“E
era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa
alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns”.
(At 4.32)
Na busca por uma
Igreja vitoriosa, tem se iniciado por parte dos integrantes dos diversos
departamentos que compõem a igreja, uma busca pela excelência, não a fim de
agradar a Deus, como se espera, mas com
a finalidade de competirem entre si,
buscando saber qual o departamento fará o melhor congresso, que departamento
terá condições de bancar o melhor pregador ou cantor. Isso sem se falar na
corrida de Marketing que existe entre as igrejas coirmãs.
O individualismo
é como um vírus que se alastra a cada dia, para combater esse vírus pernicioso,
é preciso voltar aos princípios que regeram o inicio da igreja apostólica,
necessário se faz, a valorização da União, o despojar-se do Eu e considerar o
outro superior a si mesmo.
1 – Era uma
igreja que dependia exclusivamente de Deus.
No inicio da igreja neotestamentária temos a impressão que o Espírito Santo atuava com mais liberdade, talvez isso se de pelo fato de seus membros sentirem inteiramente dependentes da ação miraculosa do Espírito Santo, e valorizarem os sinais e prodígios, os quais eram comum acontecerem. Não tinha muita opção ou servia a Deus legitimamente ou fazia coro com aqueles que não acreditavam no Cristo ressurreto. Os crentes daquela época buscavam com mais frequência o poder do Espírito Santo porque precisavam dEle para poder vencer as ciladas e as investidas do inimigo de nossas almas.
Hoje, quase sempre ao invés de colocarmos a nossa fé e confiança em Deus, ao invés de deixarmos tudo aos cuidados do Senhor, caímos na tentação de tentarmos ajudar ao Senhor com o nosso conhecimento secular ou teológico, apelamos para os políticos amigos, ao invés de confiarmos exclusivamente no Senhor dos Senhores. Acreditamos no impossível, mas não vivemos pela fé. Se o médico faz um diagnóstico é o ponto final, mesmo sem Deus ter nos dito uma única palavra a respeito do assunto.
É necessário voltarmos a depender exclusivamente do Senhor, e vivermos mais a fé que pregamos e almejarmos mais o sobrenatural, é preciso voltar a contemplarmos os milagres.
2 – Era uma
igreja com unidade (união)
Jesus lhes havia
prometido que os revestiriam de poder ...ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de
poder (Lc 24.49b) viviam
como se Jesus fosse voltar naqueles dias, tinham tudo em comum, suas metas eram
as mesmas, ganhar o maior numero de pessoas para Cristo.
Aprendemos com
isso, que a igreja para ser vitoriosa precisa estar unida em torno de um único
propósito, e este propósito precisa ser conhecido de todos os membros
da congregação, e todos devem orar nesse propósito.
Urge fazer as
seguintes indagações, qual o propósito de nossa igreja? estou orando em favor desse propósito? estou
unido ou alinhado com a visão do meu pastor? tenho união com meus irmãos?
A Unidade que
a igreja necessita vem através da ação
direta do Espírito Santo, que atua em seus membros, o Espirito Santo que é
comparado ao óleo, que era derramado sobre
os Sacerdotes e Reis que eram ungidos nos tempos do Antigo Testamento, o
escritor do Salmo 133 nos da uma noção de como era feito o derramamento do
óleo, iniciava na cabeça e descia até a orla dos vestidos, ou seja a parte mais
inferior, todos os membros do corpo do sacerdote eram ungidos com o óleo da
Unção.
A igreja também é
representada por um corpo, cuja cabeça é Cristo (Ef 1.22; Rm 12.4-5), O
Espírito Santo ungiu a Jesus de Nazaré, é esse mesmo poder que é derramado sobre
todo o corpo a igreja, deforma que todos membros por menor que pareça, por mais
insignificante que aparenta ser, deve ser cheio do Espirito Santo, pois faz
parte do corpo (igreja) e o Espírito Santo atua em todos indistintamente. Não
se pode esquecer que todos os membros tem a sua função dentro da casa do Senhor
e precisa estar trabalhando Unido com os demais, sendo conduzidos pela cabeça
que é Cristo.
Algo que compromete essa união é o partidarismo que é como uma doença que se alastra sorrateiramente, e se não cuidada pode se tornar crônica, trazendo discórdia e confusão no seio da igreja, minando a união entre os seus membros. Semelhante problema Paulo buscou a corrigir na igreja de corinto onde uns diziam ser de Paulo, outros de Apolo, Cefas, e outros de Cristo. (I Co1.12-13 ) necessário se faz, considerar os outros superiores a nós mesmo, precisamos entender que não somos melhores do que ninguém, precisamos assumir em definitivo que somos servos uns dos outros, que Jesus nos tem chamado, e o Espírito Santo nos usa com dons e talentos é para darmos a nossa parcela de contribuição a Igreja (corpo), para que Ela (igreja) cresça, sadia, vitoriosa conduzida pela cabeça que é Cristo Jesus nosso Senhor. Que possamos dizer como João o batizador, ....convêm que Ele cresça e eu diminua.
Cada um cuida da
sua parte! esse era o bordão de um líder que tive, e por muito tempo confesso
foi o meu também. Em se tratando de assuntos seculares já é difícil de fazer,
na casa de Deus isso é impossível, primeiro porque pertencemos a uma família, a
família de Deus, e essa família para ser vitoriosa precisa se ajudar
mutualmente. O individualismo é um mal que precisa desaparecer de nossa vida,
ele é produto da falta do amor de Cristo manifesto em nossa vida, devemos
entender de uma vez por todas se o alguém é da família de Deus, logo, os seus
problemas passam a ser o meu também, passo a me alegrar com a sua vitória, e
choro ao vê-lo chorar, sofro com a sua enfermidade. Se for preciso, devo
priorizar o meu irmão em detrimento de mim mesmo.
Deus não opera onde
há divisão, por isso é preciso aparar as arestas, pedir perdão se necessário; buscar
a ajuda do Espirito Santo, orar, jejuar, enfim se for preciso até perder mesmo
estando com a razão. Conta-se que
durante o período da glaciação muitos animais morreram de frio, mas o curioso é
que o porco espinho conseguiu sobreviver se aquecendo junto ao outro, como isso
aconteceu? Eles foram se aproximando cada vez mais ao ponto de estarem
juntinhos e os espinhos não lhe causaram mal.
Conclusão
Quando a igreja
se une, nada pode impedi-la de ser vitoriosa. Um evangeliza, outro ensina,
outro visita, outro aconselha, ministra louvor. A igreja passa a trabalhar em
uma sincronia perfeita, utilizando os dons e talentos nela existentes, e prossegue vitoriosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário