus Cristo antes da encarnação.
Se você mantiver esse fato em mente ao ler os escritos da Maçonaria, estará muito mais
perto da verdade sobre o que ela realmente ensina. A maior parte dos escritos maçônicos
aparentemente fala do Deus da Bíblia e de Jesus Cristo, mas se você compreender que eles
inverteram os significados das palavras e dos termos-chaves, compreenderá a quem eles
realmente servem e adoram.
Não se engane sobre isto: Quando a Maçonaria refere-se a Deus, está realmente adorando
a serpente, e quando fala de bondade e da luz, está falando sobre ensinos de Lúcifer, co-
mumente referenciado como 'Portador da Luz'. Na verdade, todos os maçons são estimula-

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dos a serem "Portadores da Luz" e a caminharem sempre em busca da "Luz". Esperamos
que agora, pela primeira vez, você compreenda que, com a inversão de significados que faz,
a Maçonaria realmente adora a Lúcifer.
Nos próximos artigos, citaremos autores maçônicos diretamente afirmando que servem e
adoram a Lúcifer e não ao Deus da Bíblia. Mas, por enquanto, apenas medite no que apren-
deu hoje, isto é, que a Maçonaria não pode ser cristã! Se você tiver aprendido isso, terá da-
do um grande passo para realmente conhecer a verdade.
Na melhor das hipóteses, a Maçonaria é uma forma falsa de cristianismo; na pior, é anticris-
tã. Após ler a série inteira de artigos, você mesmo chegará a essa conclusão.
Você está preparado espiritualmente? Sua família está preparada? Você está protegendo
seus amados da forma adequada? Esta a razão deste ministério, fazê-lo compreender os
perigos iminentes e depois ajudá-lo a criar estratégias para admoestar e proteger seus ama-
dos. Após estar bem treinado, você também pode usar seu conhecimento como um modo de
abrir a porta de discussão com uma pessoa que ainda não conheça o plano da salvação. Eu
já pude fazer isso muitas vezes, e vi pessoas receberem Jesus Cristo em seus corações.
Estes tempos difíceis em que vivemos também são um tempo em que podemos anunciar
Jesus Cristo a muitas pessoas.
Se você aceitou Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual mor-
na, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos com ele. Ele o perdoará imediata-
mente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Depois, você precisa
iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.
Se você ainda não aceitou Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que
o Fim dos Tempos está próximo, e quer aceitar o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer
isso agora, na privacidade do seu lar. Após aceitar Jesus Cristo como Salvador, você Nasce
de Novo espiritualmente, e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já esti-
vesse lá. Assim, você pode ter a certeza que o Reino do Anticristo não o tocará espiritual-
mente. Se você quiser Nascer de Novo, vá para nossa Página da Salvação agora.
Esperamos que este ministério seja uma bênção em sua vida. Nosso propósito é educar e
admoestar as pessoas, para que vejam a vindoura Nova Ordem Mundial, o Reino do Anti-
cristo, nas notícias do dia a dia.
Se desejar visitar o site da The Cutting Edge, dê um clique aqui: http://www.cuttingedge.org
Que Deus o abençoe.
Pr. David Bay
Traduzido por Sebastião R D P dos Santos de "A Espada do Espírito

Maçonaria: duas organizações, uma visível, outra invisível

Esperamos que todo maçom leia este artigo antes dos demais nesta categoria. Existe
uma organização maçônica que a maioria de vocês não conhece, mesmo aqueles já
tenham atingido o Grau 33.
Freqüentemente, recebemos mensagens de correio eletrônico de maçons que sentem-se
angustiados com os nossos artigos que retratam a Maçonaria como satânica. Eles afirmam
honestamente que essa NÃO é a situação na loja em que participam; dizem que são ma-
çons de Grau 32 e 33, que certamente sabem o que é e o que não é a Maçonaria, e afimam
categoricamente que ela não é satânica.
Nós dois estamos certos. Vocês estão certos quando afirmam que a Maçonaria certamente
não é satânica da forma como é praticada na sua loja. E nós estamos certos quando dize-
mos que a Maçonaria é profundamente satânica e que está preparando o caminho para o
Anticristo.
Mas como nós dois podemos estar certos ao mesmo tempo? Basicamente, a Maçonaria é
uma organização dentro de uma organização. Uma organização é deliberadamente en-
ganada com mentiras e levada a crer em falsas interpretações, enquanto a organização

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mais interna conhece a verdade espiritual a respeito da Maçonaria, e abraça-a de todo o
coração, alma e mente.

Descrição da Organização da Maçonaria

Ouçamos o autor maçônico Manly P. Hall descrever essa organização bidimensional que é a
Maçonaria. A Maçonaria é formada de duas organizações distintamente diferentes, uma vi-
sível, e a outra invisível. Hall descreve essa organização de dois níveis: [Hall foi honrado
pelo The Scottish Rite Journal, que o chamou de "O Ilustre Manly P. Hall', em setembro de
1990, e também de 'O Maior Filósofo da Maçonaria', dizendo, "O mundo é um lugar muito
melhor por causa de Manly P. Hall, e somos melhores pessoas for termos conhecido a ele e
a sua obra"]. Isto foi o que Manly P. Hall escreveu:
"A Maçonaria é uma fraternidade dentro de uma fraternidade - uma organização exterior que
esconde uma irmandade interior dos eleitos.... é necessário estabelecer a existência dessas
duas ordens separadas, porém independentes, a visível e a outra invisível. A sociedade visí-
vel é uma esplêndida camaradagem de homens 'livres e aceitos'que reunem-se para dedi-
carem seu tempo às atividades éticas, educacionais, fraternais, patrióticas e humanitárias. A
sociedade invisível é uma fraternidade secreta e augustíssima [de majestosa dignidade e
grandiosidade], cujos membros dedicam-se ao serviço dos arcanos [segredos, mistérios]."
[Lectures on Ancient Philosophy, Manly P. Hall, pg 433]
Muitos homens bem intencionados são membros dessa sociedade visível sem saberem ab-
solutamente nada da sociedade invisível. Na verdade, Albert Pike, um dos mais importantes
autores maçônicos, teve algumas coisas a dizer sobre os irmãos da sociedade visível: "A
Maçonaria, como todas as religiões, todos os mistérios, o Hermetismo, e a Alquimia, escon-
de seus segredos de todos, exceto dos adeptos e sábios, ou eleitos, e usa falsas explica-
ções e falsas interpretações sobre seus símbolos para enganar aqueles que merecem so-
mente ser enganados; para esconder a verdade, que chama de Luz, e afastá-los dela." [Mo-
rals and Dogma, pg 104-5, Terceiro Grau].
Pike diz que a Maçonaria é uma religião, da ordem dos mistérios satânicos, da mesma cate-
goria que a Filosofia Hermética e a Alquimia! A Maçonaria esconde seus segredos dos
irmãos que estão na sociedade visível exterior, independente do grau deles; somente os
eleitos na sociedade invisível interna é que conhecem a verdade. Os pobres irmãos na soci-
edade visível recebem uma dieta de "falsas explicações e falsas interpretações" de seus
símbolos" - Por que razão? Esses pobres homens na sociedade visível "merecem somente
ser enganados".
Se, no início de sua participação na Maçonaria, um homem demonstra venerar Jesus Cristo,
ele será imediatamente colocado na sociedade visível e nunca aprenderá a verdade. Nunca
será considerado um adepto, ou um sábio, ou um dos eleitos, pois esses termos são reser-
vados somente para os membros da sociedade invisível. Ele será um daqueles que apren-
dem mentiras sobre as doutrinas da Maçonaria e que deliberadamente, recebem falsas ex-
plicações sobre seus símbolos, para que simplesmente PENSEM que conhecem a verdade.
Em seguida, Pike completa suas instruções sobre o engano intencional dos membros da
sociedade visível, dizendo, "Portanto, a Maçonaria zelosamente esconde seus segredos e
leva os intérpretes presunçosos ao erro." [Ibidem, pg 105]
Os membros da sociedade visível são chamados de ´massas'e constituem 95% de toda a
Maçonaria. Ouça o que Albert Pike diz sobre a verdade da organização para as 'massas':
"Um Espírito que ama a sabedoria e contempla a Verdade que está por perto, é forçado a
disfarçar-se, para induzir as multidões a aceitá-la.... O povo precisa de ficções, e a Verdade
torna-e mortal para aqueles que não são fortes o suficiente para contemplá-la em todo seu
fulgor." [Morals and Dogma, pg 103 Terceiro Grau, ênfase adicionada]
Se uma pessoa não é capaz de aceitar a verdade que o núcleo interno e invísível da Maço-
naria realmente adora e serve a Satanás, então essa verdade se tornaria "mortal" para ela.
Portanto, "as ficções são necessárias" para que os maçons visíveis não fiquem tão desnor-
teados que deixem a Maçonaria e exponham seus segredos internos.

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Há um pequeno parágrafo que define correta e concisamente o coração e a alma da frater-
nidade invisível da Maçonaria. Vejamos mais uma citação de Manly P. Hall:
"Quando o maçom aprende que o segredo para o guerreiro é a correta aplicação do dínamo
do poder da vida, ele aprendeu o mistério de sua Arte. As energias ardentes de Lúcifer
estão em suas mãos e antes que ele possa avançar para a frente e para cima, precisa pro-
var sua capacidade de aplicar corretamente a energia." [The Lost Key to Freemasonry,
Manly P. Hall, publicado pela Macoy Publishing and Masonic Supply Company, Richmond,
Virgínia, 1976, ênfase adicionada]
O Scottish Rite Journal, elogiou Manly P. Hall em 1990, como "O Maior Filósofo da Maçona-
ria". Um maçom de Grau 32 escreveu-me dizendo que ele nunca tinha ouvido falar de Manly
P. Hall; porém você pode ver que o livro dele foi publicado pela editora Macoy Publishing. A
única razão porque esse maçom de grau elevado nunca tinha ouvido falar de Manly P. Hall é
que Hall é um líder da Fraternidade Invisível, enquanto esse maçom que me escreveu parti-
cipava da Fraternidade Visível!
Esta é a Maçonaria invisível, sobre a qual você foi mantido na ignorância durante todo este
tempo! Para verificar melhor esse fato, encorajo-o a ir ao site da editora e distribuidora de
livros da Maçonaria invisível, Kessinger´s Freemasonry and Occult Publishing; essa editora
publica todos os livros maçônicos antigos da sociedade invisível e que eram muito secretos
no passado. O endereço na Internet é http://www.kessingerpub.com/. Verifique os assuntos
listados na parte inferior da página inicial, observando os temas extremamente satânicos e
anticristãos que formam a Fraternidade Invisível! Listamos alguns desses assuntos a seguir,
conforme o site da editora Kessinger os relaciona, mas introduzindo nossos comentários:
Adivinhação [proibida na Bíblia];
Adoração da Natureza [a adoração ao sol é a adoração mais básica na Maçonaria invisí-
vel];
Adoração à Serpente [a Maçonaria não apenas é uma religião, como também adora a Ser-
pente, na verdade, o próprio Satanás];
Alquimia; Astrologia [proibida na Bíblia];
Auto-Sugestão;
Antigas Religiões;
Babilônia;
Blavatsky, Helena P. [uma das mais satânicas praticantes de magia negra de todos os tem-
pos, autora de livros da Sociedade Teosófica; seus ensinos foram estudados por Adolf Hitler
e forneceram a base para o holocausto judaico];
Budismo;
Cabala [reinterpretação satânica do Antigo Testamento];
Caldeus [os mistérios babilônicos e caldeus foram aniquilados por Deus por causa do seve-
ro satanismo; os mistérios de babilônia também são condenados no livro do Apocalipse];
Carma [doutrina satânica baseada na Reencarnação];
Clarividência [totalmente satânica e proibida na Bíblia];
Consciência do Amor e do Sexo [completamente satânica];
Consciência Cósmica [satânica];
Cores e Sons [criticamente importante no satanismo];
Corpo Astral [prática satânica];
Cristianismo Esotérico [redefinição das doutrinas cristãs];
Druidismo e Celtas [elevaram os sacrifícios humanos aos mais alto níveis];
Doutrinas Orientais; Evolução [e você achava que a Maçonaria era compatível com o ver-
dadeiro cristanismo];
Falicismo [adoração do membro sexual masculino ereto!];
Física Transcendental; Geomancia e Gematria [satânica];
Gnosticismo [o apóstolo Paulo combateu essa doutrina em suas epístolas];
Hermetismo; Hipnotismo; Interpretação pela Bola de Cristal [proibida na Bíblia];
Islã;

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Leitura da Sorte [proibida na Bíblia];
Leitura de Cartas;
Misticismo Cristão [este é o "cristianismo" da Maçonaria, onde todas as doutrinas são rein-
terpretadas];
Magia [proibida na Bíblia];
Quiromancia [adivinhação satânica por meio da leitura das mãos];
Reencarnação;
Rosacruzismo [totalmente satânico];
Santo Graal [alegoria satânica para preparar o Anticristo];
Tarô [adivinhação proibida na Bíblia];
Telepatia [comunicação satânica sem o uso de linguagem audível];
Zoroastrismo [seita satânica destruída por Deus no Antigo Testamento].
Aqui está é o coração e a alma da fraternidade interna e invisível. A parte absolutamente
mais negra desse coração é o falicismo, a adoração do órgão sexual masculino ereto. O
obelisco é o principal símbolo dessa adoração, e é a razão por que vemos obeliscos por
toda a parte associados com a Maçonaria! Já é hora de deixar de ser enganado, você não
acha?
Veja o que Albert Pike disse a respeito dos obeliscos: "Daí a importância do falo, ou de seu
substituto inofensivo, o obelisco, erguido como um emblema da ressurreição pelo túmulo da
Deidade enterrada...." [Moral and Dogma, pg 393] Agora, você sabe qual é a explicação para
os obeliscos nos túmulos dos maçons, pois é "um emblema da ressurreição da Deidade en-
terrada"; o maçom que faz parte da sociedade invisível acredita que está se transformando
em um deus ao longo de sua vida, de modo que o obelisco em seu túmulo é simplesmente a
manifestação visível dessa crença.
Os obeliscos foram criados originalmente pelos Mistérios Egípcios, e são mencionados na
Bíblia. Veja: "...o rei Jeú disse aos guardas e aos capitães: Entrai, feri-os, que nenhum esca-
pe. Feriram-nos ao fio da espada; e os da guarda e os capitães os lançaram fora e penetra-
ram no mais interior da casa de Baal, e tiraram as colunas que estavam na casa de Baal, e
as queimaram. Também quebraram a própria coluna de Baal, e derrubaram a casa de Baal,
e a transformaram em latrinas até o dia de hoje. Assim exterminou Jeú de Israel a Baal." [2
Reis 10:25-28]
O Deus Todo-Poderoso ordenou que os obeliscos satânicos fossem queimados, mas so-
mente após o rei Jeú executar os adoradores do obelisco, também conhecidos como adora-
dores de Baal. Assim, a Maçonaria invisível dedica-se à adoração aos obeliscos, que foi pu-
nida por Deus com a pena de morte. Tenha isso em mente na próxima vez que você con-
templar o obelisco no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, ou qualquer outro, como na ci-
dade de Washington, ou na Praça de São Pedro, em Roma!
Finalmente, a adoração à serpente leva diretamente ao Inferno, pois Satanás é quem está
por trás dessa forma de adoração. Esa é a fraternidade invisível da Maçonaria e aposto que
você nunca soube que ela existia.
Agora que você sabe tudo isso, encorajo-o a ler os artigos da The Cutting Edge nesta cate-
goria no site A Espada do Espírito, entendendo que eles tratam da organização interna
invisível. Lembre disto: não queremos ficar batendo boca com ninguém, este site não tem
salas de bate-papo, nem estou tentando ganhá-lo para o nosso lado. Sua alma preciosa é
que está em jogo aqui; você está participando na mais maligna e enganosa organização que
existe no mundo. Sua participação na fraternidade visível dá aos demônios o direito legal de
afligi-lo, e causar grandes sofrimentos e tristezas, mesmo que você seja totalmente ignoran-
te sobre a fraternidade interna.
Sua alma eterna está em jogo; separe um tempo para ler nossos artigos com a maior aten-
ção e tendo seus 'olhos espirituais'abertos.
David Bay, diretor
Cutting Edge Ministeries
Traduzido por Sebastião R D P dos Santos de "A Espada do Espírito

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Se Muitos Líderes Cristãos São Maçons, Quais São as Possíveis Ramificações na No-
va Ordem Mundial?

Examinaremos as possíveis ramificações religiosas e da Nova Ordem Mundial que
podem tornar-se possíveis do fato de tantos pastores e líderes da igreja cristã estarem
envolvidos com a Maçonaria. Você ficará chocado!!
Neste artigo, examinaremos as possíveis implicações na Nova Ordem Mundial do fato de
muitos pastores e líderes das igrejas serem maçons. Como discutimos em N1082, nós, cris-
tãos fundamentalistas, sentimo-nos cada vez mais temerosos ao ver tantas organizações
cristãs começarem a adotar posições esquerdistas e cada vez mais apóstatas. Porém, a
maioria desses pastores continua a pregar sermões que são evangelho válido, pois apresen-
tam o plano de salvação corretamente. Nossa única discussão com esses líderes ocorre
quando suas organizações cooperam com igrejas apóstatas e que aderem à Nova Era, e
com a Igreja Católica Romana. Os pastores e autores fundamentalistas nunca questionam a
salvação desses líderes, somente sua associação com pessoas e organizações que negam
abertamente as doutrinas fundamentais do cristianismo.
Se esses líderes forem maçons, então temos diante de nós um conjunto de circunstâncias
completamente diferente! Se são maçons, então temos de assumir que secretamente, no
fundo do coração, concordam com as doutrinas da Maçonaria! Temos de assumir que,
quando apresentam o evangelho em seus sermões, estão secretamente negando as doutri-
nas cristãs no fundo de seus corações. Temos de assumir que, ao mesmo tempo em que
eles exaltam Jesus Cristo como nosso Amado Senhor, Mestre e Salvador, secretamente
acreditam nos ensinos da Maçonaria sobre Jesus Cristo.
Vamos então examinar alguns ensinos da Maçonaria sobre as doutrinas fundamentais da
nossa fé cristã para que possamos compreender o que provavelmente está dentro dos co-
rações desses líderes cristãos quando apresentam o evangelho publicamente. Lembre-se
que Deus julga o coração, enquanto nós, humanos, tendemos a julgar superficialmente, ou o
que vemos na superfície somente. Bem poderiam esses líderes considerar as palavras de
Deus a Samuel: "Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem
para a sua altura, porque o rejeitei, porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem
vê o exterior, porém o SENHOR, o coração." (I Sam 16:7) Se esses pastores são maçons,
então têm o coração de um maçom, e crêem naquilo que a Maçonaria ensina. Vamos exa-
minar essas doutrinas maçônicas agora.

Os maçons crêem que possuem sabedoria espiritual superior aos ensinos de qual-
quer religião individual.

A. "Ela [a Maçonaria] é a religião universal, eterna e imutável como Deus a plantou no
coração da humanidade universal. Nenhum credo duradouro deixou de ser construído sobre
esse fundamento. É a base e elas [as religiões individuais] são a superestrutura. (Albert
Pike, "Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry", pg
219).
Portanto, a Maçonaria vê a si mesma como o fundamento espiritual sobre o qual todas as
outras religiões foram construídas. Cada religião individual, incluindo o Cristianismo, tem
somente uma verdade parcial, enquanto que a Maçonaria contém toda a verdade. O sr. pas-
tor, quando está no púlpito pregando o evangelho, crê secretamente que o cristianismo não
é nada mais que uma religião individual que contém somente verdade parcial? O que as Es-
crituras dizem sobre o fundamento que é aceitável a Deus?
Resposta da Bíblia #1 -- "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi
posto, o qual é Jesus Cristo" (I Cor 3:11).
Resposta da Bíblia #2 -- Em Lucas 6:48, Jesus declara que ele é a rocha, o único fundamen-
to espiritual no qual uma pessoa pode confiar para sua salvação eterna. Em seguida, no
verso 49, Jesus fala sobre os outros fundamentos religiosos. "Mas o que ouve e não pratica
é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces; e arrojando-

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se o rio contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa." Em ou-
tras palavras, qualquer outro fundamento espiritual na verdade não é fundamento, e quando
o julgamento de Deus começar a bater sobre aquela pessoa, sua queda será muito grande e
de conseqüências eternas.
Resposta da Bíblia #3 -- "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida;
ninguém vem ao pai senão por mim."
B. A Maçonaria ensina que sua religião verdadeira precisa ser misturada com o "erro"
[Mentindo] quando é ensinada às massas, para que possa ser mantida pura para os adep-
tos! "A religião .... que precisa ser misturada com uma porção de erro .... a religião dos mui-
tos necessariamente precisa ser mais incorreta que a dos poucos refinados." (Albert Pike,
"Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry", pg 224,
Ensinos para o Décimo Quarto Grau.)
Pike também afirma que mentir é necessário, na pg 102, Ensinos Para o Terceiro Grau. "Um
espírito .... que ama a sabedoria e contempla a Verdade que está perto, é forçado a disfarçá-
la, para induzir as multidões a aceitá-la... O povo precisa de ficções...."
Sr. pastor, quando prega durante seus sermões sobre a pureza do evangelho, no fundo do
coração, acha realmente que "a massa" de pessoas a quem está pregando "precisa apren-
der erros? Arrogantemente crê, como a Maçonaria ensina, que somente os adeptos (ocultis-
tas avançados) podem conhecer a verdade pura? Realmente acredita que a Bíblia sobre a
qual está pregando é realmente somente "ficções"?
Sr. pastor, tem consciência que essa crença é puramente do Anticristo? No livro de Nova
Era, "The Armaggedon Script" (O Roteiro do Armagedom) de Peter Lemesurier, descobrimos
a crença que o Anticristo vai executar os maiores milagres possíveis para os seguidores de
todas as religiões? Ele afirmará que é o Messias que quase todas as grandes religiões espe-
ram. Ele afirmará para o judeus que ele é o Messias prometido; para os cristãos ele afirmará
ser Jesus Cristo em sua segunda vinda; para os maometanos, ele afirmará ser Maomé que
voltou à terra; para o budista ele afirmará ser Buda retornado; até alguns índios americanos
têm a doutrina que uma figura messiânica aparecerá nos últimos dias. Em sua pessoa, o
Anticristo afirmará que é a figura do Messias para cada uma das religiões do mundo. Logi-
camente, essa é uma mentira, mas uma mentira necessária! Lemesurier liga essa charada
ao Anticristo atuando como uma vara de iluminação espiritual, tomando para si mesmo as
"predições não descarregadas" de cada religião do mundo. Depois, uma vez que cada religi-
ão creia que viu seu Messias, podem receber revelações espirituais "mais elevadas", que
cada pessoa tem um "deus" dentro de si e que o verdadeiro deus a ser adorado é você
mesmo! ("The Armaggedon Script", Peter Lemesurier, St. Martin Press, Nova York, 1981, pg
215-252).
Portanto, sr. pastor, quando prega para "as massas" em seus sermões, se acredita secreta-
mente nessa doutrina da Maçonaria, que essas pessoas precisam receber mentiras agora,
para seu próprio bem, está concordando com a doutrina do Anticristo!
C. A Maçonaria ensina que é uma religião mundial, que "reverencia" todas as fés. "Não
subestimamos a importância de qualquer verdade. Não proferimos nenhuma palavra que
possa ser considerada irreverente por qualquer pessoa de qualquer fé.... Não dizemos ao
judeu que o Messias que ele espera nasceu em Belém há quase dois mil anos atrás; e que
ele é um hereje por não crer nisso. E também não dizemos ao cristão sincero que Jesus de
Nazaré era um homem exatamente como nós, ou que sua história é a repetição de uma len-
da antiga." (Albert Pike, "Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of
Freemasonry", pg 524).
Sr. pastor, quando está pregando para os cristãos sinceros em sua congregação sobre o
Amado Salvador Jesus Cristo, secretamente acredita que Jesus de Nazaré foi apenas um
homem como nós e que sua vida e evangelho não são nada mais que "a repetição de uma
lenda mais antiga"?
Em seguida, Albert Pike termina essa pequena seção dizendo, "A Maçonaria .... pertence a
todos os tempos; não é nenhuma religião, ela encontra suas grandes verdades em todas." A

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Maçonaria é verdadeiramente a religião global do Anticristo. Como Pike ensina que ela ante-
cede todas as religiões, e tem sua origem no início dos tempos, assumimos que ele quer
dizer que a Maçonaria existe desde os tempos do Jardim do Éden, onde vemos exatamente
esse tipo de "adoração a si mesmo" sendo ensinada. No Jardim do Éden, vemos Satanás
falando por meio da serpente a Eva, incentivando-a a comer do fruto da Árvore do Conheci-
mento, embora Deus tenha proibido comer do fruto. Satanás disse a Eva que, após comer o
fruto, ela se tornaria como Deus, conhecendo o bem e o mal. Vamos rever a Escrituras.
"Porque Deus sabe que no dia que dele [do fruto] comerdes se vos abrirão os olhos e, como
Deus, sereis conhecedores do bem e do mal." (Gên 3:5). Em outras palavras, Satanás esta-
va ensinando Eva a mesma mentira que está sendo ensinada na Maçonaria e na religião da
Nova Era, que essa pessoa tem um "deus" dentro dela e que tudo o que precisa fazer é
"descobrir" isso por meio da meditação e das práticas do ocultismo!!
Portanto, como o sr. pastor é um maçom, realmente acredita nessa mentira que cada pes-
soa é como um deus!!
D. A Maçonaria ensina que a "moralidade da Maçonaria" é a "moralidade de todos os
outros credos da antiguidade". (Albert Pike, "Morals and Dogma do the Ancient and Ac-
cepted Scottish Rite of Freemasonry", pg 541.
Portanto, a Maçonaria coloca seu selo de aprovação nas muitas práticas das religiões pagãs
antigas, como a prostituição nos templos e o sacrifício de crianças!!
Sr. pastor, enquanto prega moralidade bíblica para nós "pobres massas", está realmente
acreditando na "moralidade de todos os credos" das religiões pagãs antigas?
Albert Pike então afirma essa verdade enfaticamente para que ninguém deixe de compreen-
dê-la. Nos ensinos para o Vigésimo Oitavo Grau, ele diz, "A Maçonaria é idêntica aos Anti-
gos Mistérios". (Albert Pike, "Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of
Freemasonry", pg 624.)
Sr. pastor, está ciente do fato que Deus trouxe julgamente a cada uma dessas religiões de
"Antigos Mistérios", matando fisicamente cada uma delas e seus seguidores? Está ciente
que Deus advertiu o povo de Israel, "Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te
der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre
ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognostica-
dor, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem
quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao SENHOR; e
por estas abominações o SENHOR os lança de diante de ti." [Deut 18:9-12]
A Maçonaria ensina e incentiva TODAS essas práticas "abomináveis" proibidas, como de-
monstramos nos artigos N1084, N1085 e N1086 [disponíveis no site da Cutting Edge somen-
te] que tratam da literatura recomendada para os maçons. Sr. pastor, quando está pregando
para sua congregação, tem esse ensino da Maçonaria em mente, que é perfeitamente válido
praticar a feitiçaria, consultar um médium espírita, praticar sacrifícios humanos ou usar téc-
nicas de adivinhação. Como o sr. é um maçom, podemos concluir que o pensa exatamente
assim. É esta a razão pela qual a Maçonaria precisou ser muito secreta durante todos estes
anos? É claro que sim!! Quando você revisar a lista de livros que são recomendados aos
maçons, verá todas essas abominações e práticas proibidas, com a exceção do sacrifício
humano.
E. O que a Maçonaria ensina sobre Deus?
1. "...Satanás não é um deus negro, mas a negação de Deus...
Para os iniciados, isso não é uma pessoa, mas uma Força, criada para o bem, mas que po-
de ser usada para o mal." Agora, a verdade finalmente veio à tona!! Com esta afirmação, a
Maçonaria se identifica como ocultista e do Anticristo! Vamos examiná-la em suas partes
componentes.
a) Tanto Satanás e Deus não são pessoas, mas Forças. Deus revela em Daniel 11:38, no
meio das profecias referentes ao Anticristo: "Mas em seu lugar honrará o deus das fortale-
zas" O Anticristo não honrará ao Deus Verdadeiro, mas ao deus das fortalezas [das forças]!!
Portanto, Pike rotula a Maçonaria como sendo do Anticristo com a declaração acima.

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Portanto, sr. pastor, sendo um maçom, está participando em uma organização dedicada a
preparar o caminho e apoiar o Anticristo.
b) A afirmação de Pike, mencionada anteriormente, iguala Satanás a Deus, uma tremenda
abominação à verdade bíblica! Considere o que Deus tem a dizer sobre a diferença entre ele
e Satanás: "Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos;
eu sou o primeiro, e eu sou o último; e além de mim não há Deus." (Isa 44:6) Deus declara
que ele é proeminente sobre todos os seres sobrenaturais. Porém, o ocultismo clássico diz
justamente o contrário. No livro satânico dos símbolos entitulado "Magic Symbols", de Frede-
rick Goodman, Brian Todd Publishing House, 1989, pg 57-59, vemos este ensino satânico:
"....as palavras latinas referenciam um antigo ditado ocultista: 'Como é em cima, assim tam-
bém é embaixo'O diagrama novamente aponta para a dualidade do universo... o mundo
inferior ou das trevas é uma reflexão, ou uma imagem mais fraca do mundo superior.... há
um mundo superior e um mundo inferior, e de um modo curioso eles são reflexões um do
outro, embora o mundo superior seja de luz e o inferior seja das trevas.... Do espírito, refle-
tindo-se, procede a dualidade do mundo criado. É como se a luz precisasse das trevas para
ter a sua forma. Esse é um dos mistérios da tradição ocultista.... todo o mundo criado é
realmente uma tentativa de Deus de ver a si mesmo. Ele cria uma imagem de si mesmo, um
reflexão, que ele pode ver. Sem essa criação da sua própria sombra, ele não seria completo
(pg 57-58). Isso nos trás de volta à declaração de Pike que Satanás é a negação, ou o opos-
to de Deus. Portanto, esses ocultistas acreditam que Deus criou uma sombra de si mesmo,
um ser a quem chamamos de Satanás!!
Sr. pastor, quando está pregando a verdade bíblica sobre Deus, precisa estar pensando que
esse é o falso ensino, a "ficção" que precisa propagar entre nós, "cristãos ignorantes" até
que o Anticristo apareça para levar-nos a um novo e mais elevado caminho para a consciên-
cia!!
c) Finalmente, a afirmação de Pike, que o ocultismo pode ser usado ou para o bem ou para
o mal, também é ensino satânico padrão. Se uma pessoa usa seu conhecimento do ocultis-
mo para o "bem", diz-se que está praticando a "Magia Branca"; mas, se usa seu conheci-
mento sobre o ocultismo para o "mal", está praticando "Magia Negra". E, quando o Mestre
Mundial, ou Avatar, usar seu conhecimento ocultista para o "bem", ele será referenciado
como "o Cristo"; mas, se usar seu conhecimento ocultista para o "mal", será referenciado
como "Anticristo". Assim, vemos autores ocultistas como Alice Bailey, Ruth Montgomery, e
Peter Lemesurier apreensivos se o vindouro Avatar da Nova Era, o Mestre do Mundo, o
Grande -- será "o Cristo" ou o "Anticristo".
O sr. pastor de igreja cristã, que também é maçom, deve acreditar nas mesmas bobagens.
2. A Maçonaria ensina que Deus é somente amor, que é incapaz de julgar.
"A Maçonaria ensina que Deus é infinitamente bom... Temos fé no infinito, fé no Amor Infinito
de Deus; e é essa a que que nos salvará. Nenhuma dispensação da providência de Deus,
nenhum sofrimento ou é um mensageiro da ira; nenhuma de suas circunstâncias são indica-
ções da ira de Deus. Ele é incapaz de irar-se.... Os homens maus não morrem porque Deus
os odeia. Eles morrem porque é melhor para eles morrer; e, por piores que sejam, é melhor
estar nas mãos de um Deus infinitamente bom, do que em qualquer outro lugar" (Albert Pike,
"Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry", pg 718, En-
sinos para o Vigésimo Oitavo Grau).
Uau!! A Maçonaria ensina que vamos ver Adolf Hitler, Josef Stalin e Nero no céu!! Como
Deus é infinitamente bom, ele é incapaz de ficar irado com o pecado, e permitirá que todos
entrem no seu céu no final de tudo! Assim, a Maçonaria não ensina que haverá um Dia do
Juízo Final, ou que haverá punição eterna no lago de fogo para os perdidos.
Sr. pastor, quando pede às pessoas que venham à frente para aceitar Jesus Cristo como
Salvador, está secretamente acreditando que essa é também uma das "mentiras" a propa-
gar para esses "cristãos ignorantes", até o tempo que o Anticristo apareça, para levá-loa a
uma verdade "superior", que não há julgamento?

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3. A Maçonaria ensina a crença hindu que, quando Deus criou o mundo, dissolveu-se ne-
le, e cessou de existir como pessoa, tornando-se uma força. "Devido a essa habitação de
Deus na matéria, dizemos que o mundo é uma revelação dele, sua existência é uma exibi-
ção dele. Ele está em sua obra" (Albert Pike, "Morals and Dogma of the Ancient and Accep-
ted Scottish Rite of Freemasonry", pg 710, Ensinos para o Vigésimo Oitavo Grau).
Assim, sr. pastor, quando está ensinando as doutrinas bíblicas sobre Deus, deve estar pen-
sando no deus da Maçonaria no fundo do seu coração! É esse outro exemplo onde acredita
que precisa mentir para as massas ignorantes de pessoas até que o Anticristo apareça para
levá-las a um conhecimento espiritual mais elevado.
4. A Maçonaria ensina que "a verdade perfeita não é alcançável" (Albert Pike, "Morals
and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry", pg 223, Ensinos pa-
ra o Décimo Quarto Grau") Portanto, Jesus Cristo deve ser uma fraude e um mentiroso, pois
disse "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida". Ou quando Jesus Cristo diz, "E conhecereis
a verdade, e averdade vos libertará." [João 8:32]. Você observou que Jesus disse que co-
nheceremos a verdade? Jesus Cristo é um mentiroso e uma fraude? É nisso que o senhor
acredita, pastor?
F. O que a Maçonaria ensina sobre Jesus Cristo?
Esta é a pergunta mais importante de todas, pois não há perdão de pecados e nem vida e-
terna nos céus sem Jesus Cristo. Em João 5:22-23, Jesus Cristo declarou enfaticamente, "E
o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo o julgamento, a fim de que todos honrem o
Filho, do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o envi-
ou." Portanto, vemos que Deus o Pai confiou o julgamento de todos os homens ao seu Filho
Jesus Cristo! Jesus reitera essa verdade em 5:26-27, mas também revela a verdade que ele
tem vida em si mesmo! "Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também conce-
deu ao Filho ter vida em si mesmo. E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do
homem."
Portanto, vamos examinar o que a Maçonaria ensina sobre Jesus Cristo.
1) Albert Pike afirma a seguinte doutrina referente a Jesus Cristo no Capítulo 26, ou o Vigé-
simo Sexto Grau, "Príncipe da Misericórdia, ou Trinitariano Escocês". Nas páginas 562-63,
vemos que o pensamento de um Ser Supremo desconhecido da raça humana [Deus] produ-
ziu o Universo que "produziu o Espírito, a Mãe dos Viventes, e Sabedoria de Deus. Junto
com essa Existência Primitiva, a Matéria também existia... eterna..."
"Buthos e seu Pensamento, unido com a Sabedoria, tornou-a frutífera pela Luz Divina, e ela
concebeu a um ser perfeito e imperfeito, Cristos, e uma segunda e inferior Sabedoria, Sofia-
Achamoth, que caindo no caos permaneceu presa ali, enfraqueceu-se, e perdeu todo o co-
nhecimento da Sabedoria Superior que lhe deu a luz. Comunicando movimento ao caos, ela
produziu Ialdabaoath, o Demiurgo, Agente da Criação Material.... Ialdabaoath produziu um
anjo que era sua imagem, e este um segundo, e assim por diante em sucessão até o sexto
após o Demiurgo.... Ialdabaoath, para tornar-se independente de sua mãe e para passar
para o Ser Supremo, criou o mundo, e o homem a sua própria imagem, e sua mãe fez o
princípio espiritual passar dele ao homem assim criado; e daí em diante a luta entre o Demi-
urgo e sua mãe, entre luz e trevas, o bem e o mal, ficou concentrada no homem."
"E a imagem de Ialdabaoth, refletida sobre a matéria, tornou-se a Serpente-Espírito, Sata-
nás, a Inteligência do Mal. Eva, criada por Ialdabaoth, teve, de seus filhos, crianças que e-
ram anjos como eles mesmos. A luz espiritual foi retirada do homem por Sofia, e o mundo
rendeu-se à influência do mal, até que o Espírito, pressionado pelos pedidos da Sabedoria,
induziu o Ser Supremo a enviar Cristos para redimi-la. Compelido por sua mãe, Ialdabaoth
fez o homem Jesus nascer de uma virgem, e o Salvador Celestial, unindo-se com sua irmã,
Sabedoria, desceu até as regiões dos sete anjos... e entrou com sua irmã no homem Jesus
quando ele foi batizado no Jordão."
Que blasfêmia incrível é essa? Jesus Cristo foi criado por um deus inferior, chamado Ialda-
baoth?

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Mas, primeiro, Ialdabaoth criou Eva, quando "ele refletiu sobre a matéria, depois tornou-se a
Serpente-Espírito, Satanás. Portanto, Eva foi na verdade criada por Satanás! Depois, a mãe
de Ialdabaoth o forçou a criar Jesus Cristo como um espírito. Depois, esse espírito Jesus
"uniu-se" com sua irmã, Sabedoria, e juntos eles vieram sobre o Jesus humano quando ele
foi batizado no rio Jordão. Essa é a heresia gnóstica da "Consciência do Cristo", que afirma
que Jesus era um simples homem mortal, que não tinha idéia que era o Messias. Quando foi
batizado por João Batista no rio Jordão, a Consciência do Cristo entrou em Jesus e subita-
mente ele soube que era o Cristo, e começou a chamar a si mesmo de Jesus Cristo. Essa é
a heresia que é defendida por todo o movimento de Nova Era, e é o conceito que o Anticristo
invocará quando aparecer. Ele dirá que a Consciência do Cristo, que veio sobre Maomé,
Jesus, Buda, Moisés, etc. é a mesma Consciência do Cristo que ele tem, só que agora é
mais avançada. Portanto, o Anticristo poderá convencer o mundo que ele, por meio de sua
Consciência do Cristo, na verdade são todos os Messias em uma só pessoa.
Agora que Jesus Cristo tinha seu espírito de Consciência do Cristo, ele pode iniciar seu mi-
nistério na terra. Mas, subitamente, Pike revela que há um conflito nas regiões celestiais!
"Ialdabaoth, achando que Jesus estava destruindo seu império e abolindo sua adoração, fez
os judeus o odiarem e crucificarem; antes disso ocorrer, Cristo e Sabedoria subiram às regi-
ões celestiais. Exatamente como os deuses gregos demonstravam todas as emoções hu-
manas, como amor e ódio, assim também Ialdabaoth passou a odiar Jesus, temendo que ele
estivesse tentando destruir seu império e fazer o povo deixar de adorá-lo. Assim, Ialdabaoth
fez os judeus odiarem Jesus e matá-lo. No entanto, antes de Jesus realmente morrer na
cruz, "...Cristos e Sabedoria subiram às regiões celestiais" (Albert Pike, "Morals and Dogma
of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry", pg 563)
Novamente, esse conceito é a mesma mentira gnóstica que diz que a Consciência do Cristo
que veio sobre ele por ocasião do seu batismo, o deixou pouco antes de ele morrer.
Mas, Pike então "revela" que Jesus não viveu uma vida humana normal, mas "tomou sobre
si somente a aparência de um corpo...." (Albert Pike, "Morals and Dogma of the Ancient
and Accepted Scottish Rite of Freemasonry", pg 564) Depois, algumas páginas adiante, Pike
retorna a essa heresia. "A Luz (Jesus) não podia unir-se com as trevas. Ela vestiu a aparên-
cia de um corpo humano, e adotou o nome de Cristo no Messias, somente para acomodar-
se à linguagem dos judeus... Mas o chefe do Império das Trevas [Satanás, que é Ialdabaoth]
o fez ser crucificado pelos judeus. No entanto, ele sofreu somente na aparência..."
Portanto, a Maçonaria separa Jesus o homem de Jesus, a Consciência do Cristo, e depois
afirma que mesmo Jesus o homem era uma ilusão, que ele existiu e sofreu somente na apa-
rência de um ser humano!! Depois, para completar esse quadro, Pike afirma que a alma de
Jesus Cristo era "da mesma substância com Deus, uma manifestação da divindade, não
formando uma segunda pessoa" (Albert Pike, "Morals and Dogma of the Ancient and Accep-
ted Scottish Rite of Freemasonry", pg 567-568).
Pessoal, esse ensino da Maçonaria sobre a pessoa e a obra de Jesus Cristo é exatamente
igual à definição bíblica do Anticristo!! Em I João 4:2-3, o Espírito Santo dá-nos esta defi-
nição do Anticristo: "Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;
e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espí-
rito do Anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem, e presentemente já está no
mundo." O ensino da Maçonaria não cumpre exatamente esse tipo de negação, ou não-
confissão? É claro que sim.
O ensino da Maçonaria sobre Jesus Cristo é exatamente igual à definição bíblica do Anticris-
to!!
Portanto, quando um pastor maçom fala a uma congregação sobre Jesus Cristo, ele apre-
sentará o evangelho corretamente pois arrogantemente acredita que as "massas" pobres e
ignorantes de pessoas precisam ouvir mentiras agora, pois não podem receber a verdade.
Mas logo, o Anticristo estará em cena, e ele levará as "massas" a um nível mais alto de trei-
namento religioso. Depois, e somente depois, as "massas" poderão receber a verdade.

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O que é a verdade? A quem os maçons adoram se não adoram a Jesus Cristo? Eles dizem
que adoram a Deus, mas que "Deus" não é uma pessoa, como Albert Pike tão eloquente-
mente nos disse. O deus deles é uma "Força", o que cumpre com a definição de Daniel so-
bre o Anticristo! Eles adoram um deus que é uma pessoa? Pike nos diz que sim, e seu nome
é -- bem, vou deixar que Pike lhe diga, com suas próprias palavras: "Lúcifer, o Filho da Ma-
nhã! É ele que traz a luz, e com seus esplendores intoleráveis, cega as almas fracas, sensu-
ais ou egoístas? Não duvide!" (Albert Pike, "Morals and Dogma of the Ancient and Accepted
Scottish Rite of Freemasonry", pg 321). Depois, na página 567, Pike chama Lúcifer de "Anjo
de Luz", um termo que a Bíblia usa para denotar o Jesus pré-encarnado.
Não se deixe enganar: a Maçonaria adora a Lúcifer.
Lembre-se, a Maçonaria separa Lúcifer de Satanás, afirmando que eles não são o mesmo
ser. Satanás é considerado a negação de Deus; ele é o irmão de Jesus Cristo! Isso soa co-
mo Mormonismo? Deve, pois Joseph Smith, foi um maçom de grau 33, como também foi
Brigham Young.
O autor cristão, Gary Kah, escrevendo em seu livro, "En Route to Global Occupation", es-
creve sobre a adoração a Lúcifer na página 114, "Em 14 de julho de 1889, Albert Pike deu
suas instruções para os vinte e três Supremos Concílios do mundo, registrado por A. C. De
La Rive, em La Femme et l´Enfant dans in Franc-Maconnerie Universalle (pg 588). O
seguinte é um trecho do seu discurso:
"O que precisamos dizer para a multidão é -- Adoramos a Deus, mas é um Deus que é ado-
rado sem supertição. A vocês, Soberanos Grandes Inspetores Gerais, dizemos isto, para
que repitam aos irmãos dos graus 32, 31 e 30 -- A religião maçônica deve ser, por todos nós
os iniciados nos graus mais elevados, mantida na pureza da doutrina luciferiana" [Kah está
aqui fazendo uma citação de "Occult Theosophy", de Edith Starr Miller, publicado em 1933,
pg 220].
Antes de abordarmos o óbvio, gostaríamos de destacar que a afirmação de Pike que a deve-
se dizer à "multidão" que os maçons adoram o Deus que eles não têm de temer, isto é, seu
deus fabricado é só amor; os adeptos são informados a verdade sobre quem os maçons a-
doram, pois podem "recebê-la adequadamente". Essa idéia arrogante sobre mentir para as
massas ignorantes ao mesmo tempo que reserva a verdade para os adeptos maduros apli-
ca-se também as irmãos maçons de grau inferior ao 30. Há muito tempo percebemos que
90% de todos os maçons não têm a menor idéia da verdade sobre a Loja Maçônica.
Agora, para afirmar o óbvio da afirmação de Pike: eles adoram a Lúcifer, o Portador da Luz,
como Pike o chama no livro Morals and Dogma! Não se engane. Mas, por que deveríamos
ter problemas em acreditar que os maçons adoram Lúcifer? Já mostramos que seu ensino
sobre Jesus Cristo, constitui o ensino e o espírito do Anticristo conforme definido em I João
4:1-4. Como isso é verdade, então precisamos dar o próximo passo, para perceber que a
Bíblia prediz, em Daniel, que o Anticristo adorará Lúcifer/Satanás!
Em Daniel 8:23-25, Deus diz sobre o Anticristo: "Mas, no fim do seu reinado, quando os pre-
varicadores acabarem, levantar-se-á um rei de feroz catadura e entendido de intrigas [enig-
mas]. Grande é o seu poder, mas não por sua própria força; causará estupendas destrui-
ções, prosperará e fará o que lhe aprouver; destruirá os poderosos e o povo santo. Por sua
astúcia nos seus empreendimentos fará prosperar o engano, no seu coração se engrande-
cerá, e destruirá a muitos que vivem despreocupadamente; levantar-se-á contra o Príncipe
dos príncipes, mas será quebrado sem esforço de mãos humanas."
O "rei de feroz catadura", refere-se a um rei que pratica feitiçaria e Magia Negra. Os prati-
cantes de Magia Negra não escondem o fato que adoram a Satanás. O termo "entendido de
intrigas [ou enigmas, em outra tradução] refere-se às muitas maldições e encantamentos de
Magia Negra que eles dominam para comandar os demônios a fazer sua vontade.
"Grande é seu poder", pois é o poder sobrenatural de Satanás que energizará o Anticristo.
Esse poder será muito eficiente, e permitirá que ele "cause estupendas destruições".

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Quando essa passagem diz que "Por sua astúcia nos seus empreendimentos fará prosperar
o engano", na tradução inglesa temos "...fará a arte prosperar em suas mãos", isso também
é uma referência à Feitiçaria; os feiticeiros freqüentemente chamam a Feitiçaria de "arte".
Assim, vemos nas Escrituras que devemos naturalmente esperar que aqueles que estão
ensinando doutrinas que são biblicamente "do espírito do Anticristo", devem também praticar
a adoração a Satanás/Lúcifer. Naturalmente, espera-se que eles adorem a mesma religião
que o Anticristo adorará. E, essa religião é a feitiçaria, a adoração a Lúcifer.
Assim, se o sr. pastor é um maçom, compartilha todas essas crenças da Maçonaria. Isso o
classifica como um falso cristão! Se prega a verdade do evangelho, está secretamente ade-
rindo às crenças luciferianas. Está deliberadamente enganando as "massas ignorantes" para
seu "próprio bem", para que, quando o Anticristo aparecer, você possa encaminhar seus se-
guidores a ele!
Quando o Anticristo aparecer, operando grandes sinais e maravilhas, e afirmando ser o
Messias de todos, ele será confrontado por muitos céticos, especialmente entre os cristãos.
O Plano da Nova Ordem Mundial prevê que líderes religiosos chaves de todos os conti-
nentes e de todas as principais religiões imediatamente falem bem alto aos seus respec-
tivos seguidores, "Este é o homem que esperamos; vamos segui-lo". Quantos cristãos não
seguirão cegamente seus pastores e líderes religiosos até os braços do Anticristo? Esse
negócio é realmente muito sério.
Finalmente, o fato de tantas igrejas liberais e apóstatas estarem aliando-se e suas organiza-
ções, com o papa também as credencia como sendo forças do Anticristo. Por quê? Porque o
papa já foi selecionado com o líder religioso da Religião da Nova Ordem Mundial, um posto
que o coloca com o Falso Profeta de Apocalipse 13:11-18. [Veja nossos artigos N1034 e
N1094]
Você já observou o crucifixo não-tradicional que o papa João Paulo II está constantemente
usando em suas missas? O crucifixo é a "Cruz Vergada" criada por satanistas no século VI,
como símbolo do Anticristo!! Assim, quando o Papa e outros sacerdotes católicos, mostram
esse crucifixo diante dos adoradores, eles estão sem saber adorando o Anticristo!
Os líderes evangélicos maçons estão cooperando mais de perto com esse futuro Falso Pro-
feta! A luta contra o aborto provavelmente contribuiu para essa união entre evangélicos e os
católicos romanos, pois membros sinceros de ambas as igrejas uniram seus esforços para
lutar contra o aborto. É triste, mas é a verdade. O movimento Promise Keepers é outro e-
xemplo de união entre católicos e evangélicos. Logo estaremos todos adorando na mesma
"igreja", a igreja do Anticristo. Uma igreja global oficial já foi formada, e está no processo de
definição. No artigo N1094, informamos que uma igreja global, chamada Religiões Unidas,
foi formada em junho de 1997. Eles dizem ser o "equivalente espiritual das Nações Unidas"
e planejam estar totalmente formados por volta de junho de 2000. Este é o mesmo ano que
todos os outros aspectos do plano da Nova Ordem Mundial estarão totalmente funcionais,
para terem seus planos ambiciosos totalmente implementados!!
Pastores maçons -- o quanto você cairam! Leiam atentamente as palavras de advertência do
Senhor Jesus à igreja de Laodicéia: "... pois dizes: Estou rico e abastado, e não preciso de
cousa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu." Você pensa
que está seguindo a uma "revelação mais alta" que o mero cristianismo. Você acredita que
está deliberadamente enganando as "pobres massas de cristãos" para o próprio bem deles,
para que você possa conduzi-los ao Anticristo um dia, para que tenham uma compreensão
religiosa mais madura!
Bem que o Senhor Jesus disse, "Nem todo o que me diz, Senhor, Senhor! entrará no reino
dos céus; mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos, naquele dia,
hão de dizer-me: Senhor, Senhor! porventura não temos nós profetizado [pregado] em teu
nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos mila-
gres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que prati-
cais a iniquidade." [Mateus 7:21-23]

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Paulo tinha vocês em mente quando se preocupava com seu próprio ministério? "Mas es-
murro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha
eu mesmo a ser desqualificado." [I Cor 9:27]
Sr. pastor e líder da igreja, caia de joelhos agora, e arrependa-se deste pecado. Embora se-
ja grande, você sabe que ele pode ser perdoado. Converta-se antes que o Julgamento de
Deus caia sobre você.
A todos os outros cristãos que têm depositado fé cega em seus pastores e líderes, pedimos
que compreendam a verdade, embora possam achar muito difícil fazer isso. Neste período
do Fim dos Tempos, de engano espiritual sem precedentes, você não deve seguir cegamen-
te a homem algum, nem a organizações humanas; é necessário examinar as Escrituras e
"provar os espíritos", para ver se são de Deus ou do Diabo. Sua vida eterna está em jogo!!
O simples fato de tantos líderes cristãos poderem ser falsos profetas, lobos em pele de ove-
lha, é um sinal seguro que o Fim dos Tempos está muito próximo! O apóstolo Paulo disse
em 2 Tess 2:1-12, que o Anticristo não poderá aparecer até que a apostasia da igreja esteja
completa e até que o Espírito Santo, que restringe o mal, seja tirado do caminho.
Verdadeiramente, você não pode encontrar um exemplo mais completo de apostasia da i-
greja que o fato de muitos dos nossos pastores e líderes serem maçons.
Neste Final dos Tempos, quando o engano sem paralelos é a ordem do dia, precisamops
depender das Escrituras, não de líderes humanos! Se você estiver lendo as Escrituras
quando o Anticristo aparecer, não será enganado e convencido a segui-lo.
O Fim está muito próximo. Você está preparado espiritualmente? Sua família está prepara-
da? Você está protegendo seus amados da forma adequada? Esta é a razão deste ministé-
rio, fazê-lo compreender os perigos iminentes e depois ajudá-lo a criar estratégias para ad-
moestar e proteger seus amados. Após estar bem treinado, você também pode usar seu
conhecimento como um modo de abrir a porta de discussão com uma pessoa que ainda não
conheça o plano da salvação. Eu já pude fazer isso muitas vezes, e vi pessoas receberem
Jesus Cristo em seus corações. Estes tempos difíceis em que vivemos também são um
tempo em que podemos anunciar Jesus Cristo a muitas pessoas.
Se você aceitou Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual mor-
na, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos com ele. Ele o perdoará imediata-
mente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Depois, você precisa
iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.
Se você ainda não aceitou Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que
o Fim dos Tempos está próximo, e quer aceitar o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer
isso agora, na privacidade do seu lar. Após aceitar Jesus Cristo como Salvador, você Nasce
de Novo espiritualmente, e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já esti-
vesse lá. Assim, você pode ter a certeza que o Reino do Anticristo não o tocará espiritual-
mente. Se você quiser Nascer de Novo, vá para nossa Página da Salvação agora.
Esperamos que este ministério seja uma bênção em sua vida. Nosso propósito é educar e
admoestar as pessoas, para que vejam a vindoura Nova Ordem Mundial, o Reino do Anti-
cristo, nas notícias do dia a dia.
Se desejar visitar o site da The Cutting Edge, dê um clique aqui: http://www.cuttingedge.org
Pr. David Bay

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Maçonaria

Definição

Sociedade secreta de fins filantrópicos e de assistência e defesa mútua aos seus membros,
admitidos dentro de certos requisitos morais e após rito iniciático.

É um sistema de moral velado por alegorias e ilustrado por símbolos. Não é religião, embora
alguns a considerem como tal, nem é seu substituto. Admitem em seu meio pessoas de to-
das as religiões, mas não são permitidos ateus ou agnósticos, e seus rituais refletem simbo-
licamente conceitos de idealismo, humanidade, caridade e fraternidade.

Princípios fundamentais e origens

É muito discutida a origem da Maçonaria, alguns autores situam-na nos primórdios da anti-
guidade oriental, outros admitem como fundador, Hiram-Abif, arquiteto do templo de Salo-
mão; para outros deriva dos mistérios do Egito ou da Grécia ou ainda das corporações ope-
rárias criadas por Numa, em 715 a.C.. Considera-se entretanto mais provável que seja ela
um desenvolvimento das confrarias medievais de Pedreiros-livres, especialmente da Ingla-
terra.

No século 15 apareceu o termo Maçonaria para designar obra de talha, mas somente no
século 19 a palavra foi emprestada do francês maçonnerie para designar a associação se-
creta dos Franco-Maçons; o termo sempre é empregado no sentido de fazer. O adjetivo
franco (Franco-Maçom), com o significado de livre, tem sua origem nos pedreiros medievais
: livres para fazer o serviço.

A maçonaria é uma sociedade que possui objetivos filantrópicos e humanitários; para aceitar
novos membros, faz determinadas exigências morais e fá-los passar por um rito de inicia-
ção.

Aspira ao desenvolvimento do espírito, para elevar o homem e a humanidade a um grau mo-
ral superior. Trabalha através de símbolos e rituais. É uma sociedade considerada secreta
que deseja a união de seus membros, acima da união profissional, patriótica, nacional ou
religiosa.

Finalidade

A principal finalidade é o aperfeiçoamento ético do homem e da humanidade, combater o
fanatismo e promover a união dos homens, desfazer os preconceitos, as distinções de raça,
origem, opinião e nacionalidade.

Deseja uma justiça universal, através da qual cada um desenvolva suas faculdades livre-
mente e a humanidade se torne uma grande família unida pelo trabalho, afeto e cultura.

Trabalha pelo melhoramento intelectual, moral e social dos homens, dirigidos pelo lema: ci-
ência, justiça e trabalho.

Quer aperfeiçoar o homem moralmente e seus princípios básicos são: liberdade, tolerância e
fraternidade.

Apesar destas finalidades tão nobres, os maçons infelizmente fazem acepção de pessoas,
não permitindo o aperfeiçoamento das mulheres e admitindo somente membros de boa po-
sição social (para segundo eles, ajudarem aos necessitados). Querem unir a humanidade,
mas são uma sociedade fechada.

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Aspectos históricos

Fantoni afirma que a Maçonaria nasceu do Rosa-crucianismo, quando em 1645 alguns rosa-
cruzes ingleses resolveram fundar uma organização semelhante em seu país.

Mas inicialmente a Maçonaria derivou-se das associações de profissionais. No local onde
houvesse uma grande construção, ai surgia uma loja maçônica (oficina de pedreiros). Para
que o trabalhador fizesse parte da loja precisava dar prova de habilidade e responder às
questões veladas que lhe eram perguntadas.

Esses maçons operários foram gradativamente transformando-se em maçons especulativos
ou ideológicos. Então a partir de 1641, as associações começaram a receber em seu meio,
membros distintos vindos de outros grupos sociais e profissionais, inclusive da própria no-
breza, pensadores e até filósofos.

Princípios Maçônicos

Existência de uma força superior - O grande arquiteto do universo;

O livre pensamento - É sagrado e inviolável, cada um pode pensar como deseja e expor o
seu pensamento;

A tolerância mútua - Tolera-se qualquer pessoa dentro da fraternidade, contanto que seja
honrado, tenha boa posição social, não possua vícios ou desvios morais;

A autonomia da Razão - O homem deve dirigir seus atos e sua vida exclusivamente de a-
cordo com a razão;

A liberdade de culto - A Maçonaria não é contra religião alguma, respeita a todas, mas ao
mesmo tempo incute em seus membros uma indiferença religiosa;

A liberdade de consciência - Qualquer influência externa para influênciar o pensamento é
considerada violência;

O indiferentismo religioso - O ambiente das reuniões deve ser neutro, sem favorecer nem
hostilizar nenhuma religião;

O Estado neutro - A sociedade e o Estado devem permanecer neutros em relação a religi-
ão;

O ensino leigo - O ensino público deve ser neutro em assuntos religiosos;

A moral independente - Não deve estar ligada a crenças religiosas ou a revelações divinas;

A religião natural - A sociedade deve ser norteada pelas verdades básicas comuns a todas
as religiões.

Símbolos

Os símbolos são tomados das profissões dos pedreiros e dos arquitetos, que representam a
arte de construir. Os atos, sinais e ritos são todos simbólicos. A Bíblia é um símbolo que po-
de ser substituido pelo Alcorão ou por um livro com as páginas em branco, dependendo da
loja onde é utilizado.

Outros símbolos : Esquadro, compasso, martelo, colher de pedreiro, mesa de trabalho, pru-
mo e nível.

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Os que dirigem os trabalhos, vestem-se em geral com avental e luvas brancas.

O simbolismo é a alma e a vida da Maçonaria. Sua interpretação nem sempre é lógica e os
significados são inesgotáveis.

Ritos Maçônicos

Os maçons não possuem uma base doutrinária. Alcançam seus objetivos através de graus,
ritos e símbolos. Em geral a Maçonaria representa a arte de construir o homem.

Há diferenças entre grandes lojas maçônicas de diferentes países, com relação aos ritos.

O rito escocês antigo e aceito (como é chamado) domina as maçonarias inglesas, francesas
e latino-americanas e possui 33 graus de iniciação.

Os outros ritos são menos complicados e têm menos graus, mas as formas de organização
das lojas são identicas. A loja compõe-se de pelo menos sete membros: o venerável mestre,
dois vigilantes, o orador, o secretário, o companheiro e o aprendiz.

Para tornar-se um aprendiz (primeiro grau) o candidato deve submeter-se a certas provas e
meditações, responder a algumas perguntas e redigir um testamento; com os olhos venda-
dos é admitido no templo, presta juramento e recebe um avental e um par de luvas e só de-
pois de um ano poderá subir na escala de graus.

Rito de iniciação

Antes de um homem entrar na Maçonaria, é feita uma sindicância sobre sua vida pessoal,
familiar e pública, para verificar se é de boa moral e bons costumes. Após a sindicância os
membros da loja dão o seu voto.

Se aprovado o candidato é preparado do lado de fora do "templo", tira o paletó e gravata e
tira o dinheiro, simbolizando que a loja o aceitará mesmo na pobreza e ele aceitará os outros
na mesma situação.

É levado à sala de olhos vendados e no decorrer da cerimônia faz o voto de não revelar os
segredos da maçonaria e recebe uma série de informações sobre os sinais, símbolos e a-
pertos de mão característicos.

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Maçons, como evangelizá-los à luz da Bíblia

Introdução

Evangelizar, não é uma tarefa fácil, principalmente quando nos vemos colocados frente a
pessoas que possuem uma forte convicção religiosa. Sabemos que a principal arma para
qualquer tipo de evangelismo, é o conhecimento (Os 4:6 - "O meu povo está sendo destru-
ído porque lhe falta o conhecimento."). Quando se conhece as falsas doutrinas, certamen-
te se torna mais fácil contestá-las através da bíblia. Com a maçonaria, mais importante ainda
se torna o conhecimento, já que esta é uma doutrina demoníaca, que não é apresentada
como religião, apesar de ser exatamente o culto racional a lúcifer. Vamos a partir de agora
conhecer um pouco mais sobre a maçonaria, que vem durante muitos anos enganando até
mesmo muitos filhos de Deus através de seus segredos nunca antes revelados (2Ts 2:3 -
"Ninguém de modo algum vos engane").

O que é a maçonaria

A maçonaria existe já ha centenas de anos, porém a maçonaria que funciona nos moldes
atuais, começou em 1717 na Inglaterra. Esta, se coloca como o chamado "sistema de mora-
lidade". A loja azul, que é a principal linha seguida pelos maçons, é dividida em três está-
gios:
=> aprendiz;
=> companheiro;
=> mestre.
Além da loja azul, a maçonaria apresenta uma formação mais completa, chamada Rito Es-
cocês, que é formada por 32 estágios, sendo o último, o "santuário". Como já foi falado ante-
riormente, a maçonaria se iniciou na Inglaterra, chegando aos Estados Unidos e Canadá
devido a migração. Hoje, existem só nos Estados Unidos, cerca de 5 milhões de maçons; 1
milhão no santuário.
Uma pessoa não entra para a maçonaria, já com o objetivo de fazer parte de uma religião,
mas acham que esta é uma união fraternal, não percebendo que o fim é puramente religio-
so. Crêem em um só deus para todas as religiões. O ritual maçônico é originado do paga-
nismo egípcio.

A iniciação

Quando um novo maçom se une a uma loja, tem que haver a chamada "cerimônia de inicia-
ção". Os maçons tiram parte da roupa do novo maçom deixando seu peito desnudo. É então
colocada uma venda nos olhos do iniciante, além de uma corda no pescoço. O novo mem-
bro é encaminhado até a sala mais externa da loja e a seguir é levado até a parte mais in-
terna, o altar. Neste momento, alguém coloca a ponta de uma faca no peito esquerdo do
iniciante ainda vendado. Este tem que fazer um juramento de sangue para não revelar os
segredos da maçonaria. No início, os rituais são camuflados para que os iniciantes não per-
cebam que há idolatria e paganismo egípcio associado a adoração da natureza.

Símbolos e rituais

O homem é bastante valorizado na maçonaria, pois possui o "princípio gerador da vida" , ou
seja, ele é o principal causador da vida. Na maçonaria, os símbolos estão bastante ligados à
sexualidade e em especial o pênis.
O maçom iniciante tem que vestir um avental de pelica branco, que na simbologia maçônica
cobre o princípio gerador da vida. Um dos principais símbolos da maçonaria é um compasso
sobreposto a um esquadro, onde o compasso representa o homem, e o esquadro, a mulher.
A ponta do compasso, que serve como base para se traçar o desenho, é o princípio gerador
da vida. Os maçons preferem dizer que isto significa a "geometria do universo". Em tudo is-
so, se explica o porque da mulher não ser aceita na maçonaria. Esta não possui o princípio
gerador da vida.

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Outro importante símbolo da maçonaria é o obelisco, sempre de base quadrada e topo de
pirâmide. O obelisco é mais uma representaçao ligada à sexualidade; este é o símbolo fálico
faraônico. Por estar ligada ao paganismo, a maçonaria não poderia deixar de incluir o sol em
sua simbologia. O sol é representado com um ponto dentro de um círculo. Mais uma vez o
pênis possui uma correlação com o símbolo, já que sua anatomia apresenta a glande que se
assemelha a uma esfera. O sol representa poder, brilho, força e é exatamente esta a asso-
ciação. O paganismo egípcio, de onde deriva a maçonaria, faz uma correlação entre o sol e
a lua que também, é adotada pela mesma. Veja:
SOL LUA
deus deusa
ativo passivo
macho fêmea
A maçonaria invoca deuses. Muitos de seus rituais são feitos em um altar com velas. Sua
semelhança com a bruxaria é muito grande em seus rituais. Por serem camuflados, muitos
evangélicos não percebem no que estão envolvidos, já que este conhecimento só é atingido
em estágios mais elevados.

O culto ao demônio

O mais assustador é saber que apenas no último estágio, o maçom toma conhecimento de
que está enredado em uma religião que adora ao deus das trevas, lúcifer.
Segundo a palavra do "soberano pontífice Albert Pike", "lúcifer é deus, mais infelizmente A-
donay também é deus, sendo o primeiro, deus da luz e bondade, que luta contra Adonay,
deus das trevas e da maldade."(livro: Morais e Dogmas, de Albert Pike - edição americana,
pág. 819).
Para a maçonaria, Jesus é semelhante a Buda, Maomé e outros, sendo apenas um líder
religioso tal quais os demais. Para eles, Jesus não é Deus, não é salvador. Os maçons de-
claram não necessitarem de um salvador; estes afirmam que podem se salvar por eles
mesmos através das boas obras.
O maçom procura o verdadeiro nome de Deus. Estes costumam chamá-lo de "Arquiteto do
Universo". Somente no último estágio é que lhes é revelado um suposto nome que é a mis-
tura de três nomes: Jeová, Baal e Ozíris (nome de um deus egípcio). Esta união forma o
nome do tal deus: jabulon. Este nome não pode ser pronunciado por nenhuma pessoa; só
podem fazê-lo três maçons, no altar, quando cada um sussurra cada sílaba. Baal é impor-
tante para o maçom pois é o "deus da fertilidade"; enquanto Ozíris é o "deus sol",
representando o "deus do símbolo fálico". O que realmente sustenta esta doutrina demonía-
ca é a certeza de que a salvação vem pelas obras. Segundo a maçonaria, "o olho que tudo
vê recompensa cada um segundo as suas obras".

Conclusão à luz da Bíblia Sagrada

Lúcifer não é o que se apresenta; a bíblia diz que ele se mostra como anjo de luz para en-
ganar as pessoas (2C 4:6). Em João 10:10 está escrito: "ele (o ladrão) veio para matar,
roubar e destruir". No mesmo livro, está escrito (Jo 8:44): "Vós tendes por pai o diabo, e
quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca
se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do
que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira."
Satanás se utiliza sempre do argumento de que o homem pode salvar-se a si mesmo atra-
vés de suas obras em suas doutrinas enganadoras. Todas as doutrinas que dizem que o
homem pode ser justificado pelas obras são ensinos enganadores e doutrinas de demônios.
Veja em Efésios 2:8,9 : "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem
de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie". No livro de
Isaías 64:6, está escrito que todas as nossas justiças (obras) são como trapos de imundície.
Isso mostra que a maçonaria por trás de um chamado sistema de moralidade, esconde a
sua face mais assustadora; a doutrina que leva ao erro e ao engano.
Pr. Walker R. da Cunha

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Quem disse que o cristão não pode ser maçom?

A palavra hebraica "messias" e a grega "cristo" significam ungido: quase sempre uma pes-
soa consagrada. Quando aplicada a Jesus significa "O Ungido de Deus". A Bíblia claramente
ensina em muitos lugares que Jesus é o Cristo, mas as afirmativas mais claras estão em
Mateus 16:15-17: Marcos 14:61,62 e João 4:25,26.

Negar que Jesus é o Cristo é condenar-se à perdição eterna. 1 João 2:22,23 diz: "Quem é
mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anti-cristo esse que nega o Pai
e o Filho. qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho,
tem. tCI111bém o Pai". Apocalipse 21:8 diz que os incrédulos e mentirosos serão lançados
no lago de fogo e enxofre.

A tradição maçônica ensina a adoração do Deus supremo, o Grande Arquiteto do Universo.
Quem é esse Deus? Vejamos as palavras de Albert Pike, 33 grau da ordem maçônica e au-
tor de "Morals and Dogma", pág.226: "A Maçonaria, em cujos altares onde cristãos, hebreus,
muçulmanos, confuncionistas, hindus e zoroastristas podem se reunir como irmãos e unidos
em oração ao mesmo Deus que está acima de quaisquer outros deuses, permite que cada
um de seus iniciados busquem os fundamentos de sua fé nas escrituras de sua própria reli-
gião".

Deus ensina em Êxodo 20:3-S: "Não terás outros deuses diante de mim, não farás ídolos...
nc7o os adorarás, nem os servirás...

Em Juízes 1 e 2 os israelitas não expulsaram os seguidores dos falsos deuses e o veredicto
divino foi "estarão quais espinhos nas vossas ilhargas e os seus deuses vos serão como
laços" (Jz 2:3). A ordem de Deus para nós, cristãos, não é apenas que não devêssemos nos
associar aos incrédulos (2Co 6:14-17), mas que deveríamos buscar lazer discípulos de to-
das as nações (Mt 28:19-20) pregando o evangelho salvador de Jesus Cristo.

A maçonaria está em conflito direto com a Bíblia quando ela mesma incentiva a adoração da
divindade genérica: "Respeitar todas as formas de adoração, tolerar todas as opiniões políti-
cas e religiosas; não censurar e muito menos condenar a religião do outro, não buscar fazer
convertidos; mas dar-se por satisfeito se tem a religião de Sócrates: a veneração pelo
Criador, a religião das boas obras e um reconhecimento gracioso das bençãos de Deus".
(Morals and Dogma, pág.333).

Para que a maçonaria seja aceitável a todos os credos, é necessário relegar a Bíblia a uma
posição de igualdade entre todos os livros de outras religiões: "O Livro da Lei deve ser indis-
pensável na Loja. No entanto, este livro não deve ser necessariamente a Bíblia Sagrada;
mas de acordo com a religião dos membros da Loja . Pode ser o Corão, Zend Avesta, ou os
Vedas, ou Shasters" (The Freemansons Pocket Companion, pág 44-54). Esta afirmação tor-
na JEOVÁ-Deus como igual a qualquer outro deus; uma situação interessante para os cren-
tes maçons cujo Deus que tudo conhece, não conhece outro deus (Is.44:8).

Fica mais do que claro que o golpe final está nas palavras de Albert Pike quando ele nega a
divindade de Jesus. Ele afirma o seguinte no livro Morals and Dogma, pág.524: "Não subes-
timamos a importância de qualquer verdade. Não consideramos qualquer palavra irreverente
por qualquer pessoa ou credo". Jesus em João 14:6 declara-se como a verdade, exclusiva-
mente. No mesmo parágrafo, Pike blasfema: "E ainda ousamos afirmar aos Sinceros cris-
tãos que Jesus de Nazaré, não foi nada mais que um homem como nós, ou
sua história a falsa personificação de uma lenda".

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O evangelho da Bíblia é um presente de Deus para nós e está disponível para todos que
simplesmente crêem que Jesus é o Cristo, o Redentor, o único que morreu por nossos pe-
cados e ressurgiu dentre os mortos. O Cristianismo não requer lugares especiais para a rea-
lização de rituais secretos que são selados com juramentos de sangue (Mt S:34-37; Lc 12: l-
3). Na sua próxima reunião na Loja, pergunte a si mesmo se você está adorando ao Grande
Arquiteto do Universo, o deus de todas as religiões, ou se está verdadeiramente adorando a
JEOVÁ-Deus, o único Deus verdadeiro da Bíblia. Se a sua resposta é a última, então questi-
one se a sua presença na Loja está verdadeiramente honrando e glorificando a Deus.

Em resposta à pergunta Quem Disse Que Um Cristão Não Pode Ser Maçom? uma
moderna paráfrase poderia ser feita das palavras do Profeta Elias: "Quanto tempo vocês
vacilarão entre duas opiniões diferentes.? Se o Senhor é Deus, siga-o, mas se o Grande
Arquiteto do Universo é Deus, então siga-o" (I Reis 18:21).

"Estendi as minhas mãos todo o dia a um povo rebelde, que caminha por caminho que não é
bom, após os seus pensamentos, povo Que me irrita... passando as noites junto aos lugares
secretos..." (Is 6S:2-4).

"E não há salvação em nenhum outro, pois não há outro nome (além de Jesus), debaixo do
céu, dado entre os homens, pelo qual possamos ser salvos" (At 4:12).

"Aquele que tem ouvido para ouvir, ouça" (Mc 4:9).

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6.7 - MORMONISMO

Um Pequeno histórico

O Mormonismo esta ligado a pessoa de Joseph Simith, que nasceu em 23 de dezembro de
1805, no condado de Windsor, Estado de Vermont, nos Estados Unidos da América do Nor-
te, fundador, profeta e primeiro presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias.
Quando ele tinha a idade de 10 anos, sua família mudou-se para Palmyra, Nova York. Qua-
tro anos depois, ele experimentou sua primeira visão de Deus e de Jesus Cristo que o instru-
iu a não se associar a nenhuma igreja existente, denunciando a falsidade de todas elas. Por
volta do ano de 1827, noutra visão, recebeu uma mensagem divina que havia sido escrita
em placas de ouro, em hieróglifos. Segundo o próprio Smith, apareceu-lhe o "anjo" Moroni,
que segundo fez crer, havia vivido naquele região há uns 1.400 anos. Seguindo o relato, o
pai de Moroni, um profeta, havia gravado a história do seu povo nestas placas. Quando es-
tavam a ponto de serem exterminados por seus inimigos, Moroni teria enterrado
essas placas ao pé dum monte próximo do local onde hoje é Palmyra. Nesta visão, Moroni
teria indicado a Smith o lugar onde as placas teriam sido escondidas e lhe deu umas pedras
especiais, um certo tipo de lentes, chamadas de "Urim" e "Tumim", com as quais Josph Smi-
th poderia decifrar e traduzir os dizeres dessas placas.
Smith traduziu e publicou (1830) o texto, recebendo o título de "O Livro de Mórmom". Neste
livro, ele conta a história religiosa de um povo antigo que viveu no continente Norte-
americano e que ele descreve como descendentes dos antigos Hebreus. Em 1830, Smith
organizou a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias e imediatamente começou a
enviar missiosários para outras localidades. Em virdude da conversão de um número muito
grande de pessoas em Ohio, ele se mudou para Kirtland, Ohio, e construiu um templo.
Ele então fundou outra comunidade no município de Jackson, Mo. O conflito com a popula-
ção não-Mormom, em Missouri, causou a saida dos Mórmons para o município de Jackson,
ao norte do Missouri. Em 1837 esta perseguição forçou Smith a fugir de Kirtland para o Mis-
souri. Dentro de alguns meses de sua chegada, entretanto, seu povo foi expulso e ele foi
posto na cadeia. Depois de vários meses, seus carcereiros permitiram que ele escapasse,
tendo ele fugido para o Illinois, onde os Mórmons estavam reunidos. Em 1839 Smith ajudou
a fundar a cidade de Nauvoo no Mississippi.
O profeta dos Mormons era um homem talentoso e imaginativo, com capacidade de expor
sua teologia e atrair seguidores. Ele pregou a reunião dos religiosos numa única área e o
progresso eterno da raça humana. Em Nauvoo, Smith alcançou ao ponto mais alto de sua
carreira. O povo de Illinois recebeu os Mórmons perseguidos, e Smith iniciou a construção
de um templo e de um hotel. O estado de Illinois deu para a nova cidade um alvará que
permitiu uma milícia, chamada a Legião de Nauvoo, com Smith como o comandante geral.
Mas tarde ele também foi o prefeito de Nauvoo, e em 1844 anunciou sua candidatura para a
presidência dos E.U.A.
Em 1843, Smith secretamente instituiu a prática do casamento poligâmico entre um selecio-
nado grupo. Por causa dos rumores de poligamia (ele foi apontado como tendo cerca de 50
esposas) e por causa do ciúme sobre a prosperidade dos Mormons em Nauvoo, a persegui-
ção aumentou. A desconfiança em relação ao profeta foi-se ampliando, principalmente
quando John C. Bennet, um de seus antigos assessores, revelou a prática da poligamia em
Nauvoo. Quando o profeta, ou "general", como Smith gostava de ser chamado nesta fase,
não suportou mais essa crescente onda de críticas, ordenou a destruição do jornal "The
Nauvoo Expositor", porta-voz dos que o antagonizavam. Foi quando as autoridades de Illi-
nois resolveram intervir. O profeta e seu irmão Hyrum foram presos e levados para uma ca-
deia em Carthage, para aguardar julgamento pelo empastelamento do jornal. Contudo, no
dia 27 de junho de 1844, uma turba enfurecida de cerca de duzentas pessoas invadiu a ca-
deia e brutalmente linchou Smith e seu irmão. Dessa forma, sem querer, o profeta recebeu a

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coroa de mártir da seita, e conquistou para si, entre os mórmons, a perpétua aura de "verda-
deiro profeta".

O conceito de Deus no Mormonismo

A doutrina mórmon é politeísta e ensina que o universo é habitado por diversos deuses que
geram filhos espirituais, os quais, por sua vez, se revestem de corpos em diversos planetas.
Segundo os seus ensinos, o deus deste planeta é "Eloim".
Joseph Smith, inicialmente, conforme podemos ver nos seus "inspirados" pronunciamentos,
era unitarista; depois passou para o triteísmo e afinal chegou ao politeísmo pleno, contradi-
zendo totalmente o que está revelado no Velho e no Novo Testamento. Em contraste com as
Escrituras Sagradas, os "profetas" mórmons tem uma crença toda especial com relação a
natureza de Deus. Vejamos algumas destas crenças:
.O "profeta" Joseph Smith disse: "Se o véu se rompesse hoje, e o grande Deus que mantém
este mundo em sua órbita, e que sustenta todos os mundos e todas as coisas por seu poder,
se fizesse visível - digo se vós pudésseis vislumbrá-lo hoje, vê-lo-íeis em forma de ho-
mem..." (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 336).
Deus é um homem glorificado e perfeito, um personagem de carne e ossos. Dentro de seu
corpo tangível, existe um espírito eterno. (Conforme Doutrina e Convênios 130:22).
Tudo que Deus faz é para ajudar seus filhos a se tornarem como ele - um deus. (Princípios
do Evangelho, p. 6).
"Eles (os deuses) existem, portanto seria melhor nós nos esforçarmos para sermos um com
eles." (Discursos de Brigham Young, p. 227).
"Como o homem é, Deus foi; como Deus é, o homem poderá vir a ser." (Profeta Lorenzo
Snow, citado por James E. Tamage, em Regras de Fé, p. 389) .
"Então o Senhor disse: Desçamos. E Eles desceram no princípio, e Eles, isto é, os Deuses,
organizaram e formaram os céus e a terra." (Abraão 4.1) .
"Lembremos que Deus, nosso Pai celeste, talvez tenha sido criança um dia, e mortal como
nós. Mas foi subindo passo a passo na escala da progressão, na escola do desenvolvimen-
to; ele seguiu adiante e venceu, até atingir o ponto em que se encontra agora." (Apóstolo
Orson Hyde, Journal of Discourses, vol. 1, p. 123 - Jornal de Discursos.)
Com todas estas colocações, vemos que a semelhança não é mera coincidência com as
religiões pagãs. As suas doutrinas são pura heresia. O fato de haver grande semelhança
entre determinados pontos do credo mórmon e a crença bíblica, não significa que os mór-
mons comungam dos mesmos princípios espirituais que o cristianismo autêntico aceita como
doutrina bíblica.
Os escritores do Novo Testamento e o próprio Jesus ensinaram que existe somente um
Deus. E todos os teólogos da igreja, desde os seus primórdios, sempre afirmaram que o
Cristianismo é uma religião monoteísta no sentido mais estrito do termo. A Bíblia é inflexível
em sua afirmação de que Deus não reconhece a existência de nenhuma outra divindade.
Vejamos o que nos ensina a Bíblia quanto singularidade de Deus, em Isaias 43:10 e 11; 44:
6 e 8; 45:5, 21 e 22):
"Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, o meu servo a quem escolhi; para que o
saibais e me creiais e entendais que sou eu mesmo, e que antes de mim deus nenhum se
formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salva-
dor... Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o
primeiro, e eu sou o último, e além de mim não há Deus... Vós sois as minhas testemunhas.
Há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça... Eu sou o Senhor,
e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que não me
conheces... Pois não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim.
Olhai para mim, e sede salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há
outro".
Quanto a natureza de Deus, Jesus afirmou: "Deus é espírito; e importa que seus adoradores
o adorem em espírito e verdade".

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Cristo no Mormonismo

Acerca de Jesus são ensinadas as seguintes abominações:
."Jesus Cristo foi polígamo: Maria e Marta, as irmãs de Lázaro, eram suas esposas pluralis-
tas, e maria madalena era outra. Também a festa nupcial de Caná da Galiléia, onde Jesus
transformou água em vinho, realizou-se por ocasião de um dos seus casamentos" (Brigham
Young, Wife no. 19, 384).
"Quando a virgem Maria concebeu o menino Jesus, o Pai o havia gerado à sua semelhança.
Ele não foi gerado pelo Espírigo Santo... Jesus, nosso irmão mais velho, foi gerado na carne
pelo mesmo indivíduo que se achava no jardim do Éden e que é o nosso Pai celestial". (Re-
vista de Discursos, vol. I, pp. 50 e 51).
"Quando chegou a ocasião em que o Primogênito, o Salvador, deveria vir a este mundo e
assumir um tabernáculo, o próprio Pai veio pessoalmente e favoreceu aquele Espírito com
um, ao invés de permitir que qualquer outro homem o fizesse". (Discursos de Brigham
Young, p.50).
O evangelho refuta estes ensinos de uma maneira clara que não deixa qualquer dúvida:
."E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas." (JO 2:2)
Esta passagem bíblica diz-nos que Jesus estava naquele casamento, onde transformou á-
gua em vinho, como convidado e não como noivo. Quanto ao nascimento virginal de Cristo,
vejamos:
"Portanto o Senhor mesmo vos dará sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho,
e lhe chamará Emanuel". (Isaias 7:14).
Quanto a Jesus não ter sido gerado pelo Espírito Santo, se opõe frontalmente ao firme tes-
temunho das Escrituras Sagradas:
"Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com Jo-
sé, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José seu
esposo, sendo justo e não querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto
ponderava nestas nestas cousas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, di-
zendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gera-
do é do Espírito Santo". (Mateus 1:18 a 20).

Plano de Salvação do Mormonismo

Para o Mormonismo o sacrifício espiatório de Cristo tem um significado diferente daquele
que nos é ensinado pelo Evangelho. Segundo Brigham Young, o sacrifício realizado por Je-
sus Cristo na cruz, onde derramou Seu próprio sangue, não foi suficiente para a purificação
de certos pecados. Vejamos o que ele escreveu no JORNAL OF DISCOURSES, vol. III, pág.
247, e vol. IV, págs. 219 e 220:
"Qualquer homem ou mulher que violar as alianças feitas com seu Deus terá de pagar o dé-
bito. O sangue de Cristo nunca apagará esse erro. O indivíduo tem de expiá-lo com seu pró-
prio sangue. Mais cedo ou mais tarde lhe sobrevirão os castigos do Todo-Poderoso e cada
um terá de fazer expiação pelas suas alianças... Todos os homens amam a si mesmos, e, se
todos conhecessem esses princípios, de bom grado derramariam seu próprio sangue... Eu
poderia citar inúmeros casos de homens que foram mortos legitimamente, para expiação de
seus pecados... Isto é amar ao próximo como a si mesmo; se ele precisar de auxílio, ajude-
o; e se ele quiser ser salvo e for necessário derramar seu sangue na terra para que ele pos-
sa ser salvo, derrame-o."
Quão diferentes são as palavras do apóstolo João:
"... o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado." (1JO 1:7).
Ele nos fala "de todo o pecado" e não "de alguns pecados".
Paulo falando a respeito do "derramemento de sangue", no sacrifício de Cristo, escreve aos
Colossenses:
"Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados;" (Cl 1:14).

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Remissão dos pecados é justamente o perdão, misericórdia, clemência, indulgência. Perdão
total dos pecados, através do sacrifício vicário de Jesus Cristo. Também a este respeito está
escrito na Carta aos Hebreus:
"E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de
sangue não há remissão." (Hb 9:22).
Mais adiante encontramos escrito que este Sacrifício foi completo, pois sendo "único", foi
para sempre:
"Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assenta-
do à destra de Deus," (Hb 10:12)
Para uma melhor elucidação, vejamos o que escreveu Paulo aos Romanos:
"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;"
"Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus."
"Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça
pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;" (Rm 3:23 a 25)
O ensino bíblico é bastante claro: somos salvos apenas pela graça, mediante o sacrifício de
Cristo.

A Bíblia no Mormonismo

"A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias aceita quatro livros como escrituras: a
Bíblia, o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e Pérola de Grande Valor. Esses livros são
chamados de obras padrão da Igreja. As palavras de nossos profetas vivos também são a-
ceitas como Escrituras." (Princípios do Evangelho, Cáp. 10, pág. 49).
"Joseph Smith traduziu o Livro de Mórmon para o inglês pelo dom e poder de Deus. Ele dis-
se que o livro é o mais correto que existe sobre a face da terra e a pedra fundamental de
nossa religião, e um homem pode se aproximar mais de Deus observando os seus preceitos
do que pelos de qualquer outro livro." (History of the Church of Jesus Crist of Latter-day
Saints, 4:461).
Portanto, pelo escrito, vemos que os mórmons colocam a Bíblia em pé de igualdade como
os outros livros escritos pelos seus "profetas". Sendo que consideram o livro de Mórmon
mais sagrado que a própria Bíblia, pois dizem ser "o livro mais correto que existe sobre a
face da terra" e que um "homem pode se aproximar mais de Deus observando os seus pre-
ceitos do que pelos de qualquer outro livro" (até mesmo a Bíblia!).
Com referência a Bíblia, encontramos em "Quem São os Mórmons?" (pág. 11):
"A Bíblia é a Palavra de Deus, escrita pelos homens. É básica no ensino mórmon. Mas os
santos dos últimos dias reconhecem que se intruduziram erros nesta obra sagrada, devido à
forma como este livro chegou a nós. Além do mais consideram-na incompleta como um gui-
a..."
Sobre a Bíblia, deixemos que ela mesma fale por si mesma:
O livro dos séculos (Sl 119:89; 1 Pe 1:25).
Divinamente inspirada (Jr 36:2; 2 Tm 3:16; 2 Pe 1:21).
Poderosa em sua influência (Jr 5:14; Rm 1:16; Ef 6:17; Hb 4:12).
Absolutamente digna de confiança (1 Rs 8:56; Mt 5:18; Lc 21:33).
Pura (Sl 19:8).
Santa, justa e boa (Rm 7:12).
Perfeita (Sl 19:7; Rm 12:2).
Verdadeira (Sl 119:142).
Com apoio das mais recentes descobertas arqueológicas, podemos comprovar que a Bíblia
é um livro inalterado, tanto em seu conteúdo literário, como em seu caráter doutrinário. Po-
demos verificar através das diversas bibliotecas e museus espalhados pelo mundo, onde
são guardados milhares de manuscritos das Escrituras Sagradas que ela não sofreu qual-
quer alteração ou adulteração, sendo transcrita fielmente por diversos copistas. Existem
mais de cinco mil manuscritos bíblicos e trechos deles por toda a Europa e Ásia, não sendo
necessário, portanto, depender da tradução de apenas um deles. Além disso, a veracidade
das Escrituras comprova-se por suas evidências internas e externas, e pela arqueologia.

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É interessante salientar que Joseph Smith editou a "Versão Inspirada da Bíblia", onde teve a
oportunidade de acrescentar o que argumentava ter sido "removido" através dos séculos,
nas não o fez; pelo contrário, diminuiu-a ainda mais.

Conclusão

Depois de analisarmos estes fatos, as evidências que temos, reveladas pelas Escrituras (a
autêntica), coisa que os escritores da seita não conseguem explicar satisfatoriamente, à luz
da Bíblia.
O Mormonismo, então, com seus apóstolos, sacerdócio, templos, sinais secretos, símbolos,
apertos de mão e mistérios, mascara-se como a "igreja restaurada". Mas em seu âmago, em
seus ensinos acerca do Messias, de Deus, da Salvação, das Escrituras, enfim de seu "evan-
gelho diferente", ele se mostra contrário a todos os principais ensinamentos da Bíblia.
O Mormonismo se esforça grandemente para se apresentar como a única igreja cristã, tendo
uma mensagem exclusiva, profetas infalíveis e revelações superiores para uma nova dis-
pensação que, segundo eles, teria iniciado com Joseph Simith Jr.
Mas a palavra final, tanto da História como da doutrina bíblica, é que a religião de Joseph
Smith não passa de um pesadelo politeísta de doutrinas distorcidas, vestidas com a termino-
logia cristã. E basta este fato, se os outros não forem suficientes, para que a consideremos
um seita não cristã.
Aqueles que estão considerando a possibilidade de entrarem para o Mormonismo, lucrariam
grandemente se fizessem um estudo atento dos fatos e evidências aqui abordados, para que
não sejam enganados, perdendo-se neste labirinto espiritual que é o Mormonismo.

Bibliografia

1) Princípios do Evangelho -por "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias"
2) Seitas e Heresias - Raimundo F. de Oliveira - Casa Publicadora das Assemb. de Deus
3) O Impéria das Seitas, Vol. II - Walter Martin - Editora Betânia
4) Desmascarando as Seitas - Natanael Rinaldi e Paulo Romeiro - Casa Publ. das A. de
Deus
Peter Bronclik

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6.8 - NOVA ERA

Nova Era: estados alterados de consciência

O cérebro constitui, junto com a medula espinhal, o sistema nervoso central, e contém apro-
ximadamente dez bilhões de neurônios. O lado esquerdo do cérebro investiga, seleciona,
raciocina, analisa e transforma nossos pensamentos em linguagem, tudo com base na lógi-
ca. O lado direito centraliza as emoções, a intuição e criação. Poderíamos dizer que o he-
misfério esquerdo é ativo, masculino; enquanto o direito é passivo, feminino; o esquerdo
pensa; o direito sente. Embora os estudos revelem que os hemisférios esquerdo e direito
possuem funções particulares, não há consenso quanto à exata definição desses limites,
porque o cérebro continua sendo um mistério a ser desvendado. Os doutrinadores da Nova
Era deram um caráter místico à função do hemisfério direito; afirmam que nele está a chave
para a consciência cósmica. Calando-se o pensamento investigativo, criam-se condições
para uma interação com a energia do Universo. Assim, o homem precisa reaprender a pen-
sar, garantem. A mente crítica, ou seja, o hemisfério esquerdo, que distingue e confronta,
deveria ser periodicamente desligada para propiciar o desenvolvimento da mente intuitiva,
não analítica, mais receptiva à concepção de novas idéias e crenças.
Para estabelecer essa conexão, o MNE apresenta uma série de técnicas de relaxamento
originárias do ocultismo e religiões orientais. Essas técnicas conduzem ao “estado Alfa”, em
que o pensamento contemplativo é conduzido apenas pela orientação do “mestre”. Nessa
viagem fantasiosa, o iniciante torna-se um verme receptivo sem condições de defender-se
das heresias, além de ficar à mercê das “espíritos superiores”. O adepto entra em transe, em
“alfa”, e abre sua mente para a entrada de espíritos demoníacos. Os gurus do Movimento
sabem que a Nova Ordem Mundial inicia-se na mente do homem, e que somente alterando
seu modo racional de pensar será possível livrá-lo de suas crenças tradicionais. Um guru da
NE disse: “O homem deve transformar-se pela mudança de sua consciência para se encon-
trar com sua natureza divina. E para isso deverá usar várias técnicas orientais e ocultistas e
aplicá-las à mente, corpo e espírito”, como forma de conhecerem o “eu superior”. Todavia,
Deus fez o homem com uma mente racional, para tomar decisões, para distinguir, investigar,
analisar. O “estado alfa” é o canal por onde os demônios despejam suas teorias. É o estado
da inércia, do entorpecimento. Por essa razão o MNE ensina o uso de drogas que conduzem
ao transe; daí a recomendação da Ioga; daí as músicas da New Age, os incensos, as pintu-
ras e outras formas e meios de entrar no clima de relaxamento total.

Todavia, a Deus recomenda o estado de vigília:
“Sede sóbrios, vigiai.O vosso adversário, o diabo, anda em derredor, rugindo como
leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8).
A Bíblia recomenda que devemos meditar nos preceitos, nas maravilhas, nos decretos, nas
palavras de Deus (Sl 119). A Bíblia diz que
“lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho” (Sl 119.105).
A Bíblia recomenda a renovação da nossa mente e entendimento
“para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm
12.2).
Deus adverte:
“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs
sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não
segundo Cristo” (1 Colossenses 2.8)
Nossa mente não deve ser corrompida e escravizada pelo diabo, mas deverá ser
“guardada em Cristo Jesus” (Filipenses 4.7)
porque Ele escreveu suas leis em nossa mente e em nosso coração (Hebreus 8.10). Se so-
mos morada do Espírito, não precisamos conhecer nenhum “Mestre Ascendido”; se Cristo
vive em nós, não precisamos entrar em transe para receber mensagens de “mestres” do a-

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lém; se temos a Palavra, não precisamos alterar nossa mente para ouvir os “mantras” da
Nova Era. Temos o Senhor Jesus que é a Verdade, que nos salva, cura e liberta.

Os exercícios para “despertar a consciência cósmica” têm sido ensinados nos hospitais, em-
presas e universidades. Nem sempre os reais objetivos dos “transes” são esclarecidos aos
neófitos. O diabo deseja que homens, mulheres e crianças sejam “canalizadores” (leia-se
médiuns) através dos quais os demônios possam atuar livremente. Em todo o mundo, tam-
bém no Brasil, há escolas destinadas ao ensino da mediunidade ou da canalização, promo-
vido pelo espiritismo ou pela Nova Era. Que nossos filhos sejam advertidos para não aceita-
rem qualquer tipo de meditação esotérica nas escolas e universidades. Enquanto a Igreja
estiver atuante na Terra, as atividades do diabo ficarão restritas (2 Ts 2.6), e
“ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que
já vos anunciamos, seja amaldiçoado” (Gl 1.8).
Pr Airton Evangelista da Costa

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Nova era promove confusão religiosa

Nova Era do fim de milênio se caracteriza exatamente por não aparentar ser o que realmen-
te é: uma tremenda confusão religiosa. Apesar de muitas vezes se valer dos ensinamentos
da Bíblia para justificar as suas técnicas e doutrinas, os adeptos da Nova Era partilham di-
versos princípios, muitos até mesmo contraditórios, mas que no final demonstram a proposta
central do movimento. Propagando o fim do cristianismo, com a entrada da "Era de Aquário",
os seguidores acreditam no início de uma nova etapa no desenvolvimento da raça humana,
quando o "Reino da Paz de Mil Anos" estará sendo instalado na Terra.
O que em princípio parece um movimento pela paz e a união dos povos, com algumas teori-
as inofensivas ao homem, para os cristãos pode se tornar motivo de perigo e escândalo,
quando aspectos da Nova Era são verificados em técnicas como cromoterapia, neurolinguís-
tica, biorritmo, ioga, vegetarianismo, e outros. Essas técnicas trazem a mensagem básica do
movimento, que é : "Podemos ser o que queremos, pois todos nós somos deuses".
Para completar o quadro, um movimento sutil de perseguição começa a se delinear na forma
de processos judiciais movidos por grupos ligados à Nova Era, na tentativa de calar os cris-
tãos na pregação da Palavra de Deus.

Está na Bíblia?

Por que será que alguns evangélicos se deixam envolver com práticas da Nova Era? Imagi-
nar um cristão fazendo curso de meditação transcendental e neurolinguística ou utilizando
medicina alternativa e pensamento positivo para alcançar mudanças na sua qualidade de
vida pode ser analisado, segundo o especialista no estudo de seitas, pastor Natanael Rinal-
di, pela falta de conhecimento bíblico, que estaria sendo substituído pela leitura de livros o-
cultistas.
O ensino da Palavra de Deus está sendo desprezado em muitos púlpitos, e os cristãos estão
lendo livros ocultistas de Paulo Coelho, Lauro Trevisan, Og Mandino, Norman Vincent Peale
e Shirley Mac Laine - diz Rinaldi. Para os seguidores da Nova Era, Jesus é considerado a-
penas como um dos muitos mestres iluminados. Segundo a sua filosofia, "Jesus, Krishna,
Buda, Lao-Tsé e outros fundadores de grandes religiões, todos, ensinaram a mesma coisa:
como tornar-se um com o Um". Determinado autor norte-americano, em seu livro sobre a
Nova Era, chega ao ponto de comparar Jesus Cristo a Lúcifer: "Cristo é a mesma força de
Lúcifer... Lúcifer prepara o homem para a experiência do cristianismo... Lúcifer trabalha den-
tro de cada um de nós para nos trazer a uma totalidade à medida que nos movemos na No-
va Era."

O mal de cara bonita

A Nova Era propõe ao homem que este deve perseguir a felicidade, sem se importar com os
meios utilizados. Os cristãos são vistos como um grupo de retrógrados que ainda pertencem
a "uma escala evolutiva inferior" no que diz respeito à espiritualidade. Mas a verdade é que
para cada idéia da Nova Era existe, pelo menos, uma contradição bíblica, geralmente des-
conhecida da maioria dos cristãos.
É o caso de gnomos e fadas, que povoam o imaginário infantil através de séculos. Boniti-
nhos e engraçadinhos, podem induzir à superstição e por conseqüência à idolatria, pois a
pessoa vai aos poucos substituindo Deus por esses seres, contaminando sua fé genuína.
A Nova Era se apossa também da neurolingüística (tentativa de alterar gravações feitas pelo
cérebro de todos os estímulos e experiências vividas), que está entre as novas técnicas que
vêm surgindo e que privilegiam a ênfase nos poderes mentais. Segundo a sua filosofia, aci-
ma e fora do ser humano, existe o nível espiritual, que incluiria todos os sistemas começan-
do pela família, o trabalho, a comunidade, entre outros, até chegar a Deus, que, para os a-
deptos, pode ser o Cosmos, o Universo, a inteligência, Jeová, Cristo ou quem quer que seja.
Através da reprogramação do cérebro, de acordo com a técnica, a pessoa pode sentir bem-
estar, confiança, segurança, paz, saúde e prosperidade somente alterando cada um desses
sistemas. Uma afronta para o cristão, que recebe tudo isso de graça, em abundância, atra-

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vés de uma genuína conversão a Cristo. O movimento da Nova Era tomou força nos anos
60, na Califórnia (EUA), através da divulgação de filosofias orientais, em especial o budismo,
com raízes também na teosofia.
A teosofia procura abranger a religião, a filosofia e as ciências, juntamente com uma parte
do misticismo. Entende que a junção de todas essas coisas promove o verdadeiro saber.
"Para esta, quanto mais o homem adquire sabedoria mais se aproxima da divindade, pois
Deus é sabedoria, e o homem sábio poderá ser igual a Deus, em outros ciclos de existên-
cia". Seus adeptos acham que as religiões conhecidas estão apenas começando - explica o
teólogo e pastor J.Cabral, da Igreja Universal do Reino de Deus. Além disso, esclarece o
pastor, omitem a existência de um Deus que ama o ser humano, que se revelou unicamente
por Jesus Cristo, negam o Espírito Santo, a Igreja de Cristo, a existência do céu e do infer-
no, assim como o único julgamento.

Ensinos centrais

As advertências bíblicas sobre esse movimento religioso que não encontra apoio na Palavra
de Deus, podem ser verificadas por qualquer cristão mais atento, em passagens como I Ti-
móteo, 4.1; João 8.44; 2 Coríntios 11.14; 2 Tessalonicenses 2.1-12; e 1 João 2.18-19 que
diz: "Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora mui-
tos anticristos têm surgido, pelo que conhecemos que é a última hora. Eles saíram de nosso
meio, entretanto não eram dos nossos; Porque, se tivessem sido dos nossos, teriam perma-
necido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos
nossos."
Uma das passagens bíblicas mais usadas, porém, para tentar justificar o surgimento do Mo-
vimento Nova Era ou Era de Aquário é Mateus 2.1-12, ou seja, a estrela de Aquário está a
caminho de Belém. Os reis magos de hoje, isto é, os estudiosos, os videntes, os sábios, os
iniciados, os espiritualistas, os iluminados, os que tem coração aberto, já viram a estrela e a
estão seguindo com alegre expectativa. Logo, logo, chegarão a Belém da Nova Era. Mas
esta classe de homens é conhecida como videntes, astrólogos, adivinhos e, como tais, são
condenados por Deus, conforme está escrito em Deuteronômio 18.9-12 e em Apocalipse
21.8 que diz: "Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassi-
nos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras, e a todos os mentirosos, a parte que lhes
cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte."

Tentativa de calar

O recurso de ações judiciais vem surgindo como instrumento cerceador da pregação da Pa-
lavra, e desta vez de forma bem mais explícita que as já citadas. No Rio Grande do Sul, por
exemplo, o escritor evangélico Gilson Mazui Deferrari afirma estar sendo vítima de persegui-
ção religiosa por parte de um grupo de pessoas pertencente a uma seita que prega o gnosti-
cismo. Ex-adepto do gnosticismo, Gilson e a mulher, Eliane, afirmam que foram resgatados
por Jesus depois de um envolvimento de três anos com a seita.
"Depois que o Senhor nos salvou, resolvemos dar o nosso testemunho. A partir desse dia,
recebemos inúmeros convites para testemunhar em outras igrejas evangélicas. Também
resolvemos orar em função de pesquisar e escrever um livro sobre o gnosticismo. Menos de
dois meses após o lançamento do livro um mandado de concessão liminar decidiu recolher o
trabalho e cancelar a edição de novos exemplares", diz Gilson. Para o escritor Gílson Mazui
a tentativa de cassar o livro é uma situação única no meio editorial evangélico em se tratan-
do de seitas, e fere o direito constitucional da livre manifestação do pensamento, de acordo
com o artigo 5º, inciso IV, e o artigo 6º, da Constituição Federal, e utilizado pelos advogados
em sua defesa.
O termo gnosticismo é oriundo da palavra grega "gnosis''. É definida como ciência superior
às crenças vulgares, conhecimento, sabedoria ou saber por excelência, que visa conciliar
todas as religiões e a explicar-lhes o sentido mais profundo.
São dogmas do gnosticismo: a emanação, a queda, a redenção e a mediação, exercidas por
inúmeras potências celestes, entre a divindade e os homens. De acordo com alguns estudi-

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osos, este movimento filosófico é anterior ao cristianismo. Os relatos históricos também in-
formam que nos primeiros séculos da Era Cristã houve um grande combate entre o gnosti-
cismo e o cristianismo, com a vitória do cristianismo através da ressurreição de Jesus Cristo.
"O termo vem do verbo grego, gnõstikós (capaz de conhecer, conhecedor), significa, em te-
se, o conhecimento místico dos segredos divinos por via de uma revelação. Esse conheci-
mento compreende uma sabedoria sobrenatural capaz de levar os indivíduos a um entendi-
mento completo e verdadeiro do Universo e, dessa forma, à sua salvação do mundo mau da
matéria. É panteísta e, segundo a tradição (Atos 8.9-24), deve-se a Simão Mago, com o qual
o apóstolo Pedro travou polêmica em Samaria", diz o teólogo J. Cabral.

Nova ordem mundial

Para os adeptos da Nova Era, a partir da implantação de uma "nova ordem mundial", seria
estabelecido na Terra uma forma única de governo, um sistema econômico mundial, uma
cultura mundial, quando toda a educação, religiões e raças se uniriam em harmonia. Para
eles, haverá também um rei, semelhante a um deus, que ajudará a por em prática essas
mudanças. A Nova Era se caracteriza, ainda, pelo sincretismo das religiões orientais, como
budismo, taoísmo e hinduísmo com conceitos do cristianismo. Atividades ocultistas como
alquimia, magia, meditação transcendental, técnicas de visualização, quiromancia, clarivi-
dência, astrologia, hipnose, ufologia, ioga, entre outras, também estão envolvidas no concei-
to de Nova Era, assim como a reencarnação, carma e mediunidade. Entre os produtos e a-
cessórios, o cristal é considerado o símbolo da Nova Era.
O movimento propõe o ecumenismo, a união de todas as religiões, que, para os adeptos,
são verdadeiras e iguais entre si. Contrariando frontalmente o que ensina a Bíblia, dizem
que muitos são os caminhos, mas que a verdade é uma só, e que Jesus Cristo não deve ser
considerado o único Filho de Deus.

O único Salvador

A Bíblia ensina, porém, que só existem dois caminhos e que estes conduzem a dois fins o-
postos (Mateus 7.13-14). Jesus disse que é impossível servir a dois senhores (Mateus 6.24),
que deve-se confessá-Lo diante dos homens (Mateus 10.32-33) e, para seguí-Lo, precisa
haver renúncia pessoal (Mateus 16.24). O Cristo da Bíblia é o Jesus histórico, único Filho de
Deus (Mateus16.16; I João 5.1). Ele é o Deus verdadeiro (João 1.1-3), tornou-se homem,
viveu sem pecado, morreu pela humanidade e ressuscitou corporalmente dentre os mortos,
subiu ao Céu e está sentado à direita de Deus (1 Coríntios 15.1-16). É o único caminho que
leva a Deus (João 14.6; 1 Timóteo 2.5).
"O Movimento da Nova Era, na verdade, não tem originalidade alguma. Aproveita-se do am-
plo material existente nas diversas seitas e religiões. Nas próprias igrejas evangélicas a No-
va Era tem encontrado canal para a sua propagação. Não são poucos os pastores e leigos,
homens e mulheres, que estão adotando, sem perceber, práticas que se enquadram muito
bem nos princípios da Nova Era, em nome do Espírito Santo", alerta o pastor J. Cabral, da
Igreja Universal.
Além da falta de conhecimento bíblico, outra razão apontada para o envolvimento com os
princípios da Nova Era é o apego e o amor à glória dos homens, mais do que à glória de
Deus.
Fonte: Folha Universal

Marcelo Bolshaw Gomes
Jornalista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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6.9 - OCULTISMO

Hipnose: porta para o ocultismo

A popularidade da hipnose

Durante estes dias de um suposto grande estresse e pressão, alega-se que a hipnose esta-
ria pronta a oferecer cura para as massas. A hipnose seria uma ferramenta terapêutica que
os profissionais de saúde poderiam tirar do baú para lutar contra o vício do fumo ou proble-
mas de obesidade; para administrar os problemas de ansiedade, medos e fobias; para curar
dor; superar depressão; melhorar a vida sexual das pessoas; para curar males tais como a
asma e a febre; enfrentar quimioterapia sem sentir náuseas; para curar ferimentos mais ra-
pidamente; e para aumentar as notas na escola. Além disso, a hipnose poderia ser usada
como parte do processo terapêutico para reduzir os efeitos colaterais dos medicamentos,
para acelerar a recuperação do paciente, e para reduzir o desconforto pós-operatório. Den-
tistas poderiam usar técnicas hipnóticas em conjunto com óxido nitroso com o propósito de
relaxar os pacientes, minimizar dor e hemorragia, e controlar a rejeição do paciente ao anes-
tésico durante as intervenções.

A parte mais triste disso tudo é que alguns cristãos desavisados estão dispostos a "tentar" a
hipnose. Uma propaganda em um jornal, publicada por uma Clínica Hipnoterápica (existe até
uma "Sociedade Americana para Hipnose Clínica"), fez algumas afirmações incríveis que
indicam como a técnica de hipnose realmente não é bíblica (i.e., da Nova Era):

A hipnose é o método mais efetivo de mudar a sua maneira de pensar, sentir e agir. Quando
você alinha a sua mente subconsciente - sua voz interior - com sua mente consciente, você
apaga crenças conflitantes que o restringem. Você pode então avançar, sem sabotar a si
mesmo. As técnicas da clínica hipnótica guiam você a um estado de mente relaxado e pací-
fico. Você mantém total controle enquanto aprende a usar o poder de toda a sua mente a fim
de criar um desejo forte de atingir o seu alvo. Você pode mudar a sua vida.

A hipnose não é algo novo. Ela já tem sido usada durante milhares de anos por feiticeiros,
médiuns espíritas, xamãs, hindus, budistas e iogues. Mas a popularidade crescente do uso
da hipnose para a cura no mundo secular tem influenciado muitos na Igreja a aceitarem a
hipnose como um meio de tratamento. Há médicos, dentistas, psiquiatras e psicólogos, não-
cristãos e cristãos professos, que recomendam e usam a hipnose.

Violentação da vontade

Ainda que um hipnotizador possa produzir somente um transe leve ou médio, ele não pode
impedir alguém hipnotizado de entrar espontaneamente na zona de perigo, a qual pode in-
cluir um senso de separação do corpo, uma aparente clarividência, alucinação, estados mís-
ticos similares aos descritos pelos místicos orientais, e até o que o pesquisador de hipnotis-
mo Ernest Higard descreve como "possessão demoníaca". Nós argumentaríamos que a hip-
nose pertence ao oculto em qualquer nível de transe, mas quando ela se aprofunda em seus
níveis, a hipnose está indubitavelmente ligada ao ocultismo.
Há controvérsias sobre se um hipnotizador pode ou não levar uma pessoa a fazer alguma
coisa contra a sua própria vontade. Muitos hipnotizadores dizem categoricamente que a von-
tade não pode ser violada. Mas a evidência aponta em outra direção. A hipnose aumenta a
capacidade de uma pessoa ser sugestionada a tal ponto que o sujeito crerá quase qualquer
coisa que o hipnotizador lhe disser - até mesmo ao ponto de ter uma alucinação mediante a
sugestão do hipnotizador. Durante a hipnose, as habilidades críticas de uma pessoa são
reduzidas de tal forma a ponto de criar o que tem sido chamado de "transe lógico", o que
aceita, sem discernimento, aquilo que normalmente pareceria irracional, ilógico e incompatí-

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vel.

Pelo fato de quase qualquer coisa parecer plausível para alguém no estado de transe, é
possível para uma pessoa hipnotizada agir contra a sua vontade, ou seja, fazer o que não
faria se estivesse fora do estado hipnótico. A hipnose passa por cima da vontade ao colocar
a responsabilidade do lado de fora da escolha objetiva, racional e crítica. Com as habilida-
des normais de avaliação submergidas, a sugestibilidade aumentada, e as restrições racio-
nais reduzidas, a vontade estará seriamente impedida e, no mínimo,
aberta para ser violada.

"Memórias" do passado e previsões do futuro

Um uso popular da hipnose tem sido o da procura da memória para "voltar até a infância".
Alguns pacientes inclusive descrevem suas experiências do que eles crêem ser sua vida no
ventre da mãe e seu nascimento subseqüente (isto é impossível, entretanto, por causa do
fato científico neurológico de que a mielina do cérebro pós-natal é incapaz de guardar tais
memórias). Outros ainda descrevem algum tipo de estado desincorporado e, então, o que
eles identificam como sendo suas vidas passadas e antigas identidades. Quanto disso é cri-
ado pelo aumento da sugestibilidade, imaginação irrestrita, transe alucinógeno ou interven-
ção demoníaca não pode ser determinado! Além
disso, a Bíblia claramente contradiz a noção de vidas passadas e reencarnação - "...aos ho-
mens está ordenado morrerem uma só vez" (Hb 9.27).

A hipnose nem mesmo é confiável para recordar coisas recentes. O que é "lembrado" sob o
efeito da hipnose tem sido muitas vezes criado, reconstruído ou melhorado durante o estado
de alta sugestibilidade. Pesquisas indicam que depois de hipnose, a pessoa é incapaz de
distinguir entre uma recordação verdadeira e o que imaginou ou criou sob o efeito da suges-
tão. Muito provavelmente, a hipnose trará à luz falsas impressões como
se fossem eventos verdadeiros do passado (indivíduos podem e muitas vezes mentem du-
rante a hipnose!). É mais provável então que a hipnose mais contamine a memória do que
ajude a pessoa a lembrar o que realmente aconteceu.

Além da terapia hipnótica das vidas passadas, alguns praticantes estão fazendo agora tera-
pia hipnótica da vida futura. A pessoa hipnotizada supostamente vê os futuros eventos, re-
solve assassinatos, revela os destinos futuros de personalidades bem conhecidas, etc. Al-
guém envolvido nessa viagem hipnótica deve perguntar a si mesmo: "Onde está a linha de
demarcação entre o demoníaco e o divino, entre a esfera de Satanás e a da ciência? Em
que ponto a porta das trevas se abre e o diabo conquista uma fortaleza na alma?"

Rótulos científicos

Pelo fato de alguns médicos e psicólogos usarem a hipnose, a maioria crê que ela seja algo
médico e, portanto, científico. O rótulo de "médica" antes da palavra hipnose dá a impressão
de que a hipnose é benevolente e segura. Até mesmo alguns cristãos famosos alegam que
a hipnose pode ser de ajuda se praticada por médicos cuja intenção seja boa e não má (a-
pesar da hipnose ter sido investigada através de meios científicos, e existirem alguns crité-
rios mensuráveis sobre o transe em si mesmo, a hipnose não é uma ciência).

Ninguém sabe exatamente como a hipnose "funciona", além do óbvio "efeito placebo" - o
uso bem-sucedido do "falso feedback" (falsa realimentação) da mesma maneira como o "fe-
edback" é usada em técnicas ocultas comuns à acupuntura, biofeedback e psicoterapia. Mas
combinar a palavra hipnose com a palavra terapia não transforma essa prática oculta em
científica. Um paletó branco pode ser uma roupa bem mais respeitável do que penas e caras
pintadas, mas as coisas básicas permanecem as mesmas. A hipnose é hipnose, mesmo que
seja chamada de hipnose médica, hipnoterapia, auto-sugestão, ou qualquer outra coisa. A
hipnose nas mãos de um médico é tão científica quanto uma forquilha para procurar água

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nas mãos de um engenheiro civil.

Transes que ocorrem mediante a ação de médicos não são significantemente diferentes da
hipnose do ocultismo. Nos seus artigos sobre hipnose, os quais são usados em escolas de
medicina, dois renomados pesquisadores afirmam categoricamente: "O leitor não deveria se
confundir pela suposta diferença entre hipnose, zen, ioga e outras metodologias orientais de
cura. Ainda que os rituais de cada uma difiram uns dos outros, eles são fundamentalmente a
mesma coisa." Só porque a hipnose é usada por um médico não significa que ela esteja livre
de sua natureza ocultista. Mais e mais praticantes de medicina estão sendo influenciados
por essas antigas práticas médicas do ocultismo. O movimento de cura holística tem casado,
com muito sucesso, a medicina ocidental com o misticismo oriental.

Transes hipnóticos auto-induzidos

Aqueles que poderiam se sentir um pouco nervosos com o fato de serem hipnotizados por
outros, muitas vezes, tendem a se sentir seguros com a auto-hipnose (ainda que essas pes-
soas, em um transe hipnótico auto-induzido, possam ganhar um certo controle e exercitar
algum grau de escolha, eles, mesmo assim, não retêm o seu meio normal de avaliação da
realidade, e moderação racional). Mestres de auto-hipnose geralmente tentarão assegurar
às pessoas que a hipnose é simplesmente a atenção enfocada, concentração aumentada,
relaxamento, visualização e imaginação. No entanto, tais
atividades são precisamente os meios para se entrar em transe. Além disso, eles continuam
ligados em um nível diferente durante o transe. Ao imaginar que está deixando o corpo, a
pessoa pode entrar em um transe com o tipo de alucinação e transe lógico de tal forma que
realmente parece estar fora de seu corpo.

Um médico, ao ensinar auto-hipnose em uma classe, instruiu seus estudantes a entrarem
em transe hipnótico, deixarem seus corpos, e então voltarem-se para explorar várias partes
dos seus corpos. O propósito de tal exercício era o auto-diagnóstico e a cura de si mesmo.
O ocultista Edgar Cayce também usou auto-hipnose para diagnosticar enfermidades e pres-
crever tratamentos. Portanto, a auto-hipnose pode ser uma atividade tão ocultista e demoní-
aca como um transe dirigido por um hipnotizador.

Hipnose e ocultismo

Em seu livro Peace, Prosperity and the Coming Holocaust (Paz, Prosperidade e o Futuro
Holocausto), Dave Hunt faz algumas observações interessantes a respeito do porquê ele
classificaria hipnose como parte do ocultismo:

"Uma razão para chamarmos a hipnoterapia de um ritual religioso é o fato de que ela produz
efeitos misteriosos que deixarão totalmente confundido um investigador que a analise como
ciência;

1. sob hipnose administrada por psiquiatras, pessoas que nunca tiveram contato com
OVNIs podem ser estimuladas a "lembrarem-se" de um rapto por um OVNI que coincide em
detalhes com aqueles descritos por outros que supostamente foram raptados por eles;

2. a hipnose também leva a ter "memórias" espontâneas de vidas passadas e futuras,
com mais ou menos um quinto delas envolvendo uma existência em outros planetas;

3. o transe hipnótico também duplica as experiências que são comuns sob o estímulo de
drogas psicodélicas, meditação transcendental, e outras formas de ioga e meditação orien-
tais;

4. a hipnose também cria poderes psíquicos espontâneos, clarividência, experiências
fora do corpo, e todo um espectro de fenômenos ocultos; e

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5. a experiência da chamada morte clínica (quase-morte) é também produzida sob hip-
nose."

Duas conclusões que a maioria dos investigadores acha muito desagradáveis, mas que pa-
recem ser inescapáveis são as seguintes:

1. há uma origem comum por detrás de todos os fenômenos ocultos, incluindo OVNIs,
que parece estar hábil e deliberadamente orquestrando uma fraude inteligente para seus
próprios propósitos; e

2. a hipnose, ou o poder da sugestão, está no coração desse esquema de fenômenos
ocultos.

A conexão entre a hipnose e o misticismo oriental é evidente. Nas várias profundidades do
transe hipnótico, pacientes descrevem experiências que são idênticas a da consciência
cósmica e auto-realização induzidas pelo transe da ioga. Eles primeiro experimentam uma
paz profunda, depois a separação do corpo, depois a liberação de sua própria e pequena
identidade a fim de fundirem-se com o Universo, e o sentimento de que eles são tudo e não
têm qualquer limitação para o que podem experimentar ou se tornar. Por exemplo, uma
consciência de ser deus "na qual o tempo, o espaço e o ego são supostamente transcenden-
tes, mergulhando na pura consciência do nada primal do qual toda a criação existente tem
sua origem."

A hipnose começou como parte do ocultismo e da religião falsa. A Bíblia fala fortemente con-
tra todas as práticas das falsas religiões e do ocultismo. Deus deseja que o Seu povo, com
suas necessidades, se volte para Ele, e não para aqueles que praticam feitiçaria, adivinha-
ção ou encantamento. Ele avisa Seu povo para não seguir médiuns, mágicos, encantadores,
feiticeiros, e aqueles que consultam os mortos (Dt 18.9-14). A hipnose, tal como é praticada
hoje, pode muito bem ser a mesma coisa que é identificada na Bíblia como "encantamento"
(Lv 19.26).

No hipnotismo, a fé é transferida de Deus e de Sua Palavra para o hipnotizador e sua técni-
ca. Deus fala ao Seu povo através da mente consciente e racional. Ele criou os indivíduos
como criaturas que fazem escolhas conscientes e volitivas. Ele enviou o Seu Santo Espírito
para habitar nos cristãos a fim de capacitá-los a confiar nEle e obedecer-Lhe através do a-
mor e da escolha consciente. A hipnose, por outro lado, opera na base da imaginação, ilu-
são, alucinação e engano. Jesus alertou Seus seguidores contra o engano. Depois que uma
pessoa abre a sua mente para o engano através da hipnose, ela pode se tornar muito mais
vulnerável a outras formas de fraude espiritual.

A hipnose pode gerar as imitações satânicas do exercício da verdadeira religião. Se a hipno-
se gera qualquer forma de fé e adoração que não é dirigida diretamente para o Deus da Bí-
blia, qualquer pessoa que se submete ao hipnotismo pode estar fazendo o papel de prostitu-
ta na esfera espiritual (veja Lv 19.26,31; 20.6,27; Dt 18.9-14; 2 Rs 21.6; 2 Cr 33.6; Is 47.9-
13; Jr 27.9).

O hipnotismo é, na melhor das hipóteses, potencialmente perigoso, e, no pior dos casos,
demoníaco. No pior caso, ele abre um indivíduo para experiências psíquicas e de possessão
satânica. Quando os médiuns entram em transe hipnótico e contatam os "mortos', quando os
clarividentes revelam informações que eles não poderiam conhecer de forma alguma, quan-
do os prognosticadores, através de auto-hipnose, revelam o futuro, certamente Satanás está
agindo.

Conclusão

Devido a todas essas razões: porque a hipnose tem sempre sido uma parte integral do ocul-
tismo, porque ela não é uma ciência, por causa dos seus conhecidos efeitos maléficos, e por

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causa de sua fraude espiritual, o cristão deve evitá-la completamente, até mesmo por moti-
vos "médicos". É óbvio que a hipnose é letal se usada com propósitos maus. No entanto,
nós argumentamos que a hipnose é potencialmente letal seja para qualquer propósito que
for usada. No momento em que alguém se rende à porta do ocultismo, mesmo em nome da
"ciência" e da "medicina", ele se torna vulnerável aos poderes das trevas.
Martin e Deidre Bobgan
(Adaptação de trechos do livro "Hypnosis and the Christian" - Traduzido por Ebenezer Bit-
tencourt

Seduzido pela meditação

A vida acelerada e estressante talvez seja a característica mais marcante deste início de
século. A humanidade rompeu a aurora do século 21 vivendo ou sobrevivendo com a adre-
nalina a mil por hora. As pessoas têm uma vida de qualidade precária como conseqüência
do corre-corre das obrigações que as cercam, do estresse da vida moderna e eletrizante,
dos traumas físicos e psicológicos, de decisões importantes e constantes a serem tomadas,
da angústia e da ansiedade com o dia de amanhã, da instabilidade no emprego, do desem-
prego alarmante e das freqüentes crises de depressão. As pessoas estão chegando ao limi-
te da exaustão! O ser humano quer paz e tranqüilidade!

Portanto, está pronta a mente perfeita (o palco perfeito) para a meditação esotérica entrar
em cena, disfarçada de uma super-técnica milenar que reivindica ser capaz de devolver a
harmonia de viver.

Ora, meu leitor pode estar pensando: "A Bíblia endossa e incentiva a meditação. As palavras
‘medita(o)’ ou ‘meditarei’ ou ‘meditação’ aparecem dezessete vezes na Bíblia. O que há, en-
tão, de tão diferente entre os procedimentos recomendados pela meditação das religiões
orientais e os do cristianismo? Ora, será que os evangélicos são contra a meditação?"

Bem, o que tencionamos com este artigo é diferenciar os dois tipos de meditação: a esotéri-
ca e a cristã, para que a Igreja de Cristo possa se posicionar entre a febre crescente de me-
ditação esotérica que nos envolve e a meditação que é agradável ao Senhor.

Meditação Esotérica

A meditação esotérica é oriunda do Oriente. Do Oriente que, espiritualmente, não orienta, e
sim desorienta. Ela faz parte do tripé do ocultismo (meditação – iluminação – reencarnação).
As metodologias e os tipos de meditações místicas são as mais diversas. O processo geral-
mente exige: uma postura correta, às vezes jejum de algumas horas, longos períodos de
silêncio, relaxar o pensamento (inicialmente o praticante tem de esvaziar a mente), em se-
guida realiza uma visualização (imaginar estar em uma floresta, às margens de uma cacho-
eira, nas nuvens ou em qualquer local que transmita tranqüilidade), muitas vezes recitação
de mantras (sons aparentemente sem qualquer significado, mas que quase sempre são no-
mes de divindades hindus ou budistas), taquipnéia (respiração acelerada) forçada, e, por
fim, tentar comunicar-se com um "ser" dentro do próprio praticante (esse "ser" é chamado de
"Eu Superior").

Sintetizando, a meditação oriental (esotérica) tem dois passos: o primeiro é esvaziar a mente
da pessoa, e o segundo é direcionar essa mente vazia e desprotegida para uma busca de
um suposto "Eu Superior" introvertido. Trata-se da busca de uma suposta deidade interior. É
o ser humano supostamente sentindo-se "um com deus".

A meditação mística se apresenta como uma técnica para relaxar e se "auto-conhecer" (rea-
lização de uma "gnose"). No entanto, na verdade, esse tipo de meditação coloca o praticante

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na boca do lobo espiritual, tornando-o presa fácil para o predador Satanás. Ela equivale a
colocar um pé nas profundidades das trevas, a cair em terreno movediço.

Analisaremos, de forma sucinta, apenas três das mais populares técnicas de meditação mís-
tica:

1. Yoga (ioga)

Como já afirmamos no glossário do livro A Nova Era: Um Passo Para a Manifestação do
"Maitreya" e da Prostituta Babilônia:

Para a maioria da ingênua população brasileira, a ioga é apenas uma forma de relaxar, tran-
qüilizar, normalizar a pressão arterial e o colesterol, ficar com a musculatura torneada e abo-
lir algum vício. No Brasil a ioga é praticada em academias de ginástica, spas, escolas e até
em igrejas.

A palavra vem do indiano antigo (sânscrito) e literalmente significa "união com Brâman" (em
inglês, Brahman). Brâman é o deus do hinduísmo, caracterizado como uma força energética,
impessoal, que habita toda e qualquer criatura viva. Assim, os hindus acreditam que Brâman
está dentro do rato, da vaca, do ser humano e de outros animais.

O exercício de ioga é praticado há quase cinco mil anos na Índia e não existe uma pessoa
específica que possa ser identificada como sendo seu criador. O adepto da ioga deve sentar
no chão, cruzar as pernas e colocar os ombros para trás (conhecida como a "posição da flor
de lótus"), embora existam também outras posturas para se praticar a ioga. Em seguida, o
praticante deve iniciar uma meditação cujo objetivo é libertar a "consciência de divindade"
que existe dentro dele.[1]

José Hermógenes, talvez o mais conhecido iogue brasileiro, incentiva aos praticantes da
ioga a capricharem no momento em que realizam as diferentes posturas da ioga (chamadas
de asanas). Hermógenes declara que a asana é um movimento oferecido ao "Eu-Divino":
"Uma pessoa em uma cadeira de rodas pode fazer ioga tão bem quanto eu. O trabalho é
espiritual. Ao fazer um asana, o iogue deve respirar pensando em seu eu-divino e oferecer a
Deus o que estiver fazendo. Por isso, o asana tem que ser perfeito, pois é um exercício de
devoção".[2]

A yoga não é mencionada na Bíblia Sagrada, mas em compensação a Bhagavad-Gita hindu
dedica um capítulo inteiro à prática da yoga. Observe o que está por trás da yoga: "... a meta
última da prática de yoga é ver o Senhor dentro de si, quem é consciente de Krsna (Krisna)
já é o melhor dos yogis".[3] "... praticar yoga, em especial a bhakti-yoga em consciência de
Krsna, pode parecer uma tarefa muito difícil. Mas se alguém seguir os princípios com muita
determinação, o Senhor certamente ajudará, pois Deus ajuda a quem se ajuda".[4] "Servir a
Krsna com sentidos purificados chama-se consciência de Krsna. Esta é a maneira de deixar
os sentidos sob completo controle. Aliás, esta é a mais elevada perfeição da prática de yo-
ga".[5]

Rabi R. Maharaj, um ex-guru hindu convertido ao Senhor Jesus, afirma: "Não existe hindu-
ísmo sem yoga e não existe yoga sem hinduísmo".[6]

Rabi Maharaj afirma também que nas suas viagens pela Índia encontrou vários ocidentais
que mergulharam na religião hindu como resultado de uma simples iniciação em uma aula
de yoga.[7]

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2. Meditação Transcendental com entoação de mantra

A Meditação Transcendental (MT) é uma das formas mais popularizadas da yoga. Foi o guru
indiano Maharishi Mahesh Yogi que introduziu a MT no mundo ocidental. Maharishi tem hoje
mais de 83 anos e é um homem rico, famoso e poderoso. Veja o que a revista Carta Capital
expôs sobre esse guru:

Esse velho ícone da Nova Era é hoje um dos homens mais ricos e poderosos do mundo,
controlando um império empresarial que já em 1993 era estimado em US$ 2 bilhões, incluin-
do vastas propriedades imobiliárias na Índia, hotéis na Europa, editoras nos EUA, universi-
dades Maharishi em três continentes, clínicas holísticas, lojas de alimentos naturais, parques
temáticos espirituais e até um partido político (Natural Law Party) presente nos EUA, em vá-
rias países da Europa Ocidental e Oriental e na Índia (onde leva o nome de Ajeya Bharat e
deixa mais claro seu ideário fundamentalista hindu).

Seus adeptos pagam bem caro pelos cursos introdutórios e avançados de Meditação Trans-
cendental (MT) e fazem doações regulares; os mais fanáticos dedicam-se de corpo e alma a
engrandecer o império Maharishi; os mais ricos pagam pequenas fortunas para conseguir
seus mantras secretos e pessoais. E estes não são poucos: a MT surgiu como mais uma
mania da contra-cultura dos anos 60, mas hoje é extremamente popular entre altos executi-
vos, militares e políticos, incluindo, por exemplo, o líder do Partido Conservador britânico,
William Hague.[8]

Há algum tempo anunciou-se que o próprio Maharishi iria bancar a construção bilionária
(US$ 1,65 bilhão) do edifício mais alto do mundo, o São Paulo Tower, na cidade de São
Paulo,[9] obedecendo os ditames da arquitetura védica da religião hindu.

A MT é um tipo de yoga mântrica. A palavra "mantra", em sânscrito, significa "libertação da
mente". São sílabas originárias de uma seita esotérica chinesa chamada Mi Tsung.[10] Para
alguns praticantes desinformados, os mantras são apenas "sons" sem significado aparente.
Mas, na verdade, são nomes de deidades hindus e/ou budistas com intensos poderes ocul-
tos.

Acreditamos que uma boa maneira de percebermos o mundo tenebroso por trás desse tipo
de meditação é lermos os testemunhos de dois ex-instrutores (Joan e Craig) de MT, relata-
dos no livro Occult Invasion, de Dave Hunt:

Joan: A iniciação que cada um tem de passar é uma cerimônia de louvor hindu em honra a
deuses hindus e mestres ascendidos, incluindo o próprio guru já falecido de Maharishi, cha-
mado Dev.

Como professora de MT, fui instruída a mentir... dizer-lhes (aos iniciantes) que o mantra que
nós tínhamos dado a eles era um som sem significado, a repetição do mantra os ajudaria a
relaxar – no entanto, na verdade, era o nome de uma deidade hindu com poderes ocultos
tremendos.

Para aqueles que realmente se envolveram com isso, a MT era como ter tomado uma espa-
çonave para outro estado de consciência... Eles eventualmente acreditariam... que eles po-
deriam se tornar Deus".[11]

Craig: Eu estava profundamente envolvido em MT por vários anos antes de começar a reco-
nhecer que tinha me associado a uma seita hindu. Àquela altura, no entanto, já estava muito
comprometido... para retroceder...

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Centenas de pessoas, de várias partes do mundo, estudaram por um mês com Maharishi na
Europa para se tornarem professores de MT... e o efeito que isso teve foi às vezes muito
tenebroso.

Alguns viram espíritos grotescos sentados junto deles enquanto meditavam. Alguns foram
atacados pelos espíritos. Outros [foram]... tomados por uma fúria cega, até com o impulso
para cometer assassinato... Maharishi explicou que carmas ruins de vidas passadas esta-
vam sendo trabalhados – uma parte necessária da nossa jornada para uma "consciência
mais elevada".

Finalmente eu alcancei a Consciência da Unidade... No entanto, o sentimento eufórico inicial
de que eu "tinha conseguido"... em breve deu lugar ao pânico. Eu tinha perdido a habilidade
de decidir o que era "real" e o que não era.

Maharishi me disse para parar de meditar. Gradualmente retornei à aparência de normalida-
de – mas sofria de lapsos freqüentes de retorno à Consciência da Unidade, muito parecidos
com um lampejo de LSD.

Depois de retornar para os Estados Unidos, trabalhei na Universidade Internacional de Ma-
harishi. Meu companheiro de quarto cometeu suicídio e eu fui confinado a uma instituição
psiquiátrica".[12]

3. Meditação Dinâmica

Quem inventou esse tipo de meditação foi ninguém menos do que o guru indiano Bhagwan
Shree Rajneesh (1932-1990), também conhecido como "Osho".

Osho foi aquele guru indiano que estabeleceu a sua comunidade espiritual (os esotéricos a
chamam de "ashram") em Antelope, Oregon/EUA, reivindicou ser Deus, angariou fortunas e
precipitou um escândalo internacional com suas cerimônias tântricas*. Entre as posses de
Osho constavam terrenos, um hotel e uma frota de noventa Rolls-Royce. Entre as acusa-
ções que pesavam sobre esse guru esotérico estavam a de perversão, realização de lava-
gem cerebral e sonegação de impostos. Rajneesh foi deportado dos Estados Unidos para a
Índia, onde morreu.

Osho dividia sua meditação em quatro partes de aproximadamente trinta minutos cada uma.
Na primeira sessão, os participantes eram conduzidos a uma taquipnéia forçada realizando
incursões respiratórias rápidas e profundas. Esta hiperventilação era supostamente para
despertar a força da serpente Kundalini localizada na base da coluna do praticante. Na se-
gunda sessão, eram levados a extravasarem todos os seus sentimentos gritando (alguns
alunos chegavam a se debater no chão), contorcendo-se, esperneando e rolando pelo chão.
Pareciam crianças tendo ataques de raiva. A terceira sessão era semelhante à primeira: vol-
tavam a apresentar a taquipnéia forçada acompanhada do som "uh-uh-uh-uh...". O corpo
pulava sem parar e tornavam-se "um com a energia". Na quarta sessão, alguém gritava "pa-
re!", e todos ficavam totalmente imóveis (catatônicos), geralmente de olhos fechados durante
vários minutos de silêncio ("a mente pára").

Alguns ex-praticantes da meditação dinâmica afirmam que chega um momento em que a
pessoa deixa de pensar, para de raciocinar, parece que todos os pensamentos fogem e os
problemas se vão. A mente torna-se vazia e a pessoa aparentemente se isola do mundo
exterior.

Críticos de Rajneesh afirmam que essa meditação é uma lavagem cerebral que propicia um
estado temporário de paz na consciência. Eles afirmam que os problemas íntimos de cada
um retornam à mente depois de se passar algum período de tempo sem praticar essa medi-

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tação e, em vez de serem solucionados, são protelados e às vezes até esquecidos. Assim,
para afastar (esquecer) os problemas pessoais, o indivíduo fica preso a prática da medita-
ção. Conseqüentemente, a pessoa fica cativa à prática da meditação para que sua mente
continue "anestesiada" e as dificuldades do cotidiano sejam amordaçadas e não a pertubem.

Há tantas formas de meditação sendo ensinadas que é impossível listá-las todas.

Meditação Cristã

A meditação esotérica, motivada por Satanás, é passiva. A meditação cristã é ativa.

Na meditação bíblica, o indivíduo deve não apenas ler a Bíblia, mas principalmente decorá-
la e aplicá-la à sua vida, além de falar com Deus através da oração e do louvor.

O reverendo Bob Larson, em seu livro Larson’s New Book of Cults, afirma:

"A raiz da palavra meditação implica um processo ruminativo de uma digestão vagarosa das
verdades de Deus. Isso envolve um pensamento concentrativo, dirigido, que medita nas leis,
obras, preceitos, palavra e pessoa de Deus. "Medite nEle", é a mensagem da Escritura. [...]
A meditação mística cultua o próprio ser como uma manifestação interior de Deus. A medi-
tação bíblica estende-se ao exterior para um Deus transcendental que nos levanta acima da
nossa natureza interna pecaminosa para comungar com Ele através do sangue do Seu Fi-
lho".[13]

Não interessa se a experiência mística vem através do uso de drogas, da prática de yoga,
canalização, MT, mediunidade, hipnose, experiências de quase-morte, cromoterapia ou de
qualquer outra metodologia. O processo de buscar orientação espiritual não no Deus da Bí-
blia, mas em um "deus" (o "Eu Superior") que alega-se estar dentro de cada ser humano, é
uma ilusão satânica. Temos diversos testemunhos de ex-esotéricos que afirmam ter tido
contatos, durante a prática da meditação mística, com demônios disfarçados até de "Jesus
Cristo".

Meditação Esotérica x Meditação Cristã

As duas maiores divergências entre a meditação esotérica e a cristã são:

A primeira é que a meditação cristã não aceita esvaziar a mente ("a cessação do pensamen-
to"). Mente vazia é alvo fácil para a possessão demoníaca. Não se esqueçam que Jesus
afirmou que um demônio, após ter saído de um certo homem, retornou para o mesmo ho-
mem, algum tempo depois, porque este continuava espiritualmente desabitado (Mateus
12.43 a 45).

Quando alguém se ausenta da mente, como ocorre com a meditação esotérica, esta vira
terra de ninguém, tão propícia aos demônios quanto um terreno baldio a assaltantes de su-
búrbio. Assim, a mente vazia torna-se local privilegiado do satanismo.

A segunda divergência é que a meditação cristã é sempre direcionada a Deus, às Suas o-
bras maravilhosas, aos Seus sábios preceitos e à Sua Palavra Sagrada. Jamais ela é dire-
cionada a uma contemplação vazia de algum aspecto da natureza e, tampouco, direcionada
à nossa própria intuição, pois o coração do homem é enganoso (Jeremias 17.9).

A meditação esotérica caracteriza-se pela exacerbação da intuição em detrimento da razão.
Ela utiliza como isca recursos capazes de nos fazer sentir mais e pensar menos; mais urros
e menos louvor; mais devaneios e menos realidade; mais autoconhecimento egocêntrico e
menos cristocêntrico ou mais niilismo e menos cristianismo.

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"Quanto amo a tua lei! Nela medito o dia todo" (Salmos 119.97); "Na minha cama, lembro-
me de ti; medito em ti nas vigílias da noite" (Salmos 63.6); "Tenho mais entendimento do que
todos os meus mestres, pois medito nos teus estatutos" (Salmos 119.99); "Lembro-me dos
dias antigos; medito em todos os teus feitos e considero a obra das tuas mãos" (Salmos
143.5).

Conclusão

De um lado, o objetivo final da meditação esotérica é o controle total das mentes dos prati-
cantes por forças ocultas anticristãs. Do outro lado, o alvo da meditação cristã é o cultivo
constante de um relacionamento de amor e dependência do homem limitado com o seu úni-
co Deus – Maravilhoso, Criador, Onipresente, Onipotente, Onisciente e Ilimitado.

As pessoas estão cansadas e até certo ponto exaustas; procuram tranqüilidade de espírito e
estão dando ouvidos para o canto da sereia esotérica. Escolher a opção pela meditação
esotérica (da Nova Era) é satisfazer-se com ilusões. Cair na sedução da meditação oriental
(esotérica) é andar por caminhos movediços que conduzem à morte eterna.

A opção espiritualmente correta é meditar na Palavra de Deus, que conduzirá o ser humano
pelo único caminho para a vida eterna – Jesus Cristo. Você está cansado? Jesus disse:
"Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (Mateus
11.28).

Medite, pois, no Senhor! Amém!

"Sejam agradáveis as palavras da minha boca, e a meditação do meu coração perante a tua
face, ó Senhor, Rocha minha e Redentor meu!" (Salmos 19.14).

Bibliografia

Costa, Samuel Fernandes M., A Nova Era: Um Passo Para a Manifestação do "Maitreya" e
da Prostituta Babilônia. Obra Missionária Chamada da Meia-Noite, Porto Alegre, RS, 1996,
páginas 186 e 187.
Artigo Ioga: Os Mestres da Flexibilidade. Revista Incrível. Bloch Editores S.A., Rio de Janei-
ro, RJ, Ano II – número 26, novembro de 1994, páginas 48 e 49
Prabhupãda, A. C. Bhaktivedanta Swami, Bhagavad-Gita: Como Ele É. The Bhaktivedanta
Book Trust International, São Paulo, SP, 1995, página 310.
Id, página 320.
Ibid, página 322.
Documentário em fita de vídeo: Os Deuses da Nova Era. Buenna Vista Films, Rio de Janei-
ro, RJ (considerações sobre a yoga, feitas pelo ex-guru Rabi R. Maharaj).
Id.
Artigo "A Torre de Babel – A Ciência Védica da construção chega a São Paulo com o Maha-
rishi", Revista Carta Capital. São Paulo, SP, ano VI, número 110, 10 de novembro de 1999,
páginas 21-22.
Artigo "Prédio mais alto do mundo assusta arquiteto brasileiro", Folha de São Paulo. São
Paulo, SP, ano 79, número 25.624, 30 de maio de 1999, caderno 3, página 6.
Blofeld, John, Mantras: Palavras Sagradas de Poder. Editora Cultrix Ltda. São Paulo, SP,
terceira edição, 1991, página 31.
Hunt, Dave, Occult Invasion: The Subtle Seduction of The World and Church. Harvest House
Publishers, Eugene, Oregon, USA, 1998, página 283.
Id.
Larson, Bob, Larson’s New Book of Cults. Tyndale House Publishers Inc., Wheaton, Illinois,
USA, 1994, páginas 55-56.

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138

6.10 - ISLAMISMO

. Histórico

O Islam foi fundado em 622 d.C., na cidade de Madina, Arábia. Seu fundador, Mohammad,
nasceu na cidade de Makka, em 570 d.C, num contexto religioso que mesclava animismo,
politeísmo, monoteísmo etc. Cristãos e judeus vivam nas imediações. Havia em Makka um
santuário chamado Caaba, que conserva até hoje uma pedra negra, considerada sagrada
pelos árabes. Alguns desses praticavam a adoração a "Allah"† , porém, este era visto como
um deus tribal, sem caráter universal.
Em 610 d.C., aos quarenta anos, Mohammad, enquanto meditava numa caverna, teria rece-
bido a visita do anjo Gabriel (Jibril, em árabe), que lhe revelou o que hoje é conhecido como
o Alcorão (veja Escrituras). Começou a pregar que só havia um único Deus, o Juízo Final e
que ele era o derradeiro mensageiro de Deus, o restaurador da religião verdadeira que há
muito havia desaparecido. Essa pregação trouxe forte oposição de seus contemporâneos.
Isso levou Mohammad a fugir para Madina, em 16 de julho de 622. Esse acontecimento, co-
nhecido como Hégira (migração), marcou o início do calendário muçulmano.
Nessa cidade ele estabeleceu sua doutrina, recrutou adeptos e construiu a primeira mesqui-
ta. Em 630, com seus seguidores, entrou em Makka, submetendo-a, sem combate, à nova
fé. Sua primeira atitude foi destruir os ídolos da Caaba. Morreu dois anos depois, aos 63 a-
nos. Antes disso, a maior parte da Arábia já era muçulmana.
Atualmente o Islam é a segunda maior religião do mundo – depois do Cristianismo – contan-
do com cerca de 1 bilhão de adeptos. A sede no Brasil fica em São Bernardo do Campo, SP.
Sua população não passa dos 50 mil adeptos, segundo os últimos dados fornecidos pelo
pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Censo Demográfico de 1991).

II. Escrituras

O Alcorão (literalmente: recitação) é a autoridade primeira do Islam, que ensina ter Deus
revelado cada palavra através do anjo Gabriel a Mohammad, que era analfabeto. Este teve
de memorizar todas as palavra, ditando-as aos seus discípulos. Depois de sua morte, um
grupo de escribas começou a assentar tudo por escrito. O resultado final é uma obra con-
tendo 114 suratas (capítulos). Há extensa citação (indireta) tanto do Antigo quanto do Novo
Testamentos (embora apregoe que estas obras literárias tenham sido corrompidas através
dos séculos). A segunda fonte de autoridade para os muçulmanos é a Sunna, a coleção da
tradição das declarações e dos feitos de Mohammad, apresentados em forma de hadis (bre-
ves narrativas).

III. Deus

A fé Islam é essencialmente monoteísta (Hanif). Sua concepção da unicidade de Deus, leva-
a a rejeitar a crença cristã na doutrina da Trindade, afirmando que esta deturpa o monoteís-
mo bíblico. Diz que os cristãos "inventaram a Trindade ou a copiaram da idolatria pagã".

IV. Jesus Cristo

Jesus é respeitado e reverenciado no Islamismo como um dos maiores mensageiros de
Deus para a humanidade (Mohammad é o maior e o último deles). Crêem que nasceu da
virgem Maria, contudo, ele não pode ser considerado "Filho" de Deus num sentido especial
como o Cristianismo atribui. Negam também sua divindade, bem como sua morte na cruz, e
assim, conseqüentemente, negam seu sacrifício vicário e a redenção do gênero humano por
meio de sua morte, que são sustentáculos do Cristianismo. Isso se dá devido ao fato de que
o retrato feito de Jesus no Alcorão é baseando nos evangelhos apócrifos – que foram rejei-
tados pelo Cristianismo – e não nos canônicos (Mateus, Marcos, Lucas e João). A idéia da
Encarnação (veja Cristianismo – Jesus Cristo) parece aos olhos dos muçulmanos como algo
degradante, diminuindo a transcendência de Deus.

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V. Espírito Santo

Os eruditos muçulmanos dizem tratar-se do anjo Gabriel. Crêem também que as palavras de
Jesus referentes ao Espírito Santo sejam aplicadas a Mohammad. Este seria o Consolador,
o Espírito da verdade, que Jesus havia profetizado no Evangelho de João, cap. 16, vv. 12 e
13.

VI. Salvação

A salvação no Islam depende da aplicação dos cinco pilares sobre os quais o Islam está
fundamentado, a saber: a fé (chahada), a oração (salat), a caridade (zakat), jejum (siyam) e
a peregrinação à Makka (hajj). — Veja Vocabulário.

VII. Vida após a morte

O Islam prega a sobrevivência da alma após a morte física e o Dia do Juízo Final. Antes do
Juízo, porém, os mortos vão para um lugar ou estado intermediário, conhecido como Barza-
kh, onde os justos vivem períodos de felicidade e os ímpios de sofrimento. Ambos aguardam
a ressurreição no Juízo Final. Os que reconheceram que "não há outra divindade além de
Deus, e que Mohammad é seu mensageiro" — esse é o resumo de tudo o que o muçulmano
deve crer — receberão as alegrias do Paraíso eternamente e contemplarão a Deus. Os que
não viveram de acordo com essa profissão de fé serão lançados no inferno. Quanto ao in-
ferno, os peritos muçulmanos divergem em relação à durabilidade do castigo: para alguns,
Deus poderá perdoar todos os pecados dos infiéis, com exceção da descrença em Deus;
para outros, contudo, haverá a salvação universal, ou seja, todos serão perdoados, até
mesmo o que cometeram o pecado da descrença em Deus.

VIII. Informações adicionais

· Nega a idéia de pecado original, pois crê que a pureza é inerente ao homem, que, ao cor-
romper-se, pagará por seus pecados pessoais.

· O Islam possui um calendário próprio, que tem como marco inicial a Hégira, ou migração,
de Mohammad de Makka para Madina. Sendo assim, eles contam o ano de 622 d.C. como o
ano 1 H. Seu calendário é o lunar; tendo seu ano, portanto, 354 dias.

IX. Vocabulário

· Caaba – sagrada mesquita muçulmana em Makka; também designa a pedra negra sagrada
que se encontra no interior dessa mesquita.

· Califa – nome dado aos sucessores de Mohammad.

· Chahada – literalmente: "testemunho"; é o primeiro dos cinco pilares do Islam (sua profis-
são de fé): "Não há divindade além de Deus e Mohammad é seu mensageiro".

· Hajj – O quinto pilar do Islam, que consiste numa peregrinação anual à cidade sagrada de
Makka (para quem tiver condições físicas e econômicas para isso) ou pelo menos uma vez
na vida.

· Islam – palavra árabe que significa "submissão"; no contexto muçulmano, significa "sub-
missão ou entrega total a Deus"; no contexto histórico, refere-se à religião iniciada por Mo-
hammad.

· Jibril – nome árabe para o anjo Gabriel, que supostamente forneceu a Mohammad a "reve-
lação" (Alcorão).

· Mesquita – local de adoração dos muçulmanos (masjid, em árabe).

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· Ramadan – mês do calendário Islam em que os adeptos devem jejuar, pois nesse mês
Mohammad teria recebido a "revelação".

· Salat – orações obrigatórias que os muçulmanos devem praticar cinco vezes ao dia; são
recitadas em árabe, contendo versículos do Alcorão. É o segundo pilar do Islam.

· Siyam – é o quarto pilar do Islam, o jejum, que deve ser observado durante todo o mês de
Ramadan, do nascer ao pôr-do-sol, seguido da abstenção de comida, bebida e dos relacio-
namentos sexuais.

· Surata – cada capítulo do Alcorão.

· Zakat – literalmente: "purificação"; é o terceiro pilar do Islam, consistindo na prática obriga-
tória se de dar uma porcentagem do que se ganha ao Islam para sua propagação e outros
fins.
Aldo Menezes

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6.11 - ROSA CRUZ

Uma experiência pessoal

Nota: o autor deste testemunho não é cristão, j ustificando-se a publicação pelo seu
caráter informativo.

Há uma Ordem Esotérica, Mística, Fraternal e, supostamente, Arcana conhecida por Ordem
Rosacruz, AMORC. A sede mundial fica hoje no Canadá; a sede para o Brasil fica em Curiti-
ba, Pr.
Muitas vezes vi acusações contra essa instituição filosófica, porém nunca algo concreto veio
até minhas mãos de modo que eu colocasse em dúvida sua autenticidade. Porem, agora,
tomo conhecimento de algo que mexe com tudo aquilo que tem sido divulgado, colocando
dúvidas sobre a lisura da Amorc, que repasso a você, com a intenção de desmascarar tudo
que não for correto. No final deste artigo ha um site que chegou até minhas mãos, o qual
merece a visita de todo místico, esoterismo e buscador sincero de suas origens. E isto vale a
todo estudante Rosacruz legalmente inscrito na Ordem, em dia com suas contribuições, de
uma vez que este tem tendência a por uma grande resistência nas suas crenças, pelos mo-
tivos que enumero a seguir.
É uma página pesada de uma vez que o seu escritor chama de "As mentiras da Ordem Ro-
sacruz, Amorc". Mas se ele teve a coragem de escrever, é porque está protegido por algu-
mas descobertas, vai daí que vale a pena pesquisar. Da mesma maneira que indiquei esta
escola de mistérios a muitas pessoas, como idônea, hoje me reporto as mesmas de modo
que elas possam julgar por si mesmas, e aproveito para repassar algumas das experiências
negativas que pude observar durante minha permanência como Membro ativo.

O trabalho, gratuito, de cada Membro.

Dentro da Ordem o estudante é induzido ao "trabalho" altruístico que é feito em prol da Or-
ganização, seja ele o de Mestre, Secretariado, Guardiães. Esse trabalho desinteressado cria
no indivíduo um Ego muito poderoso, pois se afirma que "aquele que mais trabalha, mais se
aproxima de ser um autentico Rosacruz", que por sua vez é uma pessoa realizada.
O ser humano é assim: basta que se diga a alguém que ele é melhor do que outro, e pronto.
Lá está o indivíduo fazendo pose de chefe, metendo-se a dar cursos e palestras... paga por
isso, até. Dentro da Ordem Rosacruz, Amorc, este aspecto do ser humano é explorado com
maestria. A psicologia utilizada envolve a pessoa de tal maneira que quando se dá conta, se
é que se dá, já se passaram muitos anos; o membro em geral batalha anos a fios para ser
um oficial da Ordem e nele extrapolar seu Ego, dirigindo pessoas, ensinado-as a viverem na
"luz", mostrando o "caminho". E há uma carreira de cargos com direito a diplomas e tudo o
mais, sendo trabalhada a escolha do Oficial pela ótica de que não se pode fazer campanha
política dentro do sistema, mas na verdade é o que mais há; uma guerra fria entre os que
desejam ser Monitores, Mestres, Conselheiros. Estes cargos são transitórios, de curta dura-
ção, e as despesas são arcadas pelo interessado. Diferente dos cargos nomeados de
"Grandes", sejam eles grandes Mestres, Grande Conselheiro, Grande outras coisas. Estes
Oficiais tem remuneração, de uma ou de outra forma, de uma vez que suas despesas e via-
gens são custeadas pelos cofres da organização, mas nem todo membro sabe disso.

O sistema de ensino

Cada lição aumenta a curiosidade, cria um clima de "ter poderes", faz promessas, adianta-se
determinado conceito que na verdade nunca se completa como coisa sólida. Através da par-
te prática se prometem coisas miraculosas, citando experiências que foram realizadas com
sucesso em outros Templos e em outros países. Em seguida aguarda-se um ritual, uma ini-
ciação e mais uma promessa de realização fenomenal. E o tão esperado Mestre pessoal
que nunca chega? Na próxima monografia, talvez, e o tempo passa e o Mestre só existe na

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imaginação dos Membros mais antigos. Em seguida se oferece o "privilégio" de adentrar a
um grau mais elevado onde as verdades da levitação, da projeção, do domínio da mente
sobre a matéria, serão reveladas.
E de promessa em promessa vai o estudante sendo induzido que possui poderes desenvol-
vidos que outras pessoas não possuem.; na verdade ele passa a se sentir especial, diferen-
te, protegido pelo Cósmico e pela Egregora poderosa da Ordem com quase 3.500 anos de
existência!

Palavra Perdida

Um desses hipotéticos poderes está contido na revelação da "Palavra Perdida", que, segun-
do os Mestres dessa Ordem, foi o som original que Deus emitiu quando criou o Universo.
Por muitos anos o Rosacruz estuda parte por parte essa Palavra, até mostrar que é merece-
dor de conhece-la toda para não fazer mau uso. (esta avaliação de merecimento é feita via
"correspondência") . E quando a completa é emitida, que fiasco, tem a maior decepção de
sua vida pois supunha que alteraria o próprio Cosmo com o som emitido.

O sistema de graus.

Outra coisa muito poderosa é o sistema de ensino na base de monografias graduadas. Cada
Membro situa-se num determinado grau, então ele tem a formação mental de que possui o
conhecimento que o outro ainda não alcançou, e porque os assuntos não podem ser comen-
tados com pessoas que estão em graus diferentes, formam-se grupos preconceituosos, que
não se misturam no sentido de discutir a sabedoria; cada grupo trata do que está no seu
grau , assim as pessoas de grau menor sentem-se, ou invejosas quando estão junto aos
mais graduados, ou arrogantes quando se misturam com neófitos. E a coisa fica pior ainda
quando o indivíduo já vem de outra Ordem mística como a Maçonaria; aqui então ele é visto
como Mestre de todos.
Cada cerimonia de grau da direito a uma participação em alguma coisa; quando se adentra
ao grau maior que é a Hierarquia Esotérica da Ordem, diz- que o membro agora decide os
destinos da Organização, mas na verdade ele continua sendo um anônimo pois suas idéias
não influem em nada. Até para ter um artigo seu publicado na revista "O Rosacruz" ele care-
ce da aprovação de um censo pré-eleito para essa finalidade; se seu escrito é contestatório
então, adeus, vai para gaveta e nunca mais se fala disso.

A mistificação

A informação, a imagem que passa um Rosacruz quando apresenta a Ordem a um buscador
é de que ali estão os sábios, intocáveis e perfeitos seres. Mas o que se vê é que dentro dos
Templos abundam as visões de Mestres circulando pelas salas; historias de levitação; con-
tos de exuberantes viagens astrais; curas milagrosas; proteção inenarrável; experiências
terríveis.
Tudo isso é alimentado pelo Membro mais "experiente" ou graduado; este quer que os ou-
tros entendam que ele já passou por essas, e muitas outras, experiências. O próprio Depar-
tamento de Instrução da Ordem, que é um setor de apoio as duvidas, torna-se cúmplice no
mal entendido quando adia uma resposta para estudo em graus futuros, deixando o membro
crente na mentira.
Essas histórias crescem com cada um que as conta, mas na verdade não se vê nada de
anormal no interior de seus templos. O que há são pessoas que se debatem em problemas
como todas as demais; envolvimentos emocionais; comentários maldosos como há em to-
dos os lugares onde estão duas ou mais pessoas.
Minha avaliação
Nunca concordei com processos de lavagem cerebral, indução de que o indivíduo tem um
poder quando na verdade ele padece das necessidades comuns de todo cidadão. A auto-
hipnose, que leva a pessoa a um condicionamento mental, é largamente praticada nestes
ensinamentos. Nem aceitei a proposta de que todo Rosacruz possui a Luz maior do Cósmi-

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co e tem a responsabilidade de "levá-la" aos demais que vivem nas trevas, isto é, aos que
não são membros dessa Ordem.
O que uma pessoa pode obter em qualquer sistema é parte de tudo que necessita, e com
certeza essa "luz" não serve às demais pessoas; supor isso é aventar a hipótese da perfei-
ção num sistema. Não aprecio as formações que detém conhecimento restrito. Esta pratica
cria egocentrismo, grupos que trocam favores entre si, protecionismo. Se seus membros
estão interagindo com as demais pessoas, na verdade permanecem alijados das mesmas,
com olhos de seres superiores. Esta postura quando não gera perseguidores como na histo-
ria das igrejas, cria conformistas com a desgraça humana.
Da mesma maneira que vejo Deus numa igreja apenas como ponto de comercio, ordens
secretas, com palavras de passes e toques distintos, servem somente para criar envolvimen-
to com uma falsa ideologia; tiveram sua época.
E tenho cá minhas dúvidas em todo sistema que prega a igualdade entre os seres humanos
mas nunca teve em sua direção maior uma mulher, mesmo porque o cargo de Imperador,
que é o Papa da Amorc, além de cargo vitalício, era passado de pai para filho, macho. De
preconceitos estamos abarrotados, o que queremos é uma filosofia compatível com a reali-
dade. Além disso para que a igualdade se faça pode-se começar por abrir as portas dos
Templos para toda criança que é carente, ensinando-as a serem independentes, a votar, a
dizer não, ao invés da catalogar tudo que é sofrimento de Carma humano.
Por esses motivos deixei a Amorc, e agora fico estarrecido, começando a ter aquela sensa-
ção de quem foi ludibriado, pelo que leio no site a seguir:
http://members.es.tripod.de/truthamorc/index.html

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Movimento Rosacruz

Um Pequeno histórico

Aqueles que necessitam de uma abordagem mais particular, ou seja, mais abrangente sobre
a história da Ordem Rosacruz, existem numerosos livros e registros. Como não é nossa in-
tenção fazer um estudo acurado de sua origem, daremos apenas alguns dados do seu sur-
gimento na América do Norte; até porque o nosso espaço não é suficiente.

A primeira colônia Rosacruz, partiu da Europa em 1693 e se estabeleceu na Filadélfia (EU-
A), em 1694, conforme idealizou Sir Francis Bacon. Da Filadélfia, estendeu-se para Efrata e
Pensilvânia, onde ainda existem alguns dos edifícios originais.

De 1801 até 1909 (108 anos após terem os fundadores deixado a Europa) o trabalho da or-
ganização foi suspenso, conforme prevê uma antiga lei mística que a cada 108 anos ocorre
um ciclo de renascimento, atividade ou pausa e espera.

Em 1909, ocasião considerada propícia ao renascimento, foi reativada a Ordem Rosacruz
em caráter público, tendo como seu primeiro Imperator o Dr. Harvey Spencer Lewis (de 1915
a 1939).

Hoje a Ordem Rosacruz está estabelecida em quase todo o mundo. No Brasil, sua sede cen-
tral está estabelecida em Curitiba(PR).

O conceito de Deus na Ordem Rosacruz

Segundo a própria Ordem Rosacruz (AMORC), ela "não é uma religião, nem uma seita e
seus ensinamentos não contém dogmas, abrangendo o conhecimento prático das leis natu-
rais, psíquicas e espirituais aplicáveis ao desenvolvimento e aprimoramento humano".

O que é religião? Segundo o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de
Holanda Ferreira, religião: [Do lat. religione.] s. f. 1. crença na existência de uma força ou
forças sobrenaturais, considerada(s) como criadora(s)l do Universo, e que como tal deve(m)
ser adorada(s) e obedecida(s). 2. A manifestação de tal crença por meio de doutrina e ritual
próprios, que envolvem, em geral, preceitos éticos.

Vejamos o conceito de Deus, segundo o Manual Rosacruz (AMORC), pág. 268: "Para os
Rosacruzes, existe um só Deus sempiterno, onipresente, sem atributos restritivos ou forma
definida de manifestação: o Deus de nosso Coração, expressão usada em todos os nossos
rituais e práticas de meditação". E mais adiante completam: "O conceito Rosacruz de Deus
é, essencialmente, o de uma Inteligência ou Mente Universal, um Poder Infinito. Este concei-
to não é dogmático. Os Rosacruzes ensinam o preceito de que Deus é inteiramente uma
experiência subjetiva e, portanto, uma interpretação pessoal".

A Ordem Rosacruz possui templos, altares, sacerdócios (os mestres), rituais, festas, adora-
ção, ensino sobre a moralidade, uma teoria sobre a alma humana e sobre o relacionamento
do homem com Deus. Exige crenças como a retribuição da vida e a imortalidade da alma.

"O termo Templo é aplicado aos nossos prédios dedicados à adoração de Deus e das leis de
Deus, e nos quais existem Câmaras para estudo, trabalho e meditação". Manual Rosacruz
(AMORC), pág. 61.

Na Ordem Rosacruz são realizadas cerimônias ritualísticas de Matrimônio e Fúnebre, além
dos rituais de Loja e daqueles que os membros fazem em seu próprio lar.

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A Bíblia não é usada como na maçonaria. É apenas citada, como são citados outros livros
considerados sagrados.

A visão Rosacruciana do mundo é panteísta, ou seja, Deus é inerente a todas as coisas. Vê
Deus em tudo em cada uma de Suas criaturas.

Acreditam em Deus como um ser espiritual impessoal e que a Trindade apenas representam
aspectos divinos. Isto para se parecerem com o Cristianismo e também não entrarem em
confronto com os budistas, hinduístas e muçulmanos. Assim, adaptam seus ensinos aos
dessas seitas, como o camaleão adapta sua cor ao ambiente em que se encontra. Para a
Fraternidade, Deus é "deus-do-menor-denominador-comum", também usado pela maçonari-
a.

Mas a Bíblia nos ensina que só o Deus cristão é o Deus único e verdadeiro - Ele não é uma
associação de todos os deuses:
"Ó Senhor Deus de Israel, não há Deus como tu, nos céus e na terra..." (2 Cr 6:14).
"Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois não a darei a outrem" (Is 42:8).
"Por isso hoje saberás, e refletirás no teu coração, que só o Senhor é Deus em cima no céu,
e embaixo na terra; nenhum outro há" (Dt 4:39).

Cristo na Ordem Rosacruz

Assim como na maçonaria, a divindade de Cristo e a doutrina cristã da Trindade é rejeitada.
Há uma distinção entre Cristo e Jesus que dizem não eram os mesmos. Portanto Cristo não
era Jesus, nem o Filho unigênito de Deus. Ele era apenas um homem muito evoluído espiri-
tualmente.

Como ensinam nas ciências, ditas místicas e esotéricas, o espírito de Cristo entrou no corpo
de Jesus quando o próprio Jesus o desocupou.

Segundo ainda os ensinamentos desta Fraternidade, Jesus Cristo , assim como Gautama
Buda, foi um espírito que entrou na cadeia da evolução humana.

O cristianismo afirma que Jesus é a figura central de toda a história humana, é Deus e nosso
Salvador. O Rosacrucianismo diz que um ser evoluído, simplesmente.

A Bíblia ensina claramente que Jesus Cristo é Deus e nosso único salvador:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o Verbo se
fez carne e habitou entre nós..." (Jo 1:1 e 14).

"Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Sal-
vador Cristo Jesus" (Tt 2:13).

"E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome,
dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (At 4:12).

"Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14:6)

"Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, ho-
mem. O qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em
tempos oportunos" (1Tm 2:5 e 6).

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Plano de Salvação da Ordem Rosacruz

A doutrina da reencarnação é aceita e imprescindível para toda a filosofia Rosacruz. Como
acreditam nela, aconselham seus membros a prestar serviços altruístico, para sua evolução
e não na esperança de uma recompensa futura. Porque, dizem, a nossa felicidade futura
depende do que façamos hoje pelos outros, bem como a nós mesmos.

A Fraternidade Rosacruz não conhece a Jesus Cristo, não aceita seu sacrifício pelos nossos
pecados e troca a ressurreição pela reencarnação. Ensina que o homem através de várias
reencarnações, terá uma perfeição progressiva que resultará numa evolução cósmica, até
quando não necessitará mais reencarnar.

O que a Bíblia ensina é uma existência única, durante a qual o homem tem a oportunidade
de acertar-se com Deus ou de rejeitar sua oferta de salvação: "Aos homens está ordenado
morrerem uma só vez e, depois disto, o juizo" (Hb 9:27). O desejo de Deus é que "todos os
homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (2 Tm 2:4). As condi-
ções exigidas por Deus são arrependimento e fé (Mc 1:14 e 15; Lc 24:44 a 47).

As seguintes passagens dão a posição bíblica pela qual o homem alcança a vida eterna:

"Mas ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe é atribuída
como justiça" (Rm 4:5).

"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não
de obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2:8 e 9).

"E o testemunho é este, que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. A-
quele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida" (1 Jo
5:11 e 12).

A Ordem Rosacruz é vinculada a religiões ocultas?

O sistema teológico rosacruciano não somente é eclético, com uma mistura de mitologia pa-
gã, Cristianismo e Judaísmo, com mesclas de Hinduísmo e Budismo. Como se não bastas-
se, tem fortes ligações com a antiga religião egípcia, seus deuses e rituais.

Crêem que "Aton é o nome do símbolo do Deus único e eterno, esclarecido por Akhenaton,
após ter fundado uma religião monoteísta no Egito. Aton era representado pelo disco solar, e
o Sol era o símbolo da vivificadora radiação do Deus invisível". (Manual Rosacruz - AMORC,
pag. 256).

A Ordem Rosacruz tem ligações estreitas com as ditas "ciências ocultas".

Conclusão

Pelo exposto, concluímos que a Ordem Rosacruz é uma falsa religião, contrária aos ensi-
namentos da Palavra de Deus e entra em conflito especialmente com os ensinamentos cris-
tãos. A Ordem Rosacruz é contrária ao Deus único e verdadeiro, é oposta à pessoa e obra
de Jesus Cristo, é oposta à salvação pela graça, e contradiz toda doutrina básica cristã.

Como pode então o cristão ser membro, viver de acordo e promover os ensinamentos da
Ordem Rosacruz?

Os rosacruzes cristãos devem decidir hoje se vão permanecer rosacruzes e negar o seu Se-
nhor, Jesus Cristo, ou se farão a vontade do Pai celestial e deixarão a Ordem Rosacruz.

Ao fazer parte da ordem, o rosacruz cristão está apoiando "outro evangelho", um falso sis-

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tema de salvação que engana os homens quanto à maneira de serem salvos.

Se você for um verdadeiro crente em Jesus Cristo, ao compreender isso, deve obedecer a
advertência bíblica em 2 Coríntios 6:17: "Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz
o Senhor".

Séculos atrás, o profeta Elias desafiou o povo de Deus que havia abandonado o Deus ver-
dadeiro e caído no triste pecado da idolatria. Ele os advertiu: "Até quando coxeareis entre
dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-O; se á Baal, segui-o" (1 Rs 18:21). Esta
pergunta continua verdadeira para os cristãos rosacruzes de hoje. Siga a Deus ou siga a
Ordem Rosacruz.

Bibliografia

1) Manual Rosacruz - Supervisão de H. Spender Lewis, F.R.C., Ph.D. - Biblioteca Rosacruz
2) Seitas e Heresias - Raimundo F. de Oliveira - Casa Publicadora das Assemb. de Deus
3) Imperio das Seitas, Vol. II - Walter Martin - Editora Betânia

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6.12 - TESTEMUNHA DE JEOVÁ

Armagedom no Ano 2000, Dizem as Testemunhas de Jeová

B. Stett

As Testemunhas de Jeová (TJ) ensinam que o autor da Bíblia é “Jeová” e que a Bíblia prediz
que o Armagedom acontecerá no ano 2000 (ou antes), e isto, dizem elas, é a interpretação
do próprio Jeová.

“No Nosso Século Vinte”

«Dentro em breve, no nosso século vinte, começará a “batalha no dia de Jeová” contra o
antítipo moderno de Jerusalém, a cristandade.» (”As Nações Terão de Saber que Eu Sou
Jeová” — Como?, 1973, p. 200, parágrafo 9. Negrito acrescentado.)

Para uma TJ, a “batalha no dia de Jeová” é o mesmo que o Armagedom. É a destruição,
pelas forças da natureza, pela humanidade dividida e pelos anjos de Deus, de todas as pes-
soas que não são TJ e suas propriedades. Isto significa a morte de mais de 99% da humani-
dade no ano 2000 A.D.

Quando Começou Esta Profecia

A profecia segundo a qual o Armagedom aconteceria no ano 2000 A.D. começou em 1945,
na revista The Watchtower [A Sentinela] (15 de Fevereiro, pp.51-60) no artigo “The Kingdom
Sabbath and Its Lord” ["O Sábado do Reino e o Seu Senhor"].
A mesma matéria foi incluída, praticamente sem alterações, nas duas edições do livro Let
God Be True [1946, 1952, Sej a Deus Verdadeiro], no capítulo “The Sabbath: In Shadow and
Reality” [“O Sábado: Na Sombra e na Realidade”].
Analisemos a edição de 1946. O capítulo 7 de Let God Be True [1946; Seja Deus Verdadei-
ro] diz que cada um dos sete dias da criação durou 7.000 anos. Diz ainda:

«Como o homem foi criado perto do fim do sexto dia, ele foi posto na terra perto do fim dos
42.000 anos de preparação da terra.» (p. 155)

O “sétimo dia” de descanso de Deus continua durante 7.000 anos. (p. 165)
Além disso, o reino de Cristo de 1.000 anos (o Milénio) corresponde aos últimos 1.000 anos
do período de 7.000 anos do descanso de Deus (pp. 167-169). Então, quando é que os
7.000 anos de descanso de Deus começaram?
Na página 165 diz-se que os 7.000 anos de descanso “começaram a aplicar-se mais de
4.000 anos antes de Cristo.”
Ignorando a questão menor de não haver ano zero, conclui-se que 6.000 anos estarão com-
pletos no ano 6.000 — 4.000 = 2.000 A.D. ou antes.
A página 166 diz que o reino de Cristo, de 1.000 anos, começará “imediatamente” depois do
Armagedom. Portanto, o Armagedom também terá de estar terminado no ano 2.000 A.D. ou
antes.

Ligação Com 1975

Quando o livro Seja Deus Verdadeiro foi publicado, as TJ acreditavam que Adão fora criado
em 4028 AC. Esta data não é apresentada no livro Sej a Deus Verdadeiro, mas aparece de
facto no livro The Truth Shall Make You Free [1943, p. 152, A Verdade Vos Tornará Livres].
Na década de 1950, o ano da criação de Adão foi corrigido para 4.026 AC.
Adicionando 6.000 anos a 4.026 AC e tendo em consideração que não existe ano zero, ob-
temos exactamente 1975.
Contudo, segundo as TJ, os 7.000 anos de descanso de Deus começaram depois de Eva ter
sido criada. Mas 4.026 AC é o ano em que Adão foi criado. Se, por exemplo, Eva tiver sido
criada 2 anos depois de Adão [i.e., em 4024] , então 6.000 anos depois seria o ano 1977. O

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Armagedom teria de estar terminado antes do fim de 6.000 anos de descanso de Deus [pois
o sétimo período de 1.000 seria o milénio, posterior ao Armagedom] — mas não nos é dito
quanto tempo antes do fim desses 6.000 anos.
Devido a estas incógnitas — quanto tempo decorreu entre a criação de Adão e a criação de
Eva e quanto tempo antes do fim dos 6.000 desde a criação de Eva acontecerá o Armage-
dom — as TJ inicialmente não predisseram com certeza o fim do mundo (Armagedom) para
o ano 1975. Uma expressão e estimativa utilizada nos congressos era “em meados da dé-
cada de 1970”.
Mas depois a revista The Watchtower [A Sentinela] (1 de Maio de 1968, p. 271, em inglês) e
a Awake! [Despertai!, 8 de Outubro de 1968, p. 14, em inglês] anunciaram que Adão e Eva
foram criados no mesmo ano, ou seja, em 4.026 AC! Isto foi confirmado no livro Aid To Bible
Understanding [1971, p. 538, em inglês. Aj uda Ao Entendimento da Bíblia. N. do T.: Na edi-
ção portuguesa, no verbete “Eva”, não consegui encontrar esta confirmação. É provável que
tenha sido eliminada pois a versão portuguesa é de 1982, portanto posterior a 1975.] Isto
eliminou uma das duas incógnitas. Esta nova informação implicava que o Armagedom tinha
de estar terminado e o paraíso tinha de estar introduzido em 1975 [o mais tardar], ou antes.
A The Watchtower [A Sentinela] de 1 de Maio de 1968, p. 271 [em inglês] disse:

«Assim, Adão dar nomes aos animais e aperceber-se ele de que necessitava de uma com-
panheira, ocuparia apenas um breve período de tempo depois da sua criação. Como tam-
bém era propósito de Jeová para o homem que se multiplicassem e enchessem a terra, é
lógico que ele criaria Eva pouco tempo depois de Adão, talvez apenas algumas semanas ou
meses mais tarde, no mesmo ano, 4026 AEC. Depois da criação dela, o dia de descanso de
Deus, o sétimo período, seguiu-se imediatamente. Assim, o sétimo dia de Deus e o tempo
em que o homem tem estado na terra aparentemente correm paralelos. Para calcular onde
está o homem na corrente do tempo em relação ao sétimo dia de 7.000 anos, precisamos de
saber quanto tempo decorreu desde a criação de Adão e Eva no ano 4026 AEC. Desde o
Outono desse ano até ao Outono de 1 AEC, seriam 4025 anos. Desde o Outono de 1 AEC
até ao Outono de 1 EC, decorre um ano (não há ano zero). Desde o Outono de 1 EC até ao
Outono de 1967, vai um total de 1966 anos. Somando 4.025 com 1 e com 1966, obtemos
5992 anos desde o Outono de 4026 AEC até ao Outono de 1967. Portanto, faltam oito anos
até que estejam completos 6.000 anos do sétimo dia. Oito anos contados a partir do Outono
de 1967 levam-nos ao Outono de 1975, [momento em que estarão terminados] 6.000 anos
completos do sétimo dia de Deus, o seu dia de descanso.»

Quando se esgotou o prazo e todas as profecias falharam, foi anunciado que Adão e Eva
não foram criados no mesmo ano! (The Watchtower, 1 de Outubro de 1975, p. 579 [em in-
glês]).
Apesar disto, ficou intacta a profecia que dizia “no nosso século vinte”.

A Nossa Própria Geração do Século Vinte

Em 1965 a Watchtower publicou um artigo intitulado “A Nossa Própria Geração do Século
Vinte e a Ressurreição”, que dizia:

«Uma “grande multidão” ... nunca irá para o Há’des ou Sheol, nem necessitará de ser res-
suscitada. Contudo, o mesmo não acontecerá com a classe dos “cabritos” da nossa gera-
ção do século vinte. Na destruição de Babilónia a Grande e na batalha do Armagedom eles
serão executados com uma punição eterna e nunca serão ressuscitados dentre os mortos,
pois irão para a “segunda morte”. Consequentemente, no início do reinado milenar de Cristo,
não existirá nenhuma “classe dos cabritos” pronta a interferir com o governo justo.» (The
Watchtower, 15 de Março de 1965, p. 177 [em inglês]. Negrito acrescentado.)

A “nossa geração do século vinte” poderia, em princípio, ser “executada” no século vinte e
um. Mas se fosse isso que eles queriam dizer, esperaríamos ver na citação alguma referên-
cia à geração do século vinte e um.

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Além disso, para alguém que tenha sido TJ entre 1950 e meados da década de 1980, a ex-
pressão “a nossa geração” refere-se a pessoas suficientemente velhas para presenciarem
com compreensão o eclodir da Primeira Guerra Mundial, em 1914. Portanto, para as TJ, “a
nossa geração” e “esta geração” significam pessoas nascidas em 1900-1905 ou antes. Al-
gumas referências a “esta geração” que significam pessoas vivendo antes da Primeira Guer-
ra Mundial são [em inglês]:
Awake! [Despertai!], 8 de Outubro de 1966, p. 18.
Awake! [Despertai!], 8 de Outubro de 1968, pp. 13-14.
The Watchtower [A Sentinela], 15 de Fevereiro de 1969, p. 101.
The Watchtower [A Sentinela], 15 de Junho de 1974, p. 359.
Awake! [Despertai!], 22 de Julho de 1981, p. 4.

Uma Profecia Firme e Clara

A profecia do Armagedom no nosso século vinte continua como uma profecia firme e clara:
The Watchtower [A Sentinela], 1 de Março de 1984, pp. 18-19 [em inglês]:

«Alguns dessa “geração” poderiam sobreviver até ao final do século. Mas existem muitas
indicações de que “o fim” está muito mais próximo do que isso!»

Anuário das Testemunhas de Jeová 1989, p. 3, parágrafo 3:

«Quantos aceitarão o convite? A visão de João, registrada em Revelação 7:9, tinha de tor-
nar-se realidade. Ele viu “uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas
as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados
de compridas vestes brancas; e havia palmas nas suas mãos”. Com confiança no pleno
cumprimento da visão, durante as décadas deste século 20, o restante ungido da classe
da noiva nunca deixou de dizer: “Vem!” Fez-se todo empenho para divulgar a mensagem a
todas as nações.» (Negrito acrescentado)

A Sentinela, 1 de Janeiro de 1989, p. 12, parágrafo 8:

«O apóstolo Paulo servia de ponta de lança na atividade missionária cristã. Ele também lan-
çava o alicerce para uma obra que seria terminada em nosso século 20.» (Negrito acres-
centado)

As duas citações, do Anuário e da Sentinela de 1989, de facto dizem a mesma coisa. Dizem
que todas as pessoas que hão-de sobreviver ao Armagedom já se terão tornado TJ e o tra-
balho de pregação delas será terminado [ou completo] no século 20. E toda a TJ sabe que o
fim do trabalho de pregação coincide com o início da “grande tribulação” e do “Armagedom”
[Mat. 24:14].
A citação da Sentinela de 1989 é a que consta da edição avulsa da revista. Na reimpressão
do volume encadernado referente a 1989, a porção de texto citado foi mudada [sem qual-
quer nota ou comentário!] para:

«Ele também lançava o alicerce para uma obra que seria terminada nos nossos dias.»
(Negrito acrescentado. Tradução feita a partir da edição inglesa.)

[N. do T.: «Também os livros eram apreendidos e reescritos vezes sem conta, invariavel-
mente reeditados sem que se reconhecesse ter sido feita qualquer alteração.» (George Or-
well, 1984 (Lisboa: Edições Antígona, 1991), p. 46)]
Apesar desta alteração, a profecia “no nosso século vinte” continua a ser uma doutrina ofici-
al, conforme veremos em seguida.

'O Armagedom Não Está Mais Longe do Que Pensávamos'

A primeira vez que a WTS relacionou de forma clara a última geração deste mundo com a
data 1914, foi em 1953. Foi no folheto Basis for Belief in a Righteous New World [Base Para
se Acreditar Num Novo Mundo Justo, p.51 (em inglês)]. Um folheto anterior intitulado Evolu-
tion Versus The New World [Evolução Versus O Novo Mundo, 1950 p. 53 (em inglês)] discu-

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tiu “esta geração” num contexto envolvendo 1914, mas não ligou claramente as duas ideias
uma à outra, a não ser de forma implícita.
Posteriormente encontramos citações como estas:

«Mesmo se admitirmos que jovens de 15 anos de idade seriam suficientemente discernido-
res para se aperceberem do que aconteceu em 1914, isso ainda faria que o mais jovem
“desta geração” tivesse hoje quase 70 anos de idade.» (Awake! [Despertai!], 8 de Outubro
de 1968, pp. 13-14 [em inglês].)

Esta doutrina e profecia foi ensinada como sendo “a promessa do Criador”. A partir da edi-
ção de Janeiro de 1982, a revista Awake! [Despertai!] trazia em cada número a afirmação:

«Importantíssimo, esta revista promove confiança na promessa do Criador de estabelecer
uma nova ordem pacífica e segura antes que desapareça a geração que viu os aconte-
cimentos de 1914.» [Negrito acrescentado. Tradução da edição inglesa.]

Em 1995 esta “promessa do Criador” foi modificada:

«Importantíssimo é que esta revista gera confiança na promessa do Criador de estabelecer
um novo mundo pacífico e seguro, prestes a substituir o atual mundo perverso e anárqui-
co.» (Despertai!, 8 de Novembro de 1995, p. 4. Negrito acrescentado.)

Ao comentar esta modificação, a revista The Watchtower [A Sentinela], disse:

«Será que o nosso ponto de vista mais preciso sobre “esta geração” significa que o Armage-
dom está mais longe do que pensámos? De modo nenhum!» (1 de Novembro de 1995, p.
20)

Bem, o que é que as TJ tinham “pensado” e o que é que tinham profetizado sobre a proximi-
dade do Armagedom? Era que pessoas que nasceram por volta de 1900 estariam vivas para
ver o Armagedom e isso aconteceria “no nosso século vinte”.
Isso só lhes deixa um mês [a contar a partir de agora, dezembro de 2000].

Todos os Ensinos das TJ São de “Jeová”

Os líderes das TJ alegam que a sua organização é “a única organização na terra que com-
preende as ‘coisas profundas de Deus’”! (The Watchtower [A Sentinela], 1 de Julho de 1973,
p. 402 [em inglês])
Eles chamam à sua propaganda “religião verdadeira” e dizem a respeito dela: “todos os seus
ensinos precisam estar em plena harmonia com a Palavra de Deus.” (A Verdade Que Con-
duz à Vida Eterna, 1968, p. 130, parágrafo 17)
A posição oficial é bem expressa na The Watchtower [A Sentinela] de 1 de Novembro de
1931, p. 327:

«The Watchtower [A Sentinela] reconhece a verdade como pertencendo a Jeová e não a
alguma criatura. The Watchtower não é o instrumento de algum homem ou conjunto de ho-
mens. Não é expressa na Watchtower a opinião de nenhum homem. Deus alimenta o
seu próprio povo, e seguramente Deus usa aqueles que o amam e servem segundo a sua
própria vontade.» (Negrito acrescentado)

Mais ainda, a The Watchtower de 1 de Julho de 1943, p. 202 diz: «Portanto, Jeová Deus é o
único Tribunal Supremo de interpretação da sua palavra inspirada.» A página seguinte diz:

«Cristo Jesus confiou a esse restante de servos fiéis de Jeová Deus todos os “seus bens”,
ou interesses terrestres do Reino. Isto não significa que o fiel restante ou a sociedade das
testemunhas ungidas de Jeová sejam um tribunal terrestre de interpretação, com a delega-
ção de interpretar as Escrituras e as suas profecias. Não; o Rei Cristo Jesus não lhes con-
fiou essa tarefa, A CORTE SUPREMA AINDA INTERPRETA, graças a Deus; e Cristo Je-
sus, o porta-voz oficial da interpretação da Corte, reserva para si mesmo essa tarefa como
cabeça da classe do “servo fiel e sábio” de Jeová. Ele meramente usa a classe do “servo”
para publicar a interpretação depois de a Corte Suprema a ter revelado através de Cristo
Jesus.» (p. 203. Negrito e sublinhado acrescentados.)

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A “promessa do Criador” a respeito da geração de 1914 já foi discutida. Essa “promessa”
também é a “palavra profética de Jeová”:

«A palavra profética de Jeová através de Cristo Jesus é: “Esta geração [de 1914] não passa-
rá de modo nenhum sem que todas as coisas ocorram.” (Lucas 21:32) E Jeová, que é a fon-
te de profecia inspirada e infalível, trará o cumprimento...» (The Watchtower [A Sentinela], 15
de Maio de 1984, pp.6-7 [em inglês]. Note que os parentesis rectos na citação foram inseri-
dos pela própria Watchtower.)

Dessas afirmações conclui-se que se o Armagedom não ocorrer no ano 2000, o “Jeová” das
TJ será exposto como um mentiroso.

As Profecias das TJ Falharão Outra Vez

É um facto conhecido que as profecias das TJ falharam no caso de muitas datas. Entre ou-
tras, podemos mencionar 1878, 1881, 1906/1907, 1912, 1914, 1915, 1918, 1920, 1924,
1925, 1928, 1930, 1935/1936, 1942, década de 1940, década de 1970.
A julgar por esta tendência para o falhanço, a profecia das TJ que diz ‘“no nosso século vin-
te” acontecerá o Armagedom’, também será mais uma falsa profecia.
Artigo originalmente publicado na
INVESTIGATOR Magazine (Setembro de 1995)
P.O. Box 3243
Port Adelaide
SA 5015

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Traduções Errôneas da Bíblia das Testemunhas de Jeová

Esta lista é apenas representativa. Ela não esgota este assunto.

Colossenses 1:15-17

A palavra "outro" é inserida 4 vezes. Isto não está no original grego e nem está implícito. Es-
ta é uma seção onde Jesus é descrito como o criador de todas as coisas. Desde que a or-
ganização da T.J. acredita que Jesus é um ser criado eles inseriram a palavra "outro" para
mostrar que Jesus era ates de tudo "outras" coisas, implicando que Ele também fosse um
ser criado.
Existem duas palavras, no Grego, traduzidas como "outro": heteros e allos. O primeiro signi-
fica outro de uma coisa diferente, ou seja, de natureza diferente. O segundo significa outra
coisa da mesma natureza ou do mesmo tipo. Nenhum dos dois é usado nesta seção da Es-
critura. As T.J. mudaram a Bíblia para torná-la adequada à sua teologia aberrante.

João 1:1

Eles traduziram erradamente este versículo como "um deus". Novamente, isto é porque eles
negam quem Jesus é e devem mudar a Bíblia para que ela se torne adequada à sua teolo-
gia. A versão das T.J. está assim: "No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus,
e a Palavra era um Deus."

Hebreus 1:6

Neste verso eles traduziram a palavra Grega para adoração, proskuneo, como "reverência."
Reverência é uma palavra que significa honra, mostra respeito, até curvar-se diante de al-
guém. Já que, para eles, Jesus é um ser criado, então ele não pode ser adorado. Eles tive-
ram de fazer isto em outros versículos a respeito de Jesus: Mt 2:2,11; 14:33; 28:9.

Hebreus 1:8

Este é um versículo onde Deus Pai, está chamando Jesus de Deus: "Mas do Filho diz: O teu
trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos, e cetro de eqüidade é o cetro do teu rei-
no.'"
Já que as T.J. não concordam com isso, de novo, eles alteraram a Bíblia para que ela se
adequasse à sua teologia. Eles traduziram o verso como: "...Deus está no seu trono ..." O
problema com a tradução das T.J. é que esta passagem é uma citação do Salmo 45:6 que,
no Hebraico, só pode ser traduzido como "...O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos
séculos ..." Para justificar a tradução do N.T eles atualmente também trocaram a tradução do
Antigo Testamento!
A Tradução do Novo Mundo é horrível. Ela mudou o texto para se adequar à sua própria teo-
logia em muitos lugares. Mas antes que você pense que estou apenas mencionando o que
outros disseram, eu estudei Grego bíblico por 4 1/2 na Faculdade e no Seminário.
Adicionalmente, eu tive 1 1/2 ano de Hebraico bíblico. Eu sei, por exame, que a Tradução do
Novo Mundo é corrompida pela visão não-cristã e não-bíblica da sociedade.
Matthew Slick
Tradução: Vinicios Torres

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As falsas profecias das testemunhas de Jeová

As Testemunhas fazem muitas afirmações na tentativa de converter você para a fé deles.
Eles dizem ser a única igreja cristã verdadeira, ser os únicos representantes de Deus, ter o
único ensino bíblico correto e de serem os únicos verdadeiros anunciadores do reino vindou-
ro de Jeová.

Se eles fossem a única igreja verdadeira e a única voz verdadeira da palavra de Deus então
o que eles dizem deveria ser comprovadamente verdade, especialmente em se tratando de
profecias. Quanto a predizer o futuro, a organização Torre de Vigia falha miseravelmente.
A seguir estão algumas das falsas predições feitas através dos anos pela organização Torre
de Vigia. Se você apresentar isto a uma T.J., ele provavelmente dirá alguma coisa como:
"Aquilo foi tomado fora do contexto", ou "Eles não disseram que eram profetas de Deus", ou
ainda, "A luz está mais brilhante e agora nós compreendemos melhor as profecias bíblicas",
etc. Faça uma cópia destas falsas profecias e dê a eles para que verifiquem.

Lembre-se de Dt 18:22: "Quando o profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se
cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção a fa-
lou o profeta; não o temerás." Se alguém faz uma falsa profecia e diz que vem de Deus, en-
tão ele é um falso profeta e nós não devemos dar ouvidos a ele.

As Testemunhas de Jeová declararam que são profetas de Deus? Sim.

Em 1972, a revista Sentinela afirmou que as Testemunhas de Jeová são profetas de Deus.

Identificando o "profeta"

"Jeová tem um profeta para ajudá-los, para adverti-los dos perigos e para declarar as coisas
por vir? Estas questões podem ser repondidas afirmativamente. Quem é este profeta? ...
Este "profeta" não era um homem, mas era um corpo de homens e mulheres. Era um pe-
queno grupo de seguidores de Jesus Cristo, conhecidos naquele tempo como International
Bible Students. Hoje eles são conhecidos como Testemunhas Cristãs de Jeová ... Certamen-
te, é fácil dizer que este grupo atua como um 'profeta'de Deus." The Watchtower, 4/1/72
(Veja Dt 18:21)
1899 "...a ‘batalha do grande dia do Deus Todo-poderoso'(Ap 16:14), que terminará em
1914 com a completa ruína do atual estado da terra já começou." The Time Is at Hand, page
101 (1908 edition).

1897 "Nosso Senhor, o Rei indicado, está agora presente, desde outubro de 1874," Studies
in the Scriptures, Vol. 4, page 621.

1916 "A cronologia bíblica aqui apresentada mostra que seis grandes dias de 1000 anos,
começando em Adão, estão terminando e o grande sétimo dia, o reino de 1000 anos de
Cristo, começou em 1873." The Time Is at Hand, page ii, (forward).

1918 "Entretanto, nós podemos, confiadamente, esperar que 1925 será marcado pelo retor-
no de Abraão, Isaque, Jacó e dos profetas, particularmente daqueles nomeados pelo após-
tolo em Hebreus 11, para a condição de perfeição humana." Millions Now Living Will Never
Die, page 89.

1922 "A data 1925 é mais distintamente indicada nas escrituras que a de 1914." The Watch-
tower 9/1/22, page 262.

1923 "Nosso pensamento é que 1925 está definidamente indicado pelas escrituras. Assim
como Noé, o cristão de hoje tem muito mais em que basear a sua fé do que Noé tinha para

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basear a sua fé no dilúvio vindouro." The Watchtower, PAGE 106 4/1/23.

1925 "O ano de 1925 chegou. Com grande expectativa cristãos tem esperado por este ano.
Muitos estão confiantemente esperando que todos os membros do corpo de Cristo sejam
transformados para a glória celestial durante este ano. Isto pode acontecer ou não. No Seu
devido tempo Deus irá cumprir seus propósitos concernentes ao Seu povo. Os cristãos não
deveriam estar, estão, ansiosos acerca do que pode acontecer este ano." The Watchtower,
1/1/25, page. 3.

1925 "Era esperado que Satanás tentaria injetar nas mentes dos santos, o pensamento que
em 1925 deveriam ver o fim da obra." The Watchtower, Sept, 1925 page 262.

1926 "Alguns anteciparam que esta obra terminaria em 1925, mas o Senhor não estabele-
ceu isto. A dificuldade é os amigos insuflaram suas imaginações além da razão; e que quan-
do as suas imaginações estouraram em pedaços, eles estavam inclinados a aceitar qualquer
coisa." The Watchtower, page 232.

1931 "Existe uma medida de desapontamento da parte daqueles que crêem em Jeová a
respeito dos anos de 1917, 1918 e 1925 ... e eles também aprenderam a parar de fixar da-
tas." Vindication, page 338.

1941 "Recebendo o presente, a crianças marchando unidas umas às outras, não por um
brinquedo ou por um tempo de diversão, mas o instrumento levantado por Deus para a obra
mais efetiva nos meses que restam antes do Armageddon." The Watchtower, 9/15/41, page
288.

1968 "Verdade, existiu, no passado, quem predissesse o 'fim do mundo', inclusive especifi-
cando uma data. Nada ainda aconteceu. O 'fim'ainda não veio. Eles são culpados de falsas
profecias. Por quê? O que estava faltando? ... Estava faltando aquele povo a quem Deus
dirige e evidencia que os está guiando e usando." Awake, 10/8/68.

1968 "Porque você está olhando para 1975?" The Watchtower, 8/15/68, page 494.

Uma T.J. poderá dizer que a organização ainda está aprendendo. Se é assim, quanto eles
podem confiar naquilo que eles estão aprendendo agora da Sociedade? O que eles estão
aprendendo agora não irá mudar depois?
Um verdadeiro profeta de Deus não erra uma profecia. Somente um falso profeta erra. A
organização das Testemunhas de Jeová, que proclama ser profeta de Deus, é na realidade
um falso profeta. Jesus avisou-nos a respeito, dizendo: "porque hão de surgir falsos cristos e
falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganari-
am até os escolhidos." (Mt 24:24).
Matthew Slick
Tradução: Vinicios Torres

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7 - TEXTOS COMPLEMENTARES

David Brandt Berg - o profeta dos Meninos de Deus

David Brandt Berg nasceu em Oakland, Califórnia, em 1919, filho de um pregador protestan-
te pertencente a um grupo denominado "Aliança Cristã e Missionária". Sua mãe, Virgínia
Berg, dizendo-se curada e recuperada milagrosamente de um grave acidente, tornou-se
uma evangelista internacionalmente conhecida e desempenhou junto ao jovem David um
papel muito importante na sua formação religiosa.
Ainda jovem, Berg se entregou ao ministério evangelístico de tempo integral. Foi ordenado
pela igreja do pai e pastoreou uma igreja entre os anos de 1948 e 1951. Desgostoso com
certa atitude da igreja deixou o pastorado e se entregou a outras atividades até que, em
1954, foi trabalhar com um evangelista pentecostal chamado Fred Jordan, Durante alguns
anos participou de campanhas evangelisticas e trabalhou por algum tempo em pequenas
congregações promovendo avivamentos espirituais e trabalhando com os jovens, principal-
mente na área da música...
Em 1967 Berg começou um trabalho diferente na Califórnia. Dizendo ter recebido de Deus
uma revelação, acerca de uma missão "diferente", foi trabalhar entre os Hippies e viciados
em tóxicos, pregando um evangelho apocalíptico e atacando a sociedade americana, bem
como às igrejas organizadas. Tal pregação encontrou eco entre os jovens hippies e logo
Berg abriu uma lanchonete para servir como ponto de encontro do movimento que chamava
"Adolescentes Para Cristo". A música era o ponto alto do movimento e aos poucos, entre
música, sanduíches e cafezinhos, Berg começou a organizar o seu grupo de seguidores.
Passaram a marcar horários para estudo da Bíblia e reuniões musicais de louvor.

Aos poucos o grupo foi-se organizando. Sua hierarquia inicial era composta de Primeiros
Ministros, Ministros, Arcebispos, Bispos e Pastores. O nome de Berg foi trocado por um no-
me bíblico ("Moisés David") e a seita passou por uma grande fase de crescimento. A novi-
dade atraía a milhares de jovens que julgavam finalmente ter encontrado uma religião ao
seu gosto.

Moisés David ou Mo, como era chamado na intimidade, pregava contra os métodos adota-
dos pelas igrejas tradicionais principalmente no que se refere a atingir aos jovens. No clube
fundado na lanchonete, atraia os jovens com música e ambiente próprio e falava-lhes a res-
peito da Bíblia, ajudava os que enfrentavam problemas com drogas e aconselhava-os nos
mais diversos tipos de problemas.
A partir de 1970, a história da seita é um pouco confusa. Houve um afastamento de Mo que
passou a se comunicar com a liderança apenas por carta. Mesmo assim o movimento conti-
nuou crescendo. Diz-se que Mo mudou para as ilhas Canárias, de onde dirigia o movimento
por correspondência e não tem lugar fixo de residência até hoje. Suas cartas passaram a ser
verdadeiramente "mensagens" tidas como inspiradas e divulgadas amplamente pelos =eus
seguidores. A doutrina da seita está baseada principalmente nas cartas de Mo, onde há uma
mistura de ocultismo, permissividade e heresias.
O movimento se expandiu e atua em muitos países, contando com milhares de seguidores.
No Brasil, chegou em 1973 e sua história entre nós não é nada recomendável. Já tiveram
inúmeros problemas com a policia e têm sido acusados de amor livre entre os seus adeptos
e até de subversão.
Para ser um Minino de Deus, nome que dão aos adeptos, é necessário abandonar a família,
os estudos e a profissão e ir morar com a comunidade que se transforma na "nova família".
Cada comunidade é composta de no máximo vinte pessoas formada por casais e filhos, ra-
pazes e moças, vivendo em casas alugadas e tendo tudò em comum. A acusação de pro-
miscuidade sexual se dá devido a esse tipo de relacionamento. Eles dizem que isso não é
verdade, mas pelo que ensinam acerca do sexo, não podemos tirar outra conclusão. Em

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carta publicada pela imprensa, acusados de amor livre,- respondem: "Não nos achamos no
direito de nos intrometer na vida particular dos membros, se desejam ter relações mais ínti-
mas com pessoas que amam ou que acreditam poder ajudar a aproximar-se de Deus, sendo
tais pessoas adultas e responsáveis."
Quando uma pessoa passa a fazer parte de uma comunidade dos Meninos de Deus ela é
chamada de "bebê". Somente após treinamento específico onde aprende a se submeter à
nova forma de vida, engaja-se ao grupo de visitação que sai pelas portas ou pelas ruas e
praças anunciando as mensagens de Mo. Ao se ligar definitivamente ao movimento, a pes-
soa é obrigada a assinar uma declaração doando todos os seus bens à organização. A total
independência é uma das principais exigências para ser ligado ao grupo.
Ao ingressar na organização vem aquilo que podemos chamar de lavagem cerebral: obriga-
ções de decorar determinado número de versículos da Bíblia, privações físicas, crueldades
psicológicas e um processo que cria uma tremenda ansiedade, aliados à tremenda propa-
ganda em torno da seita e de Moisés David, que é exaltado como o único, verdadeiro e ve-
nerado profeta de Deus.
O processo de doutrinação é muito bem feito. Aos poucos, as sessões vão-se .prolongando
e se tornando mais freqüentes; os doutrinadores se alternam para não ficarem cansativos;
as leituras contínuas e os textos repetitivos "fixam" bem na mente das pessoas as doutrinas
dirigidas para o propósito específico. Tudo é feito sob controle. Não dão tempo para que os
adeptos conversem particularmente ou reflitam sobre os ensinamentos recebidos. Os cânti-
cos também encerram com muita habilidade os ensinamentos da seita. O objetivo final é a
submissão total da inteligência e da vontade do adepto ao grupo. Nesse ponto são seme-
lhantes ao movimento Hare Krishna e ao Moonismo, que veremos no próximo capítulo.

Doutrinas

Deus

São palavras atribuídas a Mo: "Nós temos um Deus sexy, e uma religião sexy e um líder
muito sexy com um grupo de jovens seguidores extremamente sexy. Se você não gosta de
sexo, que vá embora enquanto pode."
Para Mo, Deus é pai de todos e criou todas as coisas para a alegria e o prazer dos seus fi-
lhos. A seita enaltece o amor e entende que todas as pessoas são livres para fazer o que
bem entendem, e que essa liberdade é divina. Usam a expressão bíblica "Todas as coisas
são puras para os puros" para justificar a permissividade e a maneira libertina como vivem.

Jesus Cristo

O valor de Jesus Cristo para os Meninos de Deus se restringe até onde as, interpretações
de sua vida e de seus ensinos se adequam ao seu modo de viver e de entender o mundo.
Citam muitas expressões dos evangelhos e muitos exemplos de Cristo, porém o fazem tão
somente quando convém à sua filosofia. Atitudes como mudanças de vida, conversão, santi-
ficação e outras, recomendadas pelo Mestre, não levam em consideração.

A Volta de Cristo

Impressionado com Daniel 9.2, que fala dos tempos da assolação da terra com a duração de
setenta anos, Moisés David calculou certas datas: morrerá em 1989 e o mundo acabará em
1993. O livro preferido da seita é o Apocalipse. Acreditam que um dia a humanidade será
uma só família e a terra será habitada por aqueles que, purificados, saberão viver o verda-
deiro amor.
Os meninos de Deus rejeitam a família, o Estado, as igrejas, a sociedade e tudo o que é or-
ganizado. Consideram tudo isso obra de Satanás, com quem estão em permanente luta. É
um resquício da filosofia Hippye que se revoltou com a sociedade nos anos 60.
Dizem que o mundo se dividiu entre ricos e pobres e a sociedade moderna é uma estrutura
formada pelo dinheiro, que é a raiz de todos os males. Profissionais, policiais, forças arma-
das, instituições, e tudo o mais, fazem parte de um esquema no qual os pobres são constan-

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temente sacrificados pelos ricos e têm sua liberdade cerceada por uma moral fabricada em
laboratórios. Os ricos sofrerão o castigo matando-se uns aos outros numa guerra atômica
que marcará o fim do mundo, e os pobres (Os Meninos de Deus) estarão livres para constru-
ir a sociedade ideal onde reine o amor.
Na realidade, o que acontece com uma pessoa que se torna adepto da seita é que, pouco a
pouco vai se transformando em um verdadeiro robô. Suas vontades são cerceadas em no-
me da organização. Torna-se totalmente alienada do mundo e da sociedade; cria comple-
xos, acumula traumas e torna-se totalmente esquizofrênica. Os que têm se libertado das
garras dessa seita falsa, têm dito que viviam totalmente escravizados, como robôs, sem von-
tade própria e dirigidos pelos desejos dos membros da organização.
Autor Desconhecido
Evangélicos on line

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Bode emissário
A quem representava: Cristo ou Satanás

O Dia da Expiação entre os israelitas era altamente significativo. Era o dia santo mais impor-
tante do ano judaico. A Bíblia, em Levítico, descreve como decorria a cerimônia do dia:
"Da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes, para oferta pelo pecado, e um car-
neiro, para holocausto. Arão trará o novilho da sua oferta pelo pecado e fará expiação por si
e pela sua casa. Também tomará ambos os bodes e os porá perante o Senhor, à porta da
tenda da congregação. Lançará sortes sobre os dois bodes: uma, para o Senhor, e a outra,
para o bode emissário. Arão fará chegar o bode sobre o qual cair a sorte para o Senhor e o
oferecerá por oferta pelo pecado. Mas o bode sobre que cair a sorte para bode emissário
será apresentado vivo perante o Senhor, para fazer expiação por meio dele e enviá-lo ao
deserto como bode emissário" (16.5-10).
"Depois, imolará o bode da oferta pelo pecado, que será para o povo, e trará o seu sangue
para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho; aspergi-lo-
á no propiciatório e também diante dele" (16.15).
"Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário, pela tenda da congregação e
pelo altar, então, fará chegar o bode vivo. Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bo-
de vivo e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel, todas as suas
transgressões e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao
deserto, pela mão dum homem à disposição para isso. Assim, aquele bode levará sobre si
todas as iniqüidades deles para terra solitária; e o homem soltará o bode no deserto" (16.20-
22).

Como lemos, o sumo sacerdote tomava dois bodes e, sobre eles, lançava sortes: um torna-
va-se o bode expiatório e o outro o bode emissário. Sacrificava o primeiro bode, levava seu
sangue, entrava no Lugar santíssimo, para além do véu, e aspergia aquele sangue sobre o
propiciatório, o qual cobria a arca contendo as duas tábuas de pedra e assim se fazia expia-
ção pelos pecados da nação inteira (Lv 16.15-16). Como etapa final, o sacerdote tomava o
bode vivo, impunha as mãos sobre sua cabeça, confessava sobre ele todos os pecados dos
israelitas e o enviava ao deserto, simbolizando isto que os pecados deles eram levados para
fora do arraial (Lv 16.21-22).

Distorções Doutrinárias

1. Segundo Ellen Gould White, profetisa do Adventismo

No dia da expiação o sumo sacerdote, havendo tomado uma oferta da congregação entrava
no lugar santíssimo com o sangue desta oferta e o aspergia sobre o propiciatório, diretamen-
te sobre a lei, para satisfazer às suas reivindicações. Então, em caráter de mediador, toma-
va sobre si os pecados e os retirava do santuário. Colocando as mãos sobre a cabeça do
bode emissário, confessava todos esses pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de
si para o bode. Este os levava então, e eram considerados como para sempre separados do
povo. (O Grande Conflito, p. 420, 24ª edição - 1980)

Verificou-se também que, ao passo que a oferta pelo pecado apontava para Cristo como um
sacrifício, e o sumo sacerdote representava a Cristo como mediador, o bode emissário tipifi-
cava Satanás, autor do pecado, sobre quem os pecados dos verdadeiros penitentes serão
finalmente colocados. Quando o sumo sacerdote, por virtude do sangue da oferta pela
transgressão, removia do santuário os pecados, colocava-os sobre o bode emissário. Quan-
do Cristo, pelo mérito de seu próprio sangue, remover do santuário celestial os pecados de
seu povo, ao encerrar-se o seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás, que, na execução
do juízo, deverá arrostar a pena final. O bode emissário era enviado para uma terra não ha-
bitada, para nunca mais voltar à congregação de Israel. Assim será Satanás para sempre

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banido da presença de Deus e de seu povo, e eliminado da existência na destruição final do
pecado e dos pecadores. (Idem, p. 421) (o destaque é nosso).

2. Nos livros de Witness Lee da Igreja Local

Quando Deus fez com que o Senhor Jesus levasse os nossos pecados na cruz para sofrer o
julgamento e a punição de Deus em nosso lugar, Ele também fez com que todos os nossos
pecados fossem postos sobre Satanás, a fim de que este arcasse com eles para sempre.
Isso é revelado em tipologia na expiação registrada em Levítico 16. Quando o sumo sacer-
dote fazia expiação pelos filhos de Israel, ele tomava dois bodes e os apresentava diante de
Deus. Um era para Deus e devia ser morto para fazer expiação pelos filhos de Israel, en-
quanto que o outro era 'por Azazel', isto é, para Satanás, para levar os pecados dos filhos de
Israel. (Lv 16.7-10, 15-22). Porquanto Azazel está em contraste com Jeová, ele é um tipo de
Satanás, que está em oposição a Deus (Lições da Verdade - Nível Um, p. 126, o destaque é
nosso).

Duas Heresias

Esse ensino monstruoso encerra duas heresias: a primeira, é que Satanás terá de levar so-
bre si os pecados dos remidos e expiá-los, tornando-o, assim, co-redentor; e a segunda, que
o próprio Satanás terá de ser um dia aniquilado para que os pecados dos crentes sejam
também cancelados. Satanás será castigado pelos seus pecados. É isto o que a Bíblia ensi-
na (Mt 25.41). Todavia, não encontramos nenhuma referência ao fato de que nossos peca-
dos serão colocados sobre ele, pois foram colocados sobre Jesus (Jo 1.29; 1 Pe 2.24).

Os que crêem na doutrina do Juízo Investigativo admitem que os crentes, hoje, têm seus
pecados perdoados para, só no futuro, terem seus pecados cancelados, e isto quando Sata-
nás tomar sobre si os pecados e for aniquilado dão margem a uma pergunta: Quem é o Sal-
vador dos que assim crêem? O Salvador não é Cristo, mas SATANÁS. Resumindo essa
doutrina estranha, temos: Satanás é o próprio salvador, e, por meio de seus sofrimentos,
nossos pecados serão cancelados e, não somente nós, mas o próprio Cristo se verá livre do
pesado fardo do pecado. Quem ensina essa doutrina substitui a obra perfeita de Cristo na
cruz (Jo 1.29; Cl 2.14-17; Hb 10.19,20; 1 Pe 2.24), por Satanás sofrendo por nós e levando
sobre si, os pecados do povo. Entendemos que Satanás será castigado com o fogo eterno,
mas que nossos pecados e os de todos homens serão colocados sobre Satanás isso é es-
tranho à Bíblia. Os textos citados mostram bem claramente que nossos pecados foram colo-
cados sobre Jesus, que por eles sofreu na cruz do Calvário:

Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (Jo 1.29)

Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós,
mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados (1 Pe
2.24).

É Cristo quem carrega nossos pecados e não Satanás

Na verdade, admitir que Cristo tomará nossos pecados do santuário celestial no final do Juí-
zo Investigativo e os lançará sobre Satanás, implica que seu sacrifício na cruz para remover
nossos pecados não foi eficaz. Se Cristo vai lançar nossos pecados sobre Satanás, por que
sofreu por eles na cruz? Se, por outro lado, Jesus levou nossos pecados na cruz, como na
verdade o fez, por que Satanás deve sofrer por ele?

Mostrando o absurdo do ensino sobre o Bode Emissário como tipo de Satanás, assim se
pronuncia certo escritor (na grafia da época): Os peccados dos crentes são lançados no
Sanctuário do Céu e ficam-lhe a pertencer; os pecados do Sanc-tuário celestial são transfe-
ridos depois para Christo e tornam-se d'ELLE; estes peccados de Cristo na sua segunda

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vinda serão 'lançados sobre Satanaz'e lhe ficarão pertencendo; de modo que, quando elle
fôr aniquilado também os peccados o serão.(O Sabatismo Desmascarado! p. 72).

Tipologia Ortodoxa do Dia da Expiação

1. O Bode Emissário

Pelo fato de ser lançada sorte sobre ambos os bodes, os dois deviam ser sem defeitos. Se o
bode emissário representava Satanás, é ele sem defeitos? Não podemos aceitar esse ensi-
no de que o bode emissário represente Satanás. Além disso, encontramos afirmado, por
duas vezes, que a expiação dos pecados do povo de Israel era feita pelos dois bodes e não
apenas um - o bode expiatório.

Da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes, para OFERTA pelo pecado...(Lv
16.5).

Mas o bode sobre que cair a sorte para bode emissário será apresentado vivo perante o Se-
nhor, para fazer EXPIAÇÃO por meio dele (Lv 16.10).

2. Um quadro comparativo

Se o bode emissário não representa Satanás, então quem ele tipifica?
Resposta: Levítico 16.22 Assim, aquele bode LEVARÁ sobre si todas as INIQÜIDADES...
Quem levará as iniqüidades sobre si?
Resposta: Isaías 53.11: porque as iniqüidades deles levará sobre si.
Levítico 16.21: Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele confes-
sará todas as iniqüidades dos filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus
pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao deserto, pela mão dum homem
à disposição para isso.
Isaías 53.6: Mas o Senhor faz cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
Isaías 53.12: Contudo, ele levou sobre si o pecado de muitos. Isaías profetizou sobre Jesus
e não sobre satanás (Is 53.4-6,11,12, compare com Mt 8.16,17; At 8.32-35).

Se aplicarmos a Satanás as tarefas do bode emissário, então deveríamos ensinar que o dia-
bo faz expiação (Lv 16.5,10). Isto não é verdade, e seria antibíblico ensinar tal coisa. Ainda,
pelos tipos, o sumo sacerdote (Cristo) (Hb 2.17) CONFESSARÁ os pecados para o bode
emissário (o diabo) (Lv 16.21). Ensinar isso é heresia e heresia de perdição (2 Pe 2.1-2).
Mas existe um argumento muito utilizado por aqueles que ensinam a doutrina do bode emis-
sário como tipo de Satanás. Dizem eles que colocar os pecados sobre o bode emissário é
feito depois de terminada a expiação.

Vejamos o que diz a Bíblia

Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário, pela tenda da congregação e pelo
altar, então, fará chegar o bode vivo (Lv 16.20). Esse texto não indica que a expiação foi fei-
ta pelo povo. Ao contrário, indica que a expiação foi feita pelo santuário, a tenda e o altar e
não pelo povo.
Depois de ter Arão feito expiação por si próprio e pelo povo de Israel, ele colocava as duas
mãos sobre o bode vivo e sobre ele confessava as iniqüidades dos filhos de Israel, as quais
eram postas sobre a cabeça do bode emissário, que era então mandado para o deserto para
nunca mais voltar ao arraial. O sentido claro, inequívoco é que, tendo a morte do bode ex-
piatório efetuado uma completa expiação dos pecados do povo, a maldição devida a esses
pecados era removida para nunca mais alcançar de novo aqueles que os cometeram. O v.
23 revela que Depois Arão virá à tenda da congre-ga--ção... (isto é, depois das atividades
dos vv. 20-21 e 22) preparará o seu holocausto, e o holocausto do povo, e fará expiação por
si e pelo povo (v. 24).

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Isto posto, não é certo argumentar que a expiação pelo povo estava concluída antes do en-
vio do bode emissário, pois o versículo 21 fala do bode emissário e os versículos 23 e 24
falam da expiação pelo povo, depois do envio para o deserto do bode emissário.

Para Quem Era o Dia da Expiação

Tipos de Expiação:

a. expiação pelo santuário, a tenda da congregação, e o altar (Lv 16.16-20);
b. expiação pelo povo (Lv 16.10);
c. expiação pelo sumo sacerdote (Lv 16.6,24);

Razão da expiação pelo povo

Porque. naquele dia, se fará ex-piação por vós, para PURIFICAR-VOS; e sereis purificados
de todos os vossos pecados (Lv 16.30). Notamos que era purificado o povo e não o santuá-
rio. Assim, Cristo purificou o POVO e não o santuário. Vejamos o cumprimento de Lv 16.30.

...depois de ter feito a PURIFICAÇÃO dos pecados (Hb 1.3).
Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos,
para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas cousas referentes a Deus e PARA FAZER
PROPICIAÇÃO PELOS PECADOS DO POVO (Hb 2.17).

O tempo da expiação e a purificação

Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus,
conservemos firmes a nossa confissão (Hb 4.14). O escritor fala no tempo presente 'tendo'e
não há nada que indique uma profecia futura. Usa-se o tempo passado 'que penetrou os
céus'.

O Bode Azazel

Um outro problema para essa interpretação errada de que o bode emissário representa Sa-
tanás é indicado como tendo apoio em Lv 16.10, onde fica especificado que o bode emissá-
rio era enviado para Azazel.

A Bíblia de Jerusalém assim faz constar os vv. 5,10: Receberá da comunidade dos filhos de
Israel dois bodes destinados ao sacrifício pelo pecado... Quanto ao bode o qual caiu a sorte
'Para Azazel', será colocado vivo... para se fazer com ele o rito de expiação a fim de ser en-
viado a Azazel, no deserto.

Se Azazel significa Satanás, como o segundo bode pode ser enviado para si mesmo? Ensi-
nar que Azazel é Satanás, seria enviar Satanás para Satanás, e isto é sem lógica. Conside-
remos ainda que a expiação não se fazia só pelo bode expiatório, mas também com o bode
emissário: Mas o bode, sobre que cair a sorte para ser bode emissário, apresentar-se-á vivo
perante o Senhor, para fazer expiação com ele.

A Prisão e o Aniquilamento de Satanás

1. Segundo Ellen Gould White

O bode emissário, levando os pecados de Israel, era enviado 'à terra solitária'(Levítico
16.22); de igual modo Satanás, levando a culpa de todos os pecados que induziu o povo de
Deus a cometer, estará durante mil anos circunscrito à Terra, que então se achará desolada,
sem moradores, e ele sofrerá finalmente a pena completa do pecado nos fogos que destrui-
rão todos os ímpios (O Grande Conflito, p. 489, 24ª edição-1980, o destaque é nosso).

Assim será Satanás para sempre banido da presença de Deus e de seu povo, e eliminado
da existência na destruição final do pecado e dos pecadores (ibidem, p. 421).

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Como o bode emissário representa Satanás, este cumprirá o seu papel como tal no milênio,
quando a terra estará vazia - diz EGW. Entretanto, em Ap 20.1-3, lê-se que a prisão de Sa-
tanás é justamente para que não mais engane as nações. Vejamos Apocalipse 20.1-3: En-
tão, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo... Ele segurou o dragão, a
antiga serpente, que é o diabo, e Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo,
fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem
os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo. Agora, como admitir
que Satanás estará em prisão circunstancial e a terra vazia se a sua prisão é justamente
para evitar que engane as nações que estão sobre a terra? Estaria realmente Satanás só na
terra vazia?

Diz ainda Apocalipse 20.7 que Satanás será solto depois de mil anos e sairá a enganar as
nações. Que nações poderia ele enganar, se estará isolado na terra vazia? Por fim, sua der-
rota será definitiva e estará no mesmo lugar onde anteriormente foram lançados a besta e o
falso profeta no lago de fogo. Estes dois foram lançados mil anos antes e eles estarão em
sofrimento eterno e não serão aniquilados, nem mesmo depois do juízo final.

Vejamos o que diz a Bíblia

Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta... Os dois foram lançados vivos dentro
do lago do fogo que arde com enxofre (Ap 19.20).

O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se en-
contram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noi-
te (Ap 20.10). Satanás, a besta e o falso profeta serão atormentados para todo o sempre. O
mesmo acontecerá com os ímpios (Mt 25.41-46; Ap 20.15): "E, se alguém não foi achado
inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo."
Revista: "Defesa da Fé"

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Razões pelas quais não precisamos guardar o sábado

1) - O Sábado faz parte de um concerto ou pacto entre Deus e o povo israelita

"Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações como pacto
perpétuo. Entre mim e os filhos de Israel será ele um sinal para sempre; porque em seis dias
fez o Senhor o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou, e achou refrigério" (Ex.31:16).

2) - Antes do concerto do Sinai Deus não ordenou a ninguém que guardasse o Sábado

"E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de
que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em fadiga come-
rás dela todos os dias da tua vida" (Gn.3:17).

"Pois todos quantos são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está:
Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas que estão escritas no livro da
lei, para fazê-las"Gl.3:10).

"Guardais dias(no caso o Sábado), e meses, e tempos, e anos. Temo a vosso respeito não
haja eu trabalhado em vão entre vós" (Gl.4:10-11, parêntesis nosso).

" concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei" (Rm.3:28).

Algumas evidências de que o sábado faz parte da lei

- "E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se
ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o
escriba, que trouxesse o Livro da Lei de Moisés"(Ne.8:1). Observe a expressão "o livro da
Lei de Moisés". Este mesmo livro, denominado de "Lei de Moisés" é, a seguir, assim chama-
do: "E leram no livro, na Lei de Deus; e declarando e explicando o sentido, faziam que, len-
do, se entendesse" ; "E acharam escrito na Lei que o Senhor ordenará, pelo ministério de
Moisés, "(Ne.8:8; 8:14)

- "Pois Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, cer-
tamente morrerá"(Mc.7:10). Ora, nós sabemos pôr Êx. 20:12 que se trata do quinto manda-
mento, e, no entanto se diz que "Moisés disse".

- "Não vos deu Moisés a lei? No entanto nenhum de vós cumpre a lei. Por que procurais ma-
tar-me?" (Jo. 7:19). Onde a Lei proíbe o homicídio? Em Êx. 20:13, dentro dos dez manda-
mentos. O decálogo é chamado por Jesus de Lei de Moisés.

O apóstolo Paulo chama o decálogo de Lei; "... pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei
não dissera"(Rm.7:7). Para o apóstolo Lei mosaica e decálogo eram a mesma coisa.

3) - Deus aborrece o Sábado ou qualquer dia ou ato feito legalistamente sem ser a-
companhado pela sinceridade e fé

"Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação. As luas novas, os
sábados, e a convocação de assembléias... não posso suportar a iniqüidade e o ajuntamen-
to solene!" (Is.1:13)

4) - Jesus Cristo foi a última pessoa que teve obrigação de guardar a Lei e o Sábado

"mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido de-
baixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de recebermos a adoção de
filhos"(Gl.4:4-5).

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5) - O Sábado faz parte da lei e esta foi por Cristo abolida totalmente

"e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual
nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz"(Cl.2:14).

"mas o entendimento lhes ficou endurecido. Pois até o dia de hoje, à leitura do velho pacto
(a Lei), permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo é ele (a Lei e tudo
o que nela está incluído, no nosso caso o Sábado) abolido" (IICor.3:14). { Grifo do autor}

"Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de
lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas vindouras; mas o corpo é de Cristo"
(Cl.2:16-17).

Para fugir à evidência de Cl.2:16-17, onde Paulo se refere ao Sábado semanal como inte-
grante das coisas passageiras da Lei que terminaram com a morte de Cristo na cruz, os ad-
ventistas costumam argumentar que a palavra "Sábado" não se refere ao sábado semanal,
mas aos anuais ou cerimoniais de Lv.23. O que não é verdade, pois os sábados anuais ou
cerimoniais já estão incluídos na expressão "dias de festa". Esta indicação mostra positiva-
mente que a palavra SABBATON, como é usada em Cl.2:16, não pode se referir aos sába-
dos festivos, anuais ou cerimoniais. Sendo assim é difícil para os Adventistas sustentar a
sua doutrina sabática, desde que temos visto que o Sábado pode legitimamente ser tido co-
mo "sombra" ou símbolo preparatório de bênçãos espirituais e não dogmas legalistas
(vrs.17).

6) - Estamos em um novo concerto muito melhor, fazendo-se necessário a mudança
da Lei

"Mas agora alcançou ele (Jesus) ministério tanto mais excelente quanto é mediador de um
melhor pacto (aliança ou concerto), o qual está firmado sobre melhores promessas" (Hb.
8:6). {Grifo meu}

Faz-se, aqui, necessário uma explicação sobre o nosso novo concerto e a mudança da Lei.
Foi o próprio Cristo que instituiu a nova aliança (Mt.26:28) trazendo assim uma nova con-
cepção da vida espiritual que Deus quer que tenhamos. Isso foi tão profundo que os judeus
não entenderam e nem aceitaram. A lei dizia: "olho por olho, e dente por dente". Jesus dis-
se: "não resistais ao mal; mas se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a
outra" (Mt.5:38-39). A mudança que foi feita não exclui nem um til da lei (Mt.5:18), mas uma
concepção mais profunda da mesma. Isso nem os Judeus e muito menos os Adventistas
entendem. Quanto ao Sábado, a Lei dizia que deveria ser guardado e santificado(Ex.20:8),
mas no novo pacto isso muda e o que tem que ser guardado e santificado é o povo de Deus,
não só em um dia da semana, mas nos sete. Isso é pelo fato do Sábado ser feito para o ho-
mem e não o homem para ser escravo do Sábado (Mc.2:27-28). Todos os dias para os cris-
tãos têm que ser santo e especial, pois em qualquer um desses dias Jesus pode voltar
(Mc.13:32). A nova concepção do Sábado é muito mais profunda do que qualquer sabatista
possa querer explicar, pois muitas são as mudanças na visão dessa lei da guarda do Sába-
do. Em Hebreus cap.4 Jesus é o próprio Sábado e é claro que o Senhor reina em todos os
dias. Para a Igreja o Sábado, que era o dia da santificação, tornou-se todos os dias. É uma
pena que os Adventistas e sabatistas consagram apenas um dia para o Senhor, pois A I-
GREJA DE CRISTO CONSAGRA TODOS OS DIAS PARA O SEU SENHOR. ALELUIA!!!

A mudança da lei e a lei da graça

Em Romanos 3:31, nos diz: "Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes es-
tabelecemos a Lei". Baseados nesse texto nos é afirmado pelos Adventistas que a Lei não
foi abolida e que "Lei" se refere ao Decálogo (Os dez mandamentos Êx. 20). Pois bem, se-
guindo esse suposto raciocínio (pois o texto acima precisa ser analisado no seu contexto),
leiamos: "Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da

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Lei"(Hb.7:12). Nesse capítulo sete de Hebreus trata-se da mudança de sacerdócio, ou seja,
do arônico para o de Melquisedeque: "segundo a ordem de Melquisedeque", então vemos
que, de acordo com os Adventistas, que afirmaram que em Rm.3:31 a lei é o decálogo, en-
tão o é aqui também, pois pode até ser o mesmo Paulo que esteja falando.
Sendo assim toda a Lei, inclusive o decálogo foi mudado. Vejamos em II Cor. 3:14: "Mas os
seus sentidos foram endurecidos. Porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição
do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido (Abolir significa: "Revogar, anular, extin-
guir, suprimir"). Então surge a pergunta: Ficamos sem Lei? Podemos fazer o que quiser-
mos? A resposta é: Negativo, não ficamos sem Lei, mas recebemos junto com o novo pacto
uma lei mais tremenda e superior (Hb.8:6) do que algum Adventista jamais sonhou. Leiamos
em Romanos capítulo 8:2 "Porque a Lei do espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da
Lei do pecado e da morte". Aleluia! A nossa nova Lei é a do Espírito de Vida, pois que anda
no Espírito não entra em condenação (Rm.8:1), estamos na Graça - na Dispensação do Es-
pírito Santo, leiamos: "Como não será de maior glória o ministério do Espírito"(IICor.3:8). Lá
em romanos nos fala de uma lei, a do pecado e da morte (Rm.8:2), vejamos que lei é esta.
"O qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da Letra(lei),
mas do espírito; porque a letra(lei) mata e o espírito vivifica. E, se o ministério da morte, gra-
vado em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos
na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será
maior glória o ministério do espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso,
muito mais excederá em glória o ministério da justiça. Porque também o que foi glorificado
nesta parte não foi glorificado, por causa desta excelente glória. Porque, se o que era transi-
tório foi para a glória, muito mais é em glória o que permanece".
Então, de acordo com Paulo, qual era o ministério da morte? Paulo diz que era o gravado
nas tábuas dada a Moisés, ou seja, o Apóstolo mais consagrado da Bíblia esta afirmando
que a Lei dada no monte Sinai era o ministério da morte e transitório(passageiro). Por isso
nos é deixado claro que a Graça é outra coisa, é a realidade da sombra. Vejamos: "Portanto
ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua
nova, ou dos sábados (sabbaton, referindo-se ao sétimo dia), que são sombras das coisas
futuras, mas o corpo é de Cristo" (Cl.2:16-17). Aqui Paulo mostra que a Velha aliança era
apenas uma sombra e nessa realidade nos vemos o Decálogo representado pelo quarto
mandamento - E TUDO ISSO ERA SOMBRA DE UMA REALIDADE BEM MAIS ELEVADA E
ESPIRITUALIZADA.

Qual era a realidade do sábado?

Se o Sábado é uma sombra há uma realidade. Não quero fazer apologia do Domingo, que é
certamente e literalmente tido como o dia do Senhor (Ap.1:10), mas precisamos entender a
revelação. O texto de Colossenses nos afirma que as sombras do vrs.16 é Cristo e sendo
assim concluímos que Cristo é a realidade do Sábado. Isso é tão verdade que o autor aos
Hebreus o confirma: "Porque nós, os que temos crido (em Cristo), entramos no repouso
(Sábado ou descanso)... Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus
de todas as suas obras no sétimo dia"(Hb.4:1-4). Ou seja, o autor aos hebreus está dizendo
que o nosso descanso ou Sábado é Cristo Jesus, por isso o Senhor se declara Senhor do
Sábado (Mt.12). A realidade sabática é viver em Cristo - o nosso descanso, e não ficar "lega-
listamente" guardando um dia, pois quem tem Jesus tem a realidade.

A lei do velho pacto está viva e nós mortos

Vejamos isso: "Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que conhecem a lei), que a lei tem
domínio sobre o homem por todo tempo que vive... Assim, meus irmãos, também vós estais
mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou den-
tre os mortos, afim de que demos fruto para Deus (Rm. 7:1,4) "Ora, se já morremos com
Cristo, cremos que com ele também viveremos (Rm.6:8). Essa é a revelação, a Lei, o Velho
Pacto estão vivos, mas somos nós que morremos com Ele pela fé e assim vivemos uma no-
va Dispensação. É tão simples que só não entende quem não quer entender. Não há neces-

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sidade de ficarmos supondo e supondo, e sim crermos no Apóstolo dos Gentios.

Explica o seguinte o Dr. G. Archer - enciclopédia Ed. Vida, pág. 125:

"...a verdadeira questão é se a ordem sobre o sétimo dia, o Sábado do Senhor, foi transferi-
da (Hb.7:12), no NT, para o primeiro dia da semana, o Domingo, que a igreja em geral honra
como o dia do Senhor. De fato, ele é também conhecido como Sábado cristão. O âmago ou
cerne da pregação apostólica ao mundo gentio e judaico, a partir do pentecostes era a res-
surreição de Jesus (At.2:32). O ressurgimento de Cristo era a comprovação de Deus, peran-
te o mundo, de que o salvador da humanidade havia pago o preço válido e suficiente pelos
pecadores e havia superado a maldição da morte. O sacrifício expiatório eficaz de Jesus e
sua vitória sobre a maldição da morte introduziu uma nova época ou dispensação da Igre-
ja(Ef.1:10). Assim como a ceia do Senhor(I Cor.11:23-34) substituiu a Páscoa (Mt.26:17-30;
Lc.22:7-23), na antiga aliança - "Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento
(novo concerto, pacto, aliança)". A morte de Cristo substituiu o sacrifício de animais no al-
tar(Jo.19:30, Veja Levítico), o sacerdócio(arônico) (Êx.28), foi substituído pelo sacerdócio
supremo de Jesus "segundo a ordem de Melquisedeque"(Hb.7) e fez com que cada crente
se torna-se um sacerdote (Ap.1:5), também o quarto mandamento, dentre os dez, que pelo
menos em parte tinha natureza cerimonial(Cl.2:16-17), deveria ser substituído por outro sím-
bolo, mais apropriado à nova dispensação - O DOMINGO "Dia do Senhor".

Os Dez Mandamentos e a Lei de Cristo

O "grande" argumento adventista é que; "os dez mandamentos não foram abolidos, por te-
rem sido escritos nas tábuas, e por isso devemos guardar o sábado que é o quarto manda-
mento". A questão é tão complexa que não daria para explanarmos tudo neste breve com-
pêndio, mas precisamos salientar dois pontos cruciais para que o leitor pense e tire suas
conclusões:

· Os adventistas argumentam que os textos de Ex. 20 se encontravam escritos nas tábuas
trazidas por Moisés, vejam abaixo a foto extraída do livro "Reflexões Sobre o Sermão da
Montanha, pág.45". Isso, embora pareça certo, não é a verdade e os adventistas bem o sa-
bem. A verdade é que o relatado em Ex.20 e Dt. 5 sobre os 10 mandamentos(que nem são
idênticos em seus relatos) não se encontravam nas tábuas que Moisés trouxera do monte,
pois assim descreve a Bíblia: "E ali esteve com o Senhor quarenta dias e quarenta noites... e
escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as Dez palavras" (Ex.34:28 - ARA. Obs: A cor-
rigida traz a frase dez mandamentos, mas no seu rodapé coloca uma nota informando ser
dez palavras). A verdade bíblica é que os dez mandamentos, além de fazerem parte da Lei,
pois "Lei Mosaica e Lei de Deus" são as mesmas coisas - "Sendo que só há um legislador"
(Tg.4:12), não se encontrava como afirmam os adventistas. Estamos explicando tudo isso
para que o leitor entenda que o argumento que o decálogo é imutável até mesmo por Jesus
não tem fundamento. Acredito que o que está descrito em Ex.20 e Dt.5 foi uma interpretação
das palavras escritas nas tábuas. Por isso Jesus, como filho de Deus e messias, podia tra-
zer para os homens uma melhor e mais espiritual interpretação do decálogo - e assim o "Rei
dos Reis" procedeu.

· Outro ponto é que toda vez que os Adventistas lêem "mandamentos" no NT eles associam
a palavra com o decálogo e quem conhece a Palavra sabe que isso é uma inverdade. Veja o
que o NT quer dizer quando fala de mandamentos: disse Jesus - "Se me amais, guardareis
os meus mandamentos"; "Aquele que tem os meus mandamentos" (João 14:15 e 21); "...
relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar, até ao dia em que, depois
de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo..." (At.1:1-2). Entendamos
que os discípulos sabiam muito bem o decálogo e todo o mais da Lei, mas a Bíblia diz que
Jesus deu novos mandamentos , mandamentos estes que estão implícitos em todo o NT
para que por eles vivêssemos nesta Nova Aliança. A Nova Aliança tem uma Lei própria - A

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LEI DE CRISTO OU A LEI DO ESPÍRITO (Rm. 8:2; ICor.9:21; Gl.6:2; Rm.3:27). É por essa
Lei e no cumprimento desses Mandamentos que nós vivemos e exercemos a graça de ser-
mos verdadeiros Cristãos. Lembremo-nos da exortação paulina: "Guardais dias, e meses, e
tempos, e anos. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco... De Cristo vos
desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes" (Gl. 4:10-11; 5:4 -
ARA).

7) - No novo concerto, sob qual estamos (Hb.8:6), não existe mandamento para guar-
dar o Sábado embora encontremos todos os outros do decálogo, leiamos:

"Perguntou-lhe ele: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás; não adulterarás; não furtarás;
não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe; e amarás o teu próximo como a ti
mesmo. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus:
Se quereres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro
no céu; e vem, segue-me. Mas o jovem, ouvindo essa palavra, retirou-se triste; porque pos-
suía muitos bens" (Mt.19:18-22).

É evidente que, na opinião dos sabatistas, uma das mais importantes doutrinas é a da guar-
da do Sábado. Se for tão importante, então seguramente teria de haver menção do manda-
mento no Novo Testamento. Todos os outros mandamentos do decálogo são repetidos mui-
tas vezes, porém o fato é que não encontramos o mandamento sobre o Sábado no Novo
Testamento nem sequer uma vez. No caso do jovem rico, Jesus enumerou a maioria dos
mandamentos, mas deixou de fora o mandamento sobre o sétimo dia. Se este mandamento
é o mais importante como dizia a Sra. White porque não é mencionado sobre a guarda deste
dia no NT?

8) - O apóstolo Paulo era apóstolo dos gentios, mas nunca ensinou ninguém a ficar
guardando dias.

Muito pelo contrário, ele afirmou que se alguém ficar guardando dias o evangelho da graça é
inútil para essa pessoa:

"Guardais dias(no caso o Sábado), e meses, e tempos, e anos. Temo a vosso respeito não
haja eu trabalhado em vão entre vós" (Gl.4:10-11). {Grifo meu)

9) - Os sabatistas condenam quem não guarda o Sábado e afirmam que esta pessoa
não será salva.

"Santificar o Sábado ao Senhor importa em salvação eterna". (Livro: Testemunhos Seletos,
vol. III pág.22, EGW ed1956).

O apóstolo Paulo da uma dura repreensão para estas pessoas que condenam os seus ir-
mãos:

"Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas
estará firme, porque poderoso é o Senhor para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia,
mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria
mente" (Rm.14:4-5).

"Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não pôr
tropeço ou escândalo ao vosso irmão" (Rm.14:13).

Sabemos de dezenas de histórias de pessoas que ficaram endividadas e chegaram até a
passar necessidades e sabe porque? Os sabatistas proibiram o irmão de trabalhar naquela
determinada firma, pois lá se trabalhava aos sábados. É impressionante como uma doutrina
chega a ser extremista e a prejudicar a comunidade. Esse tipo de religiosidade chega a ser
um perigo para a sociedade. Ainda bem que existe as verdadeiras Igrejas de Cristo para en-

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sinar a verdade para as pessoas. A verdade é libertadora (Jo. 8:32) e não opressora como
esta doutrina. As pessoas procuram as igrejas para tirarem o fardo pesado das costas (Mt.
11:28-30) e muitas vezes ao chegarem lá os seus fardos não se aliviam e sim ficam mais
pesados. É o coso de quem se achega a igreja Adventista, pois quem não guarda o Sábado
está fora da comunhão e doutrina da igreja. Os líderes condenam veementes os que ali no
meio não cumprem a guarda deste dia. Isso é muito triste!
Desconheci

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Sábado ou domingo: a opção cristã

Milhares de estudos já foram realizados sobre esse tema de certa forma polêmico. As opini-
ões se dividem: de um lado, os que defendem a sacralidade do sábado, exemplo dos Adven-
tistas do Sétimo Dia; do outro, os demais cristãos, que consideram o domingo como o dia do
Senhor, tendo como principal razão a ressurreição de Jesus, nesse dia. Vejamos quais os
principais argumentos apresentados pelos dois grupos (sábado, do hebraico shabbath, dia
de cessação do trabalho, de descanso). Em primeiro lugar vamos conhecer o que dizem os
pró-sabáticos:

a. O sétimo dia foi abençoado e santificado por Deus e marcou o término de toda a Sua obra
criadora (Gn 2.2-3).

b. O Quarto Mandamento declara que "o sétimo dia é sábado do Senhor teu Deus. Não farás
nenhum trabalho...pois em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles
há, mas no sétimo dia descansou" (Êx 20.8-11).

c. Jesus não aboliu a Lei Moral, os Dez Mandamentos, escrita por Deus (Êx 31.18). A que foi
cravada na cruz (Ef 2.15) foi a lei cerimonial composta de ordenanças e ritualismo, escrita
por Moisés num livro (Dt 31.24-26; 2 Cr 35.12; Lc 2.22-23). Os mandamentos morais são
irrevogáveis porque perpétuos. Os mandamentos cerimoniais, para observância de certos
ritos, foram ab-rogados (holocaustos, incenso, circuncisão).

d. O fato de estarmos sob a graça não nos desobriga da observância da Lei de Deus. Não é
correto dizermos que a graça existiu apenas a partir de Jesus: "... e a graça que nos foi dada
em Cristo Jesus antes dos tempos eternos" (2 Tm 1.9). Não existisse a graça no Antigo tes-
tamento, teriam sido salvos pelas obras Adão, Noé, Moisés, Abraão, Enoque, Isaías, Daniel
e outros?

e. O novo mandamento dado por Jesus (Jo 13.34) não ocupa o lugar do Decálogo, mas pro-
vê os crentes com um exemplo do que é o amor altruísta. Jesus, na qualidade do grande EU
SOU, proclamou Ele próprio a Lei Moral do Pai, no Monte Sinai (Jo 8.58). Ao jovem curioso,
Ele disse: "Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos" (Mt 19.17).
Os que defendem a sacralização do primeiro dia da semana - o domingo - como um dia san-
to, de descanso, dedicado ao Senhor, apresentam os seguintes argumentos:

a. Com a Sua morte Jesus inaugurou uma Nova Aliança. Durante Sua vida terrena, Ele, ju-
deu nascido sob a lei (Gl 4.4), foi circuncidado e apresentado ao Senhor (Lc 2.21-22)) cum-
priu a Páscoa (Mt 26.18-19), e assim por diante. Todavia, a partir da cruz, a lei não mais tem
domínio sobre nós.
b. A lei serviu para nos conduzir a Cristo: "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo
beber ou por causa dos dias de festas, ou de lua nova, ou de sábados. Estas coisas são
sombras das coisas futuras; a realidade, porém, encontra-se em Cristo" (Cl 2.16-17). "Mas,
antes de chegar o tempo da fé, a Lei nos guardou como prisioneiros, até ser revelada a fé
que devia vir. Portanto, a lei tomou conta de nós até que Cristo viesse para podermos ser
aceitos por Deus por meio da fé. Agora chegou o tempo da fé, e não precisamos mais da Lei
para tomar conta de nós" (Gl 3.23-25, Bíblia Linguagem de Hoje).

c. Diversas passagens bíblicas são citadas pelos defensores da adoração dominical, para
reforçar sua tese de que vivemos sob uma Nova Aliança. A antiga Aliança cumpriu sua fina-
lidade. Exemplo: "O mandamento anterior é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutili-
dade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e desta sorte é introduzida uma melhor
esperança, pela qual chegamos a Deus" (Hb 7.18-19). E mais: "Pois se aquela primeira ali-
ança tivesse sido sem defeito, nunca se teria buscado lugar para a Segunda... ela não será

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segundo a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da
terra do Egito, porque não permaneceram naquela minha aliança, e eu para eles não atentei,
diz o Senhor. Dizendo nova aliança, ele tomou antiquada a primeira. Ora, aquilo que se tor-
na antiquado e envelhecido, perto está de desaparecer" (Hb 8.7-13).

d. Prestem atenção no seguinte: "Pois Ele [Cristo Jesus] é a nossa paz, o qual de ambos os
povos fez um, e destruiu a parede de separação, a barreira de inimizade que estava no mei-
o, desfazendo na sua carne a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar
em si mesmo dos dois um novo homem..." (Ef 2.14-15). Os pró-sabáticos vêem aí uma dis-
tinção entre as leis cerimoniais de Moisés, e os Dez Mandamentos. Estes não teriam sido
revogados. Os anti-sabáticos, regra geral, não fazem diferença, mas consideram que os
princípios morais dos Dez Mandamentos continuam sendo pertinentes aos crentes de hoje,
porém em outro contexto. Dizem, ainda, que em diversas ocasiões "mandamentos cerimoni-
ais" eram chamados de lei do Senhor. São exemplos: holocaustos dos sábados e das Fes-
tas da Lua Nova (2 Cr 31.3-4); Festa dos Tabernáculos (Nm 8.13-18); consagração do pri-
mogênito (Lc 2.23-24).

e. Não prevalece o argumento da perpetuidade da guarda do sábado ("Os filhos de Israel
guardarão o sábado, celebrando-o nas suas gerações por aliança perpétua" - Êxodo 31.16-
17). Outras leis foram classificadas de "perpétuas" e nem por isso se perpetuaram, como
exemplo: a páscoa (Êx 12.24), a queima de incenso (Êx 30.21), o sacerdócio Levítico (Êx
40.15), ofertas de paz (Lv 3.17), sacrifício anual de animais (Lv 16.29,31,34), e outros.

f. Os anti-sabáticos levantam ainda os seguintes argumentos a seu favor: a) os primeiros
cristãos se reuniam e adoravam no domingo (At 20.7; 1 Co 16.1-2); b) Cristo ressuscitou no
primeiro dia da semana (Mc 16.9); c) as aparições de Jesus pós-ressurreição ocorreram seis
vezes no primeira dia da semana (Mt 28.1-8, Mc 16.9-11, 16.12-13, Lc 24.34, Mc 16.14, Jo
20.26-31); d) a visão apocalíptica de João se deu no dia do Senhor, assim considerado o
primeiro dia da semana (Ap 1.10); o Espírito Santo desceu sobre a Igreja no domingo (At
2.1-4).

g. Nove dos Dez Mandamentos foram ratificados no Novo Testamento, mas a guarda do
sábado foi excluída. Vejamos:
1) "Não terás outros deuses diante de mim"(Êx 20.3) = "Convertei-vos ao Deus vivo"(At
14.15); 2) "Não farás para ti imagem de escultura"(Êx 20.4) = "Filhinhos, guardai-vos dos
ídolos"(1 Jo 5.21);
3) "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão"(Êx 20.7) = "Não jureis nem pelo Céu,
nem pela terra"(Tg 5.12);
4) "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar"(Êx 20.8) = Sem ratificação no NT;
5) "Honra teu pai e a tua mãe"(Êx 20.12) = "Filhos, obedecei vossos pais"(Ef 6.1);
6) "Não matarás"(Êx 20.13) = "Não matarás"(Rm 13.9);
7) "Não adulterarás"(Êx 20.14) = "Não adulterarás"(Rm 13.9);
8) "Não furtarás"(Êx 20.15) = "Não furtarás"(Rm 13.9);
9) "Não dirás falso testemunho"(Êx 20.16) = "Não mintais uns aos outros"(Cl 3.9));
10) "Não cobiçarás"(Êx 20.17) = "Não cobiçarás"(Rm 13.9).
Diante disso, os anti-sabáticos afirmam que a Nova Aliança não indica um dia especial da
semana para o descanso.

h. Há quem divide o Decálogo em duas partes:
1) Leis cerimoniais ou religiosas, as que tratam dos deveres dos homens para com Deus
(não ter outros deuses; não fazer imagens, nem adorá-las; não blasfemar, e lembrar do sá-
bado.

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2) Leis morais ou sociais, as que tratam da relação dos homens entre si (honrar os pais; não
matar; não adulterar; não furtar; não proferir falso testemunho, e não cobiçar os bens e mu-
lher do próximo. A guarda do sábado, como cerimônia, fora anulada na cruz (Ef 2.14-15; Cl
2.14).

i. As leis do Antigo testamento, de um modo geral, foram feitas para os judeus, especialmen-
te para eles. São exemplos:
a) "Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados, por-
quanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações"(Êx 31.12-18);
b) "O Senhor, nosso Deus, fez conosco concerto, em Horebe...com todos os que hoje aqui
estamos vivos" (Dt 5.2-3).

CONCLUSÃO
Na sua Carta Apostólica DIES DOMINI, João Paulo II adota uma postura conciliadora. Ele
não toma partido na discussão dos aspectos moral e cerimonial dos mandamentos; não ali-
menta a tese da revogação do sábado na cruz, e sintetiza: "Mais que uma substituição do
sábado, portanto, o domingo é seu cumprimento, em certo sentido sua extensão e expres-
são completa no encomendado desenvolvimento da história da salvação, que alcança real
culminância em Cristo".

Samuele Bacchiocchi, Ph.D., professor de História da Igreja e de Teologia, na Universidade
Andrews, Estados Unidos, questionou a posição do papa, com o seguinte comentário:
"Nenhuma das alocuções do Salvador ressurreto revela alguma intenção de instituir o do-
mingo como o novo dia cristão de repouso e culto. Instituições bíblicas tais como sábado,
batismo e ceia têm origem em um ato divino que as estabeleceu. Mas não existe ato seme-
lhante para sancionar um domingo semanal como memorial da ressurreição".

O mandamento do sábado está associado à obra da criação, à saída do povo de Israel do
Egito, e à necessidade de descanso do homem. Vejam: "Pois em seis dias fez o Senhor o
céu e a terra...mas no sétimo dia descansou"(Êx 20.11); "Seis dias trabalharás...mas no sé-
timo dia não farás nenhuma obra"(Êx 20.9-10); "Lembra-te de que foste servo na terra do
Egito e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali...e te ordenou que guardasses o dia de sába-
do"(Dt 5.15).

Sabemos que Deus manifestou sua vontade e promulgou suas leis de forma gradual, escre-
vendo-as na consciência (Rm 2.15), em tábuas de pedra (Ex 24.12), mediante Cristo, a Pa-
lavra vivente (Jo 1.14), nas Escrituras (Rm 15.4; 2 Tm 3.16-17), e em nós, como cartas vivas
(2 Co 3.2-3). Tudo dentro do seu tempo e dentro do contexto do Seu superior plano de sal-
vação. Era imperioso que a saída daquele povo do Egito e os grandiosos feitos de Deus fos-
sem lembrados de geração em geração. De igual modo a instituição da páscoa serviu para
idêntica recordação.

Em nenhum momento o Novo Testamento ordena o descanso sabático, apesar de ratificar
os demais mandamentos. Aliás, não nomeia diretamente qualquer dia da semana para ado-
ração e culto. Jesus em várias ocasiões passou por cima da lei sabática, curando enfermos
e permitindo que seus discípulos colhessem espigas para comer, no dia santo (Lc 13.14;
14.1-6; Mt 12.1,10). Interrogado por isso, Ele disse: "O sábado foi feito para o homem, e não
o homem por causa do sábado" (Mc 2.27). Também disse: "Porque o Filho do homem até do
sábado é Senhor''(Mt 12.8).

Os primeiros cristãos adotaram o domingo para descanso, recolhimento espiritual e adora-
ção a Deus, e chamaram-no de "o dia do Senhor" (At 20.7; 1 Co 16.1-2; Ap 1.10), clara refe-
rência ao dia em que o "Senhor do sábado" ressuscitou. Nada melhor do que seguirmos o

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exemplo dos apóstolos, guiados como foram pelo Espírito Santo.

Se judeus ainda não convertidos recolhem-se no sábado para recordarem a libertação do
Egito, motivos bem maiores temos nós para nos recolhermos em Cristo, no dia de Sua vitó-
ria sobre a morte, para darmos graças pela remissão de nossos pecados e libertação de
nossas almas do domínio do diabo.

Sopesados os prós e os contras, entendemos que o dia de descanso e culto pode recair no
sábado ou no domingo, observado o princípio de trabalhar seis dias e descansar um. Não
vemos pecado na consagração do sábado ou do domingo, desde que o dia escolhido não
seja apenas um formalismo. Sábado ou domingo, sem propósito, não passam de mais um
dia de lazer. Da mesma forma, jejum sem propósito é dieta. Julgamos que a opção pela es-
colha do dia ficou manifesta nas seguintes palavras de Paulo:

"Mas agora, conhecendo a Deus, ou antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra
vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e
meses, e tempos, e anos"
(Gl 4.9-10).

"Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber ou por causa dos dias de festa, ou
de lua nova, ou de sábados. Estas são sombras das coisas futuras; a realidade, porém, está
em Cristo" (Colossenses 2.16-17).
Airton Evangelista da Costa
Pastor da Assembléia de Deus Palavra da Verdade, em Aquiraz

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Heresiologia - heresias e seitas de hoje, pagãs e pseudo-cristãs

(As seitas pseudo-cristãs são as piores, com doutrinas sedutoras, que podem dar até
certas esperança e segurança, mas que são um falso evangelho, contrariam a Bíblia,
levam muitos ao inferno)

ABRANGENDO VÁRIAS SEITAS PAGÃS E PSEUDO-CRISTÃS:
Conhecendo As Seitas - Matthew Slick. Elementos característicos que nos permitem identifi-
car o que é uma seita, já bem de longe.
Religiões E Seitas Comparadas. Tabela1 -- CPR. Copiada do Centro de Pesquisas Religio-
sas.
Religiões E Seitas Comparadas. Tabela2 -- CPR. Copiada do Centro de Pesquisas Religio-
sas.

ITENS RECENTES:
Maconaria -- Laerton

ITENS NÃO TÃO RECENTES:
*** "A Igreja" ("Árvore da Vida")

*** Adventismo do 7o. Dia (Sabatismo)

*** Bahaismo

*** Budismo

*** Catolicismo Romano (Romanismo, Papismo) (Vá para index da PASTA ROMANISMO
, com dezenas de artigos)

*** Ciência Cristã

*** "Crescimento da Igreja", sua busca obcecada, mesmo que por meios estranhos à
Bíblia
The Church-Growth Movement -- Costella.

*** Esoterismo

*** Espiritismo Kardecista
Como Cristo Salvou uma Miserável Espírita -- Valdenira.
Já Fui Espírita -- MeirePontes.

*** Espiritismo Afro

*** Gnosticismo

*** Hare Krishna

*** Hiperdispensacionalismo

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the Heresy Called HyperDispensationalism -- Ruckman

*** Islamismo (Muçulmanismo, Maomenismo)

*** Maçonaria
A Maçonaria À Luz Da Bíblia -- Lúcio.

*** Meninos de Deus

*** Mormonismo

*** Noiva Batista (ver Eclesiologia - A Doutrina da Igreja. Os Batistas)
Are You A Baptist Brider? -- Cloud.

*** Nova Era

*** Ocultismo
The Occult -- Bynum.

*** Pentecostalismo, renovação carismática protestante, neo-pentecostalismo (Vá para
index da PASTA PENTECOSTALISMO , com dezenas de artigos)

*** Rosacruzes

*** Satanismo

*** Testemunhas de Jeová (Russelismo)

*** Yoga
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ITENS EM OUTROS SITES:
10 Razões Bíblicas Porque Não Posso Ser Mórmon
Testemunhas de Jeová ou Vendedores de Satanás? - Forrest L. Keener
15 Razões Porque Não Posso ser Testemunha de Jeová - Robert Mignard
Conhecendo as Seitas - Matthew Slick Elementos característicos que nos permitem identifi-
car uma seita já bem de longe
O Catolicismo Romano é Cristão? - CPR
Merece Crédito 'O Evangelho Segundo o Espiritismo', de Kardec? - CPR
O Movimento Nova Era (New Age) - CPR
A Igreja de Cristo Internacional - CPR Também conhecida como A Igreja de Cristo de Bos-
ton, Multiplicando Ministérios, O Movimento de Discipulado, Igreja de Cristo, etc.
As Testemunhas de Jeová - CPR
catolicos - Introdução ao Catolicismo Romano
catolicos - As Origens e Natureza da Igreja de Roma
catolicos - Diferenças Básicas Entre o Catolicismo Romano e o Cristianismo Bíblico
catolicos - A Origem das Falsas Doutrinas de Roma
catolicos - Mariolatria
catolicos - Purgatório e Indulgências
catolicos - Um Erro Chama [muitos] Outros

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catolicos - Infalibilidade Papal
catolicos - Cristo a Rocha, Pedro a Pequena Pedra
catolicos - 'Todos os Não-Católicos são Herejes [e Vão para o Inferno]'
catolicos - Mistério - Babilônia a Grande
catolicos - O Cristo e o Papa
catolicos - As Relíquias do Catolicismo
catolicos - Supremacia Papal - um Refúgio de Mentiras
catolicos - Uma Curiosidade Sobre a Infalibilidade Papal
Catolicismo à Luz das Escrituras - Eber Jamil (Assembléia de Deus)
O Espiritismo à Luz das Escrituras Sagradas - Eber Jamil (Assembléia de Deus)
antseitas - Adventismo 1
antseitas - Adventismo 2
antseitas - Testemunha de Jeová: é Cristo o Arcanjo Gabriel?
antseitas - Bode Emissário: a Quem ele Representa - Cristo ou Satanás?
antseitas - Catolicismo Romano
antseitas - Idolatria
antseitas - Congregação Cristã do Brasil
antseitas - CCB - É Bíblico o Chamado do Pastor?
antseitas - CCB - A Ordem Divina Quanto ao Sustento do Pastor
antseitas - CCB - O Uso do Véu à Luz da Bíblia
antseitas - CCB - Coletas, Dízimos e Ofertas
antseitas - Espiritismo
antseitas - Espiritismo - A maior Sabotagem da Verdade
antseitas - Reencarnação, Saul
antseitas - Reencarnação II
antseitas - Tirando a Máscara de "A Igreja Local"
antseitas - Maçonaria
antseitas - Mormonismo
antseitas - Ocultismo
antseitas - movimento Nova Era
antseitas - Que São Seitas e Heresias?
antseitas - Testemunhas de Jeová Compõem uma Seita
Testemunhas de Jeová , dúzias de bons artigos contra esta seita
Inquisição, Nunca Mais - Airton Evangelista
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A História do Movimento Carismático

Gary A. Gilley

          O que teve início numa esquina, na virada do século 20, está agora predominando na Main Street. O que antes foi conhecido como Movimento Pentecostal, agora se divide em numerosos, diversos e interligados movimentos: Pentecostal, Carismático, Vineyard, Palavra da Fé, Riso Santo, etc.
          Conquanto o Movimento Carismático tenha proliferado no século 20, idênticas “visões” e manifestações podem ser traçadas a certas ocasiões da história:
“Nos tempos antigos, a prática do falar em línguas (glossolalia) desconhecidas, durante um êxtase religioso, não era desconhecida. Desde o século 11  a.C., temos registros de linguagem extática, no Egito, e, mais tarde, no mundo grego, onde as profetisas Delphie e Sibiline falavam em línguas estranhas. Entre as religiões romanas de mistério, o culto a Dionísio ficou conhecido com esta prática.
Vários entre os antigos Pais da Igreja mencionam a glossolalia na igreja. Irineu e Tertuliano (200 d.C.) falaram favoravelmente sobre esse fenômeno. Crisóstomo (400 d.C.) o desaprovava, enquanto Agostinho (430 d.C.) declarou que esse dom fora confinado apenas aos tempos do Novo Testamento. O Movimento Montanista (final do século 2) incluía profetisas, aprovando revelações, glossolalia e uma visão ascética e legalista. Este movimento foi considerado herético pela igreja oficial e o falar em línguas parece ter sido raramente encontrado na igreja, depois desse tempo.
Durante a Idade Média, o falar em línguas foi registrado em alguns mosteiros da Igreja Ortodoxa. No século 17, ele parece ter sido praticado na França, entre os huguenotes (protestantes) e entre os jansenistas (católicos pietistas). No século 19, a glossolalia foi praticada na América, entre os “shakers” (Quakers) e os Mórmons. Na Escócia e em Londres, ele foi praticado entre os seguidores de Edward Irving, o qual o entendeu como sendo um derramamento final do Espírito Santo, numa “chuva serôdia” (latter rain), antes do retorno do Senhor” (Citação colhida na “Christian Theology”,  de Erickson Millard, e no Evangelical Dictionary of Theology, de Walter Elwell, - “Montanists, Pentecostalism and Tongues Speaking In”.
Duas coisas diferentes podem vir à mente, quando se escuta o termo “carismático”. Alguns pensam em um grupo de pessoas famintas pelo Senhor, andando no poder do Espírito, espirituais na adoração, agressivas no evangelismo e abundantes no amor. Outros vêem os carismáticos como indivíduos orientados à experiência, imperialistas na aparência (achando que somente eles possuem o evangelho pleno), elitistas no posicionamento, descontraídos na adoração e afastados de um exato discernimento bíblico, o que depressa pode ser comprovado. O Movimento Carismático cresceu, rapidamente, e se tornou bastante diversificado. Por isso, seria perda de tempo colocar todos os seus desmembramentos sob o mesmo prisma. Contudo, a maioria dos críticos e carismáticos professos: Oral Roberts, Larry Lea, Earl Paulk, Dick Iverson, Kenneth Hagin, Kenneth Copeland, Bob Tilton e muitos outros, têm proclamado, hoje em dia, que o Movimento Carismático está acabando e que um novo “mover de Deus” está chegando. Bill Hammon, um dos modernos “profetas” reverenciados na comunidade carismática, afirma:
“A geração Joshua está no comando  e o sacerdócio pastoral está conduzindo a presença restauradora da Arca de Deus, através do Jordão. A viagem do Movimento Carismático tem cumprido o seu propósito de conduzir a igreja de volta ao Rio Jordão. Agora, a nuvem, de dia, e a tocha, de noite, passaram e os ministros, profetas e apóstolos se levantaram, a fim de prover proteção, direção e horário para o objetivo de Sua igreja, ou seja, aí vem uma onda de proporções indiscernivelmente gigantescas - uma onda de milhares de pés de altura - a qual deixará perplexas a imaginação e a  fé, tanto dos que, profeticamente, a vêem, como dos que têm ouvido a respeito dela, e que será maior do que a combinação de todos os movimentos anteriores combinados”. [N.T. - Esses visionários carismáticos usam e abusam do Velho Testamento, cujas promessas são exclusivamente dirigidas a Israel, espiritualizando o seu conteúdo, a fim de engodar os crentes, biblicamente iletrados, no afã de conseguir fama, fortuna e domínio espiritual].
O Movimento Carismático de Restauração, defendido pela maioria dos carismáticos de hoje, tem gerado uma tremenda pressão sobre os líderes carismáticos, a fim de  que estes compareçam com novas revelações espirituais e verdades espirituais mais profundas. [N.T. - Parece que essa turma de visionários jamais se conscientizou do que Paulo diz em Gálatas 1:6-8 e do que Cristo diz em Apocalipse 22:18-19. Por isso, eles ficam inventando novas revelações e profecias, acrescentando lorotas à Verdade da Palavra de Deus, ignorando, também, o que Jesus declarou em João 10:35: “a Escritura não pode ser anulada”].
O cardápio teológico servido, atualmente, na maioria das igrejas carismáticas, está recheado de [novos pratos, isto é] idéias novas, de novos ensinos doutrinários e de práticas esdrúxulas.
Conquanto existam diferenças básicas entre os novos movimentos que explodem, continuamente, entre os carismáticos, sua visão teológica predominante (a restauração dos apóstolos e profetas, bem como a direção escatológica) é a mesma. Os novos carismáticos estão proclamando que um “novo mover sobrenatural do Espírito de Deus” está varrendo todo o globo terrestre. Esse mover será tão revolucionário que todo o curso da história humana será mudado. Mas, para que tão maravilhoso sonho seja realizado, a maioria das igrejas cristãs deve se unir nessa filosofia e “propósito”. Desse modo, um dos objetivos dos carismáticos de hoje é transformar os carismáticos, bem como  os não carismáticos, em “novos carismáticos”. Em outras palavras, em carismáticos aderindo às novas idéias de restauração, num  profundo desejo de que todos os cristãos cheguem a experimentar esse “novo mover” do Espírito Santo, a eles se unindo no esforço de transformar, sobrenaturalmente, o mundo”. [N.T. - Temos aqui a “igreja mundial” bem delineada, com a apostasia galopando sobre o planeta, a qual será confundida com um fenomenal reavivamento].
A maioria se refere a este excitante e novo desenvolvimento, que se expande pelo mundo inteiro, como “reconstrucionismo” ou “restauração pela chuva serôdia”. Eles acreditam que a história está se movendo para um clímax espiritual, quando o poder de Deus será derramado sobre toda a igreja, como  jamais aconteceu antes.  Os promotores dessa “restauração” acreditam que este poderá ser o último “mover de Deus”, quando a igreja será investida de novo poder, a fim de recristianizar o mundo, antes da volta de Jesus. E para que se realize esse grande objetivo reconstrucionista/dominionista, o ministério quíntuplo (segundo os carismáticos) precisa ser expandido, conforme Efésios 4:11 (com apóstolos, profetas, evangelistas,  pastores e mestres), e reconhecido pela igreja, dando espaço para que se exerçam os dons sobrenaturais e a autoridade por Deus ordenada.
Alguns movimentos reconstrucionistas contemporâneos, sob a égide dos novos carismáticos, são: a Teologia do Reino, popularizada pelo nebuloso bispo Earl Paulk; [N.T. - o qual está sendo processado por estupro, segundo notícias na Internet, como um “vívido exemplo da santificação da igreja emergente”]; o Movimento da Confissão Positiva Palavra da Fé, liderado [nos Estados Unidos] por Kenneth Hagin (já falecido), Kenneth Copeland; Movimento da Terceira Onda de Sinais e Maravilhas, popularizado pelo  controverso “Vineyard”, fundado pelo falecido John Wimber. O elo comum entre esses grupos é o “mover sobrenatural de Deus”, através de “sinais e maravilhas”, a restauração do Cristianismo do primeiro século da igreja, antes da volta de Jesus, com o desempenho do papel chave dos novos apóstolos e profetas, para que se realize esse processo.
Para se entender os novos desenvolvimentos e ensinos que se expandem no mundo carismático, faz-se necessário retroceder na história, a fim de se examinar alguns dos movimentos mais duradouros do século 20, começando pelo Pentecostal. Ao traçarmos a origem desses movimentos, teremos uma visão mais ampla de como se originaram os seus ensinos e de como estes se desenvolveram através dos anos e, ainda, por que certas doutrinas carismáticas têm sido tão fortemente enfatizadas, nos dias de hoje.

A Explosão Pentecostal - O reavivamento da Rua Azuza, de 1906-1913, foi o sinal de partida para a renovação pentecostal, no mundo.  A principal característica desse derramamento pentecostal foi o “batismo no Espírito Santo”, uma experiência (segundo eles) subseqüente à salvação, o qual seria evidenciado pelo falar em línguas. Foi essa a jóia restauradora da coroa do chamado “Novo Pentecoste”. Entretanto, houve alguns flashes espirituais que precederam Azuza, os quais prepararam o palco para esse evento.
          No dia 01/01/1901 [N.T. - Por coincidência, na semana em que aconteceu a edição da primeira Bíblia corrompida, embasada no Novo Testamento Grego de Westcott e Hort], em Topeka, Kansas, Agnes Ozman, uma estudante na Charles Penham’s Bethel Bible School, começou a falar em línguas. Pouco tempo depois, o próprio Penham teve a mesma experiência e, a partir daí, pregou que todos os crentes, que buscassem, diligentemente, a experiência do falar em línguas, seriam recipientes de bênçãos. Muita gente reconhece Penham como o fundador do Movimento Pentecostal.
          Penham, um ávido pregador da santificação, fora educado numa cultura de experiência religiosa.  Em sua busca por algo mais, as línguas vieram ao encontro dessa ávida busca. Em 1905, um zeloso pregador negro da santificação chamado J. Seymour, chegou a Alvin, algumas milhas ao sul de Houston (Texas), sob o patrocínio de Penham. Não demorou muito para que Seymour recebesse o “dom de línguas” e levasse a mensagem pentecostal até Azuza, em Los Angeles. Conquanto tivessem acontecido lampejos espirituais anteriores ao que aconteceu em Azuza, foi ali que a chama foi alimentada e começou a se espalhar pelo mundo. Depois que Penham e Seymour tiveram essa experiência em línguas, eles começaram a desenvolver um ambicioso esforço, no sentido de propagar o que eles acreditavam ser uma restauração miraculosa da doutrina apostólica: o “batismo no Espírito Santo”, evidenciado pelo falar em línguas. Penham ensinava que a volta de Cristo iria acontecer na trilha de um reavivamento mundial, com a “chuva serôdia”, na qual o Espírito Santo iria restaurar os dons miraculosos, gerando, assim, uma abundante colheita, no final dos tempos. A esperança da “chuva serôdia” feneceu em 1920, quando o Pentecostalismo adotou certas visões do dispensacionalismo. Mesmo assim, o Pentecostalismo permaneceu como um clássico movimento de reconstrução, apresentando novos e variados movimentos carismáticos, os quais vêem a igreja voltando às glórias do tempo do Novo Testamento. A restauração clássica objetiva do Pentecostalismo, a qual, supostamente, trouxe uma fase de maior realidade espiritual, foi o “batismo no Espírito Santo”, evidenciado pelo falar em línguas.

O Resgate Neopentecostal do Reavivamento - Um dos fenômenos mais notáveis, embora controverso, de uma poderosa emergência dentro do Pentecostalismo foi o da Doutrina e Ministério da Cura Divina. A partir da segunda metade do século 19, a prática da cura já existia na América. Contudo, para fortalecer o Pentecostalismo, alguns evangelistas independentes trouxeram uma nova ênfase à arena da cura divina, a qual, depressa, iria atrair uma adesão popular. A significação do reavivamento (cura das enfermidades) atingiu o clímax entre 1947 e 1958, com a exclusividade de popularizar um conceito de salvação, que incluía a cura como parte essencial da libertação do crente [Numa errônea interpretação de Isaías 53:4-5].
A religião pentecostal continuou atingindo o globo, nos anos 1930, e nos meados dos anos 1940, quando a carreira de alguns evangelistas independentes cresceu. Houve uma nova ênfase sobre os milagres. O “batismo no Espírito Santo” ainda era pregado, mas não como o foco principal das reuniões de reavivamento. O unânime pulsar dos corações, em cada culto, era a hora dos milagres -  o momento hipnotizador, no qual o “Espírito se movia”, para curar os enfermos e ressuscitar os mortos.
Denominações pentecostais, tais como as Assembléias de Deus, não favoreceram o reavivamento e passaram a considerar os evangelistas da libertação como “extremistas independentes”. Os líderes pentecostais se desgostaram com a falta de integridade entre os reavivalistas, os quais, freqüentemente, faziam declarações marcadas por absurdos exageros. A exibição de supostos milagres havia se tornado tão ostensiva que as reuniões de reavivamento se transformaram em verdadeiros “cultos à personalidade”. O historiador David Harvell cita um líder pentecostal dizendo:
“Os evangelistas da cura vivem em constante diálogo com os anjos e os demônios; com o Espírito Santo e com os espíritos abissais, causadores das enfermidades. Alguns de nós experimentamos correntes elétricas nos percorrendo as mãos, quando estamos orando pelos enfermos, enquanto outros apresentam um halo sobre suas cabeças, quando são fotografados, e outros ainda apresentam óleo nas mãos, quando estão orando”. [N.T. - Essa turma gosta de exibir uma boa dose de ocultismo, hem?].
Muitos tele-evangelistas atuais costumam adotar um estilo melosamente dramático nas orações, imitando os reavivalistas do século 20.

O Movimento Latter Rain (Chuva Serôdia) - Os três pioneiros à frente do Movimento de Libertação foram: William Branham, Oral Roberts e Gordon Lindsay. Estes homens tinham personalidades notavelmente diferentes. Contudo,  inquestionavelmente, formaram o combustível que alimentou o fogo do reavivamento. Branham acendeu a chama, instigando as multidões, com aparentes milagres e habilidade profética. Roberts foi o popularizador  da tocante mensagem de que Deus é bom e deseja que o Seu povo seja próspero e saudável. Ele foi o primeiro evangelista a levar as cruzadas de cura para dentro dos lares de milhões de pessoas (as quais jamais haviam escutado mensagens de cura), quando iniciou um programa semanal nacional de TV.  Os ensinos de Branham influenciaram, profundamente, uma nova seita brotando do reavivamento neopentecostal, conhecida como uma “New Order of The Latter Rain” (Nova Ordem da Chuva Serôdia). Ele organizou também os pensamentos e as práticas de muitos pentecostais de escol.
          O Movimento Latter Rain foi uma união, relapsamente organizada, de  entusiásticos beligerantes, em ferrenha oposição às denominações principais. Este Movimento criou disputas dentro das denominações pentecostais, como as Assembléias de Deus, por exemplo, vangloriando-se de ser uma nova demonstração de reavivamento contra os pentecostais “apóstatas”.
Embora o seu impacto tenha sido em pequena escala, seus efeitos foram sentidos no mundo inteiro e ele se tornou um dos vários catalizadores do Movimento Carismático dos anos 1960 - o Movimento Carismático Independente (da Confissão Positiva da Palavra da Fé) dos anos 1970, e do surgimento dos Novos Carismáticos dos anos 1980-1990. Reagindo contra a frigidez espiritual existente nos círculos pentecostais, a Nova Ordem da Chuva Serôdia passou a se considerar um refrescante oásis de retorno ao “Evangelho Pleno”, da igreja do primeiro século.
O sistema doutrinário do Latter Rain inclui o “batismo no Espírito Santo” (do Pentecostalismo), evidenciado pelo falar em línguas, e por um novo reavivamento de libertação pentecostal, com uma explosão de curas milagrosas. Contudo, este movimento febril teve também suas próprias características. Foram estes, principalmente os ensinos que modelaram o Movimento Latter Rain:
1. - Restauração - O desenvolvimento da Teologia da Restauração visualizava Deus como restaurando, progressivamente, as verdades da igreja, a partir da Reforma.
2. - Ministério Quíntuplo - O ensino de que Deus está restaurando o ministério dos apóstolos e profetas à igreja, junto com os outros três ofícios: evangelistas, pastores e mestres (Efésios 4:11). Segundo eles, os apóstolos e profetas proverão novas revelações, as quais irão desempenhar um papel importante na pavimentação para a segunda vinda de Cristo.
3. - Imposição de Mãos – Ritual executado pelos apóstolos e profetas modernos, compartilhando o Espírito Santo e outras bênçãos e dons espirituais.
4. - Profecia - Com visões de exortações, incluindo detalhes pessoais, para orientação e instrução pessoal, sendo restaurada na igreja.
5. - Retomada da verdadeira adoração - não ficando restrita a palavras generalizadas, com a crença de que a manifestação da presença de Deus depende de determinado tipo de oração, envolvendo: cantar em línguas, bater palmas, gritar, fazer profecias cantadas, com uma nova ordem de louvor, em coreografia.
6. - Imortalidade dos santos - A crença de que os crentes que se movem dentro da verdade da restauração do Latter Rain, mas não necessariamente toda a igreja, atingirão o estado imortal, antes da volta de Jesus.
7. - Unidade da Fé - A doutrina de que a igreja, normalmente, quando perceber a si mesma como sendo um ajuntamento de vencedores, nas fileiras neopentecostais, atingirá a unidade da fé, antes de Cristo voltar.

Os Carismáticos Antigos - Muitos historiadores datam o início do Movimento Carismático em 03/04/1960. Neste dia, o Padre Dennis Bennett, da paróquia episcopal de São Marcos, em Van Nuis,  Califórnia, anunciou à sua congregação que havia recebido a plenitude e o poder do Espírito Santo, fenômeno que veio acompanhado pelo “falar em línguas estranhas”. Após ter recebido muita oposição, Bennet renunciou ao seu cargo em São Marcos e aceitou o convite para ser vigário na Igreja Episcopal de São Lucas, em Seattle, Washington, a qual veio a se tornar uma das igrejas carismáticas mais fortes no Noroeste [do país]. Durante uma década, ela foi um dos centros principais de onde o falar em línguas iria se espalhar pelo mundo inteiro, especialmente nas denominações principais.
          A importância do Movimento Carismático reside na penetração das “línguas do Pentecoste”  nas denominações mais importantes. Isto criou uma nova abertura à completa linha dos dons espirituais listados na 1 Coríntios 12:8-10 (sabedoria, conhecimento, fé, cura, milagres, profecia, discernimento de espíritos, línguas e interpretação de línguas), os quais jamais haviam penetrado antes, ali.  Certamente, nem todas as igrejas das denominações principais apoiaram esse novo Movimento, mas milhares de pessoas - dentro das igrejas mais importantes - estavam experimentando o falar em línguas e outras manifestações espirituais. Isto alimentou uma forte convicção de que todos os sinais e dons sobrenaturais (como línguas, curas, milagres, e em alguns casos, profecia) seriam para os dias de hoje. Embora os derramamentos carismáticos continuassem a se espalhar pelas igrejas principais, muitos líderes denominacionais abandonaram as igrejas tradicionais, para iniciar igrejas independentes, tendo ficado sob a influência dos ensinos da Confissão Positiva da Palavra da Fé, propagados pelos carismáticos independentes, tais como: Kenneth Hagin, Kenneth Copeland, Charles Capps e outros. Sua ênfase principal foi o ensino da fé, da cura divina e da prosperidade financeira. O ensino dizia que os crentes que, consistentemente, faziam confissão positiva sobre a sua situação física e espiritual, demonstrando grande fé, iriam receber abundantes graças de Deus.
          O principal movimento militante gerado no Movimento Carismático foi o dos “Manifestos Filhos de Deus”. Esta aberração copiou muitos dos seus ensinos doutrinários do Movimento Later Rain, tendo prevalecido durante os anos de 1960 e 1970. Seguindo os ensinos de William Branham, os Manifestos Filhos de Deus afirmavam que as denominações eram organizações fundamentadas na Babilônia. Muitos dos que quebraram seus vínculos denominacionais e se juntaram aos Manifestos Filhos de Deus acreditavam estar entrando na única arena onde a salvação seria possível.  Os mais ardorosos entre os Manifestos Filhos de Deus espiritualizaram a segunda vinda de Jesus, ensinando  que Ele e Sua igreja iriam se tornar um, em natureza e essência. Tronando-se uma com Cristo, isso resultaria em um Corpo, o “Pequeno Cristo na carne”, manifestando Jesus na Terra, através de uma contínua encarnação.
          Outro Movimento que se levantou, enquanto o Movimento Carismático ia se tornando conhecido, foi o do “Apascentamento e Discipulado”. Este Movimento cresceu a partir da tradição Latter Rain/Carismática e teve o seu ímpeto maior, nos anos 1970. O “Apascentamento” partiu de uma preocupação pelo discipulado efetivo, colocando uma grande ênfase na necessidade de submissão aos líderes espirituais. Este é um sistema opressor, no qual uma pessoa considerada imatura se submete à liderança de um “ancião”. Os anciãos (apascentadores) são sempre nomeados, do mesmo modo como acontece em outras hierarquias, com alguns se submetendo a outros, que estão em posição superior, na cadeia do comando. Uma disciplina completa é exigida dos que se submetem a um “ancião”. A liderança é absoluta, estendendo-se até mesmo à vida familiar do “apascentado”. Deixar de obedecer ao “ancião”, pode levar à repreensão, à condenação verbal e, em último caso, até mesmo à exclusão da comunhão. Este sistema, tão ostensivamente antibíblico, acontece quando uma pessoa se submete inteiramente a outra, que faz o papel de “apascentador” ou “ancião”.
          O Movimento se originou no ministério dos cinco mestres de Fort Lauderdale, Flórida: Bob Mumford, Charles Simpson, Derek Prince, Don Basham e Ern Baxter (este, discípulo de Branham). Nos passados anos 70 o Movimento de “Apascentamento” causou uma grande ruptura nos círculos carismáticos, por causa do estrito controle que muitos “apascentadores” exerciam sobre os  membros. Em meados dos anos 1980, o termo “Apascentamento” foi posto de lado, depois que o Movimento ganhou má reputação, por causa dos seus abusos sectários. Mesmo assim, o conceito de “Apascentamento” ainda prevalece em vários círculos, hoje em dia (por exemplo, no Movimento Promise Keepers), sob novos rótulos, tais como “monitoração”, “cobertura” ou “pactos de relacionamentos”.
          O crescimento do Movimento Carismático e de outros movimentos semelhantes que eclodiram, a partir dos anos 1960 e 1970, colocou ênfase maior na experiência subjetiva do que na verdade bíblica, e, portanto, abriu uma “Caixa de Pandora” no mundo cristão. O Movimento Carismático tem sido prejudicial à igreja, por ter aberto muitas portas à sempre presente influência de experiências e de idéias não bíblicas. Isso se torna evidente quando se examinam os perigos das novas tendências que têm varrido, ultimamente, a comunidade carismática.

(Porções deste registro foram resumidas e/ou adaptadas por Garry Gilley, Pastor da Southern View Chapel, Springfield, Illinois, do artigo “The New Charismatics”, de Michael G. Moriarty, “Biblical Perspectives”, Vol. IV, No. 3, Maio/Junho de 1991. Este registro foi resumido e/ou adaptado pelo Biblical Discerment Ministries,  de um artigo “The History of the Charismatics”, na obra do Pastor Gary Gilley, de Março de 1999, “Think on These Things”-  - 8/00).

“The History of the Charismatic Movement”, Pr. Gary A. Gilley.










Movimento Carismático



O Movimento Carismático teve início a partir dos Movimentos de Avivamento do século XIX, estes fortemente influenciados pelo Pietismo Radical do século XVIII, cujo cerne germinativo encontra-se embasado nas obras e pensamento filosófico e teológico de Philipp Jakob Spener, teólogo alemão que viveu no século XVII. Estourou nos Estados Unidos no começo do século XX e na Europa no final do século XIX. Gerou o pentecostalismo clássico, ponto de partida para o surgimento de ministérios protestantes multifacetados em sua estratégia de evangelismo, pregação e metodologia doutrinária, entre os quais se desenvolveu a chamada Teologia da Prosperidade. Importante destacar, no Catolicismo a eclosão do Movimento de Renovação Carismática, que alia práticas eminentemente pentecostais na propagação da doutrina.
O termo Carismático, portanto, descreve a adoção (por volta de 1960 por Protestantes, e a partir de 1967 por católicos romanos) de certas crenças típicas dessas pessoas definidas como cristãos pentecostais pelos cristãos das denominações históricas.[1] O termo "carismático" foi cunhado por Harald Bredesen, um ministro luterano, em 1962, para descrever o que estava acontecendo naquele momento nas igrejas de linha antiga. Confrontado com o termo "neopentecostal", ele disse: "Nós preferimos o título de 'renovação carismática nas igrejas históricas.'"[2] A gênese do Movimento Carismático, porém, é atribuído por vários à Dennis Bennett, um sacerdote episcopal, em 1960. Seu livro Nine O'Clock in the Morning dá um relato pessoal deste período.[3]


Terminologia e números
Carismático
O termo "movimento carismático" às vezes é confundido com o termo "carismático." A palavra "carismático" é um termo amplo utilizado para descrever aqueles cristãos que acreditam que as manifestações do Espírito Santo vistas no primeiro século da igreja cristã (ver por exemplo o livro de Atos ), como milagres, profecia e glossolalia (falar em outras línguas ou idiomas), estão disponíveis aos cristãos e podem ser vivenciados e praticados hoje. O termo é derivado da palavra grega χάρισμα ( "dom," derivado de χάρις, "graça" ou "favor"), que é o termo usado na Bíblia, I Coríntios 12-14. O "Movimento Carismático", no entanto, exprime a chegada dos dons espirituais nas principais denominações históricas. Os "cristãos carismáticos" estão em quase todas as denominações eclesiásticas, ainda que alguns tenham formado as suas próprias denominações, eles são conhecidos como cristãos de fogo, por causa de seu principal aspecto de vida.
Pentecostal
Pentecostais e carismáticos são caracterizados pela sua prática de falar em outras línguas e pela operação dos dons do Espírito. Um crente pentecostal em uma experiência de êxtase religiosoa pode vocalizar fluentemente expressões ininteligíveis (glossolalia) ou articular uma linguagem alegadamente natural até então desconhecida para o falante (xenoglossia).
O Movimento Carismático está relacionado com o pentecostalismo, na medida em que partilha o compromisso com o uso dos dons espirituais. No entanto, dentro do Movimento Carismático este compromisso é embutido dentro de toda a variedade de denominações históricas, e assim em cada contexto, a teologia, a cultura e a aceitação pode variar enormemente. O termo "pentecostal" refere-se a esse conjunto de valores que surgiu a partir do 1906 no avivamento da Rua Azusa, enquanto que o Movimento Carismático remete à uma época diferente, contexto e conteúdo teológico. O termo "neopentecostal" é por vezes utilizado para descrever carismáticos não pentecostais, que são também parte do Movimento Carismático, ou neocarismático.
Neocarismáticos
Uma característica importante do Movimento Carismático foi a complacência do crente, depois de descobrir a importância dos dons espirituais, à permanecer dentro de sua denominação original. A partir da década de 1950 muitos cristãos carismáticos passaram a formar igrejas e denominações distintas, para a qual o termo apropriado é neocarismático. Exemplos disto incluem o Movimento Vineyard nos E.U.A (e outros), a Convenção Batista Nacional e o British New Church Movement.
Números
Em 2006, o Movimento Carismático tinha 192 milhões, neocarismaticos 318 milhões e pentecostais clássicos 78 milhões.[4]
Isto significa que carismáticos são o segundo maior ramo do Cristianismo após a Igreja Católica Romana (embora os católicos carismáticos não se vejam como uma parte separada da entidade eclesial católica). Os carismáticos estão crescendo a uma taxa de 9 milhões por ano, fazendo um total de aderentes ao redor de 618 milhões até 2009.[5]
Crenças compartilhadas
Pentecostais, o Movimento Carismático e os Neocarismáticos dividem uma grande história. Entre elas estão uma crença comum na forma como Deus trabalha em avivamento, e o poder e a presença de Deus demonstrada na vida diária do cristão. Muitos carismáticos e pentecostais têm um património comum na tradição de santidade-wesleyana. No entanto, os wesleyanos tradicionais não acreditam que o falar em línguas seja uma prova da segunda bênção da santificação.
Diferenças
Muitas igrejas influenciadas pelo Movimento Carismático deliberadamente se distanciaram do pentecostalismo, no entanto, por razões culturais e teológicas. O primeiro lugar entre as razões teológicas é a tendência de muitos pentecostais de insistir em que o falar em línguas é a evidência física inicial após o Batismo no Espírito Santo.[6] Os pentecostais também se distinguem do Movimento Carismático com base no estilo.[7] Além disso, muitos no movimento carismático empregam estilos contemporâneos de culto e de métodos de evangelismo que diferem das práticas pentecostais tradicionais.
Denominações em que o Movimento Carismático é ativo
Comunhão Anglicana (episcopais)
Dennis Bennett, um Episcopal norte-americano, é freqüentemente citado como influência seminal do Movimento Carismático.[8] Bennett foi o reitor em São Marcos Episcopal Igreja em Van Nuys, Califórnia, quando ele anunciou à congregação, em 1960, que tinha recebido a efusão do Espírito Santo. Logo após isso, ele estava ministrando em Vancouver onde funcionou muitos workshops e seminários sobre a obra do Espírito Santo.[9] Isso influenciou dezenas de milhares de anglicanos no mundo, e também iniciou um movimento de renovação dentro da Igreja Católica Romana e Ortodoxa.
No Reino Unido, Colin Urquhart, Michael Harper, David Watson e outros estavam na vanguarda da evolução semelhante.
A conferência Massey na Nova Zelândia, 1964 teve a participação de vários países incluindo anglicanos, o reverendo Ray Muller, que passou a convidar Dennis Bennett a Nova Zelândia em 1966, e desempenhou um papel de liderança no desenvolvimento e promoção da Vida no Espírito seminários.
Luteranos
Larry Christenson, teólogo luterano carismático baseada em San Pedro, Califórnia, fez muito, nas décadas de 1960 e 1970, a interpretar o Movimento Carismático para os luteranos. Uma grande conferência anual realizada em Minneapolis durante aqueles anos. Congregações Carismática Luterana em Minnesota tornou-se especialmente grande e influente, especialmente Hosana! em Lakeville, e North Heights em St. Paul. A próxima geração de luteranos carismáticos de todo o cluster Aliança das Igrejas Renovadas. Não existe atualmente considerável atividade entre os jovens líderes carismáticos luteranos na Califórnia, centrado em torno de um encontro anual na Igreja ROBINWOOD em Huntington Beach. A maioria das congregações luteranas no mundo em desenvolvimento seria considerado "carismático", em sua piedade.
Ortodoxa Oriental
O Movimento Carismático na Igreja Ortodoxa Oriental nunca exerceu a influência que é vista em outras igrejas centrais. Sacerdotes individuais como Fr. James Tavralides, Fr. Constantine Monios e Fr. David Buss, Fr. Athanasius Emmert da Arquediocese Antioquana Ortodoxa Cristã, Fr. Eusebius Stephanou da Arquediocese Grega Ortodoxa da América do Norte, fundador da Irmandade de São Simeão o Novo Teólogo e editor do "The Logos", e Fr. Boris Zabrodsky da Igreja Ortodoxa Ucrâniana na América, fundador do Comitê de Serviço para Renovação Espiritual Ortodoxa (SCOSR) a qual publica o boletim "Theosis", foram alguns dos mais proeminentes líderes da renovação carismática na ortodoxia.
O Movimento Carismático Católico não tardou a chegar no Brasil após a experiência carismática que alguns católicos, membros da Universidade de Duquesne, viveram no outono de 1966 em Pittsburgh nos EUA. No inicio da década de 70, alguns padres jesuítas começaram a aplicar encontros conhecidos como "Experiência do Espírito Santo", depois "Experiência de Oração", em diversas cidades do Brasil, a primeira delas foi Campinas em São Paulo. Entre os sacerdotes pioneiros da RCC no Brasil então Pe. Haroldo Joseph Rahm, Eduardo Dougherty (fundador da Associação do Senhor Jesus) e Pe Sales, também jesuíta.

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